quinta-feira, 11 de outubro de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/10/2012

12 de Outubro de 2012 


João 2,1-11

Comentário do Evangelho

A mediação de Maria

Jesus está inaugurando seu ministério na Galileia, após receber o batismo de João. A festa de casamento, em Caná, corre o risco de perder seu encanto pela falta do vinho. A água de purificação ritual de nada adianta. É transformando esta água em vinho que Jesus, com a presença atenciosa de sua mãe, manifesta a sua glória.
A nossa piedade vê, neste evangelho, o importante papel de Nossa Senhora no projeto salvífico de Deus. Ela é sensível às nossas necessidades e carências, e intercede por nós junto a seu Filho. Assim foi em Caná. E Jesus atende aos apelos de sua mãe.
José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra
João recorda o primeiro sinal de Jesus, ressaltando a intervenção de Maria, atenta às dificuldades do próximo e pronta para servir. Assim deve ser a Igreja de Jesus no mundo: um sinal do Amor infinito do Pai, uma testemunha alegre de que o Reino de Deus, embora não em sua plenitude, já está em nós.

Reflexão

Jesus veio ao mundo para trazer a Boa Nova do Reino de Deus e firmar a Nova e eterna Aliança entre Deus e os homens através do mistério pascal. Assim, a água da purificação dos judeus, sinal do Antigo Testamento que está para terminar, será substituída pelo vinho da Nova Aliança que alegra os nossos corações e nos trás a salvação. E isso acontece numa festa de casamento, sinal das núpcias do Cordeiro e prefiguração da Igreja como esposa de Cristo. E o início de tudo foi a ação de Maria, que pede o milagre a Jesus, mas que com sua adesão ao projeto de Deus, abriu caminho para o início do Novo Testamento.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. Aparecida e o Vinho Novo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Pertencemos a uma sociedade sacudida pela violência, diante da qual nos sentimos impotentes, onde predomina o sentimento de insegurança e medo, a chacina de jovens e adolescentes vai ganhando proporções alarmantes e assustadoras, há, por outro lado, uma falta de perspectiva por parte dos jovens, os escândalos de ordem moral, em instituições consideradas inabaláveis, são denunciados a cada dia pela grande mídia. Dizem que o Brasil, não tem mesmo jeito, porque a nossa origem lá na época do descobrimento, já estava podre e corrompida, e quem veio para cá era gente sem moral, sem escrúpulo e sem nenhum compromisso com a ética e a moral.

Na família, há centenas de casamentos de curta duração, uniões ilegítimas aumentam, o estado quer reconhecer como legítima, uma horrível caricatura da Instituição Familiar, desmantelam e desmoronam valores sagrados na ética e na moral cristã, se de um lado a humanidade avança em velocidade espantosa no mundo científico, tecnológico, nas comunicações e informática, por outro, as pessoas vão sendo acometidas de inúmeras enfermidades orgânicas e psicossomáticas, as coisas boas e os acontecimentos alegres duram pouco, e não conseguem nos livrar do peso das forças do mal, que vão nos levando para o caos em meio a desordem estabelecida.

Nem o fenômeno religioso consegue reverter esse quadro, os templos suntuosos cada vez mais lotados, tomados por uma multidão de coração vazio, que busca muitas vezes na espiritualidade algo que ela não pode dar: a solução de tantos problemas originados pelo pecado, como o egoísmo, a luxúria, a proliferação de falsas divindades que prometem vida, felicidade e liberdade, e que arrebanham a cada dia novos adeptos, arrastados impiedosamente para a desgraça e a morte, entre eles a Droga e a Prostituição, uns dizem que já chegamos ao fundo do poço, outros mais pessimistas, acham que o pior ainda não aconteceu. O fato é que certa tristeza tem invadido o coração do homem deste terceiro milênio.

Em uma sociedade assim, inquieta, insegura e temerosa, traumatizada por tanta dor e sofrimento, marcada pela injustiça e desigualdade, a V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, realizada de 13 a 31 de maio de 2007 em Aparecida, resgata o nosso papel de Discípulos e Missionários de Jesus Cristo, fazendo um forte apelo para que proclamemos aos homens a Verdade de Deus, revelada em Jesus Cristo, porém, o que leva alguém a ser cristão não é uma decisão ética ou uma grande idéia, mas sim um encontro com um acontecimento, com uma pessoa: Jesus Cristo, que dá um novo horizonte à vida, e com isso uma orientação decisiva de se viver bem, vivendo em Deus. Foi essa a experiência dos primeiros discípulos, que os evangelhos nos apresentam, um encontro de fé com a pessoa de Jesus.

Neste dia de Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil, o evangelho das Bodas de Caná é um convite a irmos ao encontro do único e verdadeiro amor de nossas vidas, Maria aparece como a intercessora e mediadora, aquela que sabendo olhar a necessidade dos irmãos, vai dizer ao Filho que está faltando algo essencial para uma festa.

A devoção popular é citada pelo documento de Aparecida, que tornou-se uma importante referência nas reflexões da Igreja, como um dos muitos elementos que propiciam esse encontro pessoal com Jesus Cristo e nesse sentido, considerando-se toda a história de Aparecida, desde o século XVIII, podemos afirmar sem medo, que Maria nunca deixou faltar no coração dos cristãos da América Latina, esse vinho novo da graça de Deus.

O Deus dos cristãos continua obstinado em seu amor pelos homens. Com a mediação de Maria, Jesus oferece em nossos conturbados tempos, o Vinho novo, de incomparável sabor, que não caiu do céu, mas surgiu a partir da água da purificação, Jesus transforma a antiga forma de se relacionar com Deus, no Judaísmo, em uma relação nova, onde basta ao homem crer e abrir o seu coração para esta graça que une para sempre Deus e o homem, solidificando a comunhão um dia rompida, e pela qual Jesus pagou com a vida ao morrer na cruz., descendo com o homem ao fundo do poço para de lá resgatá-lo e libertá-lo, vitorioso e ressuscitado, arrancando-o da vida sem graça, dominada pela morte do pecado, e devolvendo-o ao paraíso, na condição de Filhos e Filhas de Deus.

Esse processo de ressurreição é dinâmico e acontece todo dia, hora e momento, o Cordeiro Santo, Perfeito e Imaculado, se casa com a sua Igreja, tornando-a sem ruga e sem mancha, de modo que nem os pecados da Igreja conseguem abalar esta íntima comunhão. Esse casamento de Deus com o homem, na encarnação de Jesus, deverá ter um final feliz, porém, como povo da Nova Aliança, não teremos uma segunda chance, quem recusar esse amor e buscar os amores ilusórios e efêmeros, nos amantes e deuses da Modernidade, sentirá um dia na pele e no coração, a dor de ter perdido para sempre o autêntico e verdadeiro amor de sua vida.

Somos essa Igreja, a noiva do Senhor, por quem ele dá a vida, a espera da Lua de Mel, da Vida Eterna, para a qual ele nos conduzirá. Por hora, só é preciso uma coisa: FAZER TUDO O QUE ELE NOS DISSER, como nos pede Maria, Mãe de Jesus, a primeira a experimentar a delícia desse amor Divino.

Essa noiva das Bodas de Caná tem um rosto e um nome, é você, sou eu, são todos os que buscam a Deus em Jesus Cristo, é também o rosto de cada homem, desfigurado pela tristeza do pecado, a espera desse vinho da eterna alegria...

2. A mediação de Maria
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA

Oração
Pai, que o testemunho de Maria cale fundo no meu coração, transformando-me em perfeito discípulo de Jesus. E que eu possa conduzir muitas outras pessoas a crerem em teu Filho.



3. ANTECIPANDO A HORA DE JESUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Embora o milagre em Caná focalize a pessoa de Jesus, a de Maria tem também sua relevância. À primeira vista, sua presença, nas bodas, tem apenas a função de explicar porque Jesus e seus discípulos estavam ali presentes, como se o convite tivesse sido feito à família de Maria. Uma leitura mais atenta, porém, revela a importância de sua atuação, no desenrolar do milagre.

Maria é quem percebe a situação constrangedora dos noivos, diante da iminência de faltar vinho. Jesus é informado por meio dela, pedindo discretamente que intervenha. A resposta de Jesus parece ser negativa, uma vez que lhe assegura não ter chegado ainda a "hora" de se manifestar, publicamente, como Messias. Sem abrir mão de seu intento, ela orienta os empregados a seguirem as instruções de Jesus. Eles obedecem com inteira convicção. E o milagre aconteceu. Maria fez Jesus antecipar sua "hora"!

A piedade popular soube captar muito bem esta virtude de Maria. Por este motivo, a tem como intercessora por saber ser ela um caminho seguro para chegar até o Filho Jesus.

Sem dúvida, o momento mais importante da intervenção de Maria, no contexto do milagre, foi quando orientou os garçons para que seguissem à risca as ordens de Jesus. Resume-se, aqui, o ideal de sua vida: ver todas as pessoas aderindo, pela fé, a seu Filho.

Oração
Espírito Santo, revela-me a identidade profunda da Mãe do Salvador, que reconhecemos como intercessora e caminho seguro para chegar a Jesus.

12.10.2012

SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA

PADROEIRA DO BRASIL
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA SOLENIDADE)
__ "Com Maria, acolhamos Jesus, nossa alegria" __




12 de outubro – NOSSA SENHORA APARECIDA
MARIA, FONTE DE INSPIRAÇÃO E FÉ
Hoje os brasileiros católicos estão em festa: celebram Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Esse momento é vivenciado intensamente, sobretudo com romarias rumo ao Santuário de Aparecida. Milhares de pessoas para lá se dirigem para pedir a bênção, agradecer e fazer sua súplica à mãe Aparecida. Muitas são gente simples, pobre, trabalhadora, em meio a outros tantos marginalizados da sociedade. E Maria é a intercessora desse povo junto ao Filho, porque acreditou que este o libertaria do sofrimento e da opressão.
Sim, as romarias são gestos ricos e indescritíveis de devoção a Nossa Senhora Aparecida. Observa-se nos olhos daquelas pessoas simples e esperançosas, os romeiros, a alegria que se mistura à emoção. Pois, assim como um filho confia na mãe, eles para lá se dirigem a fim de agradecer ou pedir alguma graça. Estar diante da mãe é poder dizer obrigado e destinar-lhe os anseios e sofrimentos, na certeza de que ela participa da história de cada um de nós.
A mãe Aparecida é mediadora e intercessora nossa diante de Jesus. Ela encarnou o projeto de vida apresentado pelo Senhor. Dela temos o exemplo de fé e perseverança, pois acreditou que o seu Filho podia libertar os homens e mulheres do sofrimento e da opressão, dando-lhes alegria na caminhada. Escuta a cada um dos que a ela recorrem e intercede por todos.

Celebrar a festa deste dia é tornar forte a nossa fé e ser perseverantes em nossas lutas. Na liturgia de hoje, temos o exemplo da rainha Ester, que se mostrou firme e confiante em Deus, em vista da solidariedade para com o seu povo. E, como mostra a primeira leitura, ela foi atendida na sua súplica. Este é um exemplo para todos nós. Pondo nossa confiança em Deus e rezando com Maria, alcançaremos o que buscamos para o nosso povo: vida e liberdade para todos.

Sigamos aquilo que Maria nos recomenda: “Façam o que ele mandar” (Jo 2,5). Ou seja, estejamos atentos ao que a Palavra diz à nossa vida. Assim gozaremos do amor de Deus para conosco revelado em seu Filho, Jesus. Que Maria seja inspiração para nossas comunidades. Que ela caminhe conosco, iluminando nossos projetos. Desse modo, construiremos juntos a sociedade justa e solidária.
Benedito Antônio Bueno de Almeida, ssp

O Coração Imaculado de Maria está sempre atento às necessidades dos homens


Postado por: homilia

outubro 12th, 2012


Ano da Fé, Solenidade da Padroeira do Brasil – Nossa Senhora da Conceição Aparecida – e, no âmbito civil, dia das crianças. Quantas realidades que o Evangelho vem dar um sentido mais profundo. Mas para tal procuremos contemplar o Mistério de Cristo apresentado pela Boa Nova, segundo São João (Jo 2, 1-11).
Jesus encontrava-se no norte da Galileia, numa festa de casamento como os seus discípulos e a sua Mãe Santíssima. Uma festa que, até então, transcorria bem, até que uma anormalidade tendia marcá-la com tristeza, pois faltava vinho, o qual era um elemento festivo imprescindível àquela cultura. Mas a percepção de uma santa mulher e sua fé num filho, nada comum, abriu um rastro de esperança aos noivos e demais.
Aquela que nunca desconfiou do que Ele é capaz, fez o que era preciso… Por uma fé que operou naquele momento pela intercessão amorosa, disse ao Filho de Deus e seu: «Eles não têm vinho!» (v. 3). A resposta de Jesus a Sua mãe soa estranha, para um filho tão bem educado e não menos sensível às necessidades dos outros: «Mulher, para que me dizes isso? A minha hora ainda não chegou» (v.4). Noutra tradução, as palavras do Filho amado, causa ainda mais estranheza: «Por que te intrometes?».
No entanto, não tem como aquele Coração Imaculado passar ao lado da necessidade de tantos, assim como podemos dizer o mesmo do Coração Sagrado que acolheu tão amorosa e poderosa intercessão: «Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água!” E eles as encheram até à borda» (v.7).
O desfecho deste primeiro sinal, de uma série de sete sinais apresentados teologicamente pelo evangelista, apontou para a abundância da Nova e Eterna Aliança em relação à Antiga e foi eficaz para os discípulos do verdadeiro Noivo das Bodas Eternas: «Jesus o realizou em Caná da Galileia. Manifestou sua glória, e os seus discípulos creram nele» (v. 11).
Assim, a palavra do encarregado ao noivo, após experimentar – literalmente – o primeiro sinal de Jesus (cf. Jo 2, 10), inspira-nos uma oração, adequada aos homens e mulheres de todos os tempos, quando aos poucos vão procurando compreender o tempo de Deus em sua vida pessoal e na história da Salvação universal: “Senhor, apresentastes uma Aliança, onde muitos estavam já satisfeitos…mas deixastes para o final dos tempos o envio do Teu Messias, para uma Nova e melhor Aliança. Da água da purificação ritual, revelastes um “Vinho Sagrado”, sinal do cumprimento da superabundância prometida” (cf. Am 9, 13-14; Hb 1, 2-4).
Por isso, no Ano da Fé, precisamos também ficar sensíveis às necessidades uns dos outros. Mas da realidade a Jesus, do jeito da Mãe de Deus e segundo a Palavra que nos orienta: «Com os olhos fixos em Jesus, que vai à frente da nossa fé e a leva à perfeição» (Hb 12, 29).
Portanto, a Solenidade e devoção à Nossa Senhora da Conceição Aparecida, tornam propícias à Igreja e ao mundo contemporâneo aquela qualidade de testemunho desejado pelo Papa Bento XVI, para este Ano bendito e não só: «A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou» (BENTO XVI, Porta Fidei, nº 6).
Irradiar esta Luz, principalmente às crianças é ser canal, sinal e presente de um amor intraduzível em apenas um dia do ano. Para tudo isto é preciso FÉ! Aproveitemos a graça própria deste Ano da Fé!
Padre Fernando Santamaria
Leitura Orante

Jo 2,1-11- Em Caná - Festa de N.S. Aparecida



Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os que navegam pela web:


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.


Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?

Leio atentamente, na Bíblia, o texto: 
Jo 2,1-11
- O casamento em Caná.

Dois dias depois, houve um casamento no povoado de Caná, na região da Galileia, e a mãe de Jesus estava ali. Jesus e os seus discípulos também tinham sido convidados para o casamento. Quando acabou o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:
- O vinho acabou.
Jesus respondeu:
- Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora.
Então ela disse aos empregados:
- Façam o que ele mandar.
Ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de purificação. Jesus disse aos empregados:
- Encham de água estes potes.
E eles os encheram até a boca. Em seguida Jesus mandou:
- Agora tirem um pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa.
E eles levaram. Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam. Por isso ele chamou o noivo e disse:
- Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho.
Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galileia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele.

Jesus, sua mãe e seus discípulos participam de uma festa de casamento no povoado de Caná, na Galileia. O casamento reúne muitas pessoas.
É neste ambiente que Jesus faz o seu primeiro milagre. Por este sinal, diz o Evangelho, os discípulos crêem nele.
No Antigo Testamento, o matrimônio era símbolo do amor de Deus pela comunidade; era símbolo da união do Messias com a Igreja, como diz São Paulo: “Cristo amou a Igreja e deu a vida por ela” (Ef 5,25). O vinho é dom do amor e símbolo do Espírito. Acabar o vinho era um mal sinal. À preocupação de Maria – “O vinho acabou” -, Jesus dá uma resposta que parece uma repreensão – “Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer”. Porém, passa a ideia de que não é preciso que Maria diga o que ele deve fazer. Maria acredita nele, por isso, diz aos empregados: “Façam o que ele mandar”. E assim foi feito. Os empregados, seguindo o conselho de Maria, obedecem a Jesus. Enchem os seis potes de pedra de água. Ao levar ao dirigente da festa um pouco da água destes potes, ela havia se transformado em vinho. Esta mudança da água em vinho simboliza a passagem da velha à nova economia. O vinho novo é melhor. Esta é missão de Maria: dar o vinho novo, Jesus,  à humanidade e levá-la até Ele.

2. Meditação (Caminho) 

O que o texto diz para mim, hoje?

A cena de Caná ilustra ainda hoje o papel de Maria na Igreja: dar Jesus ao mundo e apresentar o mundo a Jesus. Hoje também, Maria nos diz como disse aos servos: “Façam o que ele mandar”. Quem vai a Jesus por indicação de Maria não fica decepcionado.

Em Aparecida, os bispos afirmaram:

 “Com os olhos postos em seus filhos e em suas necessidades, como em Caná da Galileia, Maria ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que devem distinguir os discípulos de seu Filho. Indica, além do mais, qual é a pedagogia para que os pobres, em cada comunidade cristã, “sintam-se como em sua casa”. Cria comunhão e educa para um estilo de vida compartilhada e solidária, em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre ou necessitado. Em nossas comunidades, sua forte presença tem enriquecido e seguirá enriquecendo a dimensão materna da Igreja e sua atitude acolhedora, que a converte em “casa e escola da comunhão” e em espaço espiritual que prepara para a missão” 
(DAp 272).

É assim que assumo a Palavra de Deus? 

Também eu me distingo pelo “estilo de vida compartilhada e solidária, em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre ou necessitado”?

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
 

Rezo, com os bispos em Aparecida:

“Louvamos ao Senhor Jesus pelo presente de sua Mãe Santíssima, Mãe de Deus e Mãe da Igreja na América Latina e do Caribe, estrela da evangelização renovada, primeira discípula e grande missionária de nossos povos.”
 (DAp 25).

E cantamos com Pe. João Carlos:

 Estavas lá

Quando Deus o seu anjo enviou
De Isabel, o ventre abençoou
Tu, Maria, estavas lá!

Quando o idoso profeta Simeão
Avisou que chegara a salvação
Tu, Maria, estavas lá!

Estavas lá
Mãe do Senhor
Conosco estás
Ó Mãe do Amor.

Quando a água em vinho se tornou
E em Caná, Jesus se revelou
Tu, Maria, estavas lá!

Quando a cruz, o teu filho carregou
No calvário, o cordeiro se imolou
Tu, Maria, estavas lá!

Estavas lá
Mãe do Senhor
Conosco estás
Ó Mãe do Amor.

Quando o Espírito Santo de Deus
Como fogo a Igreja recebeu
Tu, Maria, estavas lá!

Quando a Igreja sofreu perseguição
E implorou por tua proteção
Tu, Maria, estavas lá!

Estavas lá
Mãe do Senhor
Conosco estás
Ó Mãe do Amor.



4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar é como o de Maria voltado para as necessidades de meus irmãos e fixos em Jesus que é capaz de salvar a comunidade, a família, a Igreja de qualquer constrangimento, carência ou necessidade.

Bênção Bíblica

O Senhor nos abençoe e nos guarde! 
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós! 
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!’
(Nm 6,24-27

Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo.
 Amém. 

Outubro 2012 - Mês Missionário 
Tema: "Brasil missionário partilha a tua fé". 

Ir. Patrícia Silva, fsp

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a compreender os sinais realizados por teu Filho. O vinho que Ele trouxe para as bodas em Caná nos ensine que a existência que Tu nos concedes nesta terra encantada deve ser vivida e partilhada com leveza, alegria e gratidão. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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