sábado, 6 de julho de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/07/2024

ANO B


Mt 9,14-17

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Porque teus discípulos não jejuam?


Não é necessário jejuar, pois o noivo está sempre conosco. Nosso jejum não consiste em privar-nos de alimento, mas sim em privar-nos de Jesus. Ficar sem Jesus é jejuar. O jejum puramente ritual ou por mera observância legal é inútil, e ainda mais inútil quando feito para ser visto e elogiado. Não faz sentido aparentar um ato de mortificação em uma vida que não precisa de remendos, mas sim de renovação.
O jejum pode ser útil como disciplina pessoal e para fortalecer a vontade. No entanto, como penitência pelos pecados, pode dar a falsa impressão de tranquilizar a consciência. Seria ainda pior se o jejum significasse acumular méritos, forçando Deus a conceder recompensas. Há recipientes apropriados para o vinho? É possível remendar uma roupa rasgada?
Para Deus, tudo é possível e tudo é possível para quem ama a Deus. No entanto, se estou precisando de uma mudança de direção e de uma conversão radical, é melhor buscá-la com coragem do que me iludir com pequenos atos de penitência. O que fazer com uma roupa velha que não suporta mais remendos? Trocar por uma nova. O batismo e a confissão, quando feitos corretamente, colocam a vida no caminho certo.
Cônego Celso Pedro da Silva
https://catequisar.com.br/liturgia/porque-teus-discipulos-nao-jejuam/

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha


Não precisamos jejuar nunca porque o noivo está sempre conosco. Nosso jejum não é privação de alimento, e sim por privação de Jesus. Não ter Jesus é jejuar. É inútil o jejum meramente ritual ou por observância legal, e mais inútil ainda quando feito para ser visto e elogiado. Não pode aparentar um ato de mortificação numa vida que não está precisando de remendo, mas de roupa nova. O jejum pode ter sua utilidade como disciplina pessoal e fortalecimento da vontade. Como penitência dos pecados pode dar a impressão errada de tranquilizante de consciência. Pior seria se o jejum significasse aquisição de méritos, obrigando a Deus a prever recompensas. Há recipientes apropriados para o vinho? É possível remendar uma roupa rasgada? Para Deus tudo é possível e tudo é possível para quem ama a Deus. No entanto, se estou precisando de uma mudança de direção e de uma conversão radical, é melhor buscá-la com coragem do que ficar se enganando com pequenos atos de penitência. O que fazer com uma roupa velha que já não suporta remendos? Trocar por uma nova! Batismo e confissão, feitos como se deve, põem a vida no rumo certo.
Fontes: Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2018’, Paulinas
https://catequisar.com.br/liturgia/ninguem-poe-remendo-de-pano-novo-em-roupa-velha-mt-914-17/
e Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas
https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/do-mesmo-modo-nao-se-poe-vinho-jovem-em-odres-antigos-senao-os-odres-rompem-se-o-vinho-derrama-se-e-os-odres-perdem-se-mas-o-vinho-jovem-poe-se-em-odres-novos-e-assim-ambos-se-conservam-06072024

Reflexão

A expressão dos discípulos de João mais parece lamento do que alegria: “Nós e os fariseus jejuamos tanto…”. Jesus compara o jejum com o luto (v. 15). Então, acaso o jejum não é prática recomendável? Tudo dependerá do motivo por que se faz jejum. Jejuar, na tradição judaica, estava muito ligado à necessidade de obter favores de Deus. Cumprir os Mandamentos para ganhar o céu. Ora, Deus não depende da quantidade de coisas boas que fazemos para nos acudir com suas graças. Graça vem de graça, não por nossos méritos. É o que Jesus nos ensina. E o apóstolo Paulo insiste: “É pela graça que vocês foram salvos […] E isso não provém de vocês, mas é dom de Deus” (Ef 2,8). Quanto ao jejum que agrada a Deus, confira o luminoso capítulo 28 do profeta Isaías.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/6-sabado-9/

Reflexão

«Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então jejuarão»

Rev. D. Joaquim FORTUNY i Vizcarro
(Cunit, Tarragona, Espanha)

Hoje notamos os novos tempos que se iniciam com Jesus, a sua nova doutrina que é ensinada com autoridade, e, como todas as coisas novas, vemos como elas chocam e questionam a realidade e os valores dominantes na sociedade. Assim, nas páginas que precedem o Evangelho que estamos contemplando, vemos a Jesus perdoando os pecados, o paralítico sendo curado e, ao mesmo tempo, acompanhamos como isso escandaliza os fariseus. Vemos também Jesus, chamado à casa de Mateus, o cobrador de impostos, comendo com eles outros publicanos e pecadores, o que fez os fariseus “subir pelas paredes”. No Evangelho de hoje são os discípulos de João que se aproximam de Jesus porque não compreendem que Ele e seus discípulos não jejuem.
Jesus que nunca deixa a ninguém sem resposta, lhes dirá: «Acaso os convidados do casamento podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então jejuarão» (Mt 9,15). O jejum era, e é, uma prática penitencial que contribui para «adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração» (Catecismo da Igreja Católica, n. 2043) e a implorar à misericórdia divina. Mas nesses momentos, a misericórdia e o amor infinito de Deus estava no meio deles com a presença de Jesus, o Verbo Encarnado. Como podiam jejuar? Só havia uma atitude possível: a alegria, o gozo pela presença de Deus feito homem. Como poderiam jejuar se Jesus havia revelado uma maneira nova de relacionar-se com Deus, um espírito novo que rompia com todas aquelas maneiras antigas de viver?
Hoje Jesus está: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20) e também não está, porque voltou ao Pai e por isso clamamos: Vem Senhor Jesus!
Estamos vivendo tempos de expectativa. Por isso, convém renovar-nos a cada dia, com o espírito novo de Jesus, desprendendo-nos de nossas rotinas, jejuando de tudo aquilo que nos impeça de avançar a uma identificação plena com Cristo, à santidade. «Justo é nosso choro —nosso jejum— se queimamos em desejos de vê-lo» (Santo Agostinho).
À Santa Maria, supliquemos que nos outorgue as graças que necessitamos para viver a alegria de nos sabermos filhos amados de Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O jejum é o timoneiro da vida humana e governa todo o navio do nosso corpo» (São Pedro Crisólogo)

- «Ao vinho novo, odres novos. E por esta razão, a Igreja pede a todos nós que façamos algumas mudanças, pede-nos que ponhamos de lado as estruturas perecíveis: não servem para nada! E abraçar outras novas, as do Evangelho» (Francisco)

- «Os leigos realizam a sua missão profética também pela evangelização, isto é, pelo anúncio de Cristo, concretizado no testemunho da vida e na palavra´. Para os leigos, esta ação evangelizadora adquire um carácter específico e uma particular eficácia, por se realizar nas condições ordinárias da vida secular´ (Concilio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 905)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-07-06

Reflexão

A nova evangelização: é necessário atualizar a “compreensão” da fé

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus nos chama à "fidelidade renovada": mesmo que o conteúdo da fé não muda substancialmente, devemos considerar as mudanças de percepção cultural e as graves dificuldades do tempo com respeito à profissão da fé verdadeira e sua justa interpretação.
Os conteúdos essenciais que desde os séculos constituem o patrimônio de todos os crentes têm necessidade de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova, com o fim de dar um testemunho coerente em condições históricas diferentes às do passado. O magistério da Igreja tem a responsabilidade de intensificar a reflexão sobre a fé para ajudar a todos os crentes em Cristo a que sua adesão ao Evangelho seja mais consciente e vigorosa em cada tempo.
—Nos tempos mais recentes a Igreja vem cumprindo esta missão com o Concilio Vaticano II ("bússola segura para orientar-nos no caminho do século que começa") e convocando duas vezes o "Ano da Fé" (com Paulo VI e com Bento XVI), entre outras muitas iniciativas.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-07-06

Comentário sobre o Evangelho

Jesus nos ensina que a lei do amor está acima do cumprimento das normas


Hoje, Jesus ensina-nos que não há que “jejuar por jejuar”, como quem cumpre somente uma norma. «Podem os companheiros do esposo ficar de luto enquanto o esposo estiver com eles?». Aí está a questão: acima do “cumprimento” está a lei do amor (a caridade). Imaginas-te a ti próprio a jejuar num casamento?
- Os santos não são pessoas aborrecidas: sabem que há um tempo para jejuar e um tempo para festejar. Além disso, têm presente o sentido mais profundo do jejum: acompanhar Jesus na Cruz. – Há quanto tempo não passo pelo Calvário?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-07-06

Meditação

Facilmente achamos que nossas práticas religiosas, nossas devoções, são as únicas válidas e obrigatórias para todos. Jesus nos ensina que essas práticas podem variar conforme as circunstâncias e as pessoas. É possível viver fielmente seu Evangelho e, ao mesmo tempo, ter uma liberdade muito grande na escolha de devoções, práticas e costumes. Somente não se pode perder a dimensão do amor autêntico.
Oração
Ó Deus, fonte da inocência e alegria dos puros de coração, que coroastes com a graça do martírio vossa filha Maria Goretti, ainda adolescente, em seu combate pela virgindade, concedei-nos, por sua intercessão, guardar sempre os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F07%2F2024&leitura=meditacao

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