domingo, 25 de agosto de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 25/08/2024

ANO B


21º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ministérios leigos

Dia do Catequista

Ano B - Verde

“Senhor, a quem iremos nós?” Jo 6,68

Jo 6,60-69

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Estamos reunidos para nos alimentar da palavra e do pão que o próprio Jesus nos oferece. Ele, que desempenhou sua missão na mais absoluta fidelidade ao Pai, encontra na resposta de Pedro a síntese do verdadeiro discípulo do Reino: só Jesus merece ser seguido, por ter palavras de vida eterna. Celebremos, hoje, em sintonia com todos os nossos leigos, de forma especial com todos os nossos catequistas, agradecendo ao Pai a dedicação deles no serviço da evangelização.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, viemos ao encontro do Senhor. Só Ele é nossa esperança e salvação! Aqui estamos reunidos para louvar e bendizer a Deus Pai pelo mistério de Cristo que amou sua Igreja e deu a vida por ela. Reconhecemos que todas as bênçãos e graças tem a sua origem no Senhor e, assim, nosso louvor e nossa gratidão crescem a cada dia por experimentarmos o seu amor que envolve a nossa vida pessoal, de nossa comunidade e de todo Universo. Em comunhão com todos os ministérios leigos e servidores de nossas comunidades, elevemos juntos nosso canto de reconhecimento ao Senhor.

A QUEM IREMOS, SENHOR?

Na Eucaristia Jesus Cristo, nossa vida, se faz presente no meio de nós, pela sua Palavra, e no seu corpo e sangue. Sabemos que participar da missa é viver outra vez a paixão e a morte redentora do Senhor. Trata-se de uma teofania, ou seja, o Senhor torna-se presente no altar para ser oferecido ao Pai pela salvação do mundo. Hoje queremos manifestar nosso confiança e nossa entrega plena à Pessoa de Jesus, e como Simão Pedro, confessar nossa fé: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Neste quarto domingo do mês vocacional queremos recordar e rezar pelos ministérios e serviços laicais, em particular a vocação e a missão do catequista. Vamos agradecer pelos catequistas de nossas comunidades que acompanham, anunciam e testemunham a Boa Nova de salvação paras as crianças, jovens, adultos e famílias. A partir da comum vocação batismal, no caminho da santidade, somos chamados a ser verdadeiramente discípulos missionários de Jesus Cristo, na Igreja e no mundo, construindo o Reino de Deus.
A Palavra de Deus nos ilumina e conduz. A primeira leitura, do Livro de Josué (Js 24,1-2a.15-17,18 b) nos recorda o belo e importante momento em que o povo é chamado à unidade em Javé, reafirmando a sua fé e servir o Deus que os libertou do Egito e lhes deu a liberdade, e assim caminhar rumo à terra prometida. Como naquele tempo, também nós hoje somos chamados a dizer e testemunhar com todas as nossas forças como fez Josué e sua família: “Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor”. E nos perguntamos, a quem realmente queremos adorar e servir? Na fé e esperança dizermos, nós também, serviremos ao Senhor, pois somente ele é o nosso Deus.
No Evangelho de São João (Jo 6,60- 69) temos a conclusão do discurso sobre o Pão da Vida e os discípulos são convidados a tomarem uma decisão, a afirmarem sua fé, a partir do que ouviram e testemunharam. O seguimento de Jesus, o discipulado, é exigente e radical, e somente com os olhos da fé se pode aderir à proposta de vida do Senhor, Ele é o verdadeiro Pão da vida. A pergunta que Pedro faz – “A quem iremos?” – é a pergunta de todos nós – e a resposta é a única e confiável, entre tantas que podemos dar. Jesus é o Único, e suas palavras são de vida eterna, de plenitude. Não há margem para dúvidas, Jesus mesmo é a Palavra eterna. Todos nós somos hoje convidados a professar a fé, acolher o mistério divino que em Jesus se revela, Ele é o Filho do Homem, o Filho de Deus, e testemunhar e anunciar com alegria o que cremos e celebramos,
Na segunda leitura da Carta aos Efésios (Ef 5,21-32) vemos que a relação de amor entre Cristo e a Igreja deve ser considerada o modelo das relações conjugais e comunitárias, na solicitude de uns para com os outros. Todos somos membros do Corpo de Cristo, logo todos são importantes, o comprometimento cristão é baseado no serviço e no amor. O mistério da união entre Cristo e a Igreja é muito grande e não existem palavras para defini-lo. A analogia com o matrimônio é apenas uma tentativa de compreendê-lo melhor para melhor servir no Reino de Deus: “Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja”. Pois somente Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, a quem devemos ir para alcançar a plena vida, a vida eterna.
Dom Angelo Ademir Mezzari, RCJ
Bispo Auxiliar de São Paulo

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Tu tens palavras de vida eterna


A crise se instala e se propaga. Não apenas os judeus se afastam de Jesus como também muitos discípulos deixaram de andar com ele. Esta palavra é dura, quem consegue escutá-la”, diziam eles. De fato, Jesus tinha explicado com toda clareza que sua carne é comida e seu sangue é bebida. No início falava do pão, que ele era o pão descido do céu e que era preciso comer desse pão. Agora ele fala que é preciso comer a sua carne e beber o seu sangue para ter a vida eterna e para ressuscitar no último dia. A murmuração inicial se torna crise.
Se não era aceitável que Jesus fosse o pão que desceu do céu, menos aceitável era ter que comer sua carne e beber o seu sangue. “Esta palavra é dura, quem consegue escutá-la, disseram, então, não mais os judeus, e sim os discípulos. Vendo que até os seus discípulos começavam a abandoná-lo, Jesus poderia explicar-lhes tudo de novo, modificar alguma coisa que não tivesse ficado clara, impedir que partissem por mal-entendidos. Mas não! Não fez nada disso.
Ao contrário, perguntou aos Doze se eles também queriam ir embora. Pedro responde por todos: “A quem iremos, Senhor? Ele não estava dizendo que entendeu tudo o que Jesus tinha dito e que por isso ia ficar com ele. Os outros também não entenderam nada, mas ficaram porque tinham aceitado a pessoa de Jesus. “Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus.” Cremos no Senhor e, portanto, cremos nas suas palavras. Acreditamos que sua carne é comida e seu sangue é bebida porque ele disse!
O pão da última ceia, que é o pão da Missa, é o próprio Cristo Jesus. Sua presença não é física, porque não ocupa lugar. Por isso dizemos que se trata de uma presença “sacramental”. O mesmo dizemos do vinho. Como essa presença acontece, é um mistério da fé. Usamos palavras humanas para dizer que a substância do pão deixa de existir e fica a substância do corpo de Cristo, permanecendo as aparências do pão e do vinho.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/tu-tens-palavras-de-vida-eterna-4/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/senhor-a-quem-iremos--tu-tens-palavras-de-vida-eterna,-e-nos-temos-crido-e-conhecido-que-tu-es-o-santo-de-deus

Reflexão

O discurso de Jesus sobre o pão da vida gera uma crise entre seus discípulos: “Quem pode continuar ouvindo isso?”. Jesus se empenha para esclarecer quem de fato ele é. Se os discípulos ficam escandalizados com a ideia de carne e sangue como alimento (espiritual), como reagirão ao contemplarem Jesus ressuscitado e glorificado? Volta Jesus ao tema: a carne, como matéria orgânica, para nada serve, se não receber vida do Espírito. Só quem aceita o dom do Pai pode entrar na esfera do Espírito e ir a Jesus, isto é, crer. Muitos discípulos desistem de seguir a Jesus. Simão Pedro, porém, em nome dos apóstolos, renova sua profissão de fé: “Nós acreditamos e sabemos que tu és o Santo de Deus”. Entretanto, Pedro não será fiel a essa confissão de fé e de amor: negará o Senhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/25-domingo-8/

Reflexão

«A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna»

Rev. D. Miquel VENQUE i To
(Solsona, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos coloca em Cafarnaum, onde Jesus é seguido por muitos que haviam visto seus milagres, em especial o da multiplicação espetacular dos pães. Em termos humanos, Jesus ali corria o risco de sucumbir às glórias humanas; inclusive, queriam coroá-lo rei. Este é um momento chave na catequese de Jesus. É o momento em que Ele começa a expor claramente a dimensão sobrenatural de sua mensagem. E como Jesus é tão bom catequista, sacerdote perfeito, o melhor bispo e papa, deixa a multidão seguir, sente pena, mas Ele é fiel à sua mensagem, a popularidade não o cega.
Um grande sacerdote dizia que, ao longo da história da Igreja, muitas pessoas que pareciam colunas imprescindíveis acabaram caindo: «Abandonaram e não mais andavam com Ele» (Jo 6,66). Você e eu podemos cair, passar, ir, criticar, seguir nossos desejos?. Com humildade e confiança, digamos a Jesus que queremos ser fiéis a Ele hoje, amanhã e todos os dias; que nos permita ver o pouco sentido evangélico que há em discutir os ensinamentos de Deus ou da Igreja pelo fato de não os entendo: «A quem iremos, Senhor?» (Jo 6,68). Peçamos mais sentido sobrenatural. Somente em Jesus e na sua Igreja encontramos a Palavra de vida eterna: «Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6,68).
Como Pedro, sabemos que Jesus nos fala uma linguagem que ultrapassa o sentido humano, linguagem que há que sintonizar corretamente para alcançar seu pleno sentido; caso contrário só ouvimos sons incoerentes e desagradáveis; precisamos afinar a sintonia. Como Pedro, também em nossa vida cristã temos momentos nos quais há que renovar e manifestar que estamos em Jesus e que queremos seguir com Ele. Pedro amava a Jesus Cristo, por isso permaneceu com Ele; os outros o queriam pelo pão, pelas guloseimas, por razões políticas e o deixam. O segredo da fidelidade é amar, confiar. Peçamos à Virgo Fidelis que nos ajude hoje e agora a ser fiéis à nossa Igreja.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Porque ao dar-nos, como deu, o seu Filho, que é uma Palavra sua, e não há outra, tudo nos disse conjuntamente e de uma vez nesta única Palavra, e não tem mais a dizer» (S. João da Cruz)

- «Senhor, a quem iremos? Também nós podemos e queremos repetir, neste momento, a resposta de Pedro, certamente conscientes da nossa fragilidade humana» (Bento XVI)

- «(...) Jesus dá-nos, não somente as palavras da nossa oração filial, mas também, ao mesmo tempo, o Espírito pelo qual elas se tornam em nós espírito e vida´ (Jo 6, 63). Mais ainda: a prova e a possibilidade da nossa oração filial é que o Pai enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho que clama: "Abbá! ó Pai!´ (Gl 4, 6) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.766)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-25

Reflexão

João 6: a Eucaristia nos “transforma” em •espírito”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, contemplamos à Eucaristia como o grande encontro permanente de Deus com os homens, onde o Senhor entrega-se como "carne" para que —Nele— nos transformemos em "espírito". Ele, através da Cruz, se transformou em uma nova forma de humanidade que se compenetra com a natureza de Deus; paralelamente, a Eucaristia deve ser para nós um passo através da Cruz e, uma antecipação da nova vida em Deus e, com Deus.
No fim do discurso, onde se anuncia a encarnação de Jesus e, o comer e beber a Carne e o Sangue do Senhor, Jesus Cristo conclui dizendo que «o Espírito é que dá a vida». Isso nos lembra das palavras de são Paulo: «O primeiro homem, Adão, foi “um ser natural, dotado de vida”; o último Adão é um ser espiritual e que dá vida» (1Cor 15,45)
—Somente através da Cruz e da transformação que esta produz nos faz acessível essa “Carne”, arrastando-nos também a nós no processo de dita transformação.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-25

Comentário sobre o Evangelho

Pedro proclama sua fé inabalável em Jesus: «Tu és o Santo de Deus»


Hoje, Simão Pedro faz um gesto admirável com Jesus. Quase todo aquele grupo de judeus O abandona porque lhes parecem duras as suas palavras. O Senhor fica sozinho. Até pergunta aos seus doze Apóstolos: «Quereis vós também retirar-vos?».
- Com Simão Pedro dizemos a Jesus: - Senhor, a mim às vezes custa-me entender as tuas palavras, mas eu confio em Ti. Porque, se não fosse a Ti, a quem iria eu? Tu és o Santo de Deus!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-08-25

HOMILIA

ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA

“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.” Estas são as últimas palavras do Evangelho desta Liturgia. A resposta de Pedro é de grande importância, pois, dizendo em nome dos discípulos, confirma a todos na adesão à pessoa de Jesus.
O Livro de Josué nos traz grande e belo ensinamento, bem de acordo com o Evangelho. Josué pede para o povo fazer sua escolha e assumir um compromisso. De um lado há a dominação e opressão, como no Egito; e de outro, a proposta de Deus, que os libertou do Egito, que os trouxe para a Terra Prometida. Josué não tem receio algum de afirmar sua fé no Deus de Israel, juntamente com sua família. O povo, por sua vez, nega o politeísmo, ou seja, os deuses cultuados, e segue o exemplo de Josué, manifestando sua fé no Deus de Israel.
Na vivência da fé não dá para viver lá e cá, a favor deste e também daquele. A fé não tem meio-termo: ou se tem fé ou não se tem; dispor-se de outro modo é buscar interesses pessoais. Josué ajuda o povo a construir uma Comunidade justa e fraterna. O poder opressor não permite nem viver, que dirá construir uma Comunidade fraterna, não só ontem, mas hoje também. A lógica do mundo capitalista tem como prioridade os bens materiais, o poder, a ambição, a glória da dominação, a exclusão dos mais pobres; isso não é de Deus, jamais.
Por isso, a palavra de Pedro a Jesus é muito forte: “A quem iremos, Senhor?” Não é possível construir a vida onde há dominação. Precisamos sim ter consciência do significado profundo do Evangelho, para onde nos conduz, a salvação que nos propõe. O Evangelho não é um livro “piedoso”, ele é comprometedor, pois se o acolho, não posso estar a favor de tantas tendências maléficas, desumanas, anticristãs e antiéticas, que estão aí diante de nossos olhos. Viver a fé é ter o Evangelho em uma mão e o jornal na outra mão.
Jesus está nos ensinando sobre a Eucaristia. Assumir o projeto de Jesus implica em comer sua carne e beber seu sangue. Essas palavras chocaram muitos discípulos, que até deixaram de segui-lo. Essa catequese confrontava-se com a Páscoa judaica, e era difícil para eles entenderem. Jesus está dizendo que Ele é a nova Páscoa, superando a Páscoa antiga.
Perguntando: “Vocês também não querem ir embora?”, Jesus arriscou-se em ficar sozinho, e Pedro responde em nome dos Doze. Será que nós somos capazes de dar passos mais largos na pertença e no compromisso com o Reino? Ou ainda estamos a desejar um Reino conforme os moldes de nossa cabeça? Qual é nossa resposta?
Redação “Deus Conosco”
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=25%2F08%2F2024&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: (instante de silêncio) Ó DEUS, que unis os corações dos vossos fiéis num único desejo, concedei ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que na instabilidade deste mundo nossos corações estejam ancorados lá onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=25%2F08%2F2024&leitura=meditacao

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