ANO B
Mt 12,14-21
Comentário do Evangelho
Prática libertadora de Jesus
Em Jesus, Filho de Deus e filho de Maria, a humanidade é resgatada em sua dignidade e liberdade, no amor. Jesus, ao longo de seu ministério, manifestou seu amor vivificante, empenhando-se na libertação dos oprimidos pelo império romano e pelo poder religioso sediado no Templo de Jerusalém, com filiais nas sinagogas. Os evangelhos narram como os chefes religiosos de Israel, sentindo-se ameaçados em seu poder, empenham-se em condenar Jesus decidindo matá-lo.
Jesus, dedicando-se à formação dos discípulos, que continuarão sua missão, procura, no momento, evitar a própria morte. Porém, continua em contato com as multidões, com sua prática libertadora. Mateus, que escreve para uma comunidade de cristãos oriundos do judaísmo, associa Jesus ao messiânico Servo de Deus, descrito pelo profeta Isaías (II): "Eis o meu servo, que escolhi..." (Is 42,1-4).
Jesus é manso e humilde de coração e rejeita toda violência. Contudo, com absoluta firmeza, empenha-se em resgatar a dignidade humana, em seus direitos e em sua liberdade, denunciando toda opressão e comunicando vida e amor ao mundo.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir.
Fonte: Paulinas em 21/07/2012
Comentário do Evangelho
Jesus desperta a vida nas pessoas e o gosto de viver.
A interpretação dos fariseus de que Jesus viola o sábado (12,1-8.14-21) está na origem da decisão deles de matá-lo. A condenação injusta de Jesus e a sua morte violenta são consequências de sua vida. Jesus é condenado e morto por fazer o bem, por revelar a face misericordiosa de Deus. A morte de Jesus foi premeditada. No entanto, esse fato não o intimida em prosseguir o seu caminho, nem é capaz de dissuadi-lo da sua determinação de fazer a vontade de Deus. Saindo da sinagoga deles, Jesus continua a despertar a vida nas pessoas e o gosto de viver. Pela citação de um trecho de um dos cânticos do servo sofredor (Is 42,1-4), que diz da vocação e do destino do servo de Deus, convida a comunidade cristã a reler, à luz do mistério de Cristo, essa passagem de Isaías e a compreender que ela diz respeito a Jesus, eleito de Deus, em quem repousa o Espírito de Deus (Mt 3,16-17). A salvação da qual o Senhor é portador não é privilégio de uns poucos nem algo que precise ser conquistado. Ela é dom de Deus e é destinada a toda a humanidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir.
Fonte: Paulinas em 19/07/2014
Vivendo a Palavra
O Evangelho diz que Jesus foi seguido por numerosa multidão e curou a todos. Nós recebemos do Pai dons generosos e fartos, mas nem sempre nós os partilhamos com os companheiros de caminhada, retendo-os egoisticamente para consumo particular. Que aprendamos a virtude do desapego e sejamos pródigos na partilha.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/07/2012
Vivendo a Palavra
Diante da ameaça de morte dos fariseus, o Mestre, longe de se esconder, continua a curar. Curou a todos – diz o Evangelho. Aprendamos com Ele a colocar nossa segurança aos cuidados do Pai Misericordioso, abrindo mão de reservas financeiras, segurança pessoal, provisões para a aposentadoria... Nossa proteção está no Nome do Senhor!
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2014
VIVENDO A PALAVRA
O Evangelho diz que Jesus foi seguido por numerosa multidão e curou a todos. Recebemos do Pai dons generosos e fartos, mas nem sempre nós os partilhamos com os companheiros de caminhada, retendo-os egoisticamente para consumo particular. Que aprendamos a virtude do desapego e sejamos pródigos na partilha.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/07/2018
VIVENDO A PALAVRA
O perfil de Jesus que Mateus busca em Isaías alimenta a esperança de seus discípulos de todos os tempos: Cordeiro de Deus, manso e humilde, não esmagará e não abandonará os irmãos já pisoteados pela injustiça humana e nem apagará a chama da fé, mesmo titubeante, até que chegue o dia da Vitória final da Vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/07/2020
Reflexão
Jesus não veio à terra para buscar a sua glória ou a sua promoção pessoal. Ele veio como o servo de Deus para garantir, por uma vida de serviço e, principalmente, pela sua paixão e morte de cruz, a salvação para todas as pessoas. Com isso, Jesus é aquele que cumpre todas as promessas feitas por Deus durante todo o antigo Testamento. Ele vai, não pela glória, pela arrogância e pelo poder, mas pelo amor, pela misericórdia e pelo serviço, realizar o projeto de Deus e nos mostrar novos valores que devem nortear as nossas vidas, tornando-se ao mesmo tempo modelo para todas as pessoas e a esperança de todas as nações.
Fonte: CNBB em 21/07/2012 e 19/07/2014
Reflexão
Ao estabelecer o Reino de Deus, Jesus se coloca a favor do povo, oferecendo-lhe gratuitamente acolhida, ensinamento e curas. Os fariseus, ao invés, oprimem o povo em vista de manter os próprios privilégios. Rejeitam Jesus e seu projeto de libertação e vida. Então, com pauta definida, reúnem-se para tramar a morte de Jesus. Citando passagem de Isaías (Is 42,1-4), o evangelista Mateus oferece uma síntese sobre o Messias. Ele é o servo escolhido por Deus, o Filho amado, o ungido pelo Espírito, que traz a luz e o julgamento a todos os povos. Jesus não cessa de proclamar a Boa-nova do Reino, mas muitos não ouvem a sua pregação. Cresce, cada vez mais, a rejeição de líderes religiosos e políticos, familiares, multidões e cidades. A pressão dos adversários aumenta.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 21/07/2018
Reflexão
Ao estabelecer o Reino de Deus, Jesus se coloca a favor do povo, oferecendo-lhe gratuitamente acolhida, ensinamento e curas. Os fariseus, ao invés, oprimem o povo em vista de manter os próprios privilégios. Rejeitam Jesus e seu projeto de libertação e vida. Então, com pauta definida, reúnem-se para tramar a morte de Jesus. Citando passagem de Isaías (Is 42,1-4), o evangelista Mateus oferece uma síntese sobre o Messias. Ele é o servo escolhido por Deus, o Filho amado, o ungido pelo Espírito, que traz a luz e o julgamento a todos os povos. Jesus não cessa de proclamar a Boa-Nova do Reino, mas muitos não ouvem a sua pregação. Cresce, cada vez mais, a rejeição de líderes religiosos e políticos, familiares, multidões e cidades. A pressão dos adversários aumenta.
Oração
Ó Jesus Messias, és a manifestação histórica do servo anônimo descrito pelo profeta Isaías. Movido pelo Espírito Santo, curas a todos os que te seguem e te mostras solidário e misericordioso com os sofredores. Não corres atrás das aclamações populares; o que fazes é para agradar ao Pai. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 18/07/2020
Recadinho
Existe entre nós a preocupação pela defesa dos direitos dos mais fracos? - Jesus foi prudente. Retirou-se para não se envolver em confusão desnecessária. Adianta alguma coisa provocar os outros ou às vezes é melhor se calar? - Temos coragem para dizer a verdade quando necessário? - Não há também, às vezes, o risco de não agir por mero respeito humano? - Lembro-me sempre de que o mundo deve ser dos bons, dos mansos de coração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 19/07/2014
Comentário do Evangelho
O PREDILETO DE DEUS
Um texto do profeta Isaías, referente a um personagem anônimo chamado de "servo de Deus", serve de base para identificar o Messias Jesus e sua ação misericordiosa em favor da humanidade sofredora. A profecia de Isaías realizara-se quando Jesus "curava a todos" os que o seguiam, como servidor do Pai, mostrando-se misericordioso com os doentes e sofredores.
O profeta apresenta o servo como escolhido de Deus, o seu predileto. Deus sente agrado pelo modo simples e humilde de agir de seu servidor. Este está todo repleto do Espírito divino, que lhe dá forças para levar adiante sua missão. Não é irascível, nem violento. Convence por seu modo discreto de falar. Por cultivar a esperança, não se desespera enquanto pode perceber a mais ínfima possibilidade de conversão por parte de seus interlocutores. Em termos simbólicos, se a cana está rachada, não a quebra; se resta ainda uma pequena chama fumegante, não a apaga. Está absolutamente certo de que, um dia, a justiça triunfará. E todos os povos depositarão nele a sua esperança.
O servo anônimo do Antigo Testamento encontrava em Jesus uma perfeita manifestação histórica. O modelo de vida assumido por ele, ao longo de seu ministério, correspondeu àquele do servo. Em tudo o que fazia, visava, única e exclusivamente, agradar o Pai, por saber-se seu Filho predileto. Contudo, recusava as aclamações populares, mostrando-se, pelo contrário, compassivo e misericordioso com os marginalizados.
Oração
Espírito que leva a agradar a Deus, dá-me um coração de servidor, que se coloca a serviço da justiça e se mostra misericordioso com os sofredores.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 19/07/2014
Meditando o evangelho
NA MIRA DOS INIMIGOS
Os contínuos "desrespeitos" à Lei, por parte de Jesus, só fazia crescer a aversão de seus inimigos por ele. Norteando-se pelo princípio da misericórdia, o Mestre não se importava de fazer o bem em dia de sábado. Por exemplo: curar a quem recorria a ele ou carecia de seu auxílio, mesmo sem ser solicitado, como foi o caso do homem de mão seca. Ele transmitia aos discípulos esta mesma mentalidade, ensinando-os a serem livres diante das tradições religiosas, quando se tratava de fazer o bem.
O foco de desentendimento entre Jesus e os fariseus não consistia em minúcias da Lei, discutidas entre as escolas rabínicas da época. Girava em torno de questões mais radicais. As atitudes de Jesus chocavam-se com a Lei no seu conjunto, no modo como era entendida pelos fariseus fanáticos. Jesus não questionava o mandamento do repouso sabático. Somente recusava-se a aceitar o valor absoluto que lhe era dado. Por isso, entrava em desacordo com os seus inimigos.
A situação ficou insustentável. Seus opositores reuniram-se em conselho, para decidir sobre a melhor maneira de eliminar o incomodo Jesus de Nazaré.
O fato de ser visado por seus inimigos não foi um obstáculo sério para Jesus. Sua consciência de estar em comunhão com a vontade do Pai dava-lhe a segurança necessária para seguir em frente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir.
Fonte: Dom Total em 21/07/2018 e 18/07/2020
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Em seu nome as nações depositarão sua esperança
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Em Jesus Cristo se realiza tudo o que está escrito nas Escrituras Sagradas. Ele é o Servo Sofredor cantado pelo profeta Isaías em quatro poemas. Este personagem, o Servo, tanto pode ser o povo de Israel quanto a pessoa do Messias prometido. Poderia ser também o próprio profeta Isaías. São Mateus nos diz que Jesus Cristo é o Servo. Ele é aquele que serve a Deus, seu Pai, e o obedece. É o escolhido e o amado. Sobre ele repousa o Espírito Santo. Ele anuncia o direito e a justiça a todos os povos. Tem um modo próprio de agir: não grita nem se precipita. Não se impõe com voz forte e não se impacienta com o bambu que está rachado. Espera com paciência que a mecha fumegante volte a estar acesa. Não apaga de uma vez o pavio nem joga fora o bambu rachado, isto é, ele não desiste das pessoas e sabe pacientar. Sua preocupação é fazer triunfar o direito. Ele será a esperança de todas as nações. Assim é Jesus, este é o seu retrato vivo, mas suas atitudes incomodam. Por isso, os fariseus tomam a decisão de matá-lo. Os profetas incomodam. Afinal, o que quer o profeta? O mesmo que o Servo; quer que triunfe o direito.
Fonte: NPD Brasil em 21/07/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Um Messias desconcertante...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O Messianismo de Jesus, sua maneira de agir, desconcerta a todos. Os Fariseus estão convencidos de que ele não é o Messias e estão decididos a buscarem os meios para matá-lo, pois representa um perigo ás tradições de Israel.
O evangelho de hoje faz a clássica apresentação do Ungido segundo o Profeta Isaias, onde Jesus é o Servo de Deus, o Bem amado e querido do Pai, Aquele sobre quem repousa o Espírito e que anunciará a Justiça. Alguém que não irá entrar no “jogo” do poder que infestava até mesmo a religião, não elevará a voz, como fazem os que querem mandar e dominar, não fará ouvir sua voz nas praças.
Mas é o versículo final que traz algo inédito: Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a Justiça...
Este perfil do Messias desconcertou até o Precursor João Batista, que havia anunciado, com um discurso muito rigoroso “O machado já está posto á raiz, e toda árvore que não produzir bons frutos, será cortada e lançada ao fogo”. Enfim, anunciara um Messias implacável, vingador, com quem os maus, impuros e pecadores iriam se ver... E Jesus toca nos leprosos, cura os enfermos, abre os olhos aos cegos, e faz coisa ainda pior, tem amizade com pecadores públicos, com Mulheres da Vida, como Madalena, e janta na casa deles. Por isso João mandou discípulos sondarem se Jesus era mesmo o Messias esperado... Até ele ficou com dúvidas.
O cristianismo autêntico nos dias de hoje continua a ser desconcertante, porque o Jesus da Pós Modernidade, que os espertalhões criaram, em nada se parece com Ungido de Deus, o Cristo Jesus Nosso Senhor, aquele que transforma a miséria humana em esperança, porque cura, ressuscita e liberta os que morreram pelo pecado.
2. Grandes multidões seguiam Jesus e ele curou a todos - Mt 12,14-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Os fariseus, irritados, decidiram matar Jesus por ele ter curado a mão atrofiada de um homem num dia de sábado. São Mateus, então, se lembra dos poemas do profeta Isaías sobre o Servo Sofredor, o Servo do Senhor que é alguém, que é o povo no exílio, que é o próprio profeta, mas que é sobretudo Jesus, “o Servo escolhido, o bem-amado, no qual o Pai se alegra”. Isaías não fala aqui dos sofrimentos do Servo, mas de seu modo de ser e da missão que ele recebe do Espírito para anunciar o Direito às nações. Seu modo de ser é manso. Ele não discute nem grita. Ele não desistirá de nada e de ninguém enquanto não estabelecer o Direito. Não quebrará o caniço rachado, não apagará a mecha fumegante; não tirará do ser humano imperfeito a possibilidade da recuperação, não o jogará fora por estar rachado, não o extinguirá de vez por estar se apagando; continuará esperando que as coisas mudem. Trará a paz, que é fruto da justiça. Por isso as nações depositarão esperança em seu nome. “Mas ai daqueles que planejam o mal e o praticam porque têm poder”, diz o profeta Miqueias na primeira leitura de hoje.
Fonte: NPD Brasil em 18/07/2020
HOMILIA
JESUS, SERVO ESCOLHIDO DE DEUS
O Verbo de Deus, Aquele que existe desde toda a eternidade, Aquele que é invisível, incompreensível, incorpóreo, o Princípio que procede do Princípio, a Luz que nasce da Luz, a fonte da vida e da imortalidade, Aquele que é a expressão fiel do arquétipo divino, o selo que não se apaga, a perfeita imagem, a palavra e o pensamento do Pai (Heb 1, 3), é o mesmo que vem em ajuda da criatura feita à sua imagem (Gn 1, 27), e por amor do homem Se faz homem. Assume um corpo para salvar o corpo e une-se a uma alma racional por amor da minha alma. Para purificar aqueles a quem Se tornou semelhante, fez-Se homem em tudo exceto no pecado. Aquele que enriquece os outros faz-Se pobre. Aceita a pobreza da minha condição humana para que eu possa receber as riquezas da sua divindade (2 Co 8, 9). Aquele que possui tudo em plenitude, aniquila-Se a Si mesmo, priva-Se por algum tempo da sua glória para que eu possa participar da sua plenitude.
Porquê tantas riquezas de bondade? Que significa para nós este mistério? Eu recebi a imagem divina, mas não soube conservá-la; agora Ele assume a minha condição humana, para restaurar a perfeição daquela imagem e dar imortalidade a esta minha condição mortal. Deste modo, estabelece conosco uma segunda aliança, mais admirável que a primeira. Convinha que o homem fosse santificado mediante a natureza assumida por Deus. Convinha que Ele triunfasse deste modo sobre o nosso tirano, que nos subjugava para nos restituir a liberdade e reconduzir-nos a Si pela mediação de seu Filho. E Cristo realizou, de fato, esta obra redentora para glória de seu Pai, que era o objetivo de todas as suas ações.
Quero abrir a boca, irmãos, para vos falar do altíssimo assunto da humildade. E estou cheio de temor, como quem sabe que deve falar de Deus com a língua dos seus próprios pensamentos.
Porque a humildade é a roupagem da Divindade. Fazendo-se homem, o Verbo revestiu-se de humildade. Através dela, viveu conosco dentro de um corpo. E todo o que vive na humildade torna-se verdadeiramente semelhante Àquele que desceu das alturas e cobriu a sua grandeza e a sua glória com as vestes da humildade, para que, ao vê-lo, a criação não fosse consumida.
Porque a criação não teria podido contemplá-lo se Ele não tivesse tomado sobre si a humildade e não tivesse, assim, vivido com ela. Não teria havido face a face com Ele. A criação não teria ouvido as palavras da sua boca.
Por isso, quando a criação vê um homem revestido da semelhança do seu Mestre, ela o venera e honra, tal como o fez ao Mestre, que viu viver revestido de humildade. Com efeito, que criatura não se deixa enternecer diante do humilde? Contudo, enquanto a glória da humildade não se tinha revelado a todos em Cristo, desdenhava-se desta visão tão cheia de santidade.
Mas agora a sua grandeza elevou-se aos olhos do mundo. Foi concedido à criação receber, na mediação do homem humilde, a visão do seu Criador. Por isso, o humilde não é desprezado por ninguém, nem sequer pelos inimigos da verdade. Aquele que aprendeu a humildade é venerado por causa dela, como se tivesse sobre si uma coroa e vestes de púrpura.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 19/07/2014
REFLEXÕES DE HOJE
SÁBADO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 19/07/2014
HOMILIA DIÁRIA
Que todos os povos ponham a sua esperança em Cristo
Postado por: homilia
julho 21st, 2012
“Aqui está o meu servo que escolhi, aquele que amo e que dá muita alegria ao meu coração”. É o próprio Deus dando testemunho do Verbo Divino, Aquele que existe desde toda a eternidade, Aquele que é invisível, incompreensível, incorpóreo, o Princípio que procede do Princípio, a Luz que nasce da Luz, a fonte da vida e da imortalidade, Aquele que é a expressão fiel do princípio divino, o selo inamovível, a imagem perfeitíssima, a Palavra e o pensamento do Pai (cf. Heb 1,3). É o mesmo que vem em ajuda da criatura feita à Sua imagem (cf. Gn 1,27) e por amor do Homem se faz homem.
Sua missão fundamental é fortalecida pelo Seu Pai: “Eu porei nele o meu Espírito, e ele anunciará o meu julgamento a todos os povos. Não discutirá, nem gritará, nem fará discursos nas ruas. Não esmagará o galho que está quebrado, nem apagará a luz que já está fraca. Ele agirá assim até que a causa da justiça seja vitoriosa”.
Assim, Ele assume um corpo para salvar a humanidade e une-se a uma alma racional por amor da minha alma. Para purificar aqueles a quem se tornou semelhante, fez-se homem em tudo exceto no pecado. Aquele que enriquece os outros fez-se pobre. Aceita a pobreza da minha condição humana para que eu possa receber as riquezas da Sua divindade (cf. 2Cor 8, 9). Aquele que possui tudo em plenitude, aniquila-se a Si mesmo, priva-se por algum tempo da Sua glória para que eu possa participar da Sua plenitude.
Por que tantas riquezas de bondade? Que significa para nós este mistério? Eu recebi a imagem divina, mas não soube conservá-la; agora Ele assume a minha condição humana para restaurar a perfeição daquela imagem e dar imortalidade a esta minha condição mortal. Deste modo, estabelece conosco uma segunda aliança, mais admirável que a primeira. Convinha que o homem fosse santificado mediante a natureza assumida por Deus. Convinha que Ele triunfasse, deste modo, sobre o nosso tirano, que nos subjugava, para nos restituir a liberdade e reconduzir-nos a Si pela mediação de Seu Filho. E Cristo realizou, de fato, esta obra redentora para glória de Seu Pai, que era o objetivo de todas as Suas ações. Que todos os povos ponham n’Ele a sua esperança.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 21/07/2012
HOMILIA DIÁRIA
Nossas atitudes revelam amor ou rejeição a Jesus?
Nossas atitudes revelam amor ou rejeição a Jesus? Alguns homens O acolhem, mas alguns são indiferentes ou rejeitam o Reino de Deus.
“Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual ponho a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito.” (Mateus 12, 18)
Os fariseus já fizeram um plano para poder eliminar Jesus, mas Ele prossegue o Seu caminho, a Sua meta: anunciar o Reino de Deus e fazer com que ele aconteça. E onde estavam as multidões ali estava Jesus pregando, curando e fazendo a graça de Deus acontecer.
Jesus não se intimida pelas ameaças nem se deixa levar pelo medo ou pelo temor que os homens impõem ao Seu coração. A verdade é que a presença de Jesus é um sinal de contradição; há aqueles que O aceitam, O acolhem e O amam e deixam suas vidas ser transformadas pela presença divina e maravilhosa de Jesus no meio deles. Porque onde Jesus está, o Reino de Deus está acontecendo, mas é preciso que haja disposição do coração humano para acolhê-Lo e para permitir que Ele aconteça em sua vida.
Alguns homens O acolhem, mas alguns são indiferentes ou rejeitam o Reino de Deus. Os fariseus são do grupo daqueles que se opuseram frontalmente ao Senhor e rejeitaram o anúncio do Evangelho de Jesus; há outros que se colocaram na posição de simplesmente serem indiferentes à presença do Reino de Deus.
Hoje é dia de revermos a nossa postura, revermos a nossa opção de vida, a escolha que nós fazemos. Mas sabemos que toda escolha tem um preço, tem uma consequência. Seguir Jesus significa também sofrer e passar por aquilo que Ele passou. Ao fazer isso, não seremos sempre amados, não seremos sempre queridos, não seremos sempre compreendidos – se se opuseram a Jesus, vão se opor também a nós!
O importante é não temer, o importante é não perdermos o amor e a paixão por Jesus e pelo Seu Evangelho. Se o meu Mestre sofreu, eu também posso sofrer com Ele e para com Ele ressuscitar na glória.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 19/07/2014
HOMILIA DIÁRIA
A presença de Jesus precisa causar incômodos em nós
Há incômodos que querem nos tirar do egoísmo, do orgulho e da nossa vida centrada em nós
“Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos.” (Mateus 12,14-15)
Os fariseus queriam eliminar Jesus, porque Ele incomodava. A presença de Jesus no meio deles era um grande incômodo.
Quando queremos nos livrar dos incômodos da vida, damos um jeito de eliminá-los, matá-los. A sociedade em que vivemos é homicida, pois elimina tudo aquilo que lhe causa incômodo. Aqui, não estou falando dos incômodos comuns da vida, pois há aqueles que são necessários, que nos provocam por dentro, incomodam-nos para que possamos rever nossos conceitos e posturas. Há incômodos que querem nos tirar do egoísmo, do orgulho e da nossa vida centrada em nós, do isolamento e do individualismo no qual todos nós estamos perecendo.
É preciso que a Palavra de Deus nos incomode, que ela remexa com nossas convicções. Precisamos nos permitir ser incomodados pela Palavra de Deus. Jesus veio para nos incomodar e nos tirar da acomodação.
Se vemos uma pessoa o dia inteiro deitada no sofá e na frente da televisão, essa pessoa precisa ser sacudida, incomodada e balançada. Precisamos dizer a ela: “Levanta dessa situação! A vida o espera, a vida precisa de você ativo”. Há pessoas, no entanto, que não gostam de ser incomodadas, e reagem de forma negativa, gritando, espancando e agredindo os outros nas várias situações da vida.
Jesus veio para incomodar. Os incomodados queriam tirar a vida de Cristo, mas Ele reagiu de forma diferente, não lhes deu atenção e seguiu Sua missão. Enquanto eles queriam tirar a vida de Jesus, Ele continuava promovendo a vida. A multidão seguia o Mestre, e Ele a tocava para cuidar dela, para curar aqueles que estavam doentes, enfermos e sofrendo. Jesus quer cuidar de nós.
Permitamos que o amor de Jesus nos incomode. Muitas vezes, doí como injeção, mas é necessário para remover da vida aquilo que está nos tirando a alegria de viver.
Jesus, que o incômodo necessário seja sempre bem-vindo ao nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 21/07/2018
HOMILIA DIÁRIA
Sejamos a presença amorosa de Jesus na vida das pessoas
“Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos.” (Mateus 12,14-15)
Os fariseus que representam a religião do rigorismo se reúnem para matar Jesus. Cuidado, porque é a religião que torna as pessoas cegas, leva-as a querer eliminar aquilo que as incomoda, a combater aquilo que lhes causa incômodo. Por isso, nos dias de hoje, quando vivemos uma religião hipócrita e farisaica, onde nos colocamos acima da Lei e, muitas vezes, até de Deus, estamos percebendo como uns querem eliminar o outro pela acusação, porque não pensam, não rezam nem fazem como eles.
Retiremo-nos dessas discussões, desse tipo de acusação, não atiremos coisas boas aos cães nem pérolas aos porcos. Façamos como Jesus: não percamos tempo com discussões religiosas, políticas, ideológicas, vãs e inúteis. Não percamos tempo com esse mundo farisaico, não julguemos ninguém por ser fariseu, para que esse fariseu não sejamos nós.
Precisamos fazer como Jesus: retirarmo-nos, porque as multidões estão sedentas e carentes de Deus, as pessoas estão sedentas de serem evangelizadas, amadas, mas estão perdendo tempo com aquilo que não as leva a nada. Na verdade, leva sim… Leva à divisão, à acusação, às brigas e discussões. Não percamos tempo com essas coisas! Precisamos ter o Espírito de Jesus, que não se deixou incomodar, Ele simplesmente se retirou.
Tudo que precisamos é ser canal da presença de Deus na vida das pessoas
Retiremo-nos de grupos, de discussões nas redes sociais, de grupos que provocam mais discórdia do que amor a Jesus e ao próximo. O amor não tem distinção, o amor não é de centro, de direita, de esquerda nem de canto nenhum; o amor é para com todos.
Precisamos ser presença amorosa de Jesus na vida das pessoas, como Ele mesmo foi, como Ele mesmo não se deixou seduzir por quem O puxava para cá e para lá. Ele se deixou conduzir pelo Espírito do Pai.
Esse Espírito deve estar em nós, para que nós também sejamos ungidos por Ele. Esse mesmo Espírito que ungiu, conduziu e levou Jesus para cuidar das multidões.
Há uma multidão faminta, sedenta e desejosa de Deus, precisando de amor, misericórdia e cuidado. Seremos o canal da cura de Deus, e não seremos instrumentos nem instrumentalizados para levar as pessoas para a discórdia, para a desunião e para os conflitos tão comuns nos nossos tempos. Tudo que precisamos é ser canal da presença de Deus na vida das pessoas.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 18/07/2020
Oração Final
Pai Santo, assim como teu Filho Unigênito não veio apagar o pavio que ainda fumega, concede à tua Igreja os dons da prudência e do respeito pelos pequeninos, ainda que diferentes, na certeza de que teu Espírito habita todas as criaturas e para todos enviaste o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/07/2012
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a viver com leveza e alegria, como frutos da fé e da certeza de que Tu nos amas e cuidas da nossa Existência. Faze-nos, Pai amado, fontes de Esperança para todos os companheiros que puseste a caminhar conosco nesta vida. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, assim como o Cristo não veio apagar o pavio que ainda fumega, concede à tua Igreja os dons da prudência e do respeito a todos, a começar pelos pequeninos e pelos que pensam diferente de nós, na certeza de que teu Espírito habita todas as criaturas e para todos enviaste o Cristo, teu Filho que se fez humano em Jesus de Nazaré. Por Ele, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/07/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai cheio de misericórdia, firma a nossa Esperança na Rocha Viva que é Jesus Cristo. Ele é o teu Filho Unigênito que se fez nosso irmão para que vivamos o Amor e O proclamemos com o testemunho de nossa vida aos homens e mulheres deste mundo e neste tempo – todos dons do teu carinho de Pai que tem entranhas maternas. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/07/2020
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