sexta-feira, 27 de abril de 2012

São Luís Maria Grignion de Montfort - 28 de Abril


São Luís Maria Grignion de MontfortNeste dia, nós contemplamos o fiel testemunho de Luís que, ao ser crismado, acrescentou ao seu prenome o nome de Maria, devido sua devoção à Virgem Maria, que permeou toda sua vida.

Nascido na França, no ano de 1673, de uma família muito numerosa, ele sentiu bem cedo o desejo de seguir o sacerdócio e assim percorreu o caminho dos estudos.


Como padre, São Luís começou a comunicar o Santo Evangelho e a levar o povo, através de suas missões populares, a viver Jesus pela intercessão e conhecimento de Maria. Foi grande pregador, homem de oração, amante da Santa Cruz, dos doentes e pobres; como bom escravo da Virgem Santíssima não foi egoísta e fez de tudo para ensinar a todos o caminho mais rápido, fácil e fascinante de unir-se perfeitamente a Jesus, que consistia na consagração total e liberal à Santa Maria.

São Luís já era um homem que praticava sacrifícios pela salvação das almas, e sua maior penitência foi aceitar as diversas perseguições que o próprio Maligno derramou sobre ele; tanto assim que foi a Roma para pedir ao Papa permissão para sair da França, mas este não lhe concedeu tal pedido. Na força do Espírito e auxiliado pela Mãe de Deus, que nunca o abandonara, São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor.

São Luís, que morreu em 1716, foi quem escreveu o "Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem", que influencia ainda hoje, muitos filhos de Maria. Influenciou inclusive o saudoso Papa João Paulo II, que por viver o que São Luís nos partilhou, adotou como lema o Totus Tuus, Mariae, isto é, "Sou todo teu, ó Maria".

São Luís Maria Grignion de Montfort, rogai por nós!



São Luís Maria Grignion de Montfort
1673-1716
Fundou a Companhia de Maria

Luís Maria Grignion nasceu em Montfort, França, em 1673. Descendente de uma família cristã bem situada, recebeu uma excelente instrução e educação. Ainda menino, decidiu seguir o caminho da fé e vestiu o hábito de sacerdote em 1700. 
Seu maior desejo era ser um missionário no Canadá, mas acabou sendo enviado a Poitiers, ali mesmo na França. Logo ficou famoso devido à sua preparação doutrinal e o discurso fácil e atraente. Todos queriam ouvir suas palavras, mas sua caridade era outra: cuidar de pacientes com doenças repugnantes. 
A idéia de ser missionário não o abandonava. Mesmo contrariando seu superior, foi pedir permissão diretamente ao papa. Para tanto, fez uma viagem a pé, ida e volta, de Poitiers a Roma. Entretanto, o papa Clemente XI disse-lhe que havia urgência, naquele momento, em pregar aos franceses, que viviam sob o conflito entre Roma e a doutrina jansenista, uma nova heresia. 
Luís Maria obedeceu e passou a pregar nas cidades e no meio rural e, quando necessário, confrontava os doutores jansenistas com discurso igualmente douto, munido de sua autoridade teológica. Ainda assim, sua linguagem era extremamente acessível aos mais humildes, adaptado ao seu cotidiano, à sensibilidade popular, combinada com o exemplo de uma conduta coerente e cristã. Usava de um discurso fraterno, convidando o povo a adorar e confiar num Jesus amigo, em vez de temê-lo como um rígido juiz. Outra característica muito importante de sua pregação era a devoção extremada a Maria Santíssima.
Embora a Igreja daquele tempo estivesse questionando certos aspectos do culto mariano, ele pregava a veneração sem excessos, firme e constante a Maria, a Mãe de Deus. Por meio dela é que Jesus fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná. Esse argumento, de fato, sempre esteve muito presente em todos os seus escritos e exortações, como o tratado da "Verdadeira devoção à Santa Virgem", e todos eles relacionados com a prática do Rosário.
Seus textos foram publicados em 1842 e tornaram-se os fundamentos da piedade mariana. Em meados de 1712, Luís Maria de Montfort elaborou as Regras e fundou uma nova ordem masculina: a dos Missionários da Companhia de Maria. 
Esses religiosos, chamados habitualmente de montfortianos, estenderam, aos poucos, as suas atividades pela Europa, América e África. Contudo seu fundador acompanhou apenas o seu início, porque morreu no dia 28 de abril de 1716, poucos anos depois de sua aprovação. Em 1947, o papa Pio XII proclamou-o santo.



São Luís Maria Grignion de Montfort 
Comemoração litúrgica: 28 de abril.  Também nesta data: S. Pedro Chanel, S. Luquésio e Santa Valéria

Fundador da Ordem dos Sacerdotes da Companhia de Maria
(Também conhecidos como  Missionários Monfortinos,  ou Padres  Marianos)

E da Congregação Filhas da Sabedoria - com a Beata Maria Luisa Trichet 
       
Revisão:  Pe. Luiz Augusto Stefani (Missionário Monfortino)

                                        São Luís Maria Grignion de Mantfort veio ao mundo aos 31 de janeiro de 1673. Seus pais eram João Batista Grignion de Bachelleraie e Joanna Visuelle de Chesnais, ambos de famílias nobres, mas pouco afortunados.
                                        No Batismo o menino recebeu o nome de Luís, ao qual na crisma se acrescentou o de Maria. Mais tarde abandonou o nome de sua família, passando a chamar-se Luís Maria Montfort, porque foi em Montfort onde recebeu o santo batismo. Do matrimônio abençoado dos Bachelleraie-Visuelle, além de Luís Maria procederam mais 17 filhos, dos quais um se fez padre, outro entrou na Ordem de S. Domingos, e uma irmã tomou o hábito de São Bento. Guyonne Jeanne, geralmente chamada Luísa, tornou-se Irmã do SS. Sacramento. Morreu em odor de santidade e era predileta do Santo.
                                        Luís Maria, a exemplo do seu patrono, S. Luís, tinha tomado por lema de sua vida: “Deus só”. Já nos dias de sua infância experimentou provas de amor e proteção especiais de Maria Santíssima, sua “Boa Mãe”, como ele habitualmente a chamava.
                                        Pouco afeito aos divertimentos e jogos próprios da idade infantil, encontrava todo o seu deleite nas cousas celestes. Alma privilegiada que era, na oração encontrava sua felicidade. Não lhe pareciam longas as horas passadas aos pés do tabernáculo ou do altar de Maria.
                                        Em seus pais e mestres via o próprio Deus, e mostrava-lhes o mais profundo respeito.
                                        Embora tivesse que sofrer não pouco da parte do pai, que era irascível e violento, Luís nunca lhe causou o menor desgosto, como o próprio pai, na presença de numerosa reunião de sacerdotes e religiosos declarou.
                                        Jovenzinho ainda, já era missionário; vêmo-lo exercendo esta missão junto à mãe abatida pelo desgosto e pelas fadigas domésticas; Ele consola-a, anima-a, acenando-lhe o céu. Emprega a sua influência junto à irmã Luísa para levá-la ao caminho da piedade e do amor divino. Que de indústrias não empregava para subtraí-la aos folguedos infantis, próprios da idade, a fim de tê-la como companheira nos exercícios de devoção!
                                        O que, porém, se fazia notar, já neste tempo, como era em toda a sua vida, era a sua singular devoção à Santa Virgem. “O amor de Maria, diz um seu condiscípulo, era como inato nele”.
                                        “Não é de mais afirmar que esta boa Mãe o escolhera, desde o começo, para torná-lo um dos seus privilegiados”. Encontrando-se diante de uma imagem de Maria, parecia não conhecer mais ninguém, tanta a sua devoção, tal a imobilidade tal o êxtase em que se via arrebatado.
                                        Para nos dar uma idéia do temperamento de Luís Maria seu biógrafo escreve: “Para bem avaliarmos os componentes do seu temperamento, bastar-nos-ia a recordação do caráter áspero e irritadiço do seu pai. No entanto é o próprio santo que nos afirma a sua semelhança com o temperamento paterno. Diz que mais padeceu para dominar a sua vivacidade e a paixão da cólera, que todas as paixões reunidas. Se Deus, dizia ele, o tivesse destinado para o mundo, teria sido o homem mais terrível do seu século. Tinha ele os elementos característicos  e peculiaríssimos de legítimo bretão.  “A conduta de Grignion de Montfort, diz Grandet, oito anos apenas após a morte do Santo – de tal forma pareceu extraordinária aos seus contemporâneos, que os ímpios a tomavam como diabólica, chamando-o de malfeitor, de anti-cristo, de obsesso; os mundanos consideravam-no extravagante, e os bons pelo menos tinham-no como esquisito e fora do comum. Era extraordinariamente forte; vi-o – continua Grandet, de uma feita transportar uma laje sepulcral que dois homens fortes  não conseguiriam levantar, da terra”. Por causa mesmo desta sua complexão robusta, vigorosa e viva é que ele deveria muito lutar: para domá-la foi mister abatê-la com penitência e sofrimentos.
                                        Na idade de começar os estudos, Luís Maria se transferiu para Rennes, onde os Padres Jesuítas possuíam um florescente colégio. Como em Montfort, também em Rennes o tempo era inteiramente consagrado ao trabalho e à oração, sabiamente dirigido pelos mestres, Luís avançava rapidamente no caminho da santidade. Foi lá que Maria SS.  lhe revelou sua vocação para o estado eclesiástico;  foi lá que entrou para a Congregação Mariana.
                                        Não lhe faltaram ocasiões de se exercer nas virtudes, em suportar com paciência injúrias e contradições. Ávido de sacrifícios, reduzia seu corpo à servidão com toda a sorte de mortificações. Foi naquela época que fez o noviciado de caridade para com os pobres, virtude esta, cuja prática tornou-se nota característica de sua vida.
                                        Seu único divertimento era a pintura, para a qual tinha ótimas disposições. Só, e sem mestre aprendera desenhar em miniatura; sua habilidade era tão grande que lhe bastava ver para reproduzir maravilhosamente.
                                        Ocasião que se lhe ofereceu para iniciar o estudo de teologia no Seminário de S. Sulpício em Paris, com o aplauso de seus pais, aproveitou-a. A pé fez a viagem de dez dias para a capital onde se pôs a disposição do vigário  de S. Sulpício, que lhe confiou o lúgubre ofício de velar os mortos da paróquia. A pensão era escassa e a mesa, por causa da carestia, paupérrima. Não obstante, com grande ardor atendia aos seus estudos laboriosos.
                                        Em 1694, contando vinte e um anos, recebeu as ordens menores. Com a morte do vigário de S. Sulpício, perdera seu benfeitor, e viu-se a braços de grande pobreza, vivendo às  vezes em suprema penúria. Sempre pôde experimentar o auxílio de sua Boa Mãe, Maria SS. Assim aconteceu, quando gravemente enfermo, todos julgando-o nos momentos extremos, como de repente fugiram os sintomas do mal e em poucos dias se achava em condições de continuar os estudos.
                                        Pelo empenho de uma piedosa senhora, foi admitido ao pequeno Seminário de S. Sulpício, fundado e regido pelo Pe. Olied.
                                        A entrada neste seminário foi providencial para Montfort, que na convivência com o santo diretor mais ainda pode aprofundar-se, como  se aprofundou na devoção a Maria SS. Tomou forma concreta em sua alma a convicção de a vida do cristão deve ser uma vida dedicada e unida só a Maria, sempre e em tudo agindo segundo as suas intenções e em sua honra. Montfort, segundo os desígnios de Deus, devia ser o depositário desta doutrina, para, desenvolvendo-a e publicando-a, propagá-la em uma forma fácil, clara, atraente; escopo a que ele se dedicou com admirável fidelidade. Em sua vida posterior, missionária, todos os discursos, escritos cânticos e especialmente o seu magnífico “Tratado da verdadeira devoção à Virgem Maria”, subordinou ao apostolado desta devoção.
                                        Antes de levá-la ao mundo, Montfort, como piedoso seminarista, fê-la florescer no seminário de São Sulpício, e com a devida licença dos superiores introduziu a consagração  dos “Escravos de Jesus em Maria”.
                                        Maria SS. teve no Santo de Montfort um escravo de amor, obediente, desinteressado. Orgulhoso deste título era, mais que de outro qualquer, a ponto de, desta época (25 de março de 1697) em diante, subscreve-se simplesmente: “Escravo de Jesus em Maria”. É possível que já então desfrutasse da presença de Maria, como diz em um dos seus cânticos.
                                        Em grande estima era tido por seus superiores; mestres e alunos de S. Sulpício eram unânimes em afirmar que a SS. Virgem mesma inspirava o seu devoto servo, fecundando admiravelmente suas fadigas.
                                        Ainda que não tomasse parte nas preleções da afamada faculdade da Sorbona, sustentou com brilho uma disputa teológica sobre a graça, na qual enfrentou as objeções combinadas de seus companheiros e as rebateu soberanamente.
                                        Escravo de Maria, como o Primogênito da divina Mãe, havia de ser e foi uma vítima, homem de sofrimentos, saturado de opróbrios. Com facilidade, porém, carregou a sua cruz. Com o apóstolo podia exclamar: “No meio do sofrimento, estou repleto de gozo”.
                                        Desde sua chegada à S. Sulpício empenharam-se os superiores a corrigir tudo o que houvesse de singular em suas maneiras. Passou por uma escola duríssima, e nada foi  poupado para pôr à prova sua virtude. O Santo foi experimentado de mil maneiras. Tirava-se-lhe hoje a concessão ontem obtida; as permissões lhe eram dadas de má vontade, ou continuamente negadas ou reparadas imerecidamente. Parecia seu diretor se ter especializado em fazê-lo penar sem tréguas e em cobrí-lo sempre de confusão.
                                        Os clérigos, levados pelo exemplo do diretor, autorizavam-se também de experimentar a virtude do condiscípulo. Este, porém, com a lembrança do Divino Mestre, manteve-se sereno, benévolo, guardando sempre a paz e tranqüilidade.
                                        Foi ordenado a 5 de junho de l700. O restante deste dia passou aos pés do SS. Sacramento e vários dias dedicou à preparação para a primeira missa. “Assisti a este sacrifício, escreveu o seu biógrafo, Padre Blain – e pareceu-me ver celebrar não um homem e sim um anjo”.
                                        No mesmo ano da sua ordenação iniciou Montfort sua vida apostólica como missionário. Logo no princípio experimentou decepções das mais desconsoladoras, que puseram a duríssima prova a sua própria vocação. Começou seu magistério no hospital de Poitiers, que “era uma babilônia, onde em vez da ordem e da paz reinava só discórdia”. Enamorado da pobreza, escolheu para si o pior dos cubículos, não querendo viver senão de esmolas e sem demora pôs mãos à obra. Seu trabalho foi cumulado de bênçãos de Deus. Transformou aquela casa tanto material como espiritualmente.  Ingratidão, porém, foi a paga dos beneficiados.
                                        Tanto foram as maledicências, tão graves as calúnias levantadas contra a sua pessoa, que o próprio diretor do seminário chegou a repelí-lo, diante de todos os mestres e estudantes. O pároco de S. Sulpício deu-lhe idêntico acolhimento, não obstante ter sido ele um dos seus admiradores. Em meio de sua tristeza e no abandono por parte de seus melhores amigos, restava alguém que nunca o abandonara: recorreu à Virgem Protetora. Esta foi solícita, em atendê-lo.
                                        A reentrada no Hospital de Poitiers ocasionou a fundação feita por Montfort, de uma Congregação de Irmãs de Caridade, à qual deu o nome de “Filhas da Sabedoria”.
                                        Desde os primeiros momentos de sua vida sacerdotal Montfort sentia-se chamado para ser missionário. A este apostolado se dedicou de corpo e alma. Em muitas dioceses e inúmeras paróquias da França fez ouvir a sua voz de apóstolo e instrumento extraordinário,  tem sido na conversão de muitas almas. A sua palavra ardente e arrebatadora era sempre acompanhada pelo exemplo de um verdadeiro zelador das cousas de Deus. Não lhe faltaram, é certo, a bênção de Deus e bem visível até a assistência do Divino Espírito santo. Em Maria Santíssima tinha ele a mãe protetora e auxiliadora.
                                        Não eram poucas as missões por ele pregadas, que terminaram em verdadeiros triunfos de piedade e em conversões em massa. O inferno, por sua vez, não podia ver de bons olhos os grandiosos efeitos das operações missionárias do incansável  e santo missionário. Ocasião não deixava passar, sem perturbar-lhe os planos, e mover guerra contra a sua pessoa e seus intentos. Referindo-se a estas maquinações diabólicas, ele mesmo, bendizendo-as em uma das suas cartas atesta: “Jamais fui como hoje pobre, humilde e atribulado: homens e demônios movem contra mim uma guerra sumamente amável. Zombam de mim, caluniam-me, vejo eu em farrapos a minha própria fama, e minha pessoa em prisão! oh! dons preciosos!”
                                        Pesada cruz levava ele, e tempo houve, que duvidou, se ao menos por algum tempo não deveria abandonar os cuidados do ministério apostólico para atender à grande inclinação e ao incitamento para a vida contemplativa. Chegou mesmo a se associar aos eremitas do monte Valeriano. Fez-lhes o benefício de, não tanto pela palavra, senão pelo seu exemplo e espírito de penitência restabelecer a ordem e a disciplina naquela comunidade.
                                        Reclamada novamente sua presença no hospital de Poitiers, mais uma vez retornou a seu posto na vida de caridade e sacrifício.
                                        O inferno, no entanto, rugia de ódio e sua sanha se reacendeu decidida. Belzebu vomitou sobre o homem de Deus tamanha onda de procelas e perseguições que quase conseguiu abatê-lo.
                                        Foi a Roma para implorar do Sumo Pontífice Clemente XI, a licença de se poder dirigir para as terras dos infiéis.
                                        O Papa, entretanto, fê-lo voltar para a França, para combater a peste jansenista, honrando-o com o título de Missionário apostólico. Obedecendo a este mandamento, dedicou-se ele definitiva e completamente às santas empresas.
                                        Deus o requisitou para este cargo, concedendo-lhe dons admiravelmente aptos para este fim. Inaugurou em 1705 sua carreira apostólica em um subúrbio de Montfort, bairro conhecido como foco de vícios e maldades. Como esta, havia ainda outras populações, e Montfort deixou-as completamente transformadas e regeneradas. O distintivo especial do santo missionário em relação a outros Santos foi sua singular devoção à Virgem Maria.  Era esta devoção que insistentemente inculcava aos seus ouvintes, afirmando sempre com S. Bernardo, que todas as graças haviam de esperar que lhes viessem das mãos de Maria. Esta devoção nunca esmorecida e sempre comunicativa de Montfort explica a força, a uniformidade de seu apostolado. Sua vida, santificada por tão admirável devoção, abalava as populações num contínuo prodígio, dispondo-as a um acolhimento simpático de sua palavra inspirada.
                                        Em 1705, Montfort realizou a idéia, que havia muito, vivia em sua alma, de fundar uma “Companhia de sacerdotes, completamente dedicados às missões, e militando sob o estandarte e a proteção de Maria Santíssima”. Fundou a Companhia de Maria e para ela compôs uma regra conforme sua finalidade. Os missionários pertencentes a esta Companhia, seriam os herdeiros do seu entranhado amor a Maria: a missão deles seria fazer Maria conhecida e amada por todos a eles confiados. A Companhia fundada por Montfort tomou incremento e conta hoje com milhares de religiosos professos. Desde 1966 se acha estabelecida também no Brasil.
                                        Também a Congregação das Filhas da Sabedoria teve grande desenvolvimento na França, e com ótimos resultados exerceu seu apostolado da caridade e do ensino. Maria Luísa Trichet foi a grande coluna  sobre a qual São Luís estabeleceu sua congregação feminina. 
                                        Da sua vida missionária tenha lugar aqui apenas um fato bem de molde para ilustrar as situações que costumavam correr os seus trabalhos, acompanhando quase sempre da malquerença, da inveja e do ódio dos inimigos da Igreja.
                                        Em janeiro de 1716 encerrou-se a missão em Villiers-en-plaine, missão esta que dera ao santo pregador grandes motivos de alegria. Para tal concorreu o bom exemplo dos chefes locais, o senhor e a senhora d”Orion. Esta, a princípio, por demais crédula das calúnias espalhadas contra Montfort, hesitara em seguir os exercícios da santa missão.  Por temor de um escândalo público decidiu-se a comparecer, mais, porém, por curiosidade do que por convicção e piedade, disposta a ver as denominadas “palhaçadas do missionário” e a rir a bom gosto. S. Luís Maria e seus companheiros eram hóspedes da sogra da senhora d”Orion e pôde ela então de perto observar a pessoa do Santo e sua conduta.
                                        A realidade revelou-lhe então quão falsa era a descrição inspirada pelo ódio. Era este o sacerdote de quem tanto se falava ? Diziam-no ridículo, extravagante e indiscreto; ela, porém, contemplava um sacerdote de rara modéstia, de esmerada polidez, de admirável bom senso, respeitoso para os grandes, afabilíssimo para com os pequenos e humildes; não um severo e impertinente censor de mínimos defeitos, mas um padre bondoso, indulgente para com as fraquezas alheias, sempre sorridente, manso mesmo em suas necessárias repreensões. Encontrando ela uma ocasião muito propícia para entrar no quarto do Santo, pode ver de perto os seus terríveis instrumentos de penitência. Ao antigo desprezo sucedeu uma verdadeira admiração.
                                        Enfim, o próprio Altíssimo e bom Senhor quis manifestar a santidade de seu servo. Enlevado em um longo êxtase, S. Luís Maria esteve suspenso dois pés da terra por algum tempo, com os braços cruzados sobre o peito. Em outra ocasião, pouco posterior, predisse a sua morte dizendo: “Morrerei antes do fim do ano”.
                                        Missionário foi até o último dia da sua existência. Abalado em sua saúde, fatigado pelas missões, fez um último esforço para receber dignamente o Bispo, que o surpreendeu com sua inesperada visita, com o único intento de observar de perto as virtude e méritos do Santo.
                                         Nesta ocasião Montfort fez o seu último sermão, que versava sobre a ternura de Jesus para todos nós. Lágrimas de comoção brotaram dos olhos dos seus ouvintes. Não pode levar até o fim a sua alocução, pois a enfermidade o impossibilitava de concluir, e fê-lo recolher-se ao leito. E vinha a morte a grandes passos.
                                        Rodeado dos seus íntimos, sequioso por receber sua última bênção, com o crucifixo traçou sobre eles o sinal da cruz. Com grande amor beijava ele o crucifixo, trazido de Roma e seus lábios pronunciavam os nomes de Jesus e Maria. De súbito caiu em breve sonolência. Agitadíssimo, dela despertou exclamando em alta voz: “Inutilmente me tentas: estou entre Jesus e Maria. Graças a Deus e a Maria ! Minha carreira terminou; não pecarei mais”. Foram suas últimas palavras. 
                                        Assim no ósculo do Senhor exalou a sua puríssima alma no dia de 28 de abril de 1716 em Saint-Laurent-sur Sèvre.
                                        A fama de sua santidade espalhou-se de tal maneira que logo depois de ter sido permitido por autoridade do Bispo diocesano e mais tarde pela Santa Sé, procederam-se as indagações canônicas.
                                        Depois do reconhecimento dos milagres, Leão XIII, honrou-o com a glória da beatificação, precisamente no dia 22 de janeiro de 1888. Pio XII, o canonizou solenemente no dia 20 de julho de 1947.   No dia 20 de julho de 1996 o Papa João Paulo II inseriu sua festa no calendário romano universal.  Sua festa é comemorada com muito júblilo pelas famílias monfortinas e seus devotos, no dia 28 de abril de cada ano. 
                                        O Santo é apresentado com o crucifixo sustentado na mão esquerda. Com o pé direito ele pisa a cabeça de satanás representado em figura humana, tentando destruir um livro sobre o qual se lê o título: “Tratado da Verdadeira Devoção”. O semblante do Santo é sereno. Ele  olha o demônio e parece dizer-lhe: “Em vão; tu não o destruirás!” A mão direita está estendida e um pouco elevada, apontando o céu num gesto de confirmação daquilo que ele parece nos dizer, isto é, a certeza da vitória sobre o demônio.

São Luís Maria de Montfort
Louis de Montfort.jpg
São Luís Maria Grignion de Montfort
Presbítero e Confessor
Nascimento31 de Janeiro de 1673 emMontfort-sur-Meu
Morte28 de Abril de 1716 emSaint-Laurent-sur-Sèvre
Veneração porIgreja Católica
Beatificação1888 por: Papa Leão XIII
Canonização1947 por: Papa Pio XII
Festa litúrgica28 de Abril


Louis-Marie Grignion, mais conhecido como São Luís Maria Grignion de Montfort (31 de Janeiro de 1673 - 28 de Abril de 1716) foi um sacerdote francês e um santo católico. Ele é reconhecido por ser um pregador e um escritor, cujos livros são amplamente lidos nos dias atuais e considerados de extrema importância no Magistério da Igreja Católica.
Ele é considerado como um dos primeiros defensores da mariologia como é conhecida atualmente, e um candidato a tornar-se umdoutor da Igreja. A sua estátua de Giacomo Parisini está agora colocado na Upper Nicho na Nave Sul da Basílica de São Pedro noVaticano.[1]

Primeiros anos


Nasceu em Montfort-sur-Meu, o filho sobrevivente mais velho da grande família do tabelião Jean-Baptiste Grignion, e sua esposa Jeanne Robert, que era conhecida por ser profundamente católica. Ele passou a maior parte de sua infância em Iffendic, a poucos quilômetros de Montfort, onde seu pai havia comprado uma fazenda. Com 12 anos de idade, ele entrou no colégio jesuíta de São Thomas Becket emRennes.
Em algum momento durante o seu colegial, ele tomou conhecimento de sua vocação e chamado sacerdotal, e no final de sua escolaridade ordinária, iniciou seus estudos de filosofia e teologia, ainda em São Thomas, em Rennes. Ouvindo as histórias de um padre local, o abade Julien Bellier, sobre sua vida como um missionário itinerante, ele foi inspirado a pregar missões entre as pessoas pobres. E, sob a orientação de alguns outros sacerdotes, começou a desenvolver a sua forte devoção a Nossa Senhora.
Então lhe foi dada a oportunidade, através de um benfeitor, para ir a Paris para estudar no renomado Seminário de São Sulpício no final de 1693. Quando ele chegou à Paris, descobriu que o seu benfeitor não tinha fornecido dinheiro suficiente para ele, passando à viver entre os muito pobres, porém, freqüentando a Universidade de Sorbonne para palestras sobreteologia. Após menos de dois anos, ele ficou muito doente e teve que ser hospitalizado. De alguma forma ele sobreviveu a sua internação.
Após a sua liberação do hospital, para sua surpresa, ele encontrou um emprego reservado em São Sulpício, onde ingressou em julho de 1695. São Sulpício tinha sido fundado por Jean-Jacques Olier, um dos principais sacerdotes do que veio a ser conhecido como a Escola Francesa de Espiritualidade. Tendo em conta que ele foi nomeado o bibliotecário, o seu tempo em São Sulpício deu-lhe a oportunidade de estudar a maioria das obras disponíveis sobre espiritualidade e, em particular, sobre o lugar da Virgem Maria na vida cristã. Mais tarde isso levaria ao seu foco sobre o Santo Rosário e do seu aclamado livro "Os Segredos do Rosário".

De padre para pregador


Foi ordenado sacerdote em junho de 1700, e atribuído à Nantes. Suas cartas deste período mostram que ele sentiu-se frustrado com a falta de oportunidade para pregar, atividade esta que considerava o motivo de sua vocação. Estudou várias opções, inclusive a de se tornar um eremita, mas a convicção de que foi chamado para "pregar missões aos pobres" aumentou. Cinco meses depois de sua ordenação, em novembro de 1700, ele escreveu: "Estou perguntando continuamente em minhas orações para que (…) os bons padres preguem missões e retiros no âmbito da (…) proteção da Santíssima Virgem". Este pensamento inicial acabou por conduzi-lo à formação da Companhia de Maria. Nessa mesma época ele reuniu-se com Marie Louise Trichet, quando foi nomeado capelão do hospital de Poitiers. Essa reunião tornou-se o início da trinta e quatro anos de serviço aos pobres de Marie Louise e Luís.
Frustrado com os bispos locais, Luís decidiu fazer uma peregrinação a Roma, para perdir um conselho ao Papa Clemente XI, sobre o que ele deveria fazer. Foi enviado de volta à França, com o título de missionário apostólico.
Durante vários anos, ele pregou em missões na Bretanha a partir de Nantes, e sua reputação como um grande missionário cresceu, e ele se tornou conhecido como o "Bom pai de Montfort". Em Pontchateau ele atraiu milhares de pessoas para ajudá-lo na construção de um grande calvário. Isto tornou-se a causa de uma das suas maiores decepções, na véspera da sua própria bênção, o bispo local, depois de ouvi-lo, proibiu sua bênção por ordem do rei de França sob a influência de membros da escola Jansenista. É relatado que, ao receber esta notícia, ele disse aos milhares que aguardavam a bênção: "Tínhamos a esperança de construir um calvário aqui, vamos construí-lo em nossos corações. Bendito seja Deus".

Obras


Ele deixou Nantes e os próximos anos foram extremamente ocupados para ele. São Luís estava constantemente ocupado em missões de pregação, sempre viajando. Mas ele também encontrou tempo para escrever - o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria,[2][3][4][5] O Segredo de Maria [6][7] e O Segredo do Rosário, as regras para a Companhia de Maria e as Filhas da Sabedoria, e muitos hinos. A sua missão teve um grande impacto, especialmente em Vendée.
O estilo de sua pregação aquecido foi considerada por algumas pessoas como algo estranho e que ele foi envenenado uma vez. Apesar de não ser fatal, sua saúde a deteriorou-se. Mas ele continuou pregando livremente em escolas para os meninos e meninas pobres.

Filhas da Sabedoria


O bispo de La Rochelle tinha se impressionado com Luís há algum tempo e convidou-o para abrir uma escola ali. Luís, com a ajuda de suas seguidoras, Marie Louise Trichet e Catherine Brunet alistaram diversas pessoas. Em 1715 foi aberta uma escola e em pouco tempo tinha 400 alunos.
Em 22 de agosto de 1715, Marie Louise Trichet e Catherine Brunet, juntamente com Marie Valleau e Marie Régnier de La Rochelle receberam a aprovação do bispo de Champflour de La Rochelle para desempenhar a sua profissão religiosa sob a direção de Luís. Na cerimônia Luís lhes disse: "Ligue-se as Filhas da Sabedoria, para o ensino das crianças e o cuidado dos pobres." As Filhas da Sabedoria cresceram e tornaram-se uma organização internacional, as estátuas dos seus fundadores foram colocadas na Basílica de São Pedro.

Morte e enterro


Desgastado pelo trabalho árduo e suas doenças, ele faleceu em 28 de Abril de 1716 quando ia iniciar uma missão em Saint-Laurent-sur-Sèvre, que seria sua última pelo seu estado grave de saúde. Ele tinha 43 anos, e era sacerdote há apenas 16 anos. Seu último sermão foi sobre a ternura de Jesus e a Sabedoria do Pai encarnado. Milhares de pessoas se reuniram para o seu enterro na igreja paroquial, e muito rapidamente, houve histórias de milagres realizados em seu túmulo.
Exatamente 43 anos após o dia da sua morte, em 28 de abril 1759 Marie Louise Trichet também morreu em Saint-Laurent-sur-Sèvre e foi enterrada ao lado de Luís. Mais de dois séculos mais tarde, em 19 de Setembro de 1996, o Papa João Paulo II (que beatificou Marie Louise Trichet) entrou no mesmo local para meditar e orar sobre os túmulos adjacentes de São Luís e Marie Louise Trichet, em Saint-Laurent-sur-Sèvre.

Um jovem padre que influenciou papas


Em Junho de 1700, quando o jovem Luís de Montfort foi ordenado sacerdote, ele era jovem e idealista, mas um outro homem que queria ser o campeão dos pobres, tendo sido inspirado como um adolescente para pregar aos pobres. Mas ele também tinha uma grande devoção à Virgem Maria e estava disposto a arriscar a vida por isso. Séculos mais tarde, ele influenciou quatro papas (Papa Leão XIIIPapa Pio XPapa Pio XII e o Papa João Paulo II), e agora está sendo considerada a possiblidade de reconhecê-lo como um doutor da Igreja.[8][9] [10][11][12]
O Papa Leão XIII e o Papa Pio X invocaram os escritos de Luís de Montfort e promulgadaram sua visão Mariana. Foi dito, que a encíclica Mariana de Pio X, Ad Diem Illum não foi apenas influenciada, mas penetrou pela Mariologia de Montfort.[13] e, que tanto Leão XIII e Pio X aplicaram a análise Mariana de Montfort a Igreja como um todo. [14]

Papa Leão XIII

O Papa Leão XIII baseado nos escritos de São Luís de Monfort promulgou dez encíclicas sobre o Santo Rosário e a devoção mariana. Em sua encíclica sobre o cinquentenário do dogma da Imaculada Conceição, ressaltou seu papel na redenção da humanidade, que cita a Virgem Maria como Medianeira e Co-Redentora, dentro do espírito e das palavras de São Luís de Montfort.[13] Leão XIII o beatificou em 1888.

Papa Pio XII

O Papa Pio XII foi um pontífice com uma forte devoção mariana, ele ficou impressionado com o trabalho de São Luís, e quando ele canonizou Montfort em 27 de julho de 1947, disse: "Só Deus era tudo para ele. Devemos permanecer fiel à herança preciosa que nos deixou este grande santo (…)"[15]

Papa João Paulo II

O Papa João Paulo II recordou uma vez como um jovem seminarista como ele "leu e releu muitas vezes e com grande lucro espiritual" um dos trabalho de Montfort, e que: "Então eu percebi que eu não poderia excluir a Mãe do Senhor da minha vida, sem obscurecer a vontade de Deus-Trindade."[16]
De acordo com a sua Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, e o lema pessoal pontifício "Totus tuus" foi inspirado na "doutrina sobre a excelência da devoção mariana e total consagração" de São Luís de Montfort.
Os pensamentos, escritos, e o exemplo de São Luís Maria Grignion de Montfort, também foram apontados pela encíclica Redemptoris Mater do mesmo papa como um distintivo testemunho de espiritualidade mariana na tradição católica. Ao falar com os Padres Montfortianos, o pontífice também declarou que a sua leitura do trabalho do santo "Verdadeira devoção a Maria" foi uma "decisiva virada" na sua vida.

Legado e impacto sobre a Igreja Católica

São Luís Maria Grignion de Montfort foi um padre e um pregador por apenas 16 anos, muitas vezes tendo arriscado tudo pelo caminho. Alguns anos antes de sua morte, ele escreveu à Marie Louise Trichet, a primeira Filha de Sabedoria: "Se fizermos qualquer coisa para não correr riscos por Deus nunca iremos fazer algo de grande por ele."
Mas é interessante notar que, com base em sua autobiografia, seus dezesseis anos de sacerdócio incluem muitos meses, talvez um total de quatro anos na gruta de Mervent, em meio à beleza da floresta, em São Lázaro perto da aldeia de Montfort, isto deu-lhe tempo para pensar, contemplar e escrever.

Congregações de Montfort


O túmulo do santo, a sua casa e os locais em que viveu são agora alvo das "Peregrinações Montfortianas", com cerca de 25.000 visitantes por ano. A casa em que ele nasceu é a nº 15, Rue de la Saulnerie em Montfort-sur-Meu. Agora, é propriedade conjunta dos três congregações Montfortianas que ele formou: os Missionários de Montfort, as Filhas da Sabedoria e os Irmãos de São Gabriel. A Basílica de São Luís de Montfort em Saint-Laurent-sur-Sèvre é uma estrutura impressionante, que atrai um bom número de peregrinos a cada ano.
As congregações de Montfort como a Companhia de Maria, as Filhas da Sabedoria, e os Irmãos de São Gabriel cresceram e se espalharam, primeiro na França e, em seguida, ao longo de todo o mundo.

"Só Deus": Espiritualidade Montfortiana


"Só Deus" é o lema de São Luís Maria Grignion de Montfort e repete-se mais de 150 vezes em seus escritos. "Só Deus" é também o título de seus escritos coletados. Resumidamente falando, com base em seus escritos, a espiritualidade Montfortiana pode ser resumida através da fórmula: "Para Deus, pela Sabedoria de Cristo, no Espírito, em comunhão com Maria, para o reino de Deus."
Embora São Luís de Montfort seja mais conhecido pela sua devoção à Santíssima Virgem Maria, sua espiritualidade é fundada sobre o mistério da Encarnação de Jesus Cristo, e está centrada em Cristo.

Mariologia Montfortiana


São Luís Maria Grignion de Montfort fez uma abordagem de "consagração total a Jesus Cristo, a Sabedoria Encarnada, pelas mãos de Maria", que teve um forte impacto sobre a Mariologia Católica, tanto na piedade popular, quanto na espiritualidade de ordens religiosas. Como um dos autores clássicos da espiritualidade cristã, São Luís de Montfort é um candidato para se tornar um doutor da Igreja. O seu livro "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria" tem sido considerado um dos mais influentes livros marianos.
São Luís Maria Grignion de Montfort foi um forte crente no poder do rosário e o seu popular livro "O Segredo do Rosário" é aprovado pela Igreja Católica e de fácil leitura, mas ainda assim possuí uma abordagem multi-perspectiva sobre o Santo Rosário. Fornece métodos específicos para rezar o rosário com maior devoção. Foi lido por católicos no mundo inteiro e há mais de dois séculos é uma das primeiras obras que estabelece a moderna Mariologia.

Os Apóstolos dos Últimos Tempos

Nas suas aparições, Nossa Senhora de La Salette,
 tal como São Luís de Montfort, falou dos Apóstolos 
dos Últimos Tempos.


São Luís Maria Grignion de Montfort, na sua obra "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria", profetizou o surgimento futuro daqueles a que o próprio santo chamou de "Apóstolos dos Últimos Tempos" e que viriam a ser confirmados, mais tarde, durante as aparições de Nossa Senhora de La Salette:
Cquote1.svgEu dirijo um urgente apelo à Terra; chamo os verdadeiros discípulos do Deus Vivo que reina nos Céus; chamo os verdadeiros imitadores de Cristo feito Homem, o único e verdadeiro salvador dos homens; chamo os meus filhos, os meus verdadeiros devotos, aqueles que já se me consagraram a fim de que vos conduza ao meu Divino Filho; os que, por assim dizer, levo nos meus braços, os que têm vivido do meu Espírito; finalmente, chamo os Apóstolos dos Últimos Tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo que têm vivido no desprezo do mundo e de si próprios, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento e no desconhecimento do mundo. Já é hora de que saiam e venham iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como filhos queridos meus. Eu estou convosco e em vós sempre que a vossa fé seja a luz que alumie, e nesses dias de infortúnio, que o vosso zelo vos faça famintos da glória de Deus e da honra de Jesus Cristo.

Referências

  1.  Saintpetersbasilica.org
  2.  Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria - 2009, Paulus Editora.
  3.  True Devotion to Mary online
  4.  True Devotion to Mary text format
  5.  "Original Translation of Fr. Faber"
  6.  Secret of Mary online
  7.  Secret of Mary in text format
  8.  Antoine Nachef, 2000 Mary's Pope Rowman & Littlefield Press ISBN 978-1-58051-077-6 page 4
  9.  Joseph Jaja Rao, 2005, The Mystical Experience and Doctrine of St. Louis-Marie Grignion de Montfort Ignatius Press ISBN 978-88-7839-030-0 page 7
  10.  J. Augustine DiNoia, 1996, The love that never ends OSV Press ISBN 978-0-87973-852-5 page 136
  11.  Tim Parry 2007, The Legacy of John Paul II Intervarsity Press ISBN 978-0-8308-2595-0 page 109
  12.  Albert Nevins, Theodore James, 1997 The heart of Catholicism OSV Press ISBN 978-0-87973-806-8 page 472
  13. ↑ a b Heinrich Maria Köster, die Magt des Herrn, 1947, 54
  14.  Köster 54
  15.  in Ancilla Gebsattel die vollkommene Hingabe an Maria St. Grigionhaus, Altötting 1956.
  16.  Pope Reveals Mary'S Role In His Life

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