ANO B
Mt 5,33-37
Comentário do Evangelho
Outra forma do que significa pureza do coração.
Trata-se da quarta antítese. Pouco a pouco vai sendo explicitada em que consiste a “justiça maior” a ser vivida pela comunidade cristã. Essa quarta antítese é explicitação do que significa a pureza de coração. “Não jurar” (Ex 20,16; Dt 5,20; Lv 19,12) evoca sinceridade, que é outra forma de pureza de coração. Uma pessoa livre exprime sua liberdade no modo como fala, na autoridade de suas próprias palavras, sem precisar recorrer a qualquer outro elemento de atestação. Essa atitude nasce da coerência interna, da simplicidade, do desapego de si mesmo e das coisas. À diferença das demais antíteses, essa quarta não se refere propriamente às relações humanas, mas a um dever em relação a Deus. O juramento é uma promessa acompanhada de uma invocação da divindade. Se Jesus condena todo tipo de juramento (vv. 34-36; Tg 5,12), é para que a pessoa vença todo tipo de hipocrisia. Para não pronunciar o nome de Deus, os judeus juravam pelo céu, pela Cidade Santa, pela terra. A interdição de Lv 19,12, Jesus estende a todo juramento. Se Jesus prescreve a não jurar por o que quer que seja, é porque o ser humano não pode engajar na sua própria palavra o que é próprio de Deus. Jurar é uma forma de submeter Deus ao homem.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.
Fonte: Paulinas em 14/06/2014
Vivendo a Palavra
Jesus ensina hoje a difícil virtude da sobriedade no falar. Não poucas vezes nós somos tentados a explicar com palavras aquilo que o nosso exemplo, o testemunho de uma vida sóbria e discreta de quem busca a santidade, fala por si, sem precisar explicações – mesmo que bem elaboradas...
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2014
VIVENDO A PALAVRA
Contemplamos hoje a sobriedade no falar. As palavras de Jesus são muito poucas, mas contêm ensinamento profundo. O segredo é que elas são a manifestação de sua intensa vida interior em união com o Pai – uma oração permanente – e refletem, sobretudo, um comportamento existencial: suas relações com a Criação e o Criador.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/06/2018
VIVENDO A PALAVRA
Estamos recordando o ‘Sermão da Montanha’, onde a Lei de Moisés, antiga, se transforma na Nova Lei do Amor. Neste texto, Jesus nos ensina a praticar a sobriedade. Sobriedade nas palavras, mas não só: moderação, sobretudo no jeito de viver. Nenhum ser humano nos revelou tantas Verdades preciosas e de forma testemunhal, concisa e clara.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2020
Reflexão
Vós ouvistes o que foi dito aos antigos... Eu, porém, vos digo. Quem quer conhecer verdadeiramente Jesus não pode se contentar com as coisas antigas, mas deve buscar sempre a novidade do Evangelho. Isso significa que até mesmo o Evangelho não pode tornar-se antigo, tornar-se uma narrativa de fatos passados. O Evangelho deve ser para nós sempre uma novidade, um desafio à descoberta de novos valores que devem marcar a nossa vida e renovar a nossa comunidade e a nossa sociedade. A novidade do Evangelho é sempre atual e insuperável, e aponta para todos nós novos caminhos que devem ser trilhados a fim de que consigamos uma maturidade cada vez maior na fé.
Fonte: CNBB em 14/06/2014
Reflexão
Na época de Jesus, provavelmente havia o costume de jurar por qualquer motivo. Ao jurar, a pessoa procurava dar credibilidade a suas afirmações, por vezes carregadas de falsidade. Jesus põe um ponto final nessa prática que pode comprometer a verdade: “Não jurem de maneira nenhuma”. E ensina seus discípulos a usar sinceridade e transparência: “Que o sim de vocês seja sim, e o não seja não”. Alerta bem atual para nossos relacionamentos muitas vezes impregnados de tapeações ou descaradas mentiras. Na sociedade, sobretudo no mundo dos negócios, há uma “moeda falsa” que corre solta: a desonestidade. Há gente que conta vantagem quando consegue iludir e prejudicar o próximo. Nesse universo falso e imoral nosso Mestre não entra.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/06/2018
Reflexão
Na época de Jesus, provavelmente havia o costume de jurar por qualquer motivo. Ao jurar, a pessoa procurava dar credibilidade a suas afirmações, por vezes carregadas de falsidade. Jesus põe um ponto final nessa prática que pode comprometer a verdade: “Não jurem de maneira nenhuma”. E ensina seus discípulos a usar sinceridade e transparência: “Que o sim de vocês seja sim, e o não seja não”. Alerta bem atual para nossos relacionamentos muitas vezes impregnados de tapeações ou descaradas mentiras. Na sociedade, sobretudo no mundo dos negócios, há uma “moeda falsa” que corre solta: a desonestidade. Há gente que conta vantagem quando consegue iludir e prejudicar o próximo. Nesse universo falso e imoral, nosso Mestre não entra.
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, orientas os discípulos do Reino a não jurar de modo algum. Não precisamos recorrer a forças superiores para garantir a veracidade de nossas afirmações. Senhor, concede-nos que, em qualquer circunstância, nossas palavras brotem da sinceridade do nosso coração. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 13/06/2020
Recadinho
Preocupo-me com a sinceridade de minhas palavras? - Não acontece às vezes de omitirmos a verdade para não magoar uma pessoa? É justo agir assim? - Procuro cumprir à risca o que prometo? - O que você prefere: esperar pelos outros ou fazer com que os outros esperem por você? - Você cumpre o que promete?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/06/2014
Comentário do Evangelho
NÃO SE DEVE JURAR
A Lei proibia apenas o juramento falso e exigia o cumprimento do juramento feito. Jesus foi além, proibindo qualquer forma de juramento. Portanto, o discípulo do Reino deveria evitar servir-se deste expediente para dar credibilidade à sua palavra.
O rigor de Jesus visava criar no coração do discípulo um clima de sinceridade e transparência, a ponto de não precisar recorrer ao artifício do juramento quando falasse ou prometesse algo. A mentira e o dolo são incompatíveis com o proceder do discípulo do Reino. Quem recorre a expedientes deste tipo, renega sua adesão ao Senhor.
Outro objetivo da proibição de Jesus era evitar a vulgarização de Deus. O juramento falso infringe o mandamento que veta usar em vão do nome de Deus. O discípulo autêntico não tem necessidade de, a cada passo, lançar mão deste recurso para fazer-se crido. O sim do discípulo é sim e o não é não. Não lhe interessa enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites não vem de Deus, por isso tem que ser evitado.
A formulação tradicional do mandamento, no pensar de Jesus, não era suficiente para garantir relações sadias no interior da comunidade cristã. A necessidade de continuamente invocar o nome de Deus, para garantir o trato mútuo, podia ser indício de que o Reino ainda não tinha chegado a transformar o interior do discípulo.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça da sinceridade e da transparência, para que eu seja sempre honesto no trato com o meu próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/06/2014
Meditando o evangelho
A ÉTICA DA PALAVRA
O mandamento antigo permitia o juramento, desde que não fosse falso e se cumprisse o juramento feito. Para não infringir o 2º mandamento, recorria-se a certos eufemismos, a fim de encobrir a referência a Deus. Por isso, jurava-se pelo Céu, pela Terra, por Jerusalém. A invocação de Deus ou de outros elementos visava reforçar a palavra dada, de forma a criar confiança e um senso de segurança entre as pessoas. Assim, dava-se às palavras humanas um tom de seriedade e credibilidade.
Jesus pôs um basta a tudo isto, proibindo o juramento, pura e simplesmente. O discípulo do Reino não tem necessidade de jurar, pois age com transparência, sem a menor intenção de enganar seus semelhantes. Daí ser desnecessário lançar mão de juramentos para fazer-se credível. Sua boca fala o que traz no coração, sem necessidade de reforçar suas palavras com juramentos.
Na perspectiva do Reino, as palavras supérfluas são intoleráveis, e a mentira, obra do Maligno. Este é quem move o ser humano a inverter o sentido das palavras, encobrir-lhes o significado verdadeiro, não permitindo que a verdade transpareça.
O discípulo do Reino é sóbrio no falar. Cada palavra que pronuncia, assume seu sentido pleno. Seu sim é sim, seu não é não. As sugestões do Maligno não encontram guarida em seu coração.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de sobriedade, sejam minhas palavras plenas de transparência e sinceridade, a fim de que eu fale sempre o que corresponde à verdade.
Fonte: Dom Total em 16/06/2018 e 13/06/2020
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Cumprirás os teus juramentos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Aos antigos foi dito que não se deve jurar falso. É o que diz o oitavo mandamento, que manda não levantar falso testemunho. Jesus prefere que não se jure de modo algum, nem pelo céu, nem pela terra, nem por nada. Temos que ser gente de palavra. Nosso sim é sim, nosso não é não. Pecar contra este mandamento é pecar contra a verdade e, com isso, prejudicar a vida dos outros. É o pecado da mentira. Isso acontece nos relacionamentos pessoais e nos relacionamentos sociais. Os meios de comunicação, por exemplo, podem distorcer a verdade mesmo transmitindo um fato acontecido. A boa ou má intenção nos acompanha sempre. A maneira como as coisas são veiculadas, ou simplesmente ditas, podem induzir ao erro. O que dizemos dos outros pode não ser verdade ou pode ser dito de maneira a ser mal-entendida e prejudicial ao outro. Todos temos direito a nossa boa fama. Ninguém tem o direito de denegrir nosso nome, espalhando notícias, mesmo verdadeiras, com o intuito de nos prejudicar. Não se deve diminuir ou destruir a boa reputação e a honra a que todos temos direito. Quem jura falso chama Deus por testemunha em seu favor, ou alguém ou alguma coisa respeitável. Por isso Jesus prefere que não se jure por ninguém nem por nada.
Fonte: NPD Brasil em 16/06/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Jurar em Falso
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Meus pais sempre nos chamaram a atenção com rigor, quando na infância ou adolescência, diante de alguma dúvida, por parte deles, a gente Jurava por Deus. Era como se fosse um palavrão, proibido lá em casa.
Pela vida afora cansei de ouvir juramentos desse tipo, para cobrir mentiras e enganos pois, jurar por Deus é uma forma de desarmar quem está nos questionando. É usar de maneira banal e leviana o Santo nome de Deus.
O evangelho de hoje trata dessa questão, pois os antigos de Israel, dentro do Judaísmo, costumavam jurar por Deus, mas o faziam dentro de um ritualismo e sem nenhuma falsidade. Jesus vai abolir esse costume antigo e orienta para que não se jure nem por Deus e por nenhuma coisa sagrada relacionada com Ele. Talvez porque naquele tempo também havia os espertalhões que faziam um juramento falso, usando o Santo nome de Deus para trapacear ou fazer algum negócio escuso.
Jesus parte da premissa de que, nas relações fraternas não deve haver lugar para a desconfiança, pois elas devem ser pautadas pela sinceridade onde o SIM é sincero, e o NÃO também. Como diz em outro evangelho, “seja o vosso sim, sim, o vosso não, não”. Nos Sacramentos manteve-se alguns Juramentos feitos diante de Deus, entre eles o do Matrimônio onde os noivos fazem o consentimento e dizem SIM um ao outro, diante de Deus.
Como já vimos na reflexão de ontem, em muitos casos, esse SIM é ignorado, esquecido e desprezado, e após a separação se une a outras pessoas, em uma união adulterada. Há o SIM que pais e padrinhos proferem no rito Batismal de seus Filhos e afilhados, mas na prática desses dois sacramentos, quanta falsidade e enganação! O Santo nome de Deus é banalizado e ridicularizado, na conduta dos que se apresentam diante dele para receber um Sacramento. E de maneira tão dolorosa como nos dois anteriores, no Sacramento da Ordem também há Sim, que depois se transforma em um “Não”.
Em todos esses Sacramentos Deus acolhe o nosso Sim, com alegria e nos confirma na missão que nos é confiada. Creio que jamais Deus se aborrece quando o nosso SIM se transforma em um NÃO, é, justamente a sua Misericórdia e infinita bondade, que provoca em nós, quando falseamos o Juramento, a amarga dor do nosso pecado.
2. Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor - Mt 5,33-37
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Hoje, em louvor a Santo Antônio, queremos que o nosso sim seja sim, e o nosso não seja não. Seja este um dia sem mentiras, sem duplicidade, sem segundas intenções. Viver em tudo a verdade pode ser difícil e é sempre exigente. Não negue a verdade a quem tem direito de sabê-la. A quem não tem, não diga nada, mas seja prudente. Todo mundo tem direito à boa fama. Não diga o que não for preciso, e não diga dos outros o que não constrói e não ajuda em nada. Alguém errou, seja punido, mas não precisa ser difamado. Há um gosto mórbido em noticiar tudo o que é constrangedor ao ser humano. Corte as fofocas logo no início. Não dê atenção à maledicência. Não jure para confirmar a sua palavra. Sua palavra deve bastar, se você merece crédito. Não jure falso, porque isso é feio e é pecado. Cuidemos do que falamos. Santo Antônio dizia que: “A linguagem é viva, quando falam as obras. Cessem, portanto, as palavras e falem as obras. De palavras estamos cheios, mas de obras, vazios; por este motivo nos amaldiçoa o Senhor, como amaldiçoou a figueira em que não encontrou fruto, mas somente folhas […] os apóstolos falavam conforme a linguagem que o Espírito Santo lhes concedia. Feliz de quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme o que lhe parece!”.
Fonte: NPD Brasil em 13/06/2020
HOMILIA
QUE O TEU SIM SEJA SIM E O NÃO SEJA NÃO
No Evangelho de hoje, Jesus ensina a seriedade que deve haver em nossas palavras, e como o nosso falar não deve ser medido pelos nossos juramentos, mas sim por nossa integridade. Uma pessoa de caráter e honesta, não precisa usar de juramentos para provar suas atitudes ou palavras. Aliás, os seus atos darão testemunho a seu respeito.
O evangelho de hoje nos chama atenção à questão do juramento. As pessoas do tempo de Jesus, não raras vezes, tinham o costume de jurar. Porém usando deste artifício, não se davam conta, de que aceitavam mesmo que inconscientemente a mentira.
Como o nome de Deus era “impronunciável”, juravam, pelos céus, por Jerusalém, pela terra e até pela própria cabeça e Jesus nos lembra que não podemos jurar por nada, primeiro porque nada disto nos pertence e segundo, como já mencionei, o juramento pressupõe a inverdade.
Jesus nos pede, de não jurar; e nos recomenda que o nosso sim seja sim e o nosso não seja não. Seguindo este trocadilho de palavras qual a necessidade de jurar seja lá pelo que for¿ alias, se o juramento fosse lícito, a única coisa pela qual poderíamos jurar seria pelas nossas limitações, a única coisa que realmente nos pertence.
Jesus também ensinava que não devemos ser pessoas dúbias, cataventos e volúveis: Que a vossa palavra seja sim quando é sim. E não quando é não! Tudo o que não vem daí tem a sua origem no diabo. Como têm sido as tuas palavras com o teu marido, esposa, pai, mãe, filhos, colegas de serviço, na Igreja e com Deus?
Jesus reatando o dito pela lei nos adverte para que em momento algum juremos por jurar como no Antigo Testamento para garantir a integridade dos nossos atos. Assim nas sociedades antigas a ausência de um sistema judicial como o nosso, a sociedade dependia que o povo falasse a verdade um para com o outro. Por isso o juramento mantinha a obrigação do povo em falar e fazer seus negócios honestamente. O uso do juramento era frequente nos pactos e confederações solenes. Era um apelo a Deus para que servisse de testemunha em um pacto ou a uma verdade a ser dita.
A violação de um juramento tinha resultados sérios. Os juramentos judiciais eram reconhecidos pela Lei.
Os juramentos eram usados para confirmar um pacto; esclarecer controvérsias; estabelecer concertos; mostrar a imutabilidade do conselho de Deus; definir as responsabilidades sacras; e no cumprimento de atos judiciais. O juramento poderia ser feito ante o rei, ante os objetos sagrados, ante o altar; e usava-se entre o rei e seus súditos, entre o patriarca e o povo, entre o senhor e o servo, entre um povo e outro e entre um indivíduo e outro. Atos simbólicos eram utilizados no juramento, como o levantar a mão direita ou as duas mãos aos céus e colocar a mão sobre a outra pessoa. Também ao jurar, eram usadas diversas expressões: Assim Deus me faça e outro tanto; Vive o Senhor; Viva a tua alma e te conjuro pelo Senhor. O juramento estabelecia limitações no falar das pessoas e delineava a conduta humana.
Que tuas palavras expressem o que trazes no teu coração. Que tua boca diga aquilo que o coração está cheio. Enquanto é tempo, acerte o passo! Reconcilia-te como Deus e o irmão!
Senhor, purifica os meus lábios com o fogo do teu Espírito. As palavras que saem da minha boca possam ser reflexo da eterna Palavra, viva e eficaz, a ponto de penetrar a alma dos meus irmãos, que revela os pensamentos do coração e como o bálsamo que alivia as chagas!
Canção Nova
Fonte: Liturgia da Palavra em 14/06/2014
REFLEXÕES DE HOJE
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 14/06/2014
HOMILIA DIÁRIA
Que Deus nos ajude a sermos autênticos ao assumir nossa fé
Que Deus nos ajude a sermos autênticos e a assumir a nossa fé e aquilo que, de fato, nós somos!
“Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno.” (Mateus 5, 37)
Amados irmãos e irmãs no Senhor, a Palavra de Deus hoje nos convida a vivermos a autenticidade naquilo que falamos, naquilo que dizemos, naquilo que é a nossa palavra. Devemos dizer: “Não seja uma pessoa de duas palavras nem uma pessoa de duas posições! Não seja uma pessoa que diz uma coisa aqui e outra acolá!”
Primeiro, porque não termos uma palavra única, falarmos de acordo com o público, falarmos de acordo com a vontade dessa ou daquela pessoa, cria em nós um espírito de hipocrisia, faz de nós pessoas hipócritas. Ninguém confia em quem vive na hipocrisia, às vezes, nós mesmos vamos acreditando em nossas mentiras; nós falamos uma coisa aqui para agradar esse, falamos outra coisa acolá para agradar aquele outro e, no fundo, vamos criando um mundo falso e mentiroso ao redor de nós.
Nós não podemos ser pessoas de duas palavras, nós não podemos ser pessoas de atitudes controversas. Nós precisamos ter um “sim” quando é “sim”, quando precisamos dizer “sim”, quando, na verdade, precisamos assumir aquilo em que nós acreditamos.
No mundo de hoje é muito comum as pessoas, às vezes, quererem dizer “sim” para tudo, até no mundo religioso, no mundo da fé, quando as pessoas dizem: “Não, tudo é bom, tudo é verdadeiro”. O que não é verdade, nem tudo que parece ser bom é bom, nem tudo que vem revestido de pele boa é bom por dentro. Nós precisamos conhecer aquilo que nos é apresentado; nos é reservado o direito de saber dizer “não sei”, nos é reservado o direito de dizer “não entendo” ou podemos dizer que “estamos conhecendo, analisando”. Mas não podemos assumir uma coisa sem a conhecer bem, sem saber do que se trata, sem saber o que é.
No mundo da fé, nós, muitas vezes, estamos comungando de pensamentos, de filosofias e de convicções religiosas que não estão de acordo com a vontade de Deus, que não são de Deus. Ou que, muitas vezes, têm uma aparência boa, fala do bem, mas não significa que aquilo seja de Deus, que essa filosofia ou essa religião seja de Deus.
Não podemos ser aquelas pessoas que ficam “em cima do muro”, uma hora estão aqui, outra hora estão acolá. Nós precisamos abraçar e assumir o que somos. Precisamos abraçar a nossa fé e nossas convicções. Algumas vezes, vejo uma pessoa que se diz católica, mas ela vive lendo livros de horóscopo, fica procurando qual é o seu signo ou frequenta lugares e instituições que não dizem respeito e não convêm à nossa fé.
Que Deus nos ajude a sermos autênticos, que Deus nos ajude a assumir aquilo que, de fato, nós somos para não sermos uma coisa em um momento e outra coisa em outra situação!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/06/2014
HOMILIA DIÁRIA
A Palavra de Deus nos concede autenticidade de vida
Somos frágeis, mas não podemos deixar que cresça em nós a corrupção da palavra, da autenticidade nem da consciência
“Dizei somente: ‘Sim’, se é sim; ‘não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno.” (Mateus 5,37)
Não precisamos jurar nem nos exaltar para prometer algo a alguém, porque a força da palavra vem pela autenticidade da vida da pessoa. Quando nos acostumamos a contar uma mentira aqui, outra acolá; quando nós temos duas palavras diante de uma mesma realidade; quando, de frente para uma pessoa, dizemos uma coisa, mas na frente de outra pessoa dizemos algo diferente, isso significa que não somos autênticos.
É difícil ou quase impossível confiar em pessoas que não são autênticas. Somos frágeis, temos fragilidades, mas não podemos deixar que cresça em nós a corrupção da palavra, da autenticidade nem da consciência.
O grande mal do mundo em que vivemos são as mentes que se corrompem por qualquer coisa, são pessoas dúbias nas palavras, que se movem por jogo de interesses, e ora dizem uma coisa, ora dizem outra; ora têm esse comportamento, mas, naquela outra realidade, vão ter outro comportamento.
Pessoas corruptas são falsas, e a falsidade é a falta de autenticidade. Nem sempre é fácil [ser autêntico], mas é porque vamos nos acostumando com pequenas mentiras e transformando coisas pequenas, como se elas não tivessem importância. Uma pequena “mentirinha” é uma mentira de qualquer forma; uma coisa que é dita de forma contraditória, enganosa e ilusória, transforma-nos em pessoas falsas.
Comungar com o Senhor é comungar com a verdade. Não podemos ser, nunca, pessoas de duas caras, de duas palavras e dois corações. Que o nosso ‘sim’ seja sim, e que o nosso ‘não’ seja não. Não podemos ser ‘sim’ para alguém conforme as conveniências, conforme as vantagens que queremos obter aqui e acolá.
Toda a falta de autenticidade, tudo o que é mentiroso é do maligno. Que o nosso ‘sim’ seja sim, que o nosso ‘não’ seja não; o que passa disso é diabólico, maldoso, não é do Céu.
Que a Palavra de Deus nos conceda autenticidade de vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/06/2018
HOMILIA DIÁRIA
Nossas palavras precisam ter autoridade e moral
“Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno.” (Mateus 5,37)
O que torna uma pessoa autêntica e verdadeira? O poder da sua palavra. A palavra daquela pessoa, a minha palavra, a sua palavra é a nossa identidade. Quando dizemos que: Jesus é a Palavra eterna de Deus, é porque a identidade e a autenticidade de Deus é a Palavra d’Ele. Por isso, as pessoas dão ouvido a Jesus porque Ele fala com a autoridade da Sua Palavra.
Quando a nossa palavra não tem autoridade e moral, pois uma hora dizemos uma coisa, outra hora dizemos outra; na frente da pessoa falamos assim, por trás falamos de outro jeito. Quando estamos com um grupo, falamos uma coisa, quando estamos com outro dizemos outra coisa, ou seja, vivemos as conveniências e não temos uma identidade. Essa é a pior das imoralidades.
Sejamos pessoas autênticas, que o nosso ‘sim’ seja ‘sim’ e o nosso ‘não’ seja ‘não’, mas não sejamos hora de uma palavra, hora de outra palavra, porque isso só prova que não fomos ainda amadurecidos na vida autêntica que precisamos ter e ser.
O santo que celebramos hoje, Santo Antônio, lá em Pádua está a língua dele. Há mais de 800 anos está lá a língua dele conservada. Sabe por quê? Nos trinta e poucos anos de vida que Antônio viveu no meio de nós, nunca mentiu, nunca falou mal da vida dos outros e nunca usou a sua língua de forma inconveniente, por isso, a língua dele está conservada.
As pessoas dão ouvido a Jesus, porque Ele fala com a autoridade da Sua Palavra
Quem dera a nossa língua representasse aquilo que somos de forma autêntica. Quem dera a nossa língua soubesse moderar o que dela sai, mas quem manda na nossa língua somos nós. Quem manda na nossa língua é o nosso coração e a nossa mente, porque a boca fala daquilo que o nosso coração e a cabeça estão cheios. Aquilo que nos preenche é o que sai de nós, por isso, Deus espera, o mundo espera e também esperamos uns dos outros: autenticidade, sinceridade, verdade e coerência.
Busquemos e trabalhemos em nós para sermos aquilo que esperamos do outro. Jamais nos escondamos por trás de palavras falsas, de bajulação ou sejamos aquelas pessoas que não têm autenticidade. Que Deus nos dê, a cada dia, a graça de nos esforçarmos para sermos ‘sim’ quando é preciso ser ‘sim’ e ‘não’ quando é preciso ser ‘não’. O que passar disso é diabólico, maligno e não é de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/06/2020
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a alegria de viver a tua Lei do Amor. Que a Esperança inunde a nossa existência e transborde silenciosamente para os nossos companheiros de caminhada, fazendo de nós mais um daqueles agricultores do Evangelho, que semeavam em todos os terrenos por que passavam. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos humildes e discretos. Que sejamos bons ouvintes e, se falarmos, que as nossas palavras sejam breves, verdadeiras, necessárias, oportunas e ajudem a construir fraternidade entre os homens. Ajuda-nos, Pai querido, a imitar o silêncio de Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/06/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai amado, inspira-nos com o teu Espírito para que nossas palavras sejam verdadeiras, discretas, oportunas e misericordiosas. Que o nosso silêncio valorize as palavras, mas que não nos omitamos por medo ou acomodação nos momentos necessários. Pelo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré – Ele que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2020
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