HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 13/09/2024
ANO B
Lc 6,39-42
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Pode um cego guiar outro cego?
Um cego não pode guiar outro cego; o aluno não está acima do mestre. Se quero ser guia de cegos, preciso enxergar bem, se não caímos os dois no buraco. Nietzsche dizia que “alguns não conseguem afrouxar suas próprias cadeias e, não obstante, conseguem libertar seus amigos”. É um preso soltando outro preso.É alguém capaz de ajudar um outro a superar certas dependências que ele mesmo não supera. Transmito convicções que mantêm alguém firme na prática do bem e perseverante no amor conjugal, por forte que seja a vontade de desistir, e me vejo desistindo. Somos incapazes de muitas coisas, sobretudo de tirar a trave que temos nos olhos.A incapacidade é a verdade da nossa existência. “Kavaná” é uma palavra de grande importância na espiritualidade hebraica. Pode ser traduzida por “intenção”, “propósito”, “motivo”. O propósito da kavaná, explica o rabino Heschel, “é conduzir o coração para Deus, mais do que a língua e os braços”.O encanto está na possibilidade que Deus nos dá de orientar para ele tudo o que queremos realizar, de pôr em tudo uma intenção, kavaná, séria e sincera, mesmo tendo que dizer com o rabino Paulo de Tarso: “Vejo o melhor, experimento, e sigo o que é pior”.Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/pode-um-cego-guiar-outro-cego/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/a-atitude-do-discipulo-13092024
Reflexão
Falta-nos capacidade para conhecermos o que se passa no íntimo de outra pessoa. Qualquer juízo está sujeito a não corresponder à verdade. Isso, conforme a gravidade, pode configurar-se como calúnia, certamente um dos maiores pecados do ser humano. Em geral, somos compassivos e benévolos com nossos próprios erros, e “carrascos” em relação aos defeitos dos outros. Jesus nos ensina a considerar primeiro o mal que existe em nós. Então, seremos mais compreensivos e mais tolerantes em relação ao próximo. O famoso pensador chinês Confúcio dizia: “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo”. Quando enxergamos um defeito em nossos semelhantes, não será porque ele já existe em nós?(Dia a dia com o Evangelho 2024)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/13-sexta-feira-7/
Reflexão
«Todo discípulo bem formado será como o mestre»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, as palavras do Evangelho nos fazem refletir sobre a importância do exemplo e de procurar para os outros uma vida de exemplo. Por tanto, o ditado popular diz que «Pai Exemplo é o melhor predicador», e o outro que diz «vale mais uma imagem do que mil palavras». Não podemos esquecer, que no cristianismo, todos -sem exceção!- somos guias, já que o Batismo nos dá uma participação no sacerdócio (mediação salvadora) de Cristo: por tanto, todos os batizados temos recebido o sacerdócio batismal. E todo sacerdócio, além da missão de santificar e ensinar aos outros, incorpora também o múnus -a tarefa- de encaminhar ou conduzir.Sim, todos -queiramos ou não- com nosso comportamento, temos a oportunidade de ser modelo estimulante para os que nos rodeiam. Pensemos, por exemplo, na ascendência que os pais têm sobre os filhos, os professores sobre os alunos, as autoridades sobre os cidadãos, etc. O cristão, no entanto, deve ter uma consciência particularmente viva a respeito de tudo isto. Mas... «Pode um cego guiar outro cego?» (Lc 6,39).Para nós, cristãos, é uma chamada de atenção aquilo que os judeus e as primeiras gerações de cristãos falavam de Jesus Cristo: «Ele fez bem todas as coisas» (Mc 7,37); «O Senhor começou fazer e ensinar» (At 1,1).Devemos tentar fazer em obras tudo aquilo que cremos e professamos de palavra. Numa ocasião, o Papa Bento XVI, quando ainda era Cardeal Ratzinger, afirmava que «o perigo mais grave, são os cristãos adaptados», portanto, é o caso das pessoas que de palavra se professam católicas, mas na prática, com seu comportamento, não demonstram o radical próprio do Evangelho.Ser radical, não é ser fanático (já que a caridade é paciente e tolerante) nem exagerado (pois, no amor não é possível exagerar). Como afirmou São João Paulo II, «o Senhor crucificado é um testemunho insuperável de amor paciente e mansa humildade»: não se trata de um fanático nem de um exagerado. Mas é radical até dizer como o centurião que assistiu sua morte «Na verdade, este homem era um justo» (Lc 23,47).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Procurai adquirir as virtudes que julgais faltar aos vossos irmãos, e já não vereis os seus defeitos, porque não os tereis» (Santo Agostinho)
- «A oração e os sacramentos obtêm para nós aquela luz da verdade, graças à qual podemos ser ao mesmo tempo ternos e fortes, usar de doçura e firmeza, calar e falar no tempo certo, repreender e corrigir com justiça» (Bento XVI)
- «Pela caridade, amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. A caridade é o ‘vínculo da perfeição’ (Cl 3, 14) e a forma de todas as virtudes» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1844)https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-09-13
Reflexão
A cegueira “do relativismo”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje “resulta muito atual a descrição que fez são Paulo sobre a “minoria de idade” na fé”: um ser levados à deriva e viver sacudido por qualquer vento de doutrina. Quantos "ventos" conhecemos nestas últimas décadas! Do marxismo ao liberalismo, até a libertinagem; do coletivismo ao individualismo; do ateísmo a um vago misticismo religioso... É a pior das cegueiras, porque ninguém sabe aonde vai, nem aonde ir.Ter uma fé clara é etiquetado com frequência como fundamentalismo, enquanto que o relativismo —a "cegueira" do pensar segundo "o que se leva"— parece ser a única atitude que está na moda. Vai se constituindo como uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que só deixa como última medida o próprio eu e suas vontades.—A amizade contigo, Jesus, é nossa "medida": a medida do verdadeiro humanismo. Tua amizade nos dá o critério para discernir entre o verdadeiro e o falso, entre o engano e a verdade…https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-09-13
Comentário sobre o Evangelho
Jesus condena a hipocrisia e enfatiza a importância de conhecer o meu coração antes de julgar os outros
Hoje ouvimos a parábola do cego que guia a outro cego… Os dois cairão ao mesmo tempo no mesmo buraco. Muito atual!: vivemos em uma época em que vamos de “corajosos” pela vida, mas bastante escravos das modas (roupas, brinquedos, carros...). Para ser um líder capaz de ajudar aos outros, convém ser “crítico” e exigente com si mesmo.—«Se você não tem um amigo que o corrija, paga a um inimigo para que o faça».https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-09-13
Meditação
Diz Jesus que um cego não pode guiar outro cego porque ambos cairão no buraco. Se não sei onde está a verdade, se não sei o que é felicidade, se não sei para que vivo, não poderei ajudar a tantos ao meu redor. Preciso conhecer de forma prática o que Jesus ensina, preciso experimentar seu jeito de viver, preciso viver a felicidade que me oferece. Só assim poderei ajudar outros a evitarem os caminhos esburacados da infelicidade.OraçãoÓ Deus, força dos que esperam em vós, quisestes que o bispo São João Crisóstomo brilhasse por sua admirável eloquência e coragem nas tribulações; concedei que, instruídos por seus ensinamentos, sejamos fortalecidos pelo exemplo de sua invencível constância. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=13%2F09%2F2024&leitura=meditacao
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