segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 22/01/2024

ANO B


Mc 3,22-30

Comentário do Evangelho

A blasfêmia contra o Espírito Santo é fechamento à graça de Deus.

A contar pelo contexto literário, os textos anteriores ao nosso nos permitem ter o pano de fundo a partir do qual é feita a acusação pelos escribas oriundos de Jerusalém de que o espírito de Beelzebu é o que movia Jesus. O modo como Jesus interpretava e punha em prática a Lei de Moisés não só gerava crise como fazia desmoronar o sistema de pureza e a prática da Lei pautada por um rigorismo tal que, mais adiante em nosso relato, Jesus dirá ser “tradição humana” (cf. Mc 7,8.13), que deixa de lado o “mandamento de Deus”. Os escribas e com eles os fariseus, entre outros, se sentiam ameaçados em seu modo de praticar a religião. A esclerocardia deles (cf. Mc 3,5) os impedia de questionarem o seu próprio modo de viver a religião. Julgando-se justos por essa prática da Lei, todos os demais para eles estavam equivocados. Daí a crítica intempestiva e contraditória a Jesus. O ouvinte e/ou leitor do evangelho que passou pela notícia do Batismo de Jesus (cf. Mc 1,9-11), sabe que ele é revestido do Espírito Santo. E por isso não pode admitir, a não ser como absurda, a acusação dos escribas. Ninguém podia fazer o bem que Jesus fazia se Deus não estivesse com ele (cf. Jo 9,33). A blasfêmia contra o Espírito Santo é fechamento à graça de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, sou-te infinitamente grato, pois, em Jesus Cristo movido pelo Espírito Santo, tua libertação chega até nós, vítimas de tantas formas de opressão.
Fonte: Paulinas em 27/01/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Um Reino dividido não pode subsistir


Algumas pessoas da família de Jesus achavam que ele estava louco. Agora vêm os escribas e dizem que ele está possuído pelo chefe dos demônios. Tanto uns como outros não compreendem nem aceitam o que Jesus faz. Os escribas, que conheciam bem a Lei, se opõem frontalmente a Jesus. Eles se sentem ameaçados por seu ensinamento. Jesus lhes diz que, se o diabo manda que o diabo saia de um possesso, quem ganha é o possesso, que fica limpo e curado, e quem perde é o diabo. E isto é bom.
Mas os escribas não estão preocupados com o bem de quem está possuído pelo demônio. Falta-lhe o amor ao próximo, por isso pecam contra o Espírito Santo, que é Amor. Não compreender o que Jesus faz não é um grande problema, como não é um grande problema se o demônio briga com o demônio. O problema é não ficar feliz com aquele que foi curado. Isso é blasfêmia contra o Espírito Santo.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O Mestre nos adverte contra a desunião. Ele deseja que sua Igreja seja uma comunidade fraterna, sem divisões ou competições, e os discípulos cuidando uns dos outros com generosidade, destituídos de interesses menores. Que vivamos a gratuidade própria do Amor com que somos amados pelo Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/01/2014

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre nos adverte contra a desunião. Ele deseja que sua Igreja seja uma comunidade fraterna, sem divisões ou competições, com discípulos cuidando uns dos outros com generosidade e destituídos de interesses menores. Que vivamos a gratuidade própria do Amor com que somos amados pelo Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/01/2020

Reflexão

A inveja nos faz capazes de encontrar os motivos mais terríveis para condenar alguém que pratica o bem. Com Jesus não foi diferente. Os mestres da Lei viam tudo o que Jesus fazia e não podiam negar os fatos, mas quando deveriam aderir à proposta de Jesus, a inveja tomou conta dos seus corações. Como o poder de Jesus não podia ser contestado, resolveram contestar a origem de tal poder, afirmando que este não era a manifestação de uma realidade divina, e sim diabólica, atribuindo a Jesus o que de fato era a origem dos seus próprios pensamentos, uma vez que negavam como divina a ação do próprio Espírito Santo, e isso sim, é algo diabólico.
Fonte: CNBB em 27/01/2014

Reflexão

No episódio anterior, os parentes de Jesus chegaram para impedir sua atividade, pois suspeitavam de que ele estivesse “louco”. Agora vem uma carga mais pesada. Efetiva campanha de difamação. Trata-se de uma comitiva oficial. São os doutores da Lei, “descidos de Jerusalém”. Querem desqualificar a pessoa e a obra de Jesus. A acusação é gravíssima, como se Jesus fosse o agente do rival satanás (v. 22). Jesus pede que eles se aproximem para ouvir bem, e demonstra que o argumento deles é falho (v. 23). Atribuir a satanás o que é ação de Deus é blasfemar contra o Espírito Santo. Maior não é o chefe dos demônios; maior é Jesus, que age pela força do Espírito Santo. Não aceitar essa verdade é negar a evidência, é não acolher Jesus, é pecar contra o Espírito Santo.
Oração
Senhor Jesus, os doutores da Lei, para confundir o povo e atiçá-lo contra ti, usam a arma da malícia. Espalham que tens parte com o demônio. Nada mais absurdo e contraditório. Blasfêmia e pecado contra o Espírito Santo, pois o Espírito é que te envolve e conduz. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 27/01/2020

Reflexão

É grave a acusação que os doutores da Lei fazem a Jesus. Segundo eles, Jesus está possuído pelo demônio e age em nome dele, ou seja, ele seria agente do próprio Satanás. Ele expulsaria os demônios em nome de Beelzebu, chefe dos demônios. Chamando-os perto, demonstra-lhes a falha do argumento por meio das parábolas do reino e da casa. Um reino ou uma casa divididos contra si mesmos não ficam em pé. Jesus age em nome do Espírito Santo que habita nele e é pela sua força que cura e liberta dos males. O pecado deles é confundir o Espírito Santo com Beelzebu. Parece que o pecado contra o Espírito Santo é não distinguir entre o bem e o mal, rejeitar a verdade conscientemente, ou seja, não querer reconhecer o poder de Deus que atua em Jesus e transformar o sagrado em demoníaco. Colocar-se contra o projeto do Mestre é rejeitar o perdão.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 24 /01/2022

Reflexão

No episódio anterior, os parentes de Jesus chegaram para impedir sua atividade, pois suspeitavam que ele estivesse “louco”. Agora, vem uma carga mais pesada. Efetiva campanha de difamação. Trata-se de uma comitiva oficial. São os doutores da Lei, “descidos de Jerusalém”. Querem desqualificar a pessoa e a obra de Jesus. A acusação é gravíssima, como se Jesus fosse o agente do rival satanás (v. 22). Jesus pede que eles se aproximem, para ouvirem bem, e demonstra que o argumento deles é falho (v. 23). Atribuir a satanás o que é ação de Deus é blasfemar contra o Espírito Santo. Maior não é o chefe dos demônios; maior é Jesus, que age pela força do Espírito Santo. Não aceitar essa verdade é negar a evidência, é não acolher Jesus, é pecar contra o Espírito Santo.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado»

Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje, ao ler o Evangelho do dia, você não deixa o seu espanto – “alucina”, como se diz na linguagem da rua —. «Os escribas vindos de Jerusalém» vêem a compaixão de Jesus pelas pessoas e o seu poder que atua em favor dos oprimidos, e — apesar de tudo—dizem-lhe que «estava possuído por Beelzebu» e «expulsava os demônios pelo poder do chefe dos demônios» (Mc 3, 22). Realmente é uma surpresa ver até onde podem chegar a cegueira e a malícia humanas, neste caso de uns letrados. Têm diante da bondade em pessoa, Jesus, o humilde de coração, o único Inocente e não aprendem. Eles deviam ser os entendidos, os que conhecem as coisas de Deus para ajudar o povo, e afinal não só não o reconhecem como o acusam de diabólico.
Com este panorama era caso para dar meia volta e dizer: «Ficai aí!». Mas o Senhor sofre com paciência esse juízo temerário sobre a sua pessoa. Como afirmou são João Paulo II, Ele «é um testemunho insuperável de amor paciente de humildade e mansidão». A sua condescendência sem limites leva-o, inclusive, a tratar de remover os seus corações argumentando-lhes com parábolas e considerações da razão. Até que, no final, adverte com a sua autoridade divina que esse fechar de coração, que é rebeldia diante do Espírito Santo ficará sem perdão (cf Mc 3,29). E não porque Deus não queira perdoar, mas porque para ser perdoado, primeiro, cada um tem que reconhecer o seu pecado.
Como anunciou o Mestre, é longa a lista de discípulos que sofreram a incompreensão, quando agiam com toda a boa intenção. Pensemos, por exemplo, em Santa Teresa de Jesus quando tentava levar à mais alta perfeição as suas irmãs.
Não estranhemos, por tanto, se no nosso caminhar aparecerem essas contradições. Serão indício de que vamos no bom caminho. Rezemos por essas pessoas e peçamos ao Senhor que nos dê resistência.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O diabo é um maestro perverso que muitas vezes mistura o que é falso com o que é verdadeiro para encobrir, com aparência de verdade, o testemunho do engano» (S. Beda, Venerável)

- «Tanto esta geração como muitas outras, foram levadas a acreditar que o diabo era um mito, a ideia do mal. Mas, o diabo existe e nós devemos combate-lo, mesmo que não estejamos completamente convencidos disso» (Francisco)

- «Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou. Convidam a crer n'Ele. (...) Assim, os milagres fortificam a fé n'Aquele que faz as obras do seu Pai: testemunham que Ele é o Filho de Deus. Mas também podem ser “ocasião de queda”. Eles não pretendem satisfazer a curiosidade nem desejos mágicos. Apesar de os seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns; chega mesmo a ser acusado de agir pelo poder dos demónios» (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)

Reflexão

A adoração jamais deve ser traicionada. Erro do ateísmo marxista

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje constatamos uma das consequências mais perniciosas da descrença e do rechaço do coração: Deformar o rosto de Jesus. O caso do Evangelho de hoje aproxima-se a absurdidade: Atribuir a Jesus um poder demoníaco para explicar a expulsão de demônios. Lamentável e torpe erro!
Aquele tosco erro dos escribas se reproduziu modernamente em versão materialista. Não deveria o salvador de o mundo demonstrar sua identidade dando de comer a todos? O marxismo teria feito que toda fome fosse saciada e que o deserto se convertesse em pão. Mas, a história demonstrou que quando não se respeita a hierarquia dos bens já que não há justiça, senão que se cria desajuste e destruição também no âmbito dos bens materiais. Quando se renega de Deus ou, simplesmente, se lhe da uma importância secundária (deixando-o de lado), então fracassam precisamente estas coisas hipoteticamente mais importantes.
—Senhor: O pão é importante, a liberdade é mais importante, mas o fundamental é a fidelidade constante e a adoração jamais traída.

Recadinho

Ao nosso redor há pobres e humildes que são explorados? - Pode acontecer de o orgulho nos impedir de ver qualidades em nosso próximo? - Reconhecemos o bem que vemos nos outros? - Procuramos colocar nossos talentos a serviço do bem comum? - Somos solidários e fraternos para com todos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 27/01/2014

Meditação

“Os mestres da Lei, vindos de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios é que expulsava os demônios.” Hoje, aqueles adversários de Jesus diriam que Ele usa truques para enganar os incautos, põe em risco a ordem social, apresenta ideias que não podem ser postas em prática. Os mestres da Lei não queriam que houvesse mudança alguma na situação, principalmente na situação religiosa. Apelavam por isso para tudo, até para a calúnia e a difamação. O importante era fazer calar Jesus. Será que temos medo de mudanças?
Oração
DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, dirigi nossas ações segundo a vossa vontade, para que, em nome do vosso dileto Filho, mereçamos frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus é acusado de ser possuído por demônios porque ele expulsa demônios...


Hoje, uma vez mais!, alguns “sábios” põem à prova a paciência de Jesus. O Senhor faz milagres: todos estão admirados; ninguém põe em dúvida a realidade dessas curas. Mas há pessoas com a mente retorcida: dizem que Jesus está possesso do demónio.
- Jesus Cristo cura todos, escuta todos, alimenta todos… Tu acreditas que alguém assim pode estar possesso do demónio? O demónio nunca ajudou ninguém, porque não ama!

Meditando o evangelho

BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO

A acusação que os escribas fizeram a Jesus é de extrema gravidade. Na avaliação deles, o Mestre estava possuído pelo demônio. E isto é considerado como uma blasfêmia contra o Espírito Santo, sem possibilidade de perdão. Por quê?
Toda a ação de Jesus desenrolava-se sob o impulso do Espírito Santo. O Mestre pregava e curava pelo poder do Espírito que recebera do Pai. A expulsão dos demônios resultava do mesmo poder. Jesus realizava gestos poderosos porque o Espírito de Deus habitava nele.
A blasfêmia consistiu em confundir o Espírito Santo com Belzebu. Declarar Jesus possesso significava dizer ser ele habitado pelo mau espírito, e assim, negar totalmente a obra que Deus realizava por meio de seu Filho.
A incapacidade de interpretar os fatos de maneira correta resultava não só da má vontade dos escribas em relação a Jesus, mas também em relação a Deus. Por desconhecer a pedagogia da ação divina, recusavam-se a reconhecer o dedo do Pai na ação de seu Filho. E se punham a fazer considerações inconvenientes a respeito dele.
Aos blasfemadores só restava um caminho para se tornarem objeto da misericórdia divina: reconhecer a presença de Deus na ação de Jesus, e confessar que, no Filho, a libertação divina acontecia na história da humanidade oprimida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, sou-te infinitamente grato, pois, em Jesus Cristo movido pelo Espírito Santo, tua libertação chega até nós, vítimas de tantas formas de opressão.
Fonte: Dom Total em 27/01/2020

Meditando o evangelho

UMA FALSA ACUSAÇÃO

Por si mesmos, os milagres não tinham o poder de convencer as pessoas da condição messiânica de Jesus. Ao contemplá-los, as pessoas podiam fazer as mais contraditórias interpretações. Tudo dependia da maior ou menor sintonia com Jesus.
Os mestres da Lei interpretavam os milagres do Messias Jesus como ações demoníacas na história humana. Na visão deles, Jesus estaria atuando com uma força recebida de satanás.
Evidentemente, Jesus não podia calar-se diante de uma interpretação tão destorcida de sua atividade. Assim, partindo da acusação de seus adversários, desmascarou a falsidade de seus pontos de vista.
A ação miraculosa de Jesus consistia em aniquilar o poder de satanás sobre as pessoas. Bastava uma ordem sua para que os demônios deixassem livres aqueles a quem mantinham subjugados. Jesus era o terror dos demônios.
Sendo assim, não tem lógica dizer que a ação de Jesus tenha algo a ver com Belzebu. Este não haveria de munir de poder contra si mesmo a quem poderia acabar com suas pretensões sobre o ser humano. Era preciso procurar em outro lugar a raiz do poder taumatúrgico de Jesus.
A acusação de que Jesus agia em conluio com satanás foi não só pecaminosa, como também uma verdadeira blasfêmia contra o Espírito Santo, por cuja força Jesus atuava.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer que, na raiz de tua ação, está o Espírito Santo, trazendo libertação para a humanidade.
Fonte: Dom Total em 27/01/2014 24 /01/2022

Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 27/01/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Situação e Oposição
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nova acusação contra Jesus, agora são os Escribas que já nem sabem o que estão falando acusam Jesus de estar unido a Belzebu ou Satanás, para expulsar os demônios dos que estavam possessos. A postura dos Escribas nos lembra um termo bastante verdadeiro, que se usa na política mais quem sentido amplo: Oposição burra!
A oposição é importante, pois nos ajuda a perceber nossos erros e isso nos faz crescer, mas quando se trata de uma oposição inteligente que aponta os erros e equívocos cometidos por alguém, assim deveria ser na política entre Situação e Oposição, mas não é e nunca será... Até mesmo em nossas comunidades essa postura dos Escribas acontece. Quando não vamos com a cara do Coordenador, ou do Padre, ou do Diácono ou Ministro, ele pode até fazer chover, que vamos ser contra.
No caso das comunidades, uma oposição inteligente faz a correção fraterna, mas uma oposição burra só destrói e causa divisões, isso é pecado grave contra a Igreja! Jesus faz o Bem ao expulsar demônios das pessoas que estavam sofrendo, mas seus opositores os Escribas deturpam a sua ação libertadora atribuindo-a a Satanás. O desejo pérfido de Satanás é sempre possuir e dominar as pessoas e não libertá-las, isso é, o Mal se associa ao Mal, para fazer o Mal e jamais o Bem e pensar o contrário é burrice...
Tem gente que não é contra Jesus mais não o aceita e nem o assume como único Deus e Senhor, em se tratando de Jesus, não basta não ser contra, é preciso fazer por ele uma opção radical e assim comprometer-se com todos os valores do evangelho, viabilizando a prática do bem.
Nossas comunidades são essa casa protegida pelo Homem Forte que é Vencedor por excelência, Satanás só consegue infiltrar-se na comunidade, quando alguém que se diz cristão, agindo como os Escribas, se coloca contra o Evangelho, traindo o ideal Cristão e permitindo que se crie divisões provocadas pela inveja, intriga e calúnia.

2. Um reino dividido não consegue manter-se - Mc 3,22-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

É sempre difícil falar de Deus e do mistério da Trindade. Dizemos as coisas com palavras humanas, que expressam experiências vividas entre nós e que, portanto, não são exatas quando aplicadas a Deus. Quando dizemos que Deus é “pai”, os pais podem começar a pensar na imagem paterna que projetam em suas famílias. O mesmo vale para as mães e para cada um de nós nos relacionamentos humanos. Deus é “pai”: “Que ser fantástico!”. Deus é “pai”: “Ele bebe muito e não cuida da família?”. O Espírito Santo é o amor na Santíssima Trindade. Deus é amor. Que amor? Fiquemos, porém, com esta afirmação, que é bíblica, e concluamos: tudo o que fazemos por amor é manifestação do Espírito Santo, é sinal de que ele não está sufocado em nós. Portanto, não desista de amar, de querer bem. Isto seria entristecer o Espírito. E não tome decisões que entristeçam o Espírito que está no seu irmão.
Fonte: NPD Brasil em 27/01/2020

HOMILIA

BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO

Os escribas vindos de Jerusalém são os enviados dos chefes religiosos que tinham em mãos o culto sacrifical do Templo e o dinheiro do Tesouro, anexo ao Templo. Eles percebem que Jesus, com seu anúncio da verdade e do amor, é uma ameaça para o poder e os privilégios deles. Jesus já havia expulsado o espírito impuro que dominava um homem em uma sinagoga. Eles se empenham em difamar Jesus, para afastá-lo do povo.
O Espírito Santo é o amor. Considerar as obras de amor do Espírito como sendo obras do demônio significa o distanciamento e até a ruptura com o próprio amor de Deus. Rejeitar e matar os que com amor buscam resgatar a dignidade humana dos empobrecidos explorados e excluídos significa a rejeição da vida e do amor de Deus.
Porque é que a «blasfêmia» contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido se deve entender esta «blasfêmia»? S. Tomás de Aquino responde que se trata da um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados».
Segundo tal exegese, a «blasfêmia» não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz.
Se o homem rejeita o deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a «vinda» do Consolador: aquela «vinda» que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas». Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados.
Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras mortas», no pecado. E a «blasfêmia contra o Espírito Santo» consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se.
Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem «sempre» abertas na economia da salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: «receberá do que é meu», disse Jesus.
Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos.
Ora a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — em qualquer pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção.
O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida.
É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 27/01/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 27/01/2014

HOMILIA DIÁRIA

Blasfemar contra Deus é negar o Espírito Santo

Todos os pecados serão perdoados ao homem, mas aquele que peca contra o Espírito será culpado de um pecado eterno. Que Deus tire da casa de todos nós, do meio de nós, todo e qualquer espírito de blasfêmia!

”Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno.” (Mc 3, 29)

Um tema muito difícil, muitas vezes, de se compreender na leitura do Evangelho de Jesus Cristo é aquilo que nós chamamos de ”pecado contra o Espírito Santo”. Na verdade, nós podemos entender isso de diversas maneiras, mas o mais duro é realmente o que Jesus afirma no final, porque todos os pecados serão perdoados ao homem, mas aquele que peca contra o Espírito será culpado de um pecado eterno.
No que consiste pecar contra o Espírito? A pessoa ter conhecimento da verdade, ter ciência de uma coisa, até a graça de Deus tem lhe mostrado que é desse jeito que as coisas acontecem, a pessoa pode até não aceitar, pode até não aderir a essa verdade, mas o que a pessoa não pode é negá-la, blasfemar contra ela. E aí a blasfêmia se torna uma coisa terrível, maligna, diabólica; de fato, uma coisa realmente satânica, porque ”blasfemar” significa Deus vendo Deus agir, vendo Deus fazer, vendo Deus acontecer.
Vejam que, no Evangelho de hoje, os mestres da Lei viam o que Jesus operava, que Jesus fazia o bem, Ele não fazia o mal; no entanto, queriam atribuir ao que Cristo fazia como se fosse uma coisa do demônio,  um atentado contra a verdade. Os mestres da Lei podiam até não aceitar o Senhor, podiam até ser contrários ao que Ele fazia, podiam até ter resistência à ação de Cristo; mas atribuir o que é de Deus ao demônio é uma blasfêmia, algo gravíssimo, uma sentença definitiva que diz: “Eu não aceito Deus, eu não quero Deus realmente na minha vida!”
Está aí porque Jesus mostra a dureza da Sua mensagem; porque eles viam toda a bondade com que o Senhor fazia tudo, eles viam com que autoridade, com que pureza Ele expulsava os demônios. E como é que pode satanás expulsar satanás; satanás ser contra o próprio satanás. Isso não é possível!
Que Deus tire da casa de todos nós, do meio de nós, todo e qualquer espírito de blasfêmia! Blasfemar contra Deus, ser contra aquilo que nós vemos Deus agir é blasfemar contra o Espírito Santo. É alguém em sã consciência, alguém com plena consciência da verdade, mas querendo simplesmente se abster de Deus, agir contra Deus, negar a ação de Deus no meio de nós.
Que todo o espírito de blasfêmia, todo o espírito negativo que, muitas vezes, está agindo em nosso meio, não se apodere de nenhum de nós, da nossa casa e de nossa família! E que Deus abra nossos olhos, para que possamos reconhecer, de fato, aquilo que é de Deus e o que não é de Deus!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/01/2014

HOMILIA DIÁRIA

Um reino dividido não se mantém

“Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. Se uma família se divide contra si mesma, não poderá manter-se,” (Mc 3,23-25)

É preciso dizer, com toda propriedade, que a divisão é a ação diabólica no meio de nós. É a divisão que coloca as pessoas umas contra as outras. Veja que: a grande tática do mal é entre nós; é justamente fazer isto: nos colocarmos uns contra os outros. Porque o maligno é aquele que dividiu-se, separou-se, aquele que se opôs e se colocou contra Deus.
Ele não nos quer ser só contra Deus porque é uma tática muito velha, então, é mais fácil ele nos colocar uns contra os outros. Imagine uma casa dividida em que as pessoas só brigam, opõem-se, atacam-se, quem é que dá conta de viver numa casa dessa? Essa casa viraria um verdadeiro inferno! E o inferno é justamente isto, divisão; ele é essa cisão que coloca-nos uns contra os outros. Uma família dividida não persiste nem dura.
Não, não há problema nenhum em pensar diferente, ter opiniões diversas; não há problema nenhum em ser diferente do outro. O problema é o contrario, ou seja, é não saber acolher a diferença do outro, não saber compartilhar daquilo que o outro pensa diferente. Mas a tentativa de fazer que todos pensem como eu, que sejam como eu, que tenham a mesma cabeça que eu tenho não só empobrece o mundo, como também é uma visão egoísta, narcisista, egocêntrica e equivocada.

Trabalhemos não pela uniformidade, e sim pela unidade e espírito de concórdia

Não, não precisamos ter cabeças iguais! Nós não precisamos ter sentimentos iguais; o que precisamos é ter sentimentos de amor que respeita, acolhe e sabe conviver.
O fruto mais perverso da divisão é a intolerância, isso ocorre quando não toleramos o diferente, não sabemos amar o outro que até achamos ser errado. Mas, se queremos mudar a alguém, comecemos mudando a nós mesmos que nos fechamos, endurecemos, nos tornamos aquelas pessoas sectárias e só causamos divisões, briga, confusão. Isso acontece na família, na Igreja, na sociedade.
Hoje, a manipulação terrível das redes sociais, dos instrumentos que as pessoas têm nas mãos, que deveriam ser usados para semear a boa semente, quantas vezes são usados, até na própria igreja, para semear a discórdia, divisão, separação; para colocar uns contra os outros; para levar um a falar mal do padre, do bispo, do irmão, da irmã.
Um reino dividido contra si mesmo não se mantém. O Reino de Deus não se mantém em nós porque nos dividimos e nos colocamos uns contra os outros.
Trabalhemos não pela uniformidade, e sim pela unidade, pelo espírito de concórdia e comunhão. Vivamos numa mesma casa, mesmo não tendo a mesma opinião.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/01/2020

HOMILIA DIÁRIA

A divisão torna a sua vida insignificante

“Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído.” (Marcos 3,24-26)

Uma das melhores técnicas para combater o inimigo é demonizá-lo; basta transformar alguém em um demônio, em um mal absoluto para acabar com tudo. Tentaram fazer isso com Jesus, dizendo que Ele estava possuído pelo espírito de Belzebu, e esta seria uma forma de manter todas as pessoas longe do Senhor.
Quando se fala em demônio, espantamo-nos imediatamente, já temos muito medo. Como é triste quando alguém transforma o outro em um demônio! Como é doloroso quando alguém espalha a fraqueza de uma pessoa, quando expõe o pecado de alguém, uma limitação, um erro, quando se propaga a fama de alguém ou se vai denegrir a fama de alguém! Quando se faz com que todos olhem para aquela pessoa como se ela fosse só o mal, como se ela não tivesse mais possibilidade de redenção nem de salvação. É muito triste!
Muitas vezes, nós descobrimos dentro de nós este mal terrível. Até o mal para funcionar, ele sabe que precisa se unir de alguma forma. É claro que o diabo é sempre, por excelência, o divisor, mas para ser eficaz ele age com unidade, de forma compacta, sem divisão. O mal forma o que nós chamamos de “associação criminosa”, o mal se une justamente para ter uma eficácia, para atingir o seu objetivo.

Não podemos nos deixar destruir, autodestruir por causa da divisão

Quantas vezes, dentro de nós, existe essa maquinação, essa tendência para arquitetar o mal! Quantas vezes, dentro de nós, calculamos, julgamos, planejamos o mal, pensamos o mal de alguém e, muitas vezes, nós até usamos outras pessoas para fazer o mal. Temos que ter a coragem, hoje, de colocar a luz de Cristo nestas trevas que nos afetam.
Como eu disse, se o mal para funcionar sabe qual estratégia usar, por que nós não entendemos e não agimos da mesma forma para fazer o bem? Se nós pensarmos o que enfraquece todas as nossas experiências do bem, chama-se “divisão”. A Igreja se torna insignificante por causa da divisão entre nós cristãos, a família se torna um inferno quando acontece a divisão, as nossas comunidades se tornam estéreis por causa da divisão.
Veja esse texto da Escritura: a partir da experiência do mal, ele nos revela que até mesmo o mal, os demônios fazem associações para atingir os seus objetivos, e nós não podemos nos deixar destruir, autodestruir por causa da divisão.
Vamos pedir, hoje, ao Senhor que a força da Sua Palavra produza, nos nossos corações, a graça e o dom da unidade, da comunhão. Que você se una a alguém para fazer o bem, para pensar o bem, para falar bem de alguém, para construir a comunhão e a fraternidade. Que o Espírito do Senhor nos dê essa graça!
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/01/2022

Oração Final
Pai Santo, faze-nos agradecidos e generosos com o que temos e somos, conscientes de que tudo é dom do teu Amor Misericordioso, que nos ofereces para que seja partilhado com os companheiros peregrinos nesta terra abençoada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/01/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos agradecidos e generosos com o que temos e somos. Que sejamos conscientes de que tudo é dom do teu Amor Misericordioso – que nos ofereces para que seja partilhado com os companheiros peregrinos nesta terra abençoada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/01/2020

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