
27ª Semana do Tempo Comum
Ano C - Branco
Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida, Solenidade
Sua mãe disse aos que estavam servindo:
"Fazei o que ele vos disser!” Jo 2, 5
Jo 2,1-11
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos a solenidade de Nossa Senhora
Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. No pequeno sinal aparecido no rio Paraíba, fazemos memória do grande sinal que é a Mulher que trouxe
ao mundo o Filho Salvador, que é o Cristo Senhor.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, sejam
bem-vindos! Hoje, o povo brasileiro, formado por tantas raças e nações, volta-se reverente a Deus para bendizê-lo por sua divina Mãe, a quem
aprendemos a amar como nossa
Mãe e modelo para a Igreja. Maria, vestida da justiça de Deus, toda
ornada como Rainha, Imaculada
por desejo do Pai, manifestou-se na
imagem negra, encontrada no rio
Paraíba do Sul, por simples pescadores. Ela não esquece de nós, filhos
que o Filho lhe deu ao pé da cruz, e
hoje pede a Deus por nós e por nossa pátria.
“VIVA MÃE DE DEUS E NOSSA!”
É assim que os féis devotos de Nossa Senhora Aparecida, confirmando
o que ensina o magistério da Igreja,
enaltecem a especial participação de
Maria na História da Salvação. Maria
foi a mulher escolhida para ser mãe
do Filho de Deus. Por obra e graça do
Espírito Santo, ela é Mãe de Jesus,
o Cristo, homem e Deus, e, sendo
assim, é mãe de cada um de nós, os
membros do Seu corpo, que é a Igreja. O discípulo fiel que estava ao pé da
Cruz e recebeu Maria como mãe representa todos os discípulos: “Esta é
a sua mãe”. (cf. Jo 19,25-27). Por isso,
nós a reconhecemos, veneramos,
amamos e aclamamos como Mãe de
Deus, Mãe da Igreja, nossa Mãe.
No rito do matrimônio judeu, o momento alto era quando os esposos
bebiam do mesmo cálice de vinho,
o vinho era o símbolo do amor. Então, neste casamento acontecido em
Caná da Galileia, que é a prefiguração
da Nova Aliança entre Deus e o seu
povo, faltou o elemento mais importante, o amor, e a mãe de Jesus, sutil
e diligentemente, lhe diz: “Eles não
têm mais vinho” (Jo 2,3)!
Intercessora junto a seu filho Jesus,
advogada nossa, nos ensina: “Façam
o que ele mandar” (Jo 2,5) As palavras da mãe de Jesus, a sua ordem,
repetem aquilo que o povo disse a
Moisés depois da aliança firmada no
Antigo Testamento: “Tudo o que o Senhor mandar fazer nós o faremos” (Ex
19,8). Enquanto Eva, a primeira Mulher, por sua desobediência trouxe
o pecado e a morte para a humanidade, Maria, a nova Mulher, por sua
obediência e aceitação do plano divino, trouxe a graça e a salvação por
seu filho Jesus Cristo.
Em várias ocasiões Jesus compara o
Reino de Deus a uma festa de casamento para significar a Nova Aliança
que o Senhor quer estabelecer através dele com Seu povo. Sempre em
sintonia com o plano do Pai, Jesus
profetiza sobre o propósito maior de sua missão: “Minha hora ainda não
chegou” (Jo 2,4). A hora de Jesus será
quando derramará o seu sangue na
cruz. A Nova Aliança não será como a
antiga, selada com sangue de animais
sacrificados, mas com o próprio sangue do Cristo de Deus. Aliança, juramento, compromisso feito por amor,
como num casamento.
A história da rainha Ester, narrada
na primeira leitura, mostra que Deus
prepara e posiciona pessoas, por vezes as mais improváveis, em lugares
estratégicos para cumprir Seus propósitos. Assim, Deus transforma nossas vidas para que sejamos luz e instrumentos de salvação para outros. O
salmo que cantamos nesta solene liturgia de hoje descreve de forma poética e profética o casamento, a união
perfeita entre Cristo, o Rei do Universo e sua esposa, a Igreja, ornada das
mais belas virtudes.
Maria, cheia de graça, simboliza a
própria Igreja no terrível combate
entre o bem e o mal encenada no
capítulo 12 do Livro do Apocalipse,
como ouvimos na segunda leitura. A
batalha entre a mulher e o dragão,
que se estende por toda a história
da salvação, culmina na vitória final
do bem sobre o mal. A narrativa também mostra que, apesar da perseguição, a Igreja, representada pela figura
da Mulher, permanece fiel a Deus e é
protegida por Ele.
Peçamos com amor por todo o povo
brasileiro, de quem Ela, a Mãe, é rainha. Sua imagem foi encontrada pelos pobres trabalhadores. Que hoje
seja encontrada por todos, de modo
particular por aqueles que têm necessidade de trabalho, de educação,
de cuidados médicos e por quantos
estão privados de dignidade.
Rogai por nós, santa Mãe de Deus e
nossa, para que sejamos dignos das
promessas de Cristo!
Pe. Jorge Bernardes
Vigário Episcopal para a Região Ipiranga
Comentário do Evangelho
O Milagre de Caná: A Transformação da Água em Vinho por Jesus
A liturgia deste domingo é de grande importância para o Brasil, que celebra com devoção a sua padroeira, Nossa Senhora Aparecida. A história da devoção à Nossa Senhora da Imaculada Conceição, cuja imagem foi encontrada nas águas do rio Paraíba, remonta ao surgimento do culto a “Nossa Senhora Aparecida”. Ao longo dos anos, muitos milagres têm sido atribuídos à intercessão de Maria, tanto na região do Santuário Nacional de Aparecida do Norte quanto em diversas partes do Brasil, onde os fiéis compartilham sua fé e testemunhos de cura e proteção.
Na primeira leitura, a figura da rainha Ester, que intercedeu pelo seu povo perante o rei Assuero, é uma prefiguração da intercessão de Maria. No contexto da história dos judeus, Ester descobre uma trama de extermínio arquitetada por Aman, o primeiro-ministro do rei. Ela recorre à oração e, em seguida, encontra-se com o rei, que lhe oferece sua ajuda. A rainha, no entanto, não pede riquezas nem poder, mas a salvação de sua vida e de seu povo.
Na segunda leitura, Maria é descrita como a mulher do Apocalipse, imagem frequentemente associada à Virgem Maria por Santo Agostinho e São Bernardo. Ela é revestida da glória de Deus, simbolizada pelo sol, e pisa sobre a lua, que representa o domínio da história. Sua coroa de doze estrelas simboliza a realeza e o triunfo da Igreja, o “Novo Israel”, sobre o Dragão, que representa Satanás. Maria compartilha o sofrimento das perseguições dos primeiros cristãos, mas também a esperança na vinda do Messias vitorioso.
Maria também aparece no primeiro dos sete sinais de Jesus, narrado no evangelho de João. Durante as Bodas de Caná, ela observa que falta vinho, e intercede junto a seu Filho para que ele realize o milagre. Mesmo com a resposta aparentemente distante de Jesus, Maria confia plenamente na vontade de Deus. Ela não questiona, mas orienta os serventes a fazerem tudo o que ele disser. Esse momento é interpretado como um sinal da transformação que Jesus traria, cumprindo a promessa de renovar a aliança de Deus com seu povo.
Ao celebrar a festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, invocamos a intercessão de Maria para fortalecer a fé do povo brasileiro. Que possamos, como os discípulos em Caná, abrir nossos corações para que a Palavra de Cristo nos preencha e nos transforme, trazendo a verdadeira alegria que só ele pode oferecer. Que Maria, com seu amor materno, interceda pelo Brasil, ajudando-nos a superar as aflições que nos roubam a verdadeira alegria e paz.
Reflexão
Atribuído a Maria, Mãe de Jesus, este título se deve à maneira como ela se manifestou ao povo brasileiro: sua imagem foi pescada nas águas do rio Paraíba, em 1717. Desde o início, a imagem, de cor negra, foi objeto da veneração dos fiéis. Com a ocorrência de milagres, a devoção a Nossa Senhora começou a divulgar-se com o nome de Imaculada Conceição Aparecida. Em 1930, o papa Pio XI a proclamou Padroeira do Brasil. Em 1952 (250 anos após o encontro da imagem), Paulo VI conferiu-lhe a maior honraria, a “Rosa de Ouro”. Três papas visitaram a basílica do Santuário Nacional: São João Paulo II, em 1980; papa Bento XVI, quando abriu a V Conferência Episcopal Latino-americana e do Caribe, em maio de 2007; e o papa Francisco, em 2013, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA
Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil. Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés: consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, ó Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo, na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda a eternidade. Assim seja!
Coleta
— OREMOS: Ó DEUS TODO-PODEROSO, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


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