ANO C
Mc 6,17-29
Comentário do Evangelho
Anúncio do Reino
Os detalhes desta narrativa sobre a execução de João têm dois efeitos: ironizam um rei fraco e sensual e advertem os discípulos de Jesus nas comunidades que se inclinam a interpretar Jesus como messias poderoso. De Jesus, assim como de João, não se deve esperar a glória e o poder, mas, sim, o serviço humilde e divino, porém frágil diante dos poderosos deste mundo. O dom da vida eterna não pertence aos poderosos, mas a Deus.
O desfecho da vida de João Batista é apresentado em paralelo, como prefiguração do desfecho da vida de Jesus: anúncio do Reino, perseguição, articulação dos poderosos e morte. E para ambos se tem a percepção de sua permanência nas comunidades, após a morte.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Paulinas em 29/08/2012
Comentário do Evangelho
A tentação de calar a voz que denuncia o mal.
João Batista é o mártir da moral. Ele foi posto na prisão por ter denunciado uma união ilegal entre Herodes e Herodíades, mulher de Filipe, irmão do Tetrarca. A palavra movida só pela emoção e ilusão é portadora da morte: “(Herodes) prometeu, com juramento, dar a ela (filha de Herodíades) tudo o que pedisse”. É a vida de João que Herodíades reivindica. Busca eliminar a “voz” que denuncia o seu mal. É provável que o sofrimento e a morte de João Batista prefigurem a paixão e morte de Jesus Cristo. Ambos tidos como profetas (13,57; 14,5), conhecerão a sorte dos profetas: “Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados…” (Mt 14,1-12;Lc 13,34-35).
Fonte: Paulinas em 29/08/2013
Comentário do Evangelho
A não ser na paixão (Lc 23,8-12), não há nenhuma notícia de que Herodes tenha se encontrado com Jesus. O relato da morte de João Batista vem depois da notícia do martírio de Jesus (v. 16). João, precursor do Messias, é o mártir da moral. Foi preso e decapitado por denunciar uma união ilegal entre Herodes e Herodíades. Herodes, Lucas se encarregou de caracterizá-lo como “malfeitor” (Lc 3,19-20); Herodíades parece ser mulher dominada por paixões e um forte espírito de vingança. É ela que exige a morte de João, aproveitando-se de uma atitude primária e intempestiva de Herodes, motivada pelo encanto e desvario em relação à filha de Herodíades. A amante de Herodes quer eliminar a voz que denuncia o seu mal. O poder de Herodes contrasta com o poder de Jesus: o de Herodes exclui e mata; o de Jesus faz viver e suscita o gosto pela vida, pois é o poder do amor. Parece que o sofrimento e a prisão injusta de João e a sua morte prefiguram a paixão e morte de Jesus Cristo. João e Jesus, tidos como profetas, tiveram a sorte dos profetas (Mt 13,57; 14,5).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Paulinas em 29/08/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Não acumuleis tesouros
João Batista possui duas festas litúrgicas: a Natividade e o Martírio. Marcos narra a festa do aniversário de Herodes Antipas, em que se juntam os ricos e nobres. Tudo acontece durante um banquete. Quanta diferença do banquete seguinte, em que Jesus alimenta uma multidão faminta e cansada, como ovelhas sem pastor (Mc 6,30-44)!
João é um personagem austero: vive no deserto, veste-se como Elias e se alimenta com simplicidade; é humilde: “Que ele cresça e que eu diminua”; oferece seus discípulos a Jesus, pois reconhece ser o precursor; prega um batismo de conversão; anuncia a justiça social; e, no episódio concreto de sua morte, defende o matrimônio e a família.
Enfrenta Herodes, que tomou a esposa do seu irmão, Filipe. Herodíades trama a morte do profeta. O comportamento dos dois parece muito com o de Acab e Jezabel.
Herodes aparece como fraco e confuso, mas sempre violento. Está pronto a destruir toda possível ameaça. Por causa de uma dança, promete metade do seu reino. Quanta irresponsabilidade! Ao final do banquete, que deveria ser da vida, resta a cabeça do profeta em um prato.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fonte: Catequisar em 29/08/2023
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Martírio de São João Batista
O que me pedires, eu te darei, ainda que seja a metade de meu reino.
Marcos relata no seu Evangelho a morte de São João Batista a partir de lendas e confusões de memória. A família dos Herodes era mais complicada do que aparece no texto, que não é historicamente exato. A verdade é que João Batista teve uma postura ética diante do rei e da moralidade de sua vida matrimonial. O rei mandou decapitá-lo, também por razões políticas.
Oração do Dia
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 29/08/2024
Vivendo a Palavra
O confronto entre Herodes e João Batista – entre o reino dos homens e o Reino de Deus – continua pelos séculos a fora. Até hoje. É preciso que tenhamos a consciência clara de que ninguém pode ser mero espectador, mas todos nós, mesmo em silêncio, participamos do confronto. Em que lado nos alinhamos?
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2012
Vivendo a Palavra
Herodes foi vencido pela vaidade e pelo orgulho. O texto diz que ele gostava de ouvir João... embora ficasse incomodado com a sua palavra. Mas quis fazer bela figura diante dos convidados. Que nós tenhamos sempre em mente este exemplo, para lutarmos contra a vaidade – a nossa grande tentação no mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2013
Vivendo a Palavra
Herodes cala João Batista, a ‘voz que clama no deserto’. A coragem de desafiar o estado de pecado da autoridade máxima valeu-lhe a condenação. A sorte dos profetas não mudou muito pelos séculos afora. A Verdade incomoda, desinstala e pede que estejamos sempre vigilantes, em processo de conversão.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2014
VIVENDO A PALAVRA
O confronto entre Herodes e João Batista – entre o reino dos homens e o Reino de Deus – continua pelos séculos afora, até hoje. É preciso que tenhamos a consciência clara de que ninguém pode ser mero espectador, mas todos nós, mesmo em silêncio, participamos do confronto. Em que lado nos alinhamos?
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2018
VIVENDO A PALAVRA
Herodes foi vencido pela vaidade e o orgulho. O texto diz que ele gostava de ouvir João Batista… embora ficasse incomodado com a sua palavra. Mas quis fazer bela figura diante dos convidados. Que nós tenhamos sempre em mente este exemplo, para lutarmos contra a vaidade – a nossa grande tentação no mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2019
VIVENDO A PALAVRA
Um banquete em honra a algum homem poderoso. Cena comum há cinco, três, dois ou mil anos e que se repete na história até os nossos dias. Naquele tempo, a vítima foi João Batista. Hoje, o destino de muitos irmãos pequeninos é decidido em festins de gente rica, cheia de poder e vazia de fraternidade – ou mesmo, de Justiça. Mas há esperança: a humanidade ainda viverá a revolução do Cristo Jesus!
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2020
Reflexão
Todos nós temos dificuldades para viver a radicalidade exigida pelo Evangelho e diversas vezes nos acovardamos diante das ameaças. Uma das maiores ameaças que sofremos hoje, quando procuramos viver o Evangelho, encontra-se no fato de que a sociedade ridiculariza todos aqueles que não fundamentam a sua vida nos valores do mundo. Mas isso também acontecia nos tempos de Jesus, como podemos perceber na narrativa da morte de João Batista e no julgamento do próprio Jesus. Mas nós não podemos ceder aos mecanismos que são usados pelo mundo moderno contra o Evangelho; devemos expor com coerência as verdades da nossa fé.
Fonte: CNBB em 29/08/2012, 29/08/2013 e 29/08/2014
Reflexão
João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio de Jesus, morre degolado por ordem de Herodes. O episódio se dá na fortaleza de Maqueronte, ao leste do Mar Morto. A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas (século V, na França; século VI, em Roma). Está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o suposto túmulo do Precursor de Cristo. Seu martírio se dá durante um banquete que Herodes oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, o rei faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 29/08/2018
Reflexão
A dança de uma adolescente faz rolar a cabeça do “maior dos profetas” (cf. Mt 11,11). Por desígnio de Deus, João vem preparar o caminho do Senhor. Sua palavra de fogo, como a do profeta Elias, toca os corações, desinstala os acomodados, incomoda os fariseus e deixa em estado de alerta os poderosos. Coerente com a verdade que prega, João não poupa sequer o monarca Herodes Antipas. Denuncia sua convivência pecaminosa com a cunhada Herodíades. Paga alto preço por sua franqueza e zelo religioso: o cárcere e o silêncio. Finalmente o cruel Herodes manda decepar-lhe a cabeça. Tomba o corpo do mártir; sua língua emudece. Somente seu inestimável testemunho segue fortalecendo a imensa cadeia de discípulos e mártires cristãos: “Derramando seu sangue, mereceu dar o perfeito testemunho de Cristo” (prefácio Missão do Precursor).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 29/08/2019
Reflexão
João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio de Jesus, morre degolado por ordem de Herodes. O episódio se dá na fortaleza de Maqueronte, a leste do mar Morto. A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas (século V, na França; século VI, em Roma). Está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o suposto túmulo do Precursor de Cristo. Seu martírio se dá durante um banquete que Herodes oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, o rei faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.
Oração
Senhor Jesus, mesmo sabendo que teu precursor, João Batista, era homem “justo e santo”, Herodes mandou um carrasco cortar-lhe a cabeça, na prisão. Banais e abomináveis foram os motivos para acabar com a vida desse valente profeta. Livra-nos, Senhor, das injustiças praticadas no mundo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 29/08/2020
Reflexão
João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio de Jesus, morre degolado por ordem de Herodes. O episódio se dá na fortaleza de Maqueronte, a leste do mar Morto. A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas (século V, na França; século VI, em Roma). Está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o suposto túmulo do Precursor de Cristo. Seu martírio se dá durante um banquete que Herodes oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, o rei faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 29/08/2022
Reflexão
João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio de Jesus, morre degolado por ordem de Herodes. O episódio se dá na fortaleza de Maqueronte, a leste do mar Morto. A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas (século V, na França; século VI, em Roma). Está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o suposto túmulo do precursor de Cristo. Seu martírio se dá durante um banquete que Herodes oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, o rei faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 29/08/2023
Reflexão
João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio de Jesus, morre degolado por ordem de Herodes. O episódio se dá na fortaleza de Maqueronte, a leste do mar Morto. A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas (século V, na França; século VI, em Roma). Está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o suposto túmulo do precursor de Cristo. Seu martírio se dá durante um banquete que Herodes oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, o rei faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: Paulus em 29/08/2024
Reflexão
«João vivia dizendo a Herodes: Não te é permitido ter a mulher do teu irmão?»
Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)
Hoje lembramos o martírio de São João Batista, o Precursor do Messias. A vida toda do Batista gira em torno à Pessoa de Jesus, de forma tal que sem Ele, a existência e a tarefa do Precursor do Messias não teria sentido.
E, desde as entranhas da sua mãe, sente a proximidade do Salvador. O abraço de Maria e de Isabel, duas futuras mães, abriu o dialogo dos dois meninos: o Salvador santificava a João e, este pulava de entusiasmo dentro do ventre da sua mãe.
Na sua missão de Precursor manteve esse entusiasmo, que etimologicamente significa estar cheio de Deus, preparou-lhe os caminhos, nivelou-lhe as rotas, rebaixou-lhe as cimas, o anunciou já presente e, o assinalou com o dedo como o Messias: «Eis aqui o Cordeiro de Deus» (Jo 1,36).
No ocaso de sua existência, João, ao predicar a liberdade messiânica a aqueles que estavam cativos dos seus vícios, é encarcerado: «João dizia a Herodes: Não te é permitido ter a mulher do teu irmão» (Mc 6,18). A morte do Batista é a testemunha martirizante centrada na pessoa de Jesus. Foi seu Precursor na vida e, também lhe precede agora na morte cruenta.
São Beda nos diz que «está encerrado, na escuridão de um cárcere, aquele que tinha vindo dar testemunho da Luz e, havia merecido da boca do mesmo Cristo (...) ser denominado lâmpada ardente e luminosa. Foi batizado com seu próprio sangue, aquele a quem antes lhe foi concedido batizar ao Redentor do mundo».
Queira Deus que a festa do Martírio de São João Batista entusiasme-nos, no sentido etimológico do término e, assim cheios de Deus, também demos testemunho de nossa fé em Jesus com coragem. Que nossa vida cristã também gire em torno à Pessoa de Jesus, o que lhe dará seu pleno sentido.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Na perseguição Deus coroa os seus soldados; em paz coroa uma boa consciência» (S. Cipriano)
- «São João Batista foi fiel ao Senhor até o fim. Ele atraiu multidões de pecadores para Deus. O que mais o atraiu foi seu exemplo de fidelidade e sua total dedicação a Deus, a ponto de derramar seu sangue em vez de trair sua consciência» (Francisco)
- «São João Baptista é o precursor imediato do Senhor (…). Antecedendo Jesus "com o espírito e a força de Elias" (Lc 1,17), ele dá testemunho d'Ele através da sua pregação, do seu batismo de conversão e, finalmente, do seu martírio» (Catecismo da Igreja Católica, n. 523)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 29/08/2023 e 29/08/2024
Reflexão
O martírio de são João Batista (que é um mártir?)
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, no martírio de são João Batista, nós contemplamos Jesus Cristo como modelo de "mártir". O Batista deu a vida por defender coerentemente a verdade sobre o matrimônio. Isso é justamente o “martírio”: Obedecer ao “Senhor dos senhores”, com todas suas consequências, sem ceder a subterfúgios.
Desde suas origens o cristianismo entendeu o martírio como “liturgia” (“identificar-se com Cristo...”) e como "acontecimento sacrificial” (“...com Cristo sofrente com amor”). No martírio o cristianismo é levado totalmente dentro da obediência de Cristo, dentro da liturgia da cruz e, assim, dentro do verdadeiro culto (rendendo totalmente o coração ao Pai). São Inácio de Antioquia, por exemplo, dizia ser como o “trigo de Cristo”, que devia ser triturado para se converter em “pão de Cristo”.
—Jesus, concede-me o dom da disponibilidade para sofrer contigo. Porque “cristão” e “mártir” são equivalentes: Nas tribulações da vida ordinária eu posso me transformar em “pão” que comunica o mistério de Cristo, sendo "oferenda” para Deus e para os homens.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 29/08/2023 e 29/08/2024
Meditação/Recadinho
Você pode dizer que é uma pessoa justa? - Pense em alguém de seu convívio que seja realmente um testemunho de vida santa. - Em meio a tanta imoralidade, não há muita omissão em nosso contexto de vida? - Tomamos cuidado para que a razão vença a paixão? - Se tem meios, você procura ajudar as pessoas que não estão enxergando certos erros pessoais na comunidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/08/2013 e 29/08/2014
Meditação
Herodes era um rei mau e corrupto. Tinha medo de João porque o via como um dos antigos profetas, que talvez o pudesse castigar. Será que gostava mesmo de ouvi-lo? Se sim, também não seguia o que ouvia. Mas é fácil entender que ficava embaraçado quando o ouvia condenar seus falsos amores, sua ganância, crueldade e seus assassinatos. No fundo, Herodes seria um homem triste, infeliz e desorientado. Quem não é sincero e não ama, perde a chance de ser feliz.
Oração
Ó Deus, quisestes que São João Batista fosse o precursor do nascimento e da morte do vosso Filho; como ele tombou na luta pela justiça e a verdade, fazei-nos também lutar corajosamente para testemunhar a vossa palavra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus conosco em 29/08/2023
Meditação
Herodes era um rei mau e corrupto. Tinha medo de João porque o via como um dos antigos profetas, que talvez o pudesse castigar. Por que será que gostava de ouvi-lo? Não dá nem para imaginar... Mas é fácil entender que ficasse embaraçado quando o ouvia condenar seus falsos amores, sua ganância, sua crueldade e seus assassinatos. No fundo, Herodes seria um homem triste, infeliz e desorientado. É certo que para mudar, é preciso estar convencido da verdade de Cristo.
Oração
Ó Deus, quisestes que São João Batista fosse o Precursor do vosso Filho no nascimento e na morte; como ele tombou mártir da justiça e da verdade, fazei-nos também lutar corajosamente para testemunhar a vossa palavra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 29/08/2024
Comentário sobre o Evangelho
A coragem e bravura do Batista ao denunciar o pecado
Hoje, assistimos ao lamentável e glorioso fim de S. João Batista. Lamentável para Herodes e a sua camarilha; glorioso pelo valente testemunho de João. Surpreende até que ponto pode chegar a maldade quando se vive em pecado. Uma festa, uma dança… «Que hei-de pedir?», pergunta a filha de Herodíades. E a mãe respondeu: «A cabeça de João». Realmente, que mau gosto!
- Se alguém deseja a cabeça de outro, é porque perdeu a sua. Não seria melhor fazer caso do que dizia o Batista?
Fonte: Family Evangeli - Feria em 29/08/2023 e 29/08/2024
Comentário do Evangelho
De início, Marcos apresenta a interrogação sobre a identidade e origem de Jesus. No simbolismo da narrativa, os grandes da Galiléia, representados por Herodíades, é que articularam a morte de João. Trata-se da resistência do poder às ações libertadoras. Os detalhes sobre a execução de João têm dois efeitos: ironizam um rei fraco e advertem os discípulos de Jesus que se inclinam a interpretá-lo como messias poderoso. De Jesus, assim como de João, não se deve esperar glória nem poder, mas o serviço humilde e divino. O dom da vida eterna não pertence aos poderosos, mas a Deus. O desfecho da vida de João Batista é apresentado em paralelo, como antecipação ao desfecho da vida de Jesus: anúncio do Reino, perseguição, articulação dos poderosos e morte. E a percepção de sua permanência nas comunidades, após a morte.
Oração
Ó Deus, quisestes que são João Batista fosse o precursor do nascimento e da morte do vosso filho; como ele tombou na luta pela justiça e pela verdade, fazei-nos também lutar corajosamente para testemunhar a vossa palavra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 29/08/2014
Meditando o evangelho
O APÓSTOLO NÃO SE INTIMIDA
A violência de Herodes, digno filho de um outro Herodes conhecido por seu caráter violento e cruel, despontou no horizonte de Jesus como uma terrível ameaça.
A fama dos feitos operados pelo Mestre chegou ao conhecimento desse rei desumano. Fato explicável, se considerarmos que ela corria de boca em boca. Como Herodes habitava em Tiberíades, junto ao lago da Galileia, não muito distante dos lugares por onde Jesus atuava, era impossível não saber o que lá se passava.
Dentre as muitas hipóteses acerca da identidade de Jesus, Herodes identificava-o com João Batista reencarnado. Aquele a quem mandara decapitar, havia ressurgido e realizava gestos poderosos. Embora, em vida, o Batista não tenha realizado milagres, a crença popular atribuía-lhe esse poder, quando ressuscitasse. Teria sido inútil tê-lo punido, já que ressuscitara e começara novamente a agitar o povo?, perguntava-se o rei.
O movimento de Jesus não podia passar despercebido à autoridade romana. A atividade do Mestre – súdito do império – podia ser motivo para uma insurreição popular. Um levante do povo suscitaria imediatamente a intervenção do imperador.
Além da pressão sofrida por parte das lideranças judaicas, Jesus viu-se também às voltas com a hostilidade da autoridade romana. Em todo o caso, isso não foi suficiente para amedrontá-lo e desviá-lo de sua missão. Afinal, um apóstolo jamais se intimida!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Dom Total em 29/08/2018, 29/08/2019 e 29/08/2020
Comentário ao Evangelho
De início, Marcos apresenta a interrogação sobre a identidade e origem de Jesus. No simbolismo da narrativa, os grandes da Galiléia, representados por Herodíades, é que articularam a morte de João. Trata-se da resistência do poder às ações libertadoras. Os detalhes sobre a execução de João têm dois efeitos: ironizam um rei fraco e advertem os discípulos de Jesus que se inclinam a interpretá-lo como messias poderoso. De Jesus, assim como de João, não se deve esperar glória nem poder, mas o serviço humilde e divino. O dom da vida eterna não pertence aos poderosos, mas a Deus. O desfecho da vida de João Batista é apresentado em paralelo, como antecipação ao desfecho da vida de Jesus: anúncio do Reino, perseguição, articulação dos poderosos e morte. E a percepção de sua permanência nas comunidades, após a morte.
Fonte: Dom Total em 29/08/2022
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. UM EXEMPLO DE LIBERDADE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
O relato do destino trágico de João Batista serve de lição para os discípulos de Jesus, no exercício da missão. A liberdade, que o Precursor demonstrou, deverá ser imitada por quem está a serviço do Reino, e se defronta com tiranos e prepotentes, que intimidam e querem calar quem lhes denuncia as mazelas.
Prevalecendo-se de sua condição, Herodes seduziu a mulher do irmão para se casar com ela. João Batista não teve medo de enfrentá-lo, e dizer-lhe não ser permitido conservar como esposa, quem não lhe pertencia. Sua condição real não lhe dava o direito de praticar tamanha arbitrariedade.
O profeta João sabia exatamente com quem estava falando. Ele um "zé ninguém", questionando uma autoridade estabelecida pelo imperador, com direitos quase absolutos sobre os cidadãos. Por isso, não lhe parecia errado atropelar o direito sagrado de seu irmão, de ter uma esposa.
Por outro lado, todos conheciam muito bem o espírito violento da família de Herodes. Mesmo assim, João não hesitou em denunciá-lo publicamente.
Quiçá não contasse com a ira de Herodíades, atingida também pela denúncia. Foi ela quem instigou Herodes a consumar sua maldade: decapitar a quem mandara lançar na prisão, por ter-lhe lançado em rosto o seu pecado.
O testemunho de João Batista inspira a quem se tornou discípulo da verdade.
Oração
Espírito de liberdade, não permitas que eu tema os grandes e prepotentes, quando se trata de denunciar-lhes os pecados e as injustiças.
Fonte: NPD Brasil em 29/08/2012
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Um homem justo e santo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
No século primeiro da nossa era, o historiador chamado Flávio Josefo escreveu que os judeus pensavam que o exército de Herodes tinha perecido por vontade de Deus e por vingança de João Batista. Herodes tinha mandado matar João, embora fosse um homem de bem e levasse os judeus a praticar a virtude. Muitas pessoas se reuniam em torno dele, por causa da sua pregação. Herodes temia uma revolta, porque a multidão parecia pronta a seguir em tudo os conselhos daquele homem. Preferiu prendê-lo antes que se produzisse alguma agitação. João foi então enviado à fortaleza de Maqueronte e aí executado. Os judeus acreditavam que a catástrofe que se abateu depois sobre o exército de Herodes foi um castigo de Deus pela morte de João Batista.
Fonte: NPD Brasil em 29/08/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Herodes, um Cristão sem convicção
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Herodes gostava muito de João Batista e suas pregações no deserto; achava as palavras bonitas e a mensagem chegava a tocar o seu coração. Era um ouvinte entusiasta da Palavra de Deus, poderia tornar-se um discípulo, sua alta posição não o impedia de viver a sua Fé.
Entretanto parece que a semente da Palavra caiu em uma terra sufocada pelos espinhos, Herodes estava amasiado com sua cunhada Herodíades e quando João Batista acusou o seu pecado de adultério, Herodes não gostou muito da ideia, começou a pensar que João Batista ainda era um bom pregador, mas que de vez em quando se equivocava, quando queria interferir na vida dos outros, pois cada um deve viver do jeito que quiser e fazer também o que quiser, sem que a Religião interfira em suas decisões, dizendo o que é certo ou o que é errado.
É o cristianismo do oba-oba, sem nenhum compromisso com as virtudes do evangelho, e com as verdades ensinadas por Jesus. Herodes se sairia muito bem neste mundo da pós- modernidade onde as pessoas, em sua grande maioria também são assim, até mesmo aquelas ligadas a alguma pastoral ou movimento, elas pensam assim “Está tudo lindo e maravilhoso, mas que a Igreja não me venha dizer o que devo fazer em certas questões da minha vida”
A Igreja como portadora e anunciadora da Palavra de Deus, jamais deve deixar de lado a sua missão profética, aonde a verdade do evangelho for violada ou ignorada, devem os pastores da Igreja, de maneira prudente e corajosa, anunciar a verdade denunciando a ação pecaminosa de quem a comete. Herodes colocou o prazer da sua relação com Herodíades acima de qualquer princípio, e na sua Festa de aniversário, achando-se um deus, que tudo pode, decidiu fazer o gosto da dançarina, poderia ela pedir qualquer coisa que ele a daria.
Hoje em dia, na busca do prazer e da satisfação dos desejos, vale tudo e pode de tudo. Qualquer profeta intrometido que quiser ser um estraga-prazer deverá ser tirado do caminho, e Herodíades, a amasiada de Herodes, nem pensou duas vezes para pedir a cabeça de João Batista em uma bandeja.
Fazemos parte de uma sociedade onde a Vida Humana nada vale; na busca do prazer e do poder estamos diante de um “Vale Tudo”, haja vista os mártires da igreja, que aqui e ali, continuam incomodando e por isso, como João Batista acabam sendo eliminados, por causa do evangelho. A Igreja precisa cada vez mais de cristãos iguais a João Batista, que sejam capazes de dar a vida pela Verdade, pois de cristãos do tipo Herodes, que praticam a religião do descompromisso, muitos templos andam sempre lotados...
2. Herodes ofereceu uma festa para grandes da Galileia - Mc 6,17-29
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Flávio Josefo, historiador do século primeiro, deixou por escrito que muitos judeus viam na destruição do exército de Herodes uma justa punição de Deus “para vingar o que ele havia feito a João, cognominado o Batista”. E acrescenta: “Herodes o matou, embora ele fosse um bom homem”.
Fonte: NPD Brasil em 29/08/2020
Liturgia comentada
A mulher do teu irmão... (Mc 6,17-29)
Herodes Antipas, rei da Galileia e da Pereia, casado com a filha de um rei da Arábia, tomou também Herodíades, a mulher de seu irmão Herodes Filipe, que caíra em desgraça perante as autoridades romanas, e fez dela a sua concubina. Em sua pregação no Jordão, quando convidava o povo à conversão, preparando-se para a chegada do Reino de Deus, João Batista denunciava também a conduta imoral do rei, provocando a ira da concubina. Temendo a reação do povo, Herodes mandou prendê-lo.
Admirável a coragem e a santa ousadia do Batizador, acusando a corrupção do poderoso, mesmo com o risco de sua própria vida. Agindo assim, João Batista se colocava na mais legítima linha de denúncia profética do Antigo Testamento, trilhando os passos de Isaías, Jeremias e Amós, tantas vezes perseguidos e denunciados como perturbadores da ordem pública.
Hoje, a Igreja também assume uma estatura profética, quando defende os valores do Evangelho e tem a coragem de se postar na contramão do mundo que vai retornando ao primitivo paganismo. Ao condenar o aborto e a eutanásia, ao recusar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a dissolução do matrimônio cristão, a Igreja demonstra sua fidelidade à Palavra de Deus.
Acusada de retrógrada e conservadora, na verdade a Igreja defende uma moral “nova” – aquela moral que veio com a pregação do Evangelho e provocou a admiração e a conversão das nações pagãs. Ao contrário, quem caminha para trás, merecendo o rótulo de retrógrados - são aqueles que pretendem “direitos” que as tribos antigas já exercitavam no paganismo, antes de sua evangelização: o “direito” de eliminar crianças defeituosas, assassinar anciãos incômodos e tratar a mulher como objeto de posse.
O Papa João Paulo II, com suas encíclicas de conteúdo moral (como Veritatis Splendor e Evangelium Vitae), é um exemplo recente da luta da Igreja na defesa da verdade e da vida, orientando toda a sociedade para a retomada de uma reflexão sobre os aspectos éticos de nossa existência. Mesmo em ambientes não-cristãos, erguem-se vozes de peso que clamam por uma reforma moral da sociedade.
Ao celebrar o martírio de São João Batista, nós devemos tomar consciência de que a vivência integral do Evangelho certamente há de causar-nos problemas em uma sociedade que se paganiza de novo. Mais que um intermediário para nossas preces, João é um modelo a ser imitado.
Nos ambientes em que vivo e convivo, tenho a coragem de defender os valores do Evangelho? Ou me calo diante da pregação do ateísmo e da libertinagem de costumes?
Orai sem cessar: “Preparai o caminho do Senhor!” (Mt 3,3)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 29/08/2013
HOMILIA
O MÁRTIR DA FÉ
Hoje celebramos o martírio de João, o Batista, aquele de quem Cristo disse: dos nascidos de mulher não há outro maior do que João, o Batista. Mas o menor no reino do céu é maior do que ele. É uma reflexão sobre minoridade, João escolheu a via menor, se fez pobre, vestia-se pobremente, comia gafanhotos e mel. Essa é a expressão de quem Mateus usa para expressar a humildade de João. E Jesus ainda diz: o menor no reino do céu é maior do que ele. Aqui temos que o Senhor demonstra que a sabedoria e o serviço estão no despojamento, na simplicidade, no profetismo sem recompensas. O profeta do Deus não é rico, nem poderá ser, e Jesus também revela que o menor, o mais pobre, o mais abandonado, o mais oprimido, no reino de Deus, isto é, na Vontade de Deus, ainda é maior que o maior.
Falando da morte de João Baptista, o papa João Paulo II diz na Carta Encíclica Veritatis splendor (cf. n. 91) que o martírio constitui um sinal preclaro da santidade da Igreja. Efetivamente, ele “representa o ponto mais alto do testemunho a favor da verdade moral. Se são relativamente poucas as pessoas chamadas ao sacrifício supremo, há, porém, um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e de graves sacrifícios. Assim tu meu irmão, minha irmã, não podes e nem deves fugir. Gostaria que soubesses que desde o início do cristianismo percebemos que três elementos estão quase sempre unidos: testemunho, profecia e doação da própria vida. É verdadeiramente necessário um compromisso, com estas três vias, por vezes heroicas, para não ceder, até mesmo na vida quotidiana: em casa com o marido, com os filhos, colegas do trabalho, com os familiares de perto ou de longe. É necessário saber que às dificuldades nos levam ao compromisso para viver na totalidade o Evangelho.
O exemplo heroico de João Baptista nos deve fazer pensar nos mártires da fé que, ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial, voltemos à mente aos numerosos cristãos que, no mundo inteiro, foram vítimas do ódio, e da perseguição religioso. Mesmo hoje, nalgumas partes do mundo, os fiéis continuam a ser submetidos a duras provações, em virtude da sua adesão a Cristo e à sua Igreja. Os impérios opressores que existiram na história continuaram deixando seus mártires. Seus projetos elitistas e imperialistas fizeram com que seus chefes continuassem a embriagar-se com o sangue dos mártires. Portanto, o martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, o martírio é uma graça de Deus. Mas, dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e para defender a vida do povo. Jesus também nos ensina que não devemos ter medo daqueles que matam o corpo. Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor, a exemplo de Jesus que nos amou até o extremo.
O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente. Foi isso que fez São João Batista em meio à crueldade que ameaçava a fidelidade conjugal, lutou e sendo testemunha e testemunho fiel derramou o seu sangue, pagando com a própria vida. Ontem como hoje, o banquete dos criminosos continua sendo regado a sangue, como foi o de Herodes como nós ouvimos no Evangelho de hoje. Por isso, lembrar a morte de João Batista é não deixar morrer sua história, é recordar o seu testemunho, sua profecia e sua coragem; é lembrar que, se preciso for, todos devemos estar dispostos a lavar as nossas vestes e as branquear no sangue do Cordeiro (Ap 7,14).
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 29/08/2014
REFLEXÕES DE HOJE
29 DE AGOSTO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 29/08/2013
REFLEXÕES DE HOJE
29 DE AGOSTO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 29/08/2014
HOMILIA DIÁRIA
O heroico exemplo de São João Batista
Postado por: homilia
agosto 29th, 2012
Hoje, dia 29 de agosto, a tradição cristã recorda o martírio de São João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio do próprio Messias. Ele prestou a Deus o testemunho supremo do sangue, imolando a sua existência pela verdade e a justiça. Com efeito, foi decapitado por ordem de Herodes, a quem tinha ousado dizer que não era lícito casar com a mulher do seu irmão, como acabamos de ler no Evangelho de hoje.
Falando da morte de João Batista, o Papa João Paulo II diz, na Carta Encíclica “Veritatis Splendor” (cf. n. 91), que o martírio constitui um sinal preclaro da santidade da Igreja. Efetivamente, ele “representa o ponto mais alto do testemunho a favor da verdade moral”. Se são relativamente poucas as pessoas chamadas ao sacrifício supremo, há, porém, um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e de graves sacrifícios.
Assim você, meu irmão, não pode nem deve fugir. Desde o início do Cristianismo, percebemos três elementos quase sempre unidos: testemunho, profecia e doação da própria vida. É verdadeiramente necessário um compromisso com estas três vias – por vezes heroicas - para não ceder até mesmo na vida cotidiana: em casa com o marido, com os filhos, colegas do trabalho, com os familiares de perto ou de longe. É necessário saber que as dificuldades nos levam ao compromisso de viver, na totalidade, o Evangelho.
O heroico exemplo de São João Batista nos deve fazer pensar nos mártires da fé que, ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial, voltemos à mente os numerosos cristãos que, no mundo inteiro, foram vítimas do ódio e da perseguição religiosa. Mesmo hoje, n’algumas partes do mundo, os fiéis continuam a serem submetidos a duras provações em virtude da sua adesão a Cristo e à Sua Igreja.
Os impérios opressores que existiram na história continuaram deixando seus mártires. Seus projetos elitistas e imperialistas fizeram com que seus chefes continuassem a se embriagar com o sangue dos mártires.
Portanto, o martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, é uma graça de Deus. Mas dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e para defender a vida do povo. Jesus também nos ensina que não devemos ter medo daqueles que matam o corpo. Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor, a exemplo de Jesus que nos amou até o extremo. O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente.
Foi isso que fez São João Batista em meio à crueldade que ameaçava a fidelidade conjugal: lutou e sendo testemunha – e testemunho fiel – derramou o seu sangue, pagando com a própria vida.
Ontem como hoje, o banquete dos criminosos continua sendo regado a sangue, como foi o de Herodes, como nós ouvimos no Evangelho de hoje. Por isso, lembrar a morte de João Batista é não deixar morrer sua história, é recordar o seu testemunho, sua profecia e sua coragem. É lembrar que, se preciso for, todos devemos estar dispostos a “lavar as nossas vestes e as branquear no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14).
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 29/08/2012
HOMILIA DIÁRIA
Não deixe de anunciar a verdade
O melhor meio de calar a verdade que a Igreja ensina é tentando eliminá-la. Assim como João Batista, a Igreja é perseguida, mas não deixa de anunciar o que é verdadeiro.
Hoje, celebramos o martírio de São João Batista, um dos poucos santos do qual celebramos o duplo nascimento. O nascimento de João para a vida na terra é celebrado no dia 24 de junho, e hoje nós celebramos o seu nascimento para o céu, o dia em que ele foi martirizado.
O Evangelho da Missa relata muito bem como aconteceu esse duro episódio. João Batista disse a verdade a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. É óbvio que isso causou incômodo no próprio Herodes, que tentou disfarçar, tentou ignorar o profeta. Mas aquela que participava do adultério, Herodíades, ficou com muito ódio de João Batista e procurava, de alguma forma, vingar-se daquilo que João pregava e anunciava.
O problema não era João, mas a verdade que ele pregava. Sabemos que as verdades incomodam, algumas chegam a doer. Como nós não temos meios de eliminá-la, procuramos eliminar os pregadores dela. Nós procuramos dar descrédito àqueles que nos anunciam verdades, e isso acontece com a Igreja no mundo inteiro e em todas as épocas.
O melhor meio de calar a verdade que a Igreja ensina é tentando eliminá-la. Veja que ela, assim como João Batista, é perseguida, martirizada, mas não deixa de anunciar o que é verdadeiro, porque as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
A Igreja, assim como João Batista, sofre, porque anuncia Jesus Cristo, anuncia a defesa da vida e os valores evangélicos.
Ser profeta, nos dias de hoje, não é fácil, como não foi ontem. São João Batista é para nós um modelo daquela verdade que não se cala.
Hoje, somos chamados por Deus a não sermos convenientes com as pessoas apenas para agradá-las, mas precisamos dizer a verdade assim como ela é.
A verdade não é contra as pessoas, mas contra o erro. Por isso João Batista deu a sua vida por ela.
Que a nossa vida seja iluminada por essa única verdade que se chama Jesus Cristo e pelo Seu Evangelho.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 29/08/2013
HOMILIA DIÁRIA
A verdade dita tem o poder de transformar vidas
A verdade a ser dita não é só para agradar as pessoas, a verdade tem a missão de incomodar e nos ajudar a revermos nossa vida! Não sejamos coniventes com os erros!
“Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão.” (Marcos 6, 17)
Nós, hoje, celebramos o martírio de São João Batista, o qual, por sua importância na história da salvação e nos desígnios de Deus, nós o celebramos duplamente. A data do seu nascimento é no dia vinte e quatro de junho, o único santo, juntamente com Nossa Senhora, de quem celebramos o nascimento e celebramos, hoje, o seu martírio.
O martírio de João Batista tem muito a nos ensinar, é um convite para revermos a nossa coerência com a nossa fé, coerência com os nossos princípios. Hoje vivemos em meio a uma sociedade relativista, na qual tudo se vê de forma relativa, conforme os interesses desse ou daquele. E, muitas vezes, se olha a fé de forma subjetiva, desviando-se do foco da verdade para poder ser conivente com esta ou aquela pessoa. Desse modo, perdemos o olhar do essencial, do foco da nossa fé.
Existem verdades que precisam ser ditas, colocadas, anunciadas, ainda que elas firam corações, ainda que as pessoas não gostem daquilo que será dito. Mas a verdade a ser dita não é só para agradar as pessoas, a verdade tem a missão de incomodar, tem a missão de nos ajudar a revermos nossa vida!
É claro que anunciar a verdade não significa colocar o dedo na cara dos outros, viver acusando as pessoas disso ou daquilo, mas é importante que cada um tenha consciência das suas escolhas e das suas decisões na vida.
Herodes decidiu viver com a mulher do seu irmão, adultério duplamente grave, não somente pelo fato de estar vivendo com uma mulher que não era sua, como também por ser sua cunhada, por isso cometeu uma tremenda injustiça. Muitas vezes, existem fatos parecidos no meio de nós, nas convivências em que nós estamos e muitas pessoas, para não perderem a amizade, fingem não ver; veem que está acontecendo coisas erradas e simplesmente as deixam passar despercebidas.
Deixe-me dizer uma coisa a você: não é pecado somente praticar coisas erradas, os atos praticados, mas a omissão também o é! Se preciso for, corrija na caridade, diga ao seu irmão ou à sua irmã, que tal procedimento, que tal ato não é correto. Eu sei que, de repente, você corre o risco de perder amizades e a boa fama, mas não tem problema, João Batista perdeu a sua cabeça, mas não perdeu a sua dignidade!
Não sejamos coniventes com os erros, não sejamos coniventes com as práticas erradas! Não vamos sair apontando o erro de ninguém, mas sim proclamar as verdades que precisam ser ditas com caridade, sem abrir mão da verdade!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 29/08/2014
HOMILIA DIÁRIA
Deixemo-nos corrigir uns pelos outros
Deixemo-nos corrigir uns pelos outros, não percamos a cabeça nem nos deixemos levar pelo orgulho
“‘Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão’. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia.” (Marcos 6,18)
Hoje, celebramos o martírio de São João Batista. Mas por que São João Batista foi martirizado? Porque ele foi o profeta que preparou os caminhos do Senhor, mas também anunciou os erros, os pecados, aquilo que não era correto.
O profeta é aquele que não se acostuma com os erros do mundo; ele, simplesmente, torna-se indiferente àquilo que está errado. O profeta é aquele que, na caridade, apresenta a verdade para o outro.
Herodíades era aquela que vivia a situação de adultério, ela era a mulher do irmão de Herodes e odiava João Batista. Por que ela odiava João Batista? Porque ele os corrigiu. Muitas vezes, não gostamos de ser corrigidos. Muitas vezes, vivemos situações de erros e pecados na vida, e Deus quer nos corrigir. A Palavra d’Ele quer nos orientar, por isso, ele usa dos irmãos para nos corrigir; nós, no entanto, em vez de termos a humildade de acolher a correção, preferimos nos fechar no ódio, no ressentimento, na mágoa, e eliminar da nossa vida quem representa qualquer correção para os nossos erros. Este, na verdade, foi o grande erro de Herodíades e Herodes. A essa situação, juntamos também a filha de Herodíades, aquela que vai dançar para agradar Herodes e mandar decapitar João.
Se João perdeu sua cabeça, foi porque tentou levar juízo a quem já havia perdido a cabeça. Não percamos o juízo, deixemo-nos ser corrigidos por Deus, por Sua Palavra e profecia, pelos profetas e pelos irmãos, os quais, muitas vezes, nos falam em nome de Deus, para que não percamos o caminho nem a direção.
Filhos, deixem-se corrigir pelos pais. Não percam a cabeça! Maridos, deixem-se corrigir pelas suas esposas. Esposas, deixem-se corrigir pelos seus maridos. Irmãos, deixemo-nos corrigir uns pelos outros, não percamos a cabeça nem nos deixemos levar pelo orgulho, pois este nos leva ao ódio e à raiva de quem, muitas vezes, quer o nosso bem, mas não pode nos corrigir, porque não aceitamos de forma nenhuma a correção fraterna.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 29/08/2018
HOMILIA DIÁRIA
Sejamos bons profetas
“O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe.” (Marcos 6,27-28)
Estamos diante de um dos fatos mais dramáticos, duros e cruéis do relato evangélico: o martírio de João Batista.
João morreu por aquilo que viveu, ele deu a sua vida por aquilo que acreditou. João era um homem justo, todo de Deus. Viveu com muita coerência e sem pecar a fé que ele acreditou. Testemunhou, profetizou e morreu por causa da sua profecia.
Algumas pessoas querem fazer da profecia o adivinhar das coisas quando, na verdade, não é isso. O profeta é o homem do anúncio, e João foi o homem que anunciou Jesus com a vida e com a Palavra.
Ele foi o maior dos profetas, porque anunciou quem era o Cordeiro de Deus, e não permitiu que ninguém o cultuasse nem o elevasse: “Eu não sou digno nem de desatar as correias de sua sandália. Convém que Jesus cresça, e eu desapareça”.
O profeta é aquele que desaparece para que Jesus apareça, é aquele que anuncia Jesus como o único que pode nos salvar. O profeta é aquele que também denuncia tudo aquilo que contradiz o Reino dos Céus, tudo aquilo que não representa a verdade. E, ali, estava toda a incoerência da vida de Herodes, vivendo uma vida onde ele roubou a mulher do seu irmão. Não era só um adultério, era também uma injustiça, uma maldade, um crime aquilo que Herodes fez.
O profeta é aquele que desaparece para que Jesus apareça, é aquele que anuncia Jesus como o único que pode nos salvar
Não é porque ele era Herodes que João Batista foi passar a mão na cabeça dele. Muitos pregadores e anunciadores fazem isso, e quanto aos pobres pecadores, todo mundo coloca no ventilador seus pecados. Mas quando as pessoas são consideráveis, procuramos fazer vista grossa, porque não queremos incomodá-las. Queremos incomodar os que já estão incomodados pela vida. Por isso João não temeu, ele disse para Herodes que o que ele vivia era pecado e era grave. Esse era o ódio de Herodíades, por isso que ela pediu a cabeça de João Batista.
Esse foi o preço que João pagou pela coerência, pela verdade, pela sensatez, pela profecia e pelo amor que ele tinha por Cristo.
Pelo amor que nós temos por Jesus, não sejamos coniventes com o erro, não sejamos coniventes com o que é errado simplesmente para vivermos de aparências e de relações falsas uns com os outros. O erro é erro, o errado é errado.
Não precisamos sair por aí espalhando o pecado de ninguém, mas quando nos é apresentado a oportunidade, precisamos ser profetas para a nossa própria vida, mas para ajudar a vida do outro a ser melhor.
Às vezes, perdemos amizades, relacionamentos, às vezes, não vamos ser tão amados quanto queríamos, mas não podemos perder a coerência de vida, o amor ao Evangelho e a fidelidade a Jesus Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 29/08/2019
HOMILIA DIÁRIA
Vivamos o profetismo da verdade
“O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe.” (Marcos 6,27-28)
Hoje, estamos celebrando o martírio de São João Batista. Ele foi o maior entre os profetas, desde o ventre de sua mãe. Consagrado ao Reino dos Céus, preparou a vinda do Messias e viveu uma vida austera, penitente, disciplinada e autêntica, pregando a verdade do Reino dos Céus.
A verdade incomoda e, de fato, provoca. A verdade falada ou a verdade vivida. Como João Batista vivia e falava, é óbvio que se tornou um profeta incômodo. E todo profeta de verdade é uma pessoa incômoda. A sociedade se incomoda com o profetismo, mas o profetismo está aí para incomodar a sociedade. O nosso profetismo não pode se calar diante das incoerências do mundo em que vivemos.
Herodes vivia uma situação errada, ele foi injusto, pois a mulher que ele tinha não era dele, mas do seu irmão. João não foi lá para acusar Herodes, é que a verdade por si mesma se diz, e quem se sente incomodado elimina a verdade, porque não quer saber dela ou não quer saber de ser incomodado.
Precisamos viver o profetismo da verdade, e não podemos negar a Palavra de Deus
Vivemos num mundo onde tantas realidades estão sendo negligenciadas, muitas injustiças estão se cometendo ao nosso lado com crianças, adultos, com diversos aspectos da vida, e não é o profetismo acusatório, de viver acusando. É o profetismo que mostra que a verdade é a verdade, e não relativiza a verdade.
Inclusive, muitas vezes, podemos ser incoerentes, mas não podemos transformar a nossa incoerência em verdade, e dizer: “Agora é assim porque mudou os tempos”. Incoerência é incoerência, erro é erro, pecado é pecado. A humildade de reconhecer que estou errado e não encobrir e não eliminar, porque alguns querem até rasgar certas páginas da Bíblia ou assim por diante, para dizer que agora essa é a nossa verdade.
Não existe uma nova verdade, é claro que existe a misericórdia, a compreensão das coisas como elas estão, mas não existe transformar aquilo que é verdade, como se não fosse mais verdade. Então, muitos preferem matar como mataram João Batista.
A cabeça de João Batista está aí para dizer a todos nós que precisamos buscar a coerência, que precisamos viver o profetismo da verdade e não podemos negar a Palavra de Deus. Por isso, celebremos com amor o martírio de João Batista, pedindo a Deus a coerência, não só para falar, mas, sobretudo, para viver. João Batista morreu por aquilo que viveu e ensinou.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 29/08/2020
HOMILIA DIÁRIA
Permaneça na verdade do Senhor
“Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.” (Marcos 6,20)
Meus irmãos, hoje, estamos comemorando a memória do martírio de São João Batista. Foi um santo, e é um santo, tão importante para nós, que comemoramos o seu nascimento e o seu martírio. De fato, João Batista marcou também a história da salvação, porque ele preparou o caminho do Senhor. E o quanto nós aprendemos com São João Batista!
Hoje, comemoramos o seu martírio, e o Evangelho de hoje narra o seu martírio, narra como foi a sua entrega. João Batista não fez pacto com Herodes, não fez pacto com a mentira, mas já tinha feito pacto com a verdade e, por isso, denunciou que Herodes estava com a esposa do seu irmão, e aquilo não era permitido. João Batista tinha pacto com a verdade! E o quanto nós precisamos, meus irmãos, é também permanecer na verdade, fazer o nosso pacto com a verdade, porque, afinal, a verdade liberta.
Infelizmente, Herodes se deixou ludibriar pela dança, estava ali embriagado ─ e, quando nós estamos fora de nós, o que acontece? Pecado em cima de pecado! Foi o que aconteceu com Herodes, e ele chegou a prometer metade do reino. E olha só que coisa mais descabível! Fez isso por causa de uma dança, porque estava sem Deus, porque havia se embriagado. Meus irmãos, precisamos estar inteiros em Deus para tomarmos as decisões corretas, não nos deixar levar por nenhum vício, como fez, infelizmente, Herodes.
Para alcançar a santidade, busquemos também a humildade e a verdade
João Batista permaneceu com a verdade, pregava a verdade e não se deixou levar pela autoridade mundana de Herodes. Por quê? Porque João Batista tinha uma autoridade espiritual – e você também tem uma autoridade espiritual; quem é filho de Deus, quem é batizado, possui uma autoridade espiritual. Por isso ele denunciou e permaneceu com a verdade. Pelo batismo, temos também uma autoridade espiritual.
E são muitos os Herodes que nós vemos por aí e que precisam de correção, precisam ser corrigidos. Que eu e você possamos ser, a exemplo de João Batista, esta luz, esta voz que alerta a respeito do caminho correto, do caminho que é Jesus, da salvação que é Jesus. João Batista, um homem íntegro, um homem penitente, um homem da verdade, um homem que é um exemplo para nós.
Permaneçamos na verdade, sejamos íntegros e saibamos qual é o nosso lugar. João Batista também sabia qual era o lugar dele, não apontava para ele, apontava para o Cristo.
Que a minha vida, que a sua vida também apontem para o Cristo. João Batista, um homem humilde, o homem da verdade, um homem da coerência que viveu a santidade.
Para alcançar a santidade, busquemos também a humildade e a verdade.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/08/2022
HOMILIA DIÁRIA
Seja um testemunho fiel da Palavra de Deus para o próximo
“Então o rei disse à moça: ‘Pede-me o que quiseres e eu te darei’. E lhe jurou dizendo: ‘Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino’. Ela saiu e perguntou à mãe: ‘O que vou pedir?’ A mãe respondeu: ‘A cabeça de João Batista’.” (Marcos 6,22-24)
Celebramos, hoje, o martírio de João Batista. Dentre os grandes homens do Antigo Testamento, João Batista ganha esse destaque ao ser reconhecido como o maior nascido entre mulher, e também ganha o destaque de ser celebrado pela nossa Igreja em duas datas: celebramos o seu nascimento, no dia 24 de junho e, hoje, celebramos o seu martírio. João Batista foi martirizado por causa da sua fé e do seu testemunho.
No Evangelho de ontem, ouvimos Jesus criticando os fariseus por causa da hipocrisia e, hoje, podemos ver em João Batista um testemunho de coerência, ou seja, um testemunho de correspondência entre a pregação e a sua vivência.
João Batista foi um grande homem, porque a sua pregação correspondia àquilo que ele vivia. Era essa a correspondência entre a pregação e a vida, que chamava a atenção das pessoas, que atraía as pessoas a procurar esse homem que anunciava a conversão no deserto.
Mas essa coerência de vida também tem o seu preço, porque, ao mesmo tempo que o ser coerente atrai as pessoas, conquista-as, ele também causa incômodo naqueles que vivem no erro, naqueles que não estão dispostos a mudar de vida.
Sejamos um testemunho coerente e fiel daquilo que Deus exige de cada um de nós
E foi justamente o que aconteceu com Herodes e Herodíades: ambos viviam uma vida incoerente, uma vida de erro, uma vida distante da vontade de Deus, e acharam mais fácil eliminar João Batista (que havia denunciado os seus erros) do que se corrigirem e mudarem de vida.
E, em nossos tempos, não mudou muito essa prática! Às vezes, parece ser mais fácil eliminar aquele que prega a verdade, eliminar aquele que vive uma vida coerente do que mudar de vida, do que deixar que essa coerência de vida nos conquiste e transforme o nosso coração também.
Mas não podemos desanimar de pregar a verdade, de anunciar a verdade. Muito mais do que anunciá-la, vivê-la, ser um testemunho coerente da Palavra de Deus. Não podemos nos deixar calar por aqueles que não querem mudar de vida, mas sejamos um testemunho coerente e fiel daquilo que Deus exige de cada um de nós, mesmo que isso gere incômodo na vida de muitos que não estão mais preocupados em viver a verdade.
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/08/2023
HOMILIA DIÁRIA
São João Batista: a voz do profeta que ecoa através dos tempos
“Naquele tempo, Herodes tinha mandado prender João e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão.” Por isso, Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes e ele fez um grande banquete para os grandes da corte.
A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então, o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu te darei.” E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja metade do meu reino.” Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. E voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês, agora, num prato, a cabeça de João Batista”. O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito juramento diante dos convidados. Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João” (Mc 6,17-29).
Nós celebramos, no dia de hoje, o martírio de São João Batista. E aqui vemos que nem a morte pode calar a voz do profeta. A cabeça de João Batista foi arrancada e, simbolicamente, o pescoço foi cortado bem no local onde sai, de fato, a voz. A voz de João Batista foi calada pelo corte da cabeça, mas a palavra que ele anunciava não. Temos a dinâmica da voz e da palavra, a voz humana e a palavra divina.
A voz corajosa de São João Batista
A palavra divina continua produzindo efeito, pois sabemos que, depois do constrangimento por causa da firmeza das palavras, ainda assim, Herodes gostava de ouvir João Batista, porque tocava em sua consciência.
Quando Herodes soube de Jesus, logo pensou que foi João Batista quem voltou para atormentá-lo. Por quê? Porque a Palavra de Deus continua fazendo efeito, ainda que as vozes de Seus profetas sejam caladas neste mundo, porque a verdade não pode ser calada. A Palavra divina não pode ser calada.
O martírio de João Batista nos recorda a primazia da Palavra de Deus que não volta sem produzir o seu efeito. Por isso devemos ser porta-vozes e anunciar a Palavra divina que restaura todas as coisas, que gera conversão, que toca e faz com que a nossa vida cresça em santidade e qualidade também. Que cresça, na nossa vida, a qualidade da nossa entrega. É a palavra divina quem produz o efeito necessário.
Sobre você, desde que permaneça a bênção de Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Edson Oliveira
Padre Edson Oliveira é brasileiro, membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: Canção Nova em 29/08/2024
Oração Final
Pai Santo, que deste ao Batista força capaz de fazê-lo temido pelos poderosos do seu tempo, arma a tua Igreja com os mesmos poderes – fé, verdade, coragem e generosidade – para que seja no mundo o sinal do teu Reino de Amor já presente em nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2012
Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a coragem de João Batista. Que nós, discípulos evangelizadores de Jesus, não nos acostumemos com a injustiça e tenhamos força para denunciá-la, não só por palavras, mas com o nosso exemplo de amor e fraternidade. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2013
Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para seguir o exemplo de sobriedade de João Batista. Assim nos preparamos para o exercício destemido da missão de anunciar ao mundo a presença do teu Reino de Amor e Justiça, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que deste a João Batista força bastante para fazê-lo temido pelos poderosos do seu tempo, arma a tua Igreja com os mesmos poderes – fé, verdade, coragem, transparência e generosidade –, para que sejamos no mundo um sinal do teu Reino de Amor já presente em nós. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2018
ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, dá à tua Igreja a coragem de João Batista. Que nós, discípulos evangelizadores do Caminho de Jesus, não nos acostumemos com a injustiça e tenhamos força para denunciá-la, não só por palavras, mas com o nosso exemplo de amor e fraternidade. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2019
ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, vivendo um tempo de egoísmo e de narcisismo, nós Te pedimos que nos faças compreender a lição da corajosa humildade de João Batista. Ele reconheceu a chegada do tempo pleno da Graça e foi capaz de tornar-se menor, cedendo a primazia ao seu Divino Anunciado – Jesus de Nazaré. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/08/2020



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