sábado, 13 de outubro de 2012

Santo Eduardo - 13 de outubro

Santo Eduardo
1003-1066
Na história da humanidade, a palavra rei quase sempre está associada à palavra tirano. Mas na história do catolicismo, rei muitas vezes vem junto da palavra santo. É o caso exemplar de Eduardo, rei da Inglaterra. Seu avô era o santo rei e mártir Edgar, e esse exemplo de santidade norteou também a sua vida no seguimento de Cristo. 
Eduardo nasceu em Oxford, no ano 1003, num período em que a Inglaterra sofreu a invasão dos pagãos dinamarqueses. Seus pais, junto com toda a família real, tiveram de abandonar o país, indo refugiar-se na Corte da Normandia, norte da França, de parentes cristãos. No exílio, Eduardo freqüentou e estudou nas mais renomadas cortes da Europa, adquirindo uma educação primorosa e fundamentada no cristianismo. Recusou várias vezes tomar o trono à força, pois não queria derramamento de sangue. Em 1042, com a morte de seu meio-irmão, que governava a Inglaterra, ele finalmente assumiu o trono. 
Seu reinado foi um dos mais felizes para o povo inglês. Mesmo sentindo-se um pouco "estrangeiro", fez a pátria retomar seu caminho correto dos princípios cristãos, afastando a influência nefasta dos anos de domínio pagão e trazendo paz e prosperidade para seus súditos. Logo passou a ser chamado de "o santo homem" e os escritos registram vários prodígios de cura operados por sua intercessão em favor de pessoas simples do reino. Curou um doente de câncer com um sinal da cruz. E um paralítico que se movia penosamente na rua ele ajudou a chegar a uma igreja, onde, por meio de orações, o curou, além de outros fatos narrados pelos historiadores. 
A política do Estado exigia que ele se casasse e, pelo bem do reino, Eduardo o fez. Casou-se com Edith, filha do conde Godwin, um dos seus adversários políticos. Gentil e elegante, por tratar-se de um acordo, prometeu viver com ela em estado de castidade, sem união corporal. Manteve sua palavra. O casal não teve filhos. Ela se tornou uma grande rainha e irmã, participando das obras de caridade, ajudando a restaurar e fundar igrejas e conventos por todo o país. Valorizando o lado espiritual da vida, viviam em perfeita ordem e harmonia. Tornaram-se exemplo de reis cristãos, piedosos e caridosos, amados e aclamados como "pais" pelos súditos e respeitados por todas as cortes. 
Após quase sessenta e quatro anos de vida de penitência, oração, mortificação dos sentidos e luxos, no reto seguimento de Cristo, o rei Eduardo morreu no dia 5 de janeiro de 1066. Pouco tempo depois de ter assistido a consagração da igreja da Abadia de Westminster, totalmente restaurada, o mais antigo símbolo da aspiração e das lutas religiosas da Inglaterra, onde foi sepultado. 
Venerado em vida, imediatamente o povo passou a celebrá-lo como santo. Quase quarenta anos após a sua morte, o seu corpo foi exumado e encontrado intacto, o que para o povo não causou nenhuma surpresa. Em 1161, o papa Alexandre III canonizou-o. A sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de outubro, mas os devotos ingleses costumam lembrá-lo também no dia de sua morte.



Santo Eduardo, Confessor


Depois do abandono, as lutas e a opressão durante o reinado dos dois soberanos dinamarqueses, Harold Harefoot e Artacanuto, o povo inglês acolheu com júbilo ao representante da antiga dinastia inglesa, Santo Eduardo, Confessor. As qualidades que mereceram a Eduardo ser venerado como santo, referiam-se mas bem a sua pessoa que a sua administração como soberano pois era um homem piedoso, amável e amante da paz.
Eduardo era filho do Eteredo e da normanda Ema. Durante a época da supremacia dinamarquesa, foi enviado à Normandia quando tinha 10 anos e retornou a sua pátria em 1042 quando foi eleito rei. À idade de 42 anos contraiu matrimônio com o Edith, a filha do Conde Godwino, a maior ameaça para seu reino. A tradição diz que Santo Eduardo e sua esposa guardaram perpétua continência por amor a Deus e como um meio pró alcançar a perfeição.
A administração justa e eqüitativa de Santo Eduardo o fez muito popular entre seus súditos. A perfeita harmonia que reinava entre ele e seus conselheiros se converteu mais tarde no sonho dourado já que durante o reinado de Eudardo, os barões normandos e os representantes do povo inglês exerceram uma profunda influência na legislação e o governo. Um dos atos mais populares do reinado de Santo Eduardo foi a supressão do imposto para o exército; os impostos arrecadados de casa em casa na época do santo foram repartidos entre os pobres.
Durante o desterro na Normandia, Santo Eduardo tinha prometido ir em peregrinação ao sepulcro de São Pedro em Roma, se Deus se dignasse pôr fim às desventuras de sua família. Depois de sua ascensão ao trono, convocou um concílio e manifestou publicamente a promessa com que se ligou. Entretanto, a Assembléia manifestou que com sua partida se abriria o caminho às dissensões no interior do país e os ataques das potências estrangeiras. O rei decidiu submeter o assunto a julgamento do Papa São Leão IX, que sugeriu repartir o dinheiro que teria gasto na viagem entre os pobres, e construir um mosteiro em honra a São Pedro.
O último ano de vida do santo viu-se atormentado pela tensão entre o Conde Tostig Godwinsson da Nortumbría e seus súditos; finalmente o monarca teve que desterrar o conde. Faleceu em 1065. A canonização de Santo Eduardo teve lugar em 1161, e dois anos depois de que seu corpo se mantinha incorrupto, foi transladado por Santo Tomás Becket a uma capela do coro da abadia de Westminster, da qual Santo Eduardo foi seu promotor, em 13 de outubro, data em que se celebra atualmente sua festa.
São Eduardo
NascimentoNo ano de 1004
Local nascimentoPróximo a Oxford (Inglaterra)
OrdemRei
Local vidaNormandia e Inglaterra
EspiritualidadeFilho do rei Etelfredo II e neto do rei também santo, "Eduardo o mártir", são Eduardo III tornou-se também rei da Inglaterra. Dedico a invasão armada dos dinamarqueses, seus pais tiveram que fugir da Inglaterra e refugiar-se nos castelos da Normandia: Eduardo tinha, nessa época, 10 anos de idade e ali viveu até seus 31 anos. Após os dinamarqueses serem expulsos da Inglaterra, Eduardo retornou à Pátria onde foi solenemente coroado como rei, até a sua morte. Seu espírito cheio de mansidão e generosidade, extremamente polido, jamais mostrou um só gesto de ira nem para com seus súditos. Editou leis que passaram para história como "as leis de santo Eduardo". Ao subir no trono, foi obrigado a casar-se. Sua esposa se chamava Edite Godwin, filha de um Barão que se he mostrava favorável mas depois revelou-se como grande opositor, pois, dando sua filha em casamento planejava tirar vantagens do reinado da Inglaterra. Mas o casal tornou-se profundamente amigos, oravam juntos e não tiveram filhos pois, de comum acordo, conservaram-se em perfeita castidade. Conhecido como "administrador justo e generoso" e "o bom rei" soube utilizar- se de sua fortuna não apenas para regalias mas muito mais, melhorar as condições de vida de seu povo, principalmente dos mais humildes. Restaurou a Abadia de Westminster sem jamais empregar a força e sim em concessões pacíficas, dizendo; "Não desejo obter um reino a custa de sangue humano". Em vida, fez vários milagres e sua festa é celebrada hoje e não na data de sua morte, pois passaram a comemorá-la no dia do traslado de seu corpo e que ocorreu neste dia, para a igreja de São Tomás de Canterbury, venerado por sua piedade e intenso espírito de caridade.
Local morteInglaterra
Morte5 de janeiro de 1066, aos 62 anos de idade
Fonte informaçãoSanto Nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoBendito sejais Deus, que concedestes ao rei Eduardo da Inglaterra a graça da santidade. Dai também a nós, o espírito de tranqüilidade e amor por vós. Concedei-nos hoje e sempre a firmeza da fé. Santo Eduardo, rogai por nós.
DevoçãoCaridade, piedade, generosidade
PadroeiroDos governantes
Outros Santos do diaOutros santos do dia: Fauto, Januário, Marçal, Florência, Colmano (márts); Teófilo, Rômulo, Imperto e Bertoaldo (bispo); Celedônia (virgem); Canfo, Geraldo, Leobon (er); Daniel, Ângelo, Samuel e Comps (márts de Ceuta).
FONTE: ASJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário