ANO B
IV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano B - São Marcos - Verde
“Tu és o Santo de Deus.”
Mc 1,21-28
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Jesus nos ensina um modo de vida: viver de acordo com o projeto de Deus e assumir o estilo de vida baseado no Evangelho. Assumir este ensinamento é encontrar a alegria de ser livre. Conhecemos o ensinamento de Jesus? Vivemos de acordo com o seu ensinamento? Tais questionamentos devem orientar nosso encontro com Ele.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, é tão grande a graça que recebemos de estarmos reunidos para este encontro com o Senhor, para recordar a oferta de sua vida e para entrarmos em profunda comunhão com Ele e com seu Mistério! Ele vem até nós como verdadeiro Mestre e nos oferece uma palavra autorizada e libertadora, nos livrando de todo mal e assim manifestando a chegada do seu Reino entre nós. Abramo-nos, pois, para recebermos a graça da manifestação do Senhor neste dia a Ele dedicado.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O ensinamento de Jesus não é teórico, mas prático. Ele ensina um modo de vida: viver de acordo com o projeto de Deus e assumir o estilo de vida baseado no Evangelho. Assumir este ensinamento é encontrar a alegria de ser livre. Conhecemos o ensinamento de Jesus? Vivemos de acordo com o seu ensinamento?
Fonte: https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/31-de-janeiro-de-2021---4-dtc.pdf (31/01/2021)
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, é tão grande a graça que recebemos de estarmos reunidos para este encontro com o Senhor, para recordar a oferta de sua vida e para entrarmos em profunda comunhão com Ele e com seu Mistério! Ele vem até nós como verdadeiro Mestre e nos oferece uma palavra autorizada e libertadora, nos livrando de todo mal e assim manifestando a chegada do seu Reino entre nós. Abramo-nos, pois, para recebermos a graça da manifestação do Senhor neste dia a Ele dedicado.
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano_45-b_-_14_-_4o_domingo_do_tempo_comum.pdf (31/01/2021)
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A liturgia deste domingo lança a pergunta: quem é Jesus para mim? A esse interrogante não existe subterfúgio, pois é uma inquietação que interpela a todos. O conhecimento que Jesus quer que tenhamos dele é mais profundo. Tal conhecimento provém de uma grande proximidade e de uma experiência vivencial. A nossa Liturgia nos garante que Deus não se conforma com os projetos de egoísmo e de morte que invadem o mundo e que escravizam os homens, e afirma que Ele encontra formas de vir ao encontro para lhes propor um projeto de liberdade e de vida plena. Elevamos o nosso coração numa reta vontade de não nos perder em distrações, para que não ocorra que nos peça contas por não ter escutado a sua Palavra, devido às impurezas de coração.
Fonte: NPD Brasil em 31/01/2021
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Ainda em nossos dias, vemos pessoas admiradas com o ensinamento de Jesus porque é feito com autoridade. Contudo, o ensinamento de Jesus não é teórico, mas prático. Ele ensina um modo de vida: viver de acordo com o projeto de Deus e assumir o estilo de vida baseado no Evangelho. Assumir este ensinamento é encontrar a alegria de ser livre. Conhecemos o ensinamento de Jesus? Vivemos de acordo com o seu ensinamento?
Fonte: https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/28-de-janeiro-de-2018---4-dtc.-novo.pdf (28/01/2018)
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, é tão grande a graça que recebemos de estarmos reunidos para este encontro com o Senhor, para recordar a oferta de sua vida e para entrarmos em profunda comunhão com Ele e com seu Mistério! Ele vem até nós como verdadeiro Mestre e nos oferece uma palavra autorizada e libertadora, nos livrando de todo mal e assim manifestando a chegada do seu Reino entre nós. Abramo-nos, pois, para recebermos a graça da manifestação do Senhor neste dia a Ele dedicado.
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/af_13_4o_domingo_do_tempo_comum.pdf (28/01/2018)
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A liturgia deste domingo lança a pergunta: quem é Jesus para mim? A esse interrogante não existe subterfúgio, pois é uma inquietação que interpela a todos. O conhecimento que Jesus quer que tenhamos dele é mais profundo. Tal conhecimento provém de uma grande proximidade e de uma experiência vivencial. A nossa Liturgia nos garante que Deus não se conforma com os projetos de egoísmo e de morte que invadem o mundo e que escravizam os homens, e afirma que Ele encontra formas de vir ao encontro para lhes propor um projeto de liberdade e de vida plena. Elevamos o nosso coração numa reta vontade de não nos perder em distrações, para que não ocorra que nos peça contas por não ter escutado a sua Palavra, devido às impurezas de coração.
Fonte: NPD Brasil em 28/01/2018
NÃO FECHEIS O CORAÇÃO
No Livro do Deuteronômio
(18,15-20), Moisés revela orientações dadas por Deus quanto
à vida que o povo deve levar
assim que chegar à Terra prometida (Dt 18,9). Não deve imitar as nações estrangeiras que
recorriam a magias e adivinhações. Deus mesmo vai suscitar
profetas para garantir a integridade do povo. Estes são pessoas conhecidas, estão no meio
do povo, são irmãos; anunciam
a Palavra de Deus e não estão
autorizadas a acrescentar ou tirar nada do que receberam do
próprio Deus; garantirão com
seu anúncio que o povo não vai
perder o vínculo com o Senhor e
nem vai se desviar do caminho.
No entanto, nesse tempo e no
nosso, a palavra dita pelo verdadeiro profeta não é bem recebida pelos ouvintes. Para quem se
encontra tomado por um “espírito mau” ela não é confortável,
faz contorcer e incomoda.
São Marcos escreveu o evangelho procurando, desde o primeiro capítulo, mostrar quem
é Jesus. Significativo é que ele
não se preocupa com definições
abstratas, mas apresenta Jesus
agindo, pois é a partir de seus
gestos que podemos descobrir
quem ele é. A cena descrita no
evangelho deste domingo trata
do seu primeiro ato público. Ele
está na cidade de Cafarnaum,
num dia de sábado e entra em
uma sinagoga onde começa a
ensinar. Quem está presente
percebe algo de diferente que
lhes causa admiração, pois faz
um ensinamento com autoridade, ou seja, fala de um jeito diferente e original acompanhado
de gestos libertadores: ensina e
faz.
O jeito de ensinar dos doutores da lei era sempre o mesmo,
centrado na repetição de pesadas e cansadas doutrinas que
se arrastavam na torrente de
uma velha e gasta tradição. Com
Jesus tudo é diferente e novo,
um ensinamento e um olhar
para fora, para as necessidades
dos outros que testemunham
o quanto Jesus mudou suas vidas: libertou-as do espírito mau.
Como cristãos somos sempre
cobrados para que nossa fé,
a nossa vivência religiosa seja
sempre acompanhada de um
modo de agir que corresponda
a fé que professamos. Quando
isso acontece as pessoas ficam
admiradas e atraídas.
Na sinagoga se encontrava um
homem possuído por um espírito mau. A palavra dita por Jesus o incomoda e de imediato
começa a gritar. É bem provável
que este homem tenha ouvido a
palavra por diversas vezes, mas
nunca tinha sido incomodado,
a palavra ainda não lhe tocara
o coração de uma forma verdadeira, por isso chegava e saia
da sinagoga com o mesmo problema. Ainda hoje algumas pessoas ficam incomodadas com a
palavra de Jesus, não aceitam
que o seu ensinamento se atualize e se revoltam quando surgem questionamentos quanto
a questões que não podem ser
toleradas a luz do Evangelho. Jesus cala o espírito mau e liberta
pessoa, resgata a sua dignidade
e reinsere na sociedade. Mostra
que toda a pessoa deve ser livre,
respeitada, jamais escravizada.
Dom José Bendito Cardoso
Bispo Auxiliar de São Paulo
A CRUZ DE CRISTO É A RUÍNA DO DEMÔNIO
Este ano, nas celebrações dominicais, a liturgia propõe à nossa meditação o Evangelho de São Marcos, do qual uma característica singular é o chamado “segredo messiânico”, ou seja, o fato de que Jesus não quer entretanto que se saiba, fora do grupo restrito dos discípulos, que Ele é Cristo, o Filho de Deus. Eis, então, que admoesta diversas vezes quer os apóstolos, quer os doentes que Ele cura, que não revelem a ninguém a sua identidade. Por exemplo, o trecho evangélico deste domingo (cf. Mc 1, 21-28) narra de um homem possuído pelo demónio, que de repente se põe a gritar: “O que queres de nós, Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei que Tu és o Santo de Deus!”. E Jesus intima-o: “Cala- te! Sai dele!”. E imediatamente, observa o evangelista, com gritos dilacerantes, o espírito maligno saiu daquele homem.
Jesus não só expulsa os demônios das pessoas, libertando-as da pior escravidão, mas impede que os demônios revelem a sua identidade. E insiste sobre este “segredo”, porque está em jogo o bom êxito da sua própria missão, da qual depende a nossa salvação. Com efeito, sabe que para libertar a humanidade do domínio do pecado, Ele deverá ser sacrificado na cruz como verdadeiro Cordeiro pascal. O demônio, por sua vez, procura distraí-lo em vista de o desviar ao contrário para a lógica humana de um Messias poderoso e com sucesso. A cruz de Cristo será a ruína do demônio, e é por isso que Jesus não cessa de ensinar aos seus discípulos que para entrar na sua glória deve sofrer muito, ser rejeitado, condenado e crucificado (cf. Lc 24, 26), dado que o sofrimento faz parte integrante da sua missão.
Jesus sofre e morre na cruz por amor. Deste modo, considerando bem, deu sentido ao nosso sofrimento, um sentido que muitos homens e mulheres de todas as épocas compreenderam e fizeram seu, experimentando uma profunda serenidade também na amargura de árduas provas físicas e morais. E precisamente “a força da vida no sofrimento” é o tema que os Bispos italianos escolheram para a tradicional Mensagem por ocasião do hodierno Dia para a Vida. Uno-me de coração às suas palavras, em que se sentem o amor dos Pastores pelo povo, e a coragem de anunciar a verdade, a coragem de dizer com clareza, por exemplo, que a eutanásia é uma solução falsa para o drama do sofrimento, uma solução indigna do homem. Efetivamente, a verdadeira resposta não pode consistir em propiciar a morte, por mais “dócil” que seja, mas sim em dar testemunho do amor que ajuda a enfrentar a dor e a agonia de modo humano. Estejamos certos disto: nenhuma lágrima, nem de quem sofre, nem de quem lhe está próximo, se perderá diante de Deus.
A Virgem Maria conservou no seu coração de mãe o segredo do seu Filho, compartilhou a hora dolorosa da paixão e da crucifixão, sustentada pela esperança da ressurreição. A Ela confiemos as pessoas que se encontram no sofrimento e quem se compromete diariamente no seu apoio, servindo a vida em todas as suas fases: pais, agentes no campo da saúde, sacerdotes, religiosos, investigadores, voluntários e muitos outros. Oremos por todos.
Papa Francisco
Ângelus. Fev/2009
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano_45-b_-_14_-_4o_domingo_do_tempo_comum.pdf e NPD Brasil em 31/01/2021
O SÍNODO NAS PARÓQUIAS
Nas paróquias, este ano, o primeiro momento do sínodo será de tomada de consciência e de reflexão
sobre a vida e a missão da Igreja
na realidade paroquial. A paróquia
é uma comunidade da Igreja, onde
deve acontecer o essencial daquilo que faz parte da própria Igreja.
Ela é uma imagem local, perceptível e concreta, daquilo que é a
Igreja no seu todo. É comunidade de pessoas, famílias, grupos e
instituições eclesiais, comunidade
de comunidades, que congrega os
discípulos localmente.
Na paróquia, deve acontecer a
vida e a missão da Igreja, resumida em três grandes dimensões:
anúncio do Evangelho, oração,
adoração de Deus; celebração
dos mistérios da salvação; e testemunho da vida nova que brota
da fé no Evangelho de Cristo e da
ação do Espírito Santo.
A paróquia deve promover, de
muitas formas e sem cessar, o
anúncio do Evangelho. Ela é comunidade evangelizada e evangelizadora, que ouve a Palavra
de Deus e se torna sempre mais
discípula de Cristo. Ela proclama
o Evangelho pela pregação direta,
a leitura e acolhida da Palavra de
Deus na Bíblia, a catequese em
todos os níveis, os retiros e encontros de formação cristã. A paróquia deve ser, por excelência,
“casa da Palavra de Deus”. O sínodo arquidiocesano deverá ajudar
a tomar consciência sobre essa
primeira razão de ser de uma paróquia e sobre o modo como isso
está acontecendo, ou não acontecendo. Como levar a sério, na
vida de cada paróquia, a urgência
da boa formação cristã de cada
católico? Como tornar a catequese verdadeiramente eficaz? Como
fazer das paróquias verdadeiras
comunidades missionárias, “Igrejas em saída”?
A paróquia é também comunidade
de oração, que se expressa de múltiplas maneiras: adoração a Deus,
pedido de perdão, ação de graças, louvor, intercessão. É a família
de Deus que se encontra com frequência com o Pai, de forma comunitária, pela mediação do Filho e
pela ação fecunda do Espírito Santo. A paróquia é o lugar da Liturgia,
da celebração dos Sacramentos, sinais da graça da redenção que Cristo nos trouxe. A paróquia é o lugar
do cultivo da comunhão com Deus.
O sínodo arquidiocesano deverá
ajudar a ver se, e como, isso está
acontecendo em cada paróquia.
A paróquia também é a comunidade do testemunho da vida nova
que vem do Batismo e da conversão à fé cristã. Onde há uma paróquia, deve florescer o testemunho
vivo da fé, esperança e caridade, a
vida segundo as Bem-Aveturanças
do Evangelho e segundo os mandamentos de Deus. A paróquia
é comunidade educadora para a
vida na fé firme e perseverante,
para a esperança atuante e para a
caridade concreta e intensa. A paróquia é comunidade educadora
para a vida santa, a retidão moral,
as relações sociais justas e dignas.
A comunidade paroquial deve ser
sal, fermento e luz do Evangelho
para o ambiente onde ela está.
O sínodo arquidiocesano deverá
ajudar a ver como está o testemunho de vida cristã na paróquia.
Ao mesmo tempo que nos recorda o que somos chamados a ser,
pela própria vocação e natureza
da Igreja, o sínodo arquidiocesano
deverá ser uma ocasião para nos
olharmos no espelho e perguntar:
como estamos? Somos aquilo que
deveríamos ser? Que precisamos
fazer? É momento de “ouvir o que
o Espírito diz à Igreja” (cf. Ap 2).
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/af_13_4o_domingo_do_tempo_comum.pdf (28/01/2018)
Comentário do Evangelho
A palavra de Jesus é fonte de luz
Mateus, no seu evangelho, destaca que Jesus, após a prisão de João, por quem fora batizado, voltou para a Galileia e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum (Mt 4,12-13). Esta é uma cidade à margem do Mar da Galileia, que serviu de base para a irradiação do ministério de Jesus para a Galileia e territórios gentílicos vizinhos. O povo da região, gentios em geral, estava sujeito à opressão do império romano, e aqueles vinculados ao judaísmo, sujeitos à opressão dos seus chefes religiosos subservientes àquele império. Em Cafarnaum encontrava-se uma densa população em torno do comércio dos produtos que chegavam das regiões gentílicas vizinhas através do Mar da Galileia. Sendo um lugar de concentração de moradores judeus, aí, também, se localizava uma sinagoga. No evangelho de Marcos encontramos apenas três narrativas envolvendo a presença de Jesus em sinagogas. Na primeira vez, na narrativa de hoje, ele encontra um homem com espírito impuro; outra vez encontra um homem paralisado com a mão seca. Com estes tipos, Marcos indica o caráter alienante e excludente da religião oficial da sinagoga em relação a seus fiéis. Na terceira vez, ensinando em uma sinagoga em Nazaré, Jesus admirou-se da incredulidade em suas palavras da parte dos que aí encontrou. No evangelho de hoje, Jesus entra em uma sinagoga, em Cafarnaum, e se põe a ensinar. O evangelista Marcos, então, menciona que "na sinagoga deles" estava um homem com um espírito impuro. Ao referir-se à sinagoga "deles" (v. 23), Marcos insinua que este não era o espaço de Jesus. Em sua narrativa, Marcos nos delineia o conflito de Jesus com o rígido sistema religioso judaico, com sua ideologia religiosa da superioridade do povo de Israel e do desprezo dos demais povos. Na sinagoga Jesus repreende severamente o espírito impuro com o qual se defronta. É uma contundente expressão que indica forte rejeição. Ela é usada com frequência nas narrativas de exorcismos e também na repreensão a Pedro (cf. 16 fev.), quando ele externa sua opinião de que Jesus é o messias esperado, ao qual se atribuíam poder e glória.
Na conclusão da narrativa fica em destaque o ensinamento novo de Jesus que vem subjugar os espíritos impuros. A palavra de Jesus é uma fonte de luz que dissipa das mentes as trevas alienantes da ideologia do poder. É um ensinamento novo que liberta e gera esperança e alegria entre todos. É a novidade do anúncio com a proposta de conversão de vida, abandonando uma religião estéril para aderir a uma prática do amor transformante das relações humanas, no desapego, na fraternidade, na justiça e na paz. Em continuidade a este episódio, Marcos narra a ida de Jesus, com os discípulos, para a casa de Pedro, que será a base da comunidade em seu convívio e em seu ministério. É a substituição da sinagoga pela igreja doméstica.
José Raimundo Oliva
Fonte: Paulinas em 29/01/2012
Comentário do Evangelho
Ensina com autoridade
Jesus ir à sinagoga no dia de sábado mostra ser um judeu praticante. Uma das características do Jesus apresentado por Marcos é que ele está sempre a ensinar. No entanto, o segundo evangelho nunca informa, explicitamente, ao leitor acerca do conteúdo do ensinamento de Jesus. O ensinamento de Jesus causa a admiração de muitos porque ensina com autoridade. Entenda-se, aqui, a coerência interna, ou o acordo de si consigo mesmo. Essa coerência é que dá credibilidade ao seu ensinamento e o distingue dos escribas e fariseus, continuamente criticados pela hipocrisia, que é só aparência e, por isso, contrária à coerência exigida do serviço a Deus. A palavra do Senhor revela a maldade do coração do ser humano. É disso que se trata quando o relato evangélico diz que o espírito impuro se manifesta ameaçando. Todo mal quer permanecer encoberto; aliás, o mal se alimenta e cresce na sombra. A Luz do Senhor o revela para destruí-lo. O mal não pode ter lugar na vida do ser humano, sob pena de desfigurar nele a imagem de Deus. Seja como for, o texto faz uma afirmação fundamental: o Cristo de Deus submete e destrói o mal que aprisiona o ser humano e o impede de celebrar livremente o descanso sabático. Esse é o ensinamento que é necessário reter.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me forças para que jamais eu permita ao poder do mal prevalecer sobre mim. Seja o meu coração totalmente voltado para ti e para o teu Reino.
Fonte: Paulinas em 14/01/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Jesus ensinava na sinagoga
No Evangelho de Marcos, Jesus inicia seu ministério público proclamando que o tempo se completou e o Reino de Deus está próximo. Este é o Evangelho de Deus que ele anuncia. Para percebermos o significado dessas palavras, olhamos para Jesus, para a sua vida entre nós, o que diz e o que faz. Começa formando um grupo de amigos, futuros discípulos missionários, que devem trabalhar com ele em favor do ser humano.
Serão pescadores de gente. Logo em seguida, Jesus faz o seu primeiro milagre. Na sinagoga de Cafarnaum ele liberta um homem dominado pelo demônio. O demônio se agita e se perturba. Ele sabe que Jesus é o Santo de Deus, e lhe pergunta, no plural: “O que você quer de nós? Você veio nos arruinar?”. O que está acontecendo? Jesus mandou que o demônio saísse daquela pessoa, libertando-a da dominação do poder demoníaco que, na realidade, era exercido pelos escribas.
É possível imaginar o demônio dentro de uma pessoa. Difícil é saber como isso pode acontecer. Você pode também pensar que o demônio exerce sua influência sobre uma pessoa, e essa pessoa passa a trabalhar para ele. O agente do poder demoníaco procura dominar outras pessoas, diminuindo a sua dignidade, tirando delas o que é próprio do ser humano, desumanizando-a. Tal desumanização se faz de muitas maneiras.
Uma delas é feita com ensinamentos, com ideias, com princípios, com valores que na realidade são contravalores, maus princípios, ideias e ensinamentos errados. Jesus chega à sinagoga e ensina com autoridade, pesca o pobre homem tirando-o da situação em que se encontrava e provoca a admiração de todos. Temos aí um ensinamento novo, com autoridade e não como os escribas, escreve São Marcos. São Lucas conta a mesma coisa que Marcos sobre a expulsão do demônio na sinagoga, mas não menciona os escribas. São Mateus, que não relata essa expulsão do demônio, menciona os escribas no fim do sermão da montanha. Lá ele diz que Jesus ensinava com autoridade, e não como os escribas. Por que Marcos coloca essa observação sobre os escribas no episódio da expulsão do demônio? Porque Marcos quer mostrar que Jesus veio enfrentar o poder demoníaco e libertar as pessoas desse poder. O demônio pergunta se Jesus veio para arruiná-lo, para descartá-lo, para tirar-lhe o poder.
Ora, quando São Marcos diz que Jesus ensinava com autoridade e não como os escribas, ele está contraponto Jesus aos escribas. Quem deve estar perguntando se Jesus veio para arruiná-los são os escribas, doutores da Lei, que ensinavam o povo. Agora chega alguém que ensina com mais autoridade do que eles. Os escribas estão sendo descartados. Mas quem faz a pergunta é o demônio. Logo, na visão de São Marcos, os escribas são os agentes do demônio.
O que eles ensinam não liberta as pessoas, antes, as escraviza. Ensinamentos que excluem, que tolhem a liberdade, que criam complexos, que diminuem o ser humano são demoníacos. No Apocalipse, o Dragão entrega seu poder a uma Besta, que age na terra com a autoridade do Dragão. A Besta é o agente do demônio.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/jesus-ensinava-na-sinagoga/ e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/cala%E2%80%91te-e-sai-dele-28012024
Vivendo a Palavra
Seguir Jesus é proclamar a chegada do Reino de Deus com autoridade, isto é, como autênticos cidadãos dele e não apenas como quem ouviu falar ou aprendeu dos professores ou nos livros. Precisamos, mais do que acreditar, é de sentir e viver concretamente a experiência do Amor do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/01/2012
Vivendo a Palavra
Os ensinamentos de Jesus, seguidos de sinais – como a libertação de maus espíritos vista no texto - nos deixam admirados até hoje. A nós, sua Igreja neste século, Ele deixou a missão de continuar sua obra: anunciar o Reino do Pai, que está próximo: ele está dentro de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 14/01/2014
VIVENDO A PALAVRA
A autoridade de Jesus, que tanta admiração causava a todos, explicava-se por duas razões: primeira, o Mestre não falava por si mesmo, mas era o Espírito Santo que se manifestava através dele; segunda, ele não teorizava, mas dizia palavras de vida – da sua vida! Esta é a receita que devemos seguir como discípulos evangelizadores.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/01/2018
VIVENDO A PALAVRA
Jesus surpreendia os ouvintes de seu tempo: Ele não se enquadrava nos esquemas pré-estabelecidos pelos doutores da Lei e sacerdotes do Templo. Trazia o sabor da novidade e da liberdade de Filho de Deus. Não só Ele trouxe, como também legou à sua Igreja a missão de anunciar o Reino do Pai, eterna Novidade e Liberdade sempre renovada.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/01/2021
Reflexão
Jesus tem como costume ensinar nas sinagogas e o conhecimento da fé é a maior arma que o cristão tem para vencer o mal e o pecado, pois não só nos mostra o caminho para chegarmos até Deus e o valor da verdade para nós, além de nos revelar o amor que Deus tem por nós e a necessidade que temos de corresponder a esse amor por uma vida santa para que possamos vencer toda sorte de mal que venha a acontecer em nossas vidas e sentirmos o poder amoroso de Deus que se faz presente na vida de todas as pessoas que acolhem o que Jesus veio revelar a respeito de Deus e do seu Reino.
Fonte: CNBB em 14/01/2014
Reflexão
O “PODER-AUTORIDADE” DE JESUS
I. INTRODUÇÃO GERAL
Uma das características do antigo judaísmo é seu caráter profético, a presença de personagens carismáticos, considerados porta-vozes de Deus. A figura do profeta ganhou sua imagem “clássica” no livro do Deuteronômio, iniciado no tempo da reforma religiosa de Josias (±620 a.C.) e apresentado como recapitulação da Lei de Moisés. O profeta deve ser alguém como Moisés, alguém que fale de modo confiável em nome de Deus (1ª leitura). Com o tempo, a figura do “profeta como Moisés” tornou-se imagem do Messias que havia de vir.
O evangelho de hoje (Mc 1,21-28) apresenta Jesus segundo esse modelo, como alguém que ensina “com autoridade”, não como os escribas! Essa autoridade evoca o poder profético de ensinar no nome de Deus e fazer sinais que confirmem a palavra. Entretanto, paira um mistério sobre a figura de Jesus no Evangelho de Marcos. Jesus proíbe aos discípulos e aos beneficiados de suas curas publicar o exercício de sua “autoridade” que eles presenciaram. O mistério da identidade de Jesus só será desvendado na hora da morte, quando o centurião romano proclamar: “Este homem era verdadeiramente Filho de Deus” (15,39). Só na morte fica claro, sem ambiguidade, o modo e o sentido da obra messiânica de Cristo, segundo “os pensamentos de Deus” (cf. Mc 8,31-33).
A 2ª leitura é tomada, mais uma vez, das “questões práticas” de 1 Coríntios. Na linha da “reserva escatológica” (cf. domingo passado), Paulo explica as vantagens do celibato, ao menos quando assumido com vistas à escatologia.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (Dt 18,15-20)
Pela instituição do profetismo, o povo de Israel se distingue das nações pagãs, que praticam todo tipo de adivinhação e superstição (Dt 18,14). Deus suscitará em Israel profetas conforme o modelo de Moisés, seu porta-voz no Sinai. O profeta deve anunciar a cada geração a palavra de Deus, não sensacionalismo, adivinhação ou seja lá o que for. Tais serão os “profetas “como eu” que Moisés anuncia em Dt 18,15 (cf. 18,18). O profeta deve ser alguém como Moisés, alguém que escute a palavra de Deus e a quem Deus coloque suas palavras na boca para transmiti-las, alguém que não fale em nome de Deus o que este não lhe tiver inspirado nem fale em nome de outros deuses; alguém cujas palavras sejam confirmadas pelos fatos (18,15-22). Mas, pouco depois do exílio babilônico, essa instituição entra em declínio e a expressão “um profeta como eu” (Dt 18,15) acaba sendo interpretada num sentido individual, significando o Messias. Jo 6,14 (cf. 1,21.45; At 3,22-23) mostra que Jesus foi identificado com esse Messias-profeta.
2. Evangelho (Mc 1,21-28)
A palavra de Jesus é um acontecer e um agir. Marcos não narra o conteúdo daquilo que Jesus pregou na sinagoga de Cafarnaum, mas o efeito: Jesus age com autoridade (1,22.27) na expulsão dos espíritos imundos, que reconhecem nele o representante de Deus. Jesus ensina com autoridade, não como os escribas! Essa “autoridade” evoca o poder profético de ensinar no nome de Deus e fazer sinais que confirmem a palavra.
Ora, o termo grego que Marcos usa (exousía) não é costumeiro, no judaísmo helenístico, para falar do poder profético, e sim do poder escatológico do “filho de homem” descrito no livro de Daniel! Ao ler Mc 1,21-28 tem-se a impressão de que o povo viu em Jesus um profeta, o que é confirmado pelas opiniões populares citadas em Mc 6,15 e 8,28. Mas a presença da “autoridade” nele esconde algo que o povo não consegue entender: “Que é isso?” (1,27). Ao percorrermos o Evangelho de Marcos, descobrimos que a identidade que Jesus atribui a si mesmo é a do Filho do homem, o enviado escatológico de Deus, prefigurado em Dn 7,13-14. A este pertence a exousía, a “autoridade” (Dn 7,14). Quem percebe a identidade de Jesus é o demônio por ele expulso (Mc 1,24): o demônio reconhece aquele que põe em perigo o seu domínio!
No Evangelho de Marcos paira um mistério sobre a figura de Jesus: o “segredo messiânico”. Aos demônios (1,25.34; 3,12), aos miraculados (1,44; 5,43; 7,34; 8,26), aos discípulos (8,30; 9,9), Jesus lhes proíbe publicar o exercício da “autoridade” que presenciaram. Se Jesus ensina com autoridade e poder efetivo, que confirmam sua palavra profética, devemos enxergar nele o “Filho do homem”, que vem com os plenos poderes de Deus.
3. II leitura (1Cor 7,32-35)
No espírito da “reserva escatológica” que vimos domingo passado, dando importância não tanto ao estado de vida, mas antes à diligência escatológica com a qual ele é assumido, Paulo explica que o estado celibatário lhe permite uma dedicação mais intensa àquilo que se relaciona de modo imediato com o reino escatológico. Não condena, porém, as “mediações do reino”, entre as quais o casamento, para o qual Jesus mesmo deu instruções (1Cor 7,10). O celibato é um conselho pessoal de Paulo (7,25). Como o sentido da escatologia é que o Senhor nos encontre ocupado com sua causa, Paulo aconselha o estado de vida que deixa nosso espírito mais livre para pensar nisso. Conselho não para truncar nossa liberdade, mas para a libertar mais ainda. É claro, está falando do celibato assumido, não do celibato “levado de carona”, como é, muitas vezes, o de parte de nosso clero; porque, se não é assumido interiormente, desvia mais da causa do Senhor do que as preocupações matrimoniais. Bem entendido, porém, o celibato, além de proporcionar liberdade para Deus aos que o assumem, constitui um lembrete para os casados, a fim de que, no meio de suas preocupações, conservem a reserva escatológica, que os faz ver melhor o sentido último de tudo quanto fazem.
III. DICAS PARA REFLEXÃO
Jesus é o profeta do reino de Deus. Mas que é um profeta? Conforme a 1ª leitura, o profeta é mediador e porta-voz de Deus. Moisés lembra aos israelitas que, quando da manifestação de Deus no monte Sinai (Ex 19), tiveram tanto medo, que Deus precisou estabelecer um intermediário para falar com eles. Esse intermediário foi Moisés, o primeiro “profeta bíblico”. E ele ensina que sempre haverá profetas em Israel para serem mediadores e porta-vozes de Deus, de modo que os israelitas já não precisam recorrer aos adivinhos cananeus, que consultam as divindades mediante sortilégios, búzios, necromantes (que evocam espíritos) etc. O profeta é aquele que fala com a autoridade de Deus que o envia. Muitas vezes, sua palavra é corroborada por Deus por meio de sinais milagrosos.
No evangelho, Jesus é apresentado como porta-voz de Deus e de seu reino. Deus mostra que está com ele. Dá-lhe “poder-autoridade” para fazer sinais. Na sinagoga de Cafarnaum, Jesus expulsa um demônio, e o povo reconhece: “Um ensinamento novo, dado com autoridade…” (Mc 1,27).
Ora, os sinais milagrosos servem para mostrar a autoridade do profeta, mas não são propriamente sua missão. Servem para mostrar que Deus está com ele, mas sua tarefa não é fazer coisas espantosas. Sua tarefa é ser porta-voz de Deus. Jesus veio para nos dizer e mostrar que Deus nos ama e espera que participemos ativamente de seu projeto de amor. Por outro lado, os sinais, embora não sejam sua tarefa propriamente, não deixam de revelar um pouco em que consiste o reino que Jesus anuncia. São sinais da bondade de Deus. Jesus nunca faz sinais danosos para as pessoas (como as pragas do Egito, que sobrevieram pela mão de Moisés). O primeiro sinal de Jesus, em Marcos, é uma expulsão de demônio. A possessão demoníaca simboliza o mal que toma conta do ser humano sem que este o queira. Libertando o endemoninhado do seu mal, Jesus demonstra que o reino por ele anunciado não é apenas apelo livre à conversão de cada um, mas luta vitoriosa contra o mal que se apresenta maior que a gente.
O mal que é maior que a gente existe também hoje: a crescente desigualdade social, a má distribuição da terra e de seus produtos, a lenta asfixia do ambiente natural por conta das indústrias e da poluição, a vida insalubre dos que têm de menos e dos que têm demais, a corrupção, o terror, o tráfico de drogas, o crime organizado, o esvaziamento moral e espiritual pelo mau uso dos meios de comunicação... Esses demônios parecem dominar muita gente e fazem muitas vítimas. O sinal profético de Jesus significa a libertação desse “mal do mundo” que transcende nossas parcas forças. E sua palavra, proferida com a autoridade de Deus mesmo, ensina-nos a realizar essa libertação.
Como Jesus, a Igreja é chamada a apresentar ao mundo a palavra de Deus e o anúncio de seu reino. Como confirmação dessa mensagem, deve também demonstrar, em sinais e obras, que o poder de Deus supera o mal: no empenho pela justiça e no alívio do sofrimento, no saneamento da sociedade e na cura do meio ambiente adoentado. Palavra e sinal, eis a missão profética da Igreja hoje.
Fonte: Paulus em 29/01/2012
Reflexão
Jesus se encontra em ambiente religioso judaico, a sinagoga de Cafarnaum. Aí realiza o “primeiro milagre”, no relato de Marcos. A comunidade do Evangelho de Marcos percebeu a necessidade de iniciar a apresentação do Reino de Deus dentro do próprio ambiente religioso. É aí também que a comunidade percebe a presença do “espírito do mal”, que precisa ser exorcizado. Um fanático contesta a presença de Jesus e vê nele um risco para a instituição religiosa à qual pertence. Com seu elogio, tenta convencer Jesus a aderir ao sistema. Jesus, com “autoridade”, repreende o fanático. Há um embate entre o “espírito mau”, que aliena o fanático e o “Espírito Santo” que dá força a Jesus. A Igreja, fortalecida pelo Espírito de Jesus, tem a missão de desmascarar as forças (espíritos maus) que impedem a pessoa de ser ela mesma. O fanatismo religioso é sempre perigoso: impede a abertura ao diálogo inter-religioso, torna as pessoas intolerantes, destrói o espírito crítico, supervaloriza a própria ideia ou grupo, despreza alternativas e favorece a violência. As “guerras santas” são frutos do fanatismo religioso.
Com os quatro primeiros discípulos, que formam o núcleo do grupo dos apóstolos, Jesus se dirige à sinagoga de Cafarnaum. Sinagoga era a casa de oração dos judeus e funcionava também como escola para crianças e jovens. Aí Jesus ensinava. O auditório logo percebe que o ensinamento de Jesus é superior ao dos doutores da Lei e dos fariseus. Os primeiros eram especialistas em Leis; os outros se apresentavam como rigorosos cumpridores das Leis. Numa palavra, exerciam forte liderança sobre o povo simples. Serão ferrenhos opositores de Jesus durante toda a sua missão. Eis que, sem demora, apresenta-se um homem possuído por um demônio impuro. Ele representa os que estão acomodados no sistema vigente e opressor. Não querem se abrir a nenhuma novidade. E Jesus vinha trazendo a novidade do Reino de Deus.
ORAÇÃO
Ó Jesus de Nazaré, teus conterrâneos se encantam com teus ensinamentos, pois ensinas como quem tem autoridade. Palavras libertadoras. Certa vez, disseste: “Eu falo estas coisas como o Pai me ensinou”. Ensina-nos, Senhor, a proferir palavras que libertem as pessoas e as façam desabrochar e crescer. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 31/01/2021
Reflexão
Por sua coerência de vida, Jesus ensina com autoridade. Pratica o que ensina. Realiza atos libertadores. Os doutores da Lei, ao invés, eram vazios; só exibiam conhecimento e impunham sobre o povo pesadas observâncias religiosas que eles próprios não cumpriam. O povo percebia essa incoerência. Na sinagoga, lugar de oração e instrução dos judeus, Jesus ensina em dia de sábado. O homem com espírito impuro é símbolo dos males que alienam e destroem a pessoa (não fala nem age por si mesma). O espírito impuro enfrenta Jesus, tentando exercer domínio sobre ele: “Eu sei quem tu és: o Santo de Deus”. Jesus, porém, com uma palavra que tem o poder de recriar a pessoa, expulsa o demônio: “Cale-se, e saia dele”. A admiração se apossa de todos, principalmente pelo “ensinamento novo, dado com autoridade”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Reflexão
«Um ensinamento novo, e com autoridade»
Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala
(Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje, Cristo dirige-nos o seu grito enérgico, sem dúvidas e com autoridade: «Cala-te, sai dele!» (Mc 1,25). Disse-o aos espíritos malignos que vivem em nós e que não nos deixam ser livres, tal como Deus nos criou e desejou.
Se repararmos, os fundadores das ordens religiosas, a primeira norma que põem quando estabelecem a vida comunitária, é a do silêncio: numa casa onde se tenha que rezar, há-de reinar o silêncio e a contemplação. Como diz o ditado: «O bem não faz ruído; o ruído não faz bem». Por isto, Cristo ordena àquele espírito maligno que se cale, porque a sua obrigação é render-se diante de quem é a palavra, que «se fez carne, e habitou entre nós» (Jo 1,14).
Mas é certo que com a admiração que sentimos diante do Senhor, se pode misturar também um sentimento de suficiência, de tal maneira que cheguemos a pensar tal como Santo Agostinho dizia nas próprias confissões: «Senhor, faz-me casto, mas ainda não». A tentação é a de deixar para mais tarde a própria conversão, porque agora não encaixa com os nossos próprios planos pessoais.
O chamamento ao seguimento radical de Jesus Cristo é para o aqui e agora, para tornar possível o seu reino, que irrompe com dificuldade entre nós. Ele conhece a nossa tibieza, sabe que não nos gastamos fortemente na opção do Evangelho, mas que queremos contemporizar, ir tirando, ir vivendo, sem alarido e sem pressa.
O mal não pode conviver com o bem. A vida santa não permite o pecado. «Ninguém pode servir a dois senhores; porque odiará um e amará o outro» (Mt 6,24), disse Jesus Cristo. Refugiemo-nos na árvore sagrada da Cruz e que a sua sombra se projete sobre a nossa vida, e deixemos que seja Ele quem nos conforte, nos faça entender o porquê da nossa existência e nos conceda uma vida digna de Filhos de Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Quanta força tem realmente a humildade de Deus contra a soberba dos demónios (…). ‘E [o demônio] exclamou dizendo: O que há entre nós e Tu Jesus Nazareno?’, etc. Nestas palavras vê-se claramente que havia conhecimento nelas, mas não caridade» (Santo Agostinho)
- «Peço-vos sempre um contacto quotidiano com o Evangelho. Leiam uma passagem do Evangelho a cada dia. É a força que nos muda, que nos transforma: muda a vida, muda o coração» (Francisco)
- «‘A Palavra de Deus, que é força de Deus para salvação de quem acredita, apresenta-se e manifesta o seu poder dum modo eminente nos escritos do Novo Testamento’ (101). Estes escritos transmitem-nos a verdade definitiva da Revelação divina. O seu objeto central é Jesus Cristo, bem como os primórdios da sua Igreja sob a ação do Espírito Santo (102)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 124)
Reflexão
Jesus, mestre com “autoridade”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje vemos Jesus “sentar-se” na “cátedra” de Moisés. Hoje é a sinagoga; noutros dias será o “monte”, ou a costa do mar. O definitivo, no entanto, é que ensina não como os mestres que se formam para isso nas escolas; senta-se ali como “o maior Moisés”, que estende a Aliança a todos os povos: Jesus foi um “israelita de verdade” e, ao mesmo tempo, foi além do judaísmo.
Os rabinos também se sentavam na cátedra de Moisés e, por isso, tinham autoridade. Os seus ensinamentos deviam ser escutados e acolhidos, ainda que a sua vida os contradissesse e, ainda que eles próprios não fossem autoridade (pois recebiam-na de “Outro”). As expressões de assombro diante de Jesus Cristo não se referiam a qualidade retórica das suas palavras, mas à reivindicação evidente de estar ao mesmo nível do Legislador, à mesma altura que Deus: “Eu digo-vos…”.
—A novidade é que Tu, Jesus, és Deus! E, por isso, és mestre de todos os homens.
Recadinho
Temos oportunidade de falar de Deus? - Sua presença é sempre presença de quem tem fé? - Há situações nas quais somos constrangidos e sentimos dificuldade para demonstrar que somos de Cristo? - Tenho consciência de que muitas vezes os caminhos de Deus são diferentes daqueles que imagino? - O que Jesus nos sugere e vale para sempre? É... pedir sua ajuda!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/01/2014
Comentário sobre o Evangelho
Jesus ensina na sinagoga de Cafarnaum e expulsa um demônio
Hoje, vemos como as pessoas de coração humilde percebem a força da pregação de Cristo, mas não aceitam os escribas. Por quê? Para os escribas em primeiro lugar estava o cumprimento das leis, sem olhar às pessoas; para Cristo em primeiro lugar estava ajudar as pessoas (saúde, alimentação, consolo) e, ao mesmo tempo, acompanhá-las no caminho da vida moral.
- Faz o bem e não olhes a quem. Prega com o exemplo!
Meditando o evangelho
VENCENDO O MAL
O Reino anunciado por Jesus provocou as forças do mal, que reagiram de imediato. Sua pregação desmascarava a malignidade de tudo quanto redundava em escravidão para o ser humano e o impedia de se realizar e ser feliz. Jesus se sabia destinado a libertar os oprimidos e escravizados pelo poder do mal.
Evidentemente, o processo de libertação não era fácil. Por um lado, os opressores não queriam abrir mão de suas intenções e métodos. Por outro lado, os oprimidos acabavam por se acostumar à sua situação, já não fazendo mais caso dela.
A libertação começava quando o escravo do mal se insurgia contra sua situação, com a ajuda de Jesus. Tratava-se de uma terrível luta interior! Às vezes, se pensava que a presença de Jesus só servisse para perturbar. Ele, porém, não se deixava intimidar. Sua presença purificava o ser humano dos espíritos imundos que o flagelavam e contaminavam. Livres de toda escravidão, os que tinham sido beneficiados por Jesus tornavam-se sinal do poder efetivo do Reino.
Toda a vida de Jesus foi perpassada de luta contra as forças do mal. Com sua palavra, ele as desarticulava, fazendo o Reino dar seus frutos na história humana. Jesus não cruzava os braços ao se deparar com quem era vítima do mal e do pecado. Sua presença fazia o dinamismo libertador do Reino entrar em ação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, afasta para longe de mim o mal que me impede de ser livre e de fazer-me servidor do Reino.
Fonte: Dom Total em 14/01/2014, 28/01/2018 e 31/01/2021
Oração
Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/01/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Um ensinamento novo e com autoridade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
No Evangelho de Marcos, Jesus inicia seu ministério público proclamando que o tempo se completou e o Reino de Deus está próximo. Este é o Evangelho de Deus que ele anuncia. Para percebermos o significado dessas palavras, olhamos para Jesus, para a sua vida entre nós, o que diz e o que faz. Começa formando um grupo de amigos, futuros discípulos missionários, que devem trabalhar com ele em favor do ser humano. Serão pescadores de gente. Logo em seguida, Jesus faz o seu primeiro milagre. Na sinagoga de Cafarnaum ele liberta um homem dominado pelo demônio. O demônio se agita e se perturba. Ele sabe que Jesus é o Santo de Deus, e lhe pergunta, no plural: “O que você quer de nós? Você veio nos arruinar?”. O que está acontecendo? Jesus mandou que o demônio saísse daquela pessoa, libertando-a da dominação do poder demoníaco que, na realidade, era exercido pelos escribas.
É possível imaginar o demônio dentro de uma pessoa. Difícil é saber como isso pode acontecer. Você pode também pensar que o demônio exerce sua influência sobre uma pessoa, e essa pessoa passa a trabalhar para ele. O agente do poder demoníaco procura dominar outras pessoas, diminuindo a sua dignidade, tirando delas o que é próprio do ser humano, desumanizando-a. Tal desumanização se faz de muitas maneiras. Uma delas é feita com ensinamentos, com ideias, com princípios, com valores que na realidade são contravalores, maus princípios, ideias e ensinamentos errados. Jesus chega à sinagoga e ensina com autoridade, pesca o pobre homem tirando-o da situação em que se encontrava e provoca a admiração de todos. Temos aí um ensinamento novo, com autoridade e não como os escribas, escreve São Marcos.
São Lucas conta a mesma coisa que Marcos sobre a expulsão do demônio na sinagoga, mas não menciona os escribas. São Mateus, que não relata esta expulsão do demônio, menciona os escribas no fim do sermão da montanha. Lá ele diz que Jesus ensinava com autoridade, e não como os escribas. Por que Marcos coloca essa observação sobre os escribas no episódio da expulsão do demônio? Porque Marcos quer mostrar que Jesus veio enfrentar o poder demoníaco e libertar as pessoas desse poder. O demônio pergunta se Jesus veio para arruiná-lo, para descartá-lo, para tirar-lhe o poder. Ora, quando São Marcos diz que Jesus ensinava com autoridade e não como os escribas, ele está contraponto Jesus aos escribas.
Quem deve estar perguntando se Jesus veio para arruiná-los são os escribas, doutores da Lei, que ensinavam o povo. Agora chega alguém que ensina com mais autoridade do que eles. Os escribas estão sendo descartados. Mas quem faz a pergunta é o demônio. Logo, na visão de São Marcos, os escribas são os agentes do demônio. O que eles ensinam não liberta as pessoas, antes as escraviza. Ensinamentos que excluem, que tolhem a liberdade, que criam complexos, que diminuem o ser humano são demoníacos. No Apocalipse, o Dragão entrega seu poder a uma Besta, que age na terra com a autoridade do Dragão. A Besta é o agente do demônio.
Fonte: NPD Brasil em 28/01/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. CALA-TE E SAI DELE!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A primeira bicicleta que ganhei, aos oito anos, tinha duas rodinhas de sustentação para facilitar o equilíbrio no aprendizado, e o futuro ciclista deveria fazer de conta que elas não existiam, para que o treinamento surtisse efeito. Por puro comodismo comecei a me exibir para os familiares, imprimindo velocidade nos pedais e até largando das mãos, para mostrar que estava seguro, mas na verdade colocava toda minha segurança nas rodinhas auxiliares, que não deixavam a bicicleta cair em minhas arrojadas manobras.
A turma me olhava com uma pontinha de inveja, quando eu passava “esnobando” com a bicicleta, meus familiares sentiam-se orgulhosos e tudo ia bem até que apareceu um chato, um estraga-prazer de nome Odair, colega de escola, garoto de grande vivacidade e inteligência, que me desafiou. “Ah quero ver você andar sem essas rodinhas aí...!”.
Tentei em vão argumentar, que as rodinhas não eram importantes, mas o Odair pegou de brabo e comentou com a turma, que eu não sabia andar coisa nenhuma, e que só estava enganando a todos. Lembro-me que fiquei quase duas semanas de “beiço caído” sem falar com ele, entretanto, com o passar dos dias fui vendo que tinha razão, se não tivesse coragem de tirar as rodinhas auxiliares, nunca iria aprender de verdade, a andar de bicicleta, porque a minha habilidade de ciclista não passava de uma mentira.
Essa é exatamente a missão do profeta: denunciar todas as nossas falsas seguranças, mostrando-nos a verdade que tem de ser buscada e cultivada, em nossa relação com Deus e com os irmãos, para que a nossa vida de cristãos não seja uma grande mentira em uma religião só de aparência.
No Antigo Testamento os profetas lembravam ao povo a fidelidade à aliança, toda vez que dela se afastavam. A Palavra de Deus manifestada através de Moisés, antes de ser uma norma rígida era um dom, pois oferecia orientações seguras de como viver bem e ser feliz, sob o amparo e a proteção do Deus da Aliança, nesta relação exclusiva e particular “Vós sereis o meu povo e eu serei o Vosso Deus”. Mas os profetas e todos os demais que falaram ao povo em seu nome sofreram muito, foram rejeitados, incompreendidos e até perseguidos e mortos, pois muitos não estavam dispostos a ouvir a Verdade que os faria mudar de vida.
O evangelho desse domingo faz uma apresentação solene de um novo, único e verdadeiro profeta que não vem para fazer mais promessas, mas sim para cumpri-las uma a uma. O seu múnus profético se revela na comunidade onde irá realizar um sinal, como prenúncio da sua obra de salvação, que tem na libertação do homem o seu ponto mais alto, naquele sábado na sinagoga, a comunidade conheceu Jesus de Nazaré, o Messias de quem falaram todos os profetas. O seu ensinamento causava admiração, pois ensinava com autoridade e não como os mestres da lei.
Ensinar com autoridade não é falar grosso, gritar e dar murros na mesa, como certos pregadores, que gostam de fazer terrorismo religioso, mas é mostrar primeiro a vivência daquilo que se ensina, unir fé e vida, celebrar aquilo que se Crê, é ter uma fé encarnada na história, é sempre falar em nome de Deus.
A palavra é libertadora porque gera vida nova, renova o homem por inteiro, Jesus é a palavra viva, o Logus de Deus, o Verbo encarnado no meio dos homens. Para surpresa de todos, na comunidade há um homem possuído por um espírito do mal que conhece Jesus, inclusive manifesta esse conhecimento em palavras bonitas “Sei que tu és o Santo de Deus”, sabe, portanto quem ele é e a que veio, mas não o aceita, não admite que o seu ensinamento interfira no modo de pensar e viver. Parece que Marcos fala às autoridades religiosas do seu tempo, e ao homem da modernidade, que apenas o conhecimento da pessoa de Jesus e sua missão, sem o compromisso de vida com o santo evangelho, jamais vai nos conferir uma fé autêntica. Jesus ornamenta muitos lugares públicos e está em uma correntinha no peito de muita gente, mas falta uma abertura maior para que as atitudes dos que nele dizem professar a fé sejam realmente atitudes de um cristão.
O tratamento que Jesus dá ao homem possuído pelo espírito do mal, é de choque – Cala-te e sai dele! CALA-TE: porque a palavra que o mal nos propõe é enganosa e mentirosa, traz a morte e não a vida; aprisiona em vez de libertar. O homem da modernidade parece não ter forças para fazer calar tantas vozes mentirosas que seduzem, corrompem, e destrói a dignidade do ser humano, o homem da modernidade se acha importante com o seu conhecimento e o progresso e, entretanto, é totalmente impotente diante das forças do mal, justamente porque não professa uma fé verdadeira e perdeu totalmente a noção do pecado, que contraria a graça de Deus e a sua santa palavra.
As Igrejas cristãs devem ter coragem e ousadia, para fazer calar e expulsar tantos “espíritos do mal” que continua a enganar o ser humano, com propostas sedutoras de vida, arrastando muitos para a morte. Ouçamos o apelo dos nossos pastores e sejamos uma igreja mais profética e menos sacramentalista, mais missionária e menos ritualista, fazendo um ensinamento novo, capaz de derrubar as velharias ideológicas escravisadoras, contrárias aos princípios do Reino Novo, que Jesus inaugurou um dia, lá na sinagoga de Nazaré... Quando mostrou quem ele é, e a que veio...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. Jesus foi à sinagoga e pôs-se a ensinar - Mc 1,21-28
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
O tempo se completou, o Reino de Deus está próximo, pescadores de gente são chamados. É preciso converter-se para poder acreditar na Boa Notícia de Deus. Deixar tudo e seguir. O discípulo segue, atento ao que o Mestre diz e faz. Seus gestos falam.
Tudo é uma grande liturgia que revela a vontade de Deus. Os gestos falam, os ritos bem feitos e apropriados revelam o que Deus quer e espera de nós. Estavam na sinagoga, cumpriam os ritos do sábado, leituras, cânticos e orações, tudo transcorria normalmente. No momento oportuno Jesus começou a ensinar. Fazia com autoridade. Seu ensinamento não coincidia totalmente com o dos escribas. Inesperadamente, um homem começou a gritar. Teve início um rito não previsto. Gestos foram feitos, também por Jesus.
Na realidade houve um confronto entre Jesus e o demônio, entre Jesus e o poder do demônio que dominava uma pessoa, diminuindo-a no meio das outras. Era um ser humano sem as características do ser humano. Era gente, mas não tanto. Era menos gente. Lá estava Jesus com os apóstolos, pescadores de gente, que para isso vieram e para isso foram enviados. E lá estava alguém que era gente sem o ser e precisava de quem o pescasse das águas do demônio. Jesus o fez. “Sai dele”. Ele saiu, não sem antes gritar: “Vieste para nos arruinar?”. Sim, Jesus veio para arruinar o poder que o demônio exerce sobre os seres humanos.
O Deuteronômio nos leva ao momento da promessa de um profeta semelhante a Moisés, que, no futuro, Deus faria surgir do meio do povo. A ele o povo deve ouvir porque suas palavras transmitirão o que Deus lhe ordenar. Esta promessa ficou na mente do povo, enraizada em sua esperança messiânica. Ele virá um dia e será o Messias de Deus. O mesmo Deuteronômio terminará dizendo que “em Israel nunca surgiu um profeta como Moisés, a quem Deus conhecia face a face”. O redator da profecia de Jeremias dá a entender que Jeremias poderia ser o profeta semelhante a Moisés.
O evangelista São João trabalhará o seu texto com a visão de que o profeta é o Messias, Jesus de Nazaré. Os que vieram de Jerusalém para interrogar João Batista perguntaram se ele era “o profeta”. Depois da multiplicação dos pães, querem fazer Jesus rei e dizem: “Este é verdadeiramente o profeta que deve vir ao mundo”. A expressão “o profeta” refere-se ao profeta semelhante a Moisés, prometido no Livro do Deuteronômio.
Jesus é o profeta que fala com autoridade em nome de Deus. Ele não é apenas conhecido por Deus. Ele vem de Deus e é a Palavra que existe antes de toda as coisas. Seu ensinamento difere do ensinamento dos escribas porque tira o ser humano da dominação do demônio, enquanto há ensinamentos religiosos que são expressão de uma ideologia de dominação. Não libertam o ser humano, mas o mantêm sob o domínio do demônio por meio de seus agentes. O agente pode ser aquela pessoa de influência e poder que mantém o povo na ignorância para enganá-lo com mais facilidade e assim dominá-lo. O ser humano, libertado da dominação, é sinal de que o Reino está próximo.
Fonte: NPD Brasil em 31/01/2021
Liturgia comentada
Sei quem Tu és... (Mc 1,21b-28)
Vivemos uma vida agônica, em permanente combate entre o mal e o bem. Não uma simples oposição entre energias contrárias, um simples jogo de forças entre princípios abstratos do bem e do mal. Trata-se de uma guerra pessoal entre o demônio (a quem o Papa Paulo VI chamou de uma “eficiência”, e não a simples “deficiência do Bem”) e Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Eis o comentário da Bíblia de Navarra: “A oposição do demônio a Jesus vai aparecendo, cada vez mais clara: é solapada e sutil no deserto; manifesta e violenta nos endemoninhados; radical e total na Paixão, que é “a hora do poder das trevas” (Lc 22,53). A vitória de Jesus é também cada vez mais patente, até o triunfo total da Ressurreição”.
Neste embate, o adversário fala pela boca do possesso e parece conhecer a natureza divina de Jesus, ao gritar: “Sei quem Tu és: o Santo de Deus!” Mas não podemos esquecer que se trata do “pai da mentira”. Segundo os Padres da Igreja, a verdadeira identidade de Jesus permaneceria oculta ao demônio até sua morte e ressurreição. Estaria, pois, o inimigo a testá-lo, tentando levar Jesus a se revelar em sua natureza divina, com a intenção de abortar sua possível missão salvadora.
Por isso mesmo, Jesus reduz o espírito imundo ao silêncio: “Cala-te!” Com exceção dos mais próximos, a quem Jesus se manifesta sem reservas, era oportuno que sua divindade permanecesse oculta até o coroamento de sua missão. Nesse mesmo sentido, Santo Inácio de Antioquia ressalta a importância de a Virgem Maria se ter casado com São José, para que ficasse oculto ao demônio que o parto de Jesus era o parto de uma Virgem, e ele pensasse que se tratava de uma mulher casada.
Mas há outro aspecto que nos devia deixar impressionados: enquanto o demônio anuncia bem alto que ele conhece quem é Jesus, nosso mundo de hoje parece ignorar por completo a Pessoa e a missão salvífica do Senhor Jesus, vivendo como se Cristo não tivesse morrido por nós. Pais e formadores se preocupam em dar aos filhos e educandos todo tipo de informação e conhecimento sobre os meios de ganhar dinheiro, ficar famoso e ter sucesso, mas deixam na sombra a amizade com Jesus e o caminho de salvação que Ele traz para todos. Pior que o capeta!!!
E nós? Sabemos quem é Jesus?
Orai sem cessar: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (Mt 16,16)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 14/01/2014
HOMILIA
O HOMEM DOMINADO POR UM ESPÍRITO MAU
Na narrativa de hoje, Jesus liberta um homem em território dos gentios, sob o domínio do império romano. A identificação do demônio, que o possuía pelo nome de “legião”, aponta para as legiões romanas que ocupavam esta região. Os porcos que se arremetem ao mar e perecem assemelham-se ao exército do faraó no mar Vermelho, no Êxodo. O homem libertado por Jesus sai a anunciar a sua misericórdia, tornando-se um missionário gentio entre os gentios. Aquele episódio, entre tantos registrados na Bíblia, nos mostra a existência dos demônios, que são espíritos maus, anjos caídos, que estão na terra com o propósito de prejudicar a humanidade e afrontar Deus.
O gadareno vivia nos sepulcros, que eram cavernas. Ali não era lugar para pessoas vivas, mas o Diabo o levou para lá. Nisso percebemos o seu propósito de roubar, matar e destruir (João 10.10). A vida daquele homem estava encerrada, perdida. Estava separado da família, dos amigos e da sociedade. Era um morto-vivo morando no cemitério, sem esperança e sem perspectiva. Assim como Deus tem um plano para o ser humano, Satanás também tem, e aquele homem atingira um estágio avançado da execução dos desígnios diabólicos. Quem não segue a Cristo está caminhando com o inimigo rumo à perdição eterna. Ainda que não esteja possesso, está influenciado e dominado pelo mal, podendo chegar a situações muito piores.
Ninguém podia fazer coisa alguma por aquele homem. Não podiam salvá-lo ou ajudá-lo de alguma forma. Então, tentavam prendê-lo, talvez com a intenção de protegê-lo de si mesmo. Entretanto, os demônios se manifestavam com fúria, despedaçando correntes e cadeias. Ele era incontrolável. Nenhum ser humano tem força para controlar um demônio. O que dizer de milhares? Aquele homem precisava conhecer Jesus.
O demônio reconheceu Jesus imediatamente e se prostrou para adorá-lo, como fazia quando era um anjo de Deus. Naquele momento, o espírito mau deu o seu testemunho de que Jesus é o Filho de Deus. Algo tão difícil para as pessoas acreditarem e reconhecerem, era fato natural para aquela entidade maligna porque a sua essência é divina e que está sofrendo as consequências da sua rebelião.
Imediatamente, Jesus expulsou a legião daquele homem. Quando o gadareno encontra o nazareno, tudo muda. Jesus faz o que ninguém mais pode fazer. O endemoninhado não podia libertar a si mesmo da escravidão espiritual. Os outros também não podiam libertá-lo. Mas sim, o Filho de Deus. Ele sim, veio trazer liberdade aos cativos, desfazendo as obras do Diabo.
Jesus atendeu ao pedido daqueles espíritos, permitindo que eles entrassem nos porcos. Imediatamente, aqueles animais foram precipitados no despenhadeiro, caindo no mar e morrendo afogados. Creio que era isso que os demônios pretendiam fazer ao gadareno. Então, por quê não fizeram? Eles só agem dentro dos limites da permissão divina (Mc.5.13). Além disso, os demônios usavam aquele corpo como casa (Mt.12.43-44) e não iriam destruí-lo tão cedo. O diabo utiliza seus escravos para fazer suas obras malignas neste mundo. Por isso, é útil para ele que suas vidas miseráveis sejam prolongadas por algum tempo.
Depois da libertação, o gadareno parecia outro homem. Foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo (Mc.5.15). A conversão é o início de uma nova vida, com equilíbrio, sossego, descanso, paz, dignidade, ordem e decência. Além de ter sido liberto, aquele homem foi salvo (Lc.8.36).
Muitas pessoas vieram vê-lo, mas não glorificaram a Deus por sua libertação. O momento era propício ao louvor e às ações de graças, mas houve murmuração. Os demônios adoraram a Jesus, mas o povo não adorou. Muitos ficaram revoltados contra ele por causa da morte dos porcos. Portanto, aquele homem não tinha valor algum para o seu povo. Os porcos eram considerados mais importantes. A perda financeira foi mais sentida do que o ganho humano e espiritual. O materialismo dominava aquela gente. Encontraram Cristo, mas não foram salvos. Resolveram expulsá-lo daquela cidade. Que situação estranha! Jesus expulsou os demônios de um homem e depois foi expulso do lugar. Qual é a nossa atitude para com Jesus? Hoje, da mesma forma, cada pessoa deve tomar a decisão de acolher Jesus ou rejeitá-lo.
Jesus, mas ele não permitiu. Cristo havia atendido a um pedido dos demônios, mas não atendeu à oração daquele homem. Por quê? Jesus tinha um propósito para ele naquele lugar. Vemos nisso o amor e a misericórdia para com aquele povo ímpio que rejeitou Jesus. Ele deixou o gadareno ali como o pregador, dando seu testemunho para todos, começando pela sua casa. Agora que estava liberto, poderia retomar a normalidade da sua vida. Sua família também tinha sido abençoada através daquela libertação. Aquele que se converte torna-se bênção para o seu lar e para a sociedade.
Neste episódio, os discípulos nada fizeram, senão aprender com o Mestre aquilo que deveriam realizar após a sua ascensão. Jesus subiu ao céu, mas encarregou sua igreja de continuar sua obra de libertação. Assim, através de nós, Jesus continua libertando. Aqueles que alcançam a libertação e a salvação saem de uma vida de tormento e começam a usufruir a alegria de Deus em seus corações e se tornam evangelhos vivos para entre e nos seus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 14/01/2014
HOMILIA
Espiritualidade Bíblico-Missionária
Jesus foi à sinagoga de Cafarnaum. Ali anunciou a Boa Nova do Reino, e as pessoas ficaram atentas e admiradas com seu ensinamento. Ele era diferente, não dizia simplesmente por dizer. Sua palavra partia de dentro e tinha endereço certo. Lá, mesmo sendo dia de sábado, dia sagrado para o judeu — para nós é o domingo, o primeiro dia da semana, o dia da criação, da ressurreição — Jesus cura um homem possuído por um espírito mau. Isso não foi do agrado dos fariseus, apegados à Lei e não à vida, aos valores éticos geradores de liberdade e de paz.
Deus não se conforma e jamais aprova os projetos egoístas que geram a morte e escravizam as pessoas. Cristo vem para nos dar a liberdade e a vida plena. Este é o ensinamento novo de Cristo: estar ao lado da vida, da liberdade, da dignidade humana.
Contemplando a Palavra de Deus na Primeira Leitura, vemos Moisés assumindo a missão profética. O profeta é alguém escolhido por Deus para uma missão. Não há profeta autoproclamado, mas sim e somente os que Deus chamou para tal missão. Ser profeta é ser a voz de Deus na realidade do mundo. Ao anunciar faz acontecer a aproximação de Deus com nossa humanidade. É Deus quem tem a iniciativa de vir ao nosso encontro. A plenitude desse encontro divino com a humanidade é Jesus. E é a partir desse sentido que devemos olhar o Evangelho e o que nos relata para que não incorramos num erro de querer um “Jesus milagreiro”. Não! Ele é o libertador, aquele que não admite que a vida seja ferida, ameaçada.
Seu ensinamento é excepcional e o povo fica admirado: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” Jesus é diferente de todos os outros mestres, no seu modo de ser, de agir e de falar.
A Igreja continua hoje a pessoa de Cristo e torna-se sinal de salvação, anunciando com fervor o Evangelho. Há um trecho muito bonito da Gaudium et Spes que nos diz assim: “Procurando o seu fim salvífico, a Igreja não se limita a comunicar ao homem a vida divina; espalha sobre todo o mundo os reflexos da sua luz, sobretudo, enquanto cura e eleva a dignidade da pessoa humana, consolida a coesão da sociedade e dá um sentido mais profundo à cotidiana atividade dos homens. A Igreja pensa assim que, por meio de cada um de seus membros e por toda a sua comunidade, muito pode ajudar para tornar mais humana a família dos homens e a sua história” (Gaudium et Spes, 40).
Esse é o caminho que o Cristo nos aponta hoje!
Redação “Deus Conosco”
REFLEXÕES DE HOJE
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 14/01/2014
REFLEXÕES DE HOJE
DOMINGO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 28/01/2018
REFLEXÕES DE HOJE
DOMINGO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 31/01/2021
HOMILIA DIÁRIA
Sirvo a um Deus vivo que liberta
Postado por: homilia
janeiro 29th, 2012
O Senhor Jesus, durante Seu ministério terreno, orou por muitas pessoas perturbadas por espíritos imundos. Muitas vezes, expulsou demônios de pessoas religiosas, frequentadoras das reuniões nas sinagogas, como aquela mulher que havia dezoito anos sofria de paralisia. O espírito de enfermidade foi repreendido e a mulher tornou a andar de forma correta (cf. Lc 13,10-17).
No texto deste 4º Domingo do Tempo Comum, encontramos a narrativa da expulsão de um espírito impuro na sinagoga. É o início de uma série de conflitos de Jesus com o rígido sistema religioso judaico e com sua ideologia de superioridade. O conflito final se dará no confronto com as autoridades máximas no Templo de Jerusalém.
Na narrativa, há quatro menções ao ensino de Jesus. Com Seu ensinamento novo, Cristo causa admiração por Sua prática libertadora da doutrina legalista, elitista e excludente dos escribas, a qual se apossa dos fiéis como um espírito impuro. Jesus, que a todos ensina por meio de Sua prática, toca os corações com Seu amor misericordioso e acolhedor, expulsando deles aquele espírito impuro e libertando-os. É a mudança que vem pela Palavra libertadora e que orienta para uma nova prática nas comunidades.
A libertação é uma necessidade da Igreja, pois todos os que buscam Deus estão à procura de um socorro, seja a cura de uma doença ou enfermidade, seja o livramento de um vício, de uma perturbação, medo, depressão, angústia, ou de qualquer outro mal. Ao entrar em uma igreja, o necessitado precisa encontrar o alívio que veio buscar, ter um verdadeiro encontro com Deus.
A beleza do lugar, a liturgia ou qualquer dos atributos da Igreja devem ser coisas a ser contempladas após a libertação. Só os verdadeiramente libertos podem louvar ao Senhor de todo o coração. Não se pode dizer: “Sirvo a um Deus vivo que liberta” e viver perturbado, tendo visões de vultos e a doença como uma constante na vida. É bom lembrar também que todo aquele que busca a bênção de Deus deve crer que Ele existe (cf. Hebreus 11,6), pois “tudo é possível ao que crê” (cf. Mc 9,23); porém, a Igreja deve crer e aceitar a promessa do Senhor e buscar vivê-la.
A expulsão de demônios não é tão somente um ministério como alguns afirmam que seja, trata-se, na verdade, do primeiro passo na obra de libertação, está incluído no “ide e pregai” (cf. Mc 16,1). É uma ordem e não um pedido ou um ato facultativo a alguns que creem. É uma ordem taxativa. Ordem esta que é cumprida por todos aqueles que estão qualificados no critério “crê em mim”. Temos observado inúmeras pessoas que viviam doentes, tristes, depressivas, oprimidas, serem libertas após a oração da fé.
Os espíritos malignos convulsionam, caem por terra, são dominados e finalmente expulsos em nome do Senhor Jesus Cristo. O poder de Deus está onde há pessoas que creem, os demônios se manifestam diante do poder do nome de Jesus. Muitas vezes, mesmo antes da chamada “oração forte” feita com fé e em nome de Jesus, a libertação é necessária porque é certo que os males provêm de espíritos malignos, portanto, expulsos os demônios, o homem pode caminhar para grandes e poderosas bênçãos de Deus, o nosso Pai.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 29/01/2012
HOMILIA DIÁRIA
A ira é um mal a ser vencido
Os demônios tremem, correm e sabem da autoridade de Jesus diante de um homem todo possesso!
”E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” (Marcos 1, 27)
A autoridade de Jesus sobre o mal é exercida em todo o Seu ministério no meio de nós. conhece a nossa natureza humana e sabe o quanto o mal entra em nós e age no meio de nós, destrói e corrói a nossa natureza humana. Por isso o ministério do Senhor Jesus é, antes de tudo, um ministério de combate às forças do mal, às forças do maligno.
Os demônios tremem, correm e sabem da autoridade de Jesus diante de um homem todo possesso, por essa razão, quando Cristo se aproxima deles, eles se prostram diante d’Ele e O questionam: ”O que tu queres de nós, Jesus de Nazareno? Nós já sabemos quem tu és, tu és o santo de Deus!”. Até os demônios sabem quem é Jesus! Até os demônios sabem o que Jesus pode fazer, até os demônios sabem do poder que Cristo tem para destruir a ação do maligno e a força do mal no meio de nós.
Quem precisa saber e conhecer a autoridade de Jesus somos nós! Porque quando nós sabemos e tomamos consciência daquilo que Cristo Jesus pode e é capaz de fazer, nós não mais nos submetemos ao poder do mal e permitimos que o Senhor destrua toda a ação do maligno que há em nossa vida.
Sim, quando nos colocamos sob a autoridade de Jesus, sob os cuidados d’Ele, Ele vem destruir a força do mal que age no meio de nós. Você sabe que as forças malignas são muitas: nas intenções, nos pensamentos, nos sentimentos. Às vezes a ira toma conta do coração de uma pessoa, e no “bom” sentido da palavra ou no mau sentido, a pessoa fica ”possessa”. A ira tira a pessoa de si; por causa dela [ira] muitas pessoas já cometeram tragédias, já tiraram a vida uma das outras, por causa da ira as pessoas cometem violência e muitas coisas maléficas. A ira é um mal a ser vencido!
Cada um de nós sabe o quanto a ira age em nós de forma maior ou menor, por isso precisamos que a força do bem, a graça benéfica do coração de Jesus, vá temperando o nosso coração e o nosso temperamento, e vá curando em nós as forças do mal, criadas em nosso interior pela ira.
Jesus, Nosso Mestre e Deus, Jesus Nosso Senhor, nós nos submetemos à Tua autoridade e te pedimos: ”Expulsa as forças da ira do nosso coração!”.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/01/2014
HOMILIA DIÁRIA
O poder de Jesus intimida os espíritos malignos
Jesus está intimando esses espíritos terríveis para que não agitem mais a nossa vida
“‘Cala-te e sai dele!’” Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.” (Marcos 1,25-26)
Jesus não queria aquele homem dominado pelo espírito do mal, Ele não queria que o espírito maligno tirasse a vida, o vigor daquele homem. É assim que os espíritos malignos fazem com a nossa vida, eles tiram a nossa alegria de viver e nos dominam.
Às vezes ficamos pensando: “Como o espírito do mal toma conta de nós?”. De diversas maneiras. Várias vezes estamos verdadeiramente possuídos; eu vejo desde crianças pequenas até idosos, deixando-se levarem pelas fraquezas mais congênitas, e muitos espíritos têm nos dominado, um dos mais terríveis, talvez seja a raiva.
Veja como age uma pessoa dominada pela raiva, ela torna-se violenta. A violência toma conta do homem que deixa-se levar pela ira; ficar chateado é uma coisa, passar por momentos complicados é outra, mas, não podemos ser levados pela ira. Uma pessoa irada comete tragédias e poderia ser dominada pelo espírito do medo, da inveja, do rancor, do ressentimento.
Muitos podem dizer: “Eles sacodem a nossa vida. Eles comandam a nossa vida”. Os ímpetos da alma, as palavras que saem da nossa boca são dominados por esses espíritos que nos agitam por dentro e por fora.
Jesus está nos purificando, nos libertando; Ele está intimando esses espíritos terríveis para que não agitem mais a nossa vida. Para que isso aconteça em nós, precisamos ser o início para Jesus. Os demônios escutam e saem e esse homem pode ser novamente um homem puro, porque dele saiu um espírito mal.
A autoridade de Jesus é para nos libertar e nos restaurar. Permitamos que a Palavra poderosa e restauradora de Jesus transforme hoje a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/01/2018
HOMILIA DIÁRIA
A autoridade de Jesus vence o poder dos espíritos maus
“Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.” (Marcos 1,21-22)
A primeira coisa que queremos, hoje, é ser ensinados por Jesus; em outras palavras, queremos aprender com Ele, e para aprender precisamos permitir que Ele nos ensine.
Sabe, muitas pessoas não aprendem, porque não se permitem ser ensinadas. Muitas pessoas não mudam sua forma de ser, de se comportar, de agir, de lidar com as realidades, porque não se permitem aprender. Por ignorância, acham que já sabem ou, por orgulho, não precisam saber, e levam a vida a perder, porque não querem aprender.
Permitamos que Jesus nos ensine, permitamos que a sabedoria d’Ele nos mostre a luz e a direção que nossa vida precisa ter.
O ensinamento de Jesus é com autoridade. Ele não ensina apenas com teorias, como quem conhece, mas ensina com a vida, por isso Seus ensinamentos mudam as realidades. Permitamo-nos vencer a nossa ignorância, o nosso orgulho, a nossa soberba para aprendermos com o Mestre Jesus.
Precisamos ter a autoridade que vem de Jesus para expulsarmos da nossa vida os espíritos malignos
A segunda coisa que precisamos é saber que Jesus expulsa os espíritos maus. Quantos espíritos malignos, perversos e enganadores estão no meio de nós! Eles estão nos usando e nós nos permitindo ser usados por esses espíritos maus. Porque se há quem ensine o que é bom, infelizmente há quem ensine o que é mau; e quanta coisa má está sendo ensinada e passada para nós e para os nossos filhos!
Há muita gente para ensinar as pessoas a beber, a se perder na bebida, no espírito do alcoolismo, mas há poucos espíritos tomados pela autoridade de Jesus para libertar as pessoas, por exemplo, de um mau caminho. Há pessoas que facilmente são tomadas pelo espírito da inveja, do ódio, do rancor e do ressentimento. Há os espíritos que ensinam os outros a fofocar, a falar mal dos outros.
Quando Jesus chega, Ele expulsa esses espíritos perversos, e por isso eles gritam: “Você veio aqui para nos destruir!”. Realmente, Jesus veio para destruir o que é perverso, maldoso e enganoso. Nós, infelizmente, deixamos que esses espíritos perversos convivam e estejam conosco, mas Jesus não, porque Ele sabe o mal que esses espíritos malignos produzem em nossa vida.
É por isso que os espíritos O obedecem, porque Jesus tem autoridade sobre eles, porque Jesus não tem convivência nem conveniência com nada que é do mal.
Hoje, precisamos aprender com o Mestre Jesus que não podemos conviver com o que é do mal, mas sim ter a autoridade que vem do Senhor para expulsarmos da nossa vida, do nosso lar e do nosso meio os espíritos malignos, perversos e enganadores.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 31/01/2021
Oração Final
A autoridade de Jesus de Nazaré emanava da coerência entre o ensinamento e a sua vida. Ele não só anunciava o Reino de Amor, como já vivia a sua realidade, na fraternidade com os companheiros e na compaixão com os sofredores. Dá-nos força, Pai amado, para segui-lo pelos caminhos desta vida, nós te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/01/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, guia-nos no caminho da evangelização! Que a Tua Palavra seja escutada, acolhida por nós com alegria, inscrita no coração e vivida junto com os irmãos. Assim, nossa pregação – antes com o testemunho existencial do que com discursos bem elaborados – levará esperança e alegria ao mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/01/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai nosso, que amas teus filhos com ternura, faze-nos crianças em teu Reino, para que estejamos sempre abertos ao Novo, trazido por Jesus de Nazaré. E nos dá coragem para assumir a Liberdade que Ele proclamou, ajudando aos nossos companheiros de Caminhada a viver essa mesma Liberdade como Filhos teus que somos, e todos muito amados. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Ungido, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/01/2021
Oração
CONCEDEI-NOS, SENHOR NOSSO DEUS, adorar-vos de coração sincero e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
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