quarta-feira, 25 de julho de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/07/2012

26 de Julho de 2012 


Mateus 13,16-17

Comentário do Evangelho

Felizes os que ouvem a Boa-Nova de Jesus

Esta proclamação da bem-aventurança daqueles que vêm e ouvem a Boa-Nova de Jesus é encontrada também no evangelho de Lucas. Aqui, em Mateus, ela está inserida na explicação da parábola do semeador; em Lucas ela vem após o retorno dos setenta e dois discípulos enviados em missão na Samaria, complementando a exultação de alegria de Jesus seguida do louvor ao Pai, pelas coisas que são reveladas aos pequeninos (cf. 4 dez.). 
A palavra "bem-aventurado" é uma tradução do grego makários, frequentemente traduzido também por "felizes". O conteúdo do termo é o de um estado de felicidade decorrente da comunhão com Deus. Mateus reúne oito bem-aventuranças no início de seu Sermão da Montanha e Lucas reúne quatro no sermão da planície. Várias outras bem-aventuranças estão espalhadas ao longo de seus evangelhos, destacando-se, particularmente, aquelas que contemplam Maria como mãe de Jesus. Marcos, em seu evangelho, não usa esta palavra. João a usa apenas por duas vezes: "Sabendo destas coisas, vós sereis bem-aventurados se as praticardes" (Jo 13,17) e "...bem-aventurados aqueles que não viram e creram" (Jo 20,29). Esta bem-aventurança de João completa a bem-aventurança de hoje, em Mateus: se os que conviveram com Jesus, o viram e ouviram, são bem-aventurados, os que vieram depois, no decorrer do tempo, também são bem-aventurados pela fé com que reconhecem a presença de Jesus vivo entre eles, no próximo e na comunidade. 

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

A felicidade a que Jesus se referia – a de poder vê-lo, ouvi-lo e conviver com Ele – é ainda maior para nós, que somos testemunhas da sua Ressurreição, discípulos missionários da sua Igreja, assistidos pela promessa de que Ele estará conosco até o fim dos tempos.

Reflexão

Todos nós falamos muito em felicidade e todas as pessoas desejam ser felizes. Em nome da felicidade as pessoas fazem as maiores proezas e correm os maiores riscos. A felicidade está sempre naquilo que nós mais valorizamos na nossa vida. É justamente aqui que nós encontramos o elemento de análise principal para encontrarmos a causa de tanto sofrimento e tanta dor que estão presentes no mundo de hoje. Deus é o valor absoluto e somente a partir dele pode haver felicidade verdadeira. Qualquer felicidade que encontre o seu fundamento fora de Deus, coloca o seu fundamento em um falso valor, de modo que é na verdade uma falsa felicidade, que só pode trazer dor e sofrimento.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. São Joaquim e Santa Ana, Pais de Nossa Senhora
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando conversamos com alguém sobre algum assunto muito importante, mas notamos que o ouvinte está "longe" da conversa, distraído, olhando para os lados, preocupado com outras coisas, lógico que não sentimos vontade de continuar, e assim logo encerramos o assunto ou transformamos a conversa em uma futilidade, que não requer tanta atenção do outro.

Na celebração de casamentos às vezes enquanto o Padre ou o Diácono capricha na homilia, os noivos estão dando risinhos entre si, ou olhando para a cara de algum padrinho engraçado, ou olhando a daminha ou o noivinho, ou o que é ainda pior, fazendo pose para uma foto. Como diz o caboclo, "dá uma réiva", e daí a gente logo conclui, e perde a vontade de continuar com a reflexão, pois os principais interessados, que são os próprios celebrantes, estão distraídos, a palavra é apenas um ruído, um barulho que não passa dos ouvidos.

Para fazer esse desabafo no evangelho de hoje, Jesus deve ter passado essa experiência inúmeras vezes diante da multidão, ele ali falando com entusiasmo do Reino Novo, falando e revelando o Pai, e o povaréu nem aí com o "peixe", parece que só se ligavam quando Jesus fazia algum milagre, daí a coisa fervia, pois milagre não exige compromisso da parte de quem o recebe.

Temos em nossas vidas pessoas com quem conversamos todo dia, mas algumas nos são especiais, e com essas a conversa passa do mero formalismo para um colóquio, algo mais profundo. As multidões sempre seguiram Jesus, no meio delas havia pessoas que viam em Jesus alguém especial, interessava-se em ouvi-lo, prestando toda atenção, porque suas palavras traziam esperança, fortalecimento, coragem e conforto, e com isso trazia também a vontade de pensar diferente e construir um mundo novo. Não era apenas uma mensagem bonita que deleitava os ouvidos, mas era algo que entrava dentro do coração, no centro da vida, provocando mudanças...

Mas havia também os "avoados", os interessados em buscar em Jesus alguma vantagem, esses até o aplaudiam e o admiravam, mas não estavam interessados em mudanças radicais de vida, ouviam as pregações, entravam por um ouvido e saia pelo outro. Jesus era só mais um pregador entre outros, muito bom, falando com sabedoria, mas era só mais um. Assim é que o homem da pós-modernidade vê o cristianismo, como mais uma religião entre centenas de milagres, como uma Filosofia de Vida, entre tantas outras, muito boa, sólida, consistente, tradicional, mas é só mais uma...

Os Discípulos foram escolhidos do meio da multidão, o Senhor viu neles, muito mais do que ouvidos atentos, mas corações abertos, sedentos de esperança e uma total disponibilidade para segui-lo. Nãosão homens especiais e superdotados de algum poder sobrenatural, mas para eles Jesus não é apenas mais um, é o Único e absoluto. Com eles Jesus inicia o Novo Povo de Deus, os homens e mulheres da Nova Aliança, haverá entre Jesus e eles um forte elo como havia no Código da Aliança entre Deus e Israel "Eu serei o Vosso Deus e Vós sereis meu Povo" em uma relação única e particular.

Por isso Jesus os trata de modo especial e os introduz pedagogicamente ao conhecimento sobre os mistérios do Reino dos Céus, que não é revelado a multidão. Hoje esses discípulos estão nas nossas comunidades cristãs, são todos os batizados que se abriram á Graça de Deus, que foram capazes de se encantarem com Jesus e seu evangelho, e se colocam sempre disponíveis para construir esse Reino que é Eterno. Jesus não fala mais em parábolas, ele é o Logus do Pai, a sua Palavra encarnada no meio de nós, ele se entrega totalmente na Eucaristia em cada celebração.

Ai de nós se o ouvirmos de má vontade, sem nenhuma disposição interior para o segui-lo, ai de nós se não o acolhermos com o coração aberto... Melhor seria nem ser batizado e não ter se apossado do nome de Cristão.

2. Felizes os que ouvem a Boa-Nova de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Pai, dobra a dureza do meu coração que me impede de ouvir e compreender a palavra de teu Filho. Faze-me penetrar nos mistérios do Reino escondido nas parábolas.


3. UMA BEM-AVENTURANÇA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Temos aqui uma proclamação de bem-aventurança aos olhos e ouvidos que vêm e ouvem a Boa Nova de Jesus. Ela é encontrada, também, em Lc 10,23-24. Enquanto que em Mateus ela está inserida na explicação da parábola do semeador, em Lucas ela vem complementando a exultação de alegria de Jesus, seguida do louvor ao Pai, pelas coisas que são reveladas aos pequeninos. Encontramos este tipo de exortação no Antigo e no Novo Testamento, bem como na literatura grega. A palavra "bem-aventurado" é uma tradução do grego "makários", freqüentemente traduzido também por "felizes". O conteúdo do termo é o de um estado de felicidade divina. Marcos em seu evangelho, não usa esta palavra. João a usa apenas por duas vezes: "Sabendo destas coisas, vós sereis bem-aventurados se as praticardes" (Jo 13,17) e "... bem-aventurados aqueles que não viram e creram" (Jo 20,29). Esta bem-aventurança de João completa a bem-aventurança de hoje: se os que conviveram com Jesus, o viram e ouviram, são bem-aventurados, os que vieram depois também são bem-aventurados pela fé com que reconhecem a presença de Jesus vivo entre eles, no próximo e na comunidade. Mateus reúne oito bem-aventuranças no início de seu Sermão da Montanha e Lucas reúne quatro no sermão da planície. Várias outras bem-aventuranças estão espalhadas em seus evangelhos. Joaquim e Ana, pai e mãe de Maria segundo a tradição, são bem-aventurados por sua filha.

Que os idosos de hoje sejam exemplos de virtude às futuras gerações

Postado por: homilia

julho 26th, 2012


“Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram, e ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram!” (Mateus 13,16-17).
Jesus faz com que os Seus discípulos sintam a grandeza do dom recebido. Ele não lhes fala do Reino de Deus em parábolas, pois estas velavam uma doutrina que a interpretação de muitos poderia deturpar em sentidos nacionalista e material. A eles, dóceis e humildes, Jesus comunicava a interpretação exata das parábolas: a felicidade e a salvação são para todos, acima de tudo para os oprimidos, os frágeis, as mulheres, os excluídos, os pequeninos, os estrangeiros e os pobres; a origem desta redenção eterna é Deus, que Ele anuncia como Pai, Filho e Espírito Santo.
Sem dúvida, Ana e Joaquim pertenciam ao grupo de judeus piedosos que esperavam a consolação de Israel, e a eles foi dada uma tarefa especial na história da salvação: foram escolhidos por Deus para gerar a Imaculada que, por sua vez, é chamada a gerar o Filho do Senhor.
Estamos, hoje, celebrando o dia de São Joaquim e Sant’Ana, os pais da Bem-Aventurada Virgem Maria. Esta não podia deixar de irradiar a graça totalmente especial da sua pureza, a plenitude da graça que a preparava para o desígnio da maternidade divina.
Podemos imaginar quanto estes pais receberam dela, ao mesmo tempo que cumpriam seu dever de educadores. Mãe e filha estavam unidas não apenas por laços familiares, mas também pela comum expectativa do cumprimento das promessas, pela recitação multiforme dos Salmos e pela evocação de uma vida entregue a Deus.
Sant’Ana e São Joaquim são modelos por sua santidade vivida em idade avançada. Em conformidade com uma antiga tradição, eles já eram idosos quando lhes foi confiada a tarefa de dar ao mundo, conservar e educar a Santa Mãe de Deus.
Na Sagrada Escritura, a velhice é circundada de veneração (cf. 2 Mac 6, 23). O justo não pede para ser privado da velhice e do seu peso; ao contrário, ele reza assim: “Vós sois a minha esperança, a minha confiança, Senhor, desde a minha juventude… Agora, na velhice e na decrepitude, não me abandoneis, ó Deus, para que eu narre às gerações a força do vosso braço, o vosso poder a todos os que hão-de vir” (Sl 71 [70], 5-18).
Com a sua própria presença, a pessoa idosa recorda a todos, de maneira especial aos jovens, que a vida na terra é uma “curva”, com um início e um fim. Para experimentar sua plenitude, ela nos exige a referência a valores não efêmeros nem superficiais, mas sólidos e profundos.
Infelizmente, um elevado número de jovens do nosso tempo são orientados para uma concepção da vida em que os valores éticos se tornam cada vez mais superficiais, dominados como são por um hedonismo imperante. O que mais preocupa é o fato de que as famílias se desagregam à medida em que os esposos atingem a idade madura, quando teriam maior necessidade de amor, de assistência e de compreensão recíproca.
Os idosos que receberam uma educação moral sadia deveriam demonstrar, mediante a sua vida e o próprio comportamento no trabalho, a beleza de uma sólida vida moral. Deveriam manifestar aos jovens a profunda força da fé, que nos foi transmitida pelos nossos mártires, e a beleza da fidelidade às leis divinas da moral conjugal.
Teremos nós os olhos e os ouvidos abertos para reconhecer um mistério tão excelso? Peçamos a Sant’Ana e a São Joaquim não só para ver e ouvir a mensagem de Deus, mas, inclusive, para participar dela com amor pelas pessoas com as quais nos encontrarmos, no Seu amor, em particular transmitindo luz e esperança a todas as nossas famílias. Confiemos, de maneira especial a Sant’Ana, as mães, sobretudo as que são impedidas na defesa da vida nascente ou que encontram dificuldades para criar e educar os seus filhos.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante 

Dia de São Joaquim e Santa Ana 

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com todos que se encontram aqui, em torno da Palavra:
 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 

Espírito Santo 
que procede do Pai e do Filho, 
tu estás em mim, falas em mim, 
rezas em mim, ages em mim. 
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra, 
à tua oração,à tua ação em mim 
para que eu possa conhecer 
o mistério da vontade do Pai. 
Amém. 

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente, na Bíblia, o texto: 
Mt 13,16-17. 
Ver o Messias e ouvi-lo era o grande anseio do povo. Mas, já dizia o profeta Jeremias: "os sacerdotes não perguntaram: Onde está o Senhor? Os depositários da Lei não me conheceram, os pastores rebelaram-se contra mim, os profetas profetizaram por Baal e, assim correram atrás do que não vale nada" (Jr 2,8). O Salmista, por sua vez, afirma: "Meu rochedo e minha muralha és tu, Senhor" (Sl 70). Agora, Jesus, o Messias e Senhor, está presente. Os que o vêem e o escutam "são felizes". No entanto, devemos admitir que há ainda muitos que estão cegos e surdos. 

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Onde vejo e escuto o Messias?
 Como aproximar e abrir os olhos e ouvidos de tantos que ainda não vêem, nem escutam?

Os bispos, em Aparecida disseram: 
"Os cristãos precisam recomeçar a partir de Cristo, a partir da contemplação de quem nos revelou em seu mistério a plenitude do cumprimento da vocação humana e de seu sentido. Necessitamos nos fazer discípulos dóceis, para aprende d'Ele, em seu seguimento, a dignidade e a plenitude de vida. E necessitamos, ao mesmo tempo, que o zelo missionário nos consuma para levar ao coração da cultura de nosso tempo aquele sentido unitário e completo da vida humana que nem a ciência, nem a política, nem a economia nem os meios de comunicação poderão proporcionar. Em Cristo Palavra, Sabedoria de Deus (cf. 1Cor 1,30), a cultura pode voltar a encontrar seu centro e sua profundidade, a partir de onde é possível olhar a realidade no conjunto de todos seus fatores, discernindo-os à luz do Evangelho e dando a cada um seu lugar e sua dimensão adequada." 
(DAp 41). 

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
 
Rezo, com o 
bem-aventurado Tiago Alberione: 

Jesus, Mestre, 
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria. 
Que eu ame com o teu coração. 
Que eu veja com os teus olhos. 
Que eu fale com a tua língua. 
Que eu ouça com os teus ouvidos. 
Que as minhas mãos sejam as tuas. 
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas. 
Que eu reze com as tuas orações. 
Que eu celebre como tu te imolaste. 
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém. 

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar é para ver Jesus e escutá-lo, hoje. 

Bênção
 
- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

Ir. Patrícia Silva, fsp


Oração Final
Pai Santo, lembrando de Joaquim e Ana, a família de Jesus de Nazaré, nós te damos graças pelas comunidades em que nos colocaste – família, Igreja, sociedade – e onde procuramos exercitar a experiência do Amor, vivido e ensinado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.




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