sábado, 16 de dezembro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/12/2017

ANO B


Mt 17,10-13

Comentário do Evangelho

A rejeição e morte de João são a prefiguração da rejeição e morte de Jesus

Nosso texto do evangelho de hoje é a sequência do relato da transfiguração (Mt 17,1-8). Tendo contemplado Elias com Moisés (cf. v. 3), os discípulos se perguntam sobre o retorno de Elias (cf. v. 10). A subtração surpreendente do profeta Elias numa carruagem de fogo dará lugar a uma crença popular segundo a qual a sua volta precederia a vinda do Messias: “E eu vos enviarei o profeta Elias, antes que chegue o dia do Senhor, grande e terrível: ele reconciliará pais com filhos, filhos com pais, e assim eu não virei para exterminar a terra” (Ml 3,23-24; Eclo 48,10). Se Elias não voltou, segundo esta crença, Jesus não é o Messias. Mas Jesus responde: “Elias já veio, e não o reconheceram” (v. 12). Jesus identifica a missão de João Batista com a do profeta Elias (cf. v. 13); João Batista não só foi rejeitado, mas maltratado e morto (cf. Mt 14,3-12; Mc 6,17-29; Lc 3,19-20). A rejeição e morte de João são a prefiguração da rejeição e morte de Jesus: “Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles” (v. 12).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, desfaze tudo quanto me impede de reconhecer em teu Filho Jesus, despojado de qualquer ambição mundana, a manifestação de teu amor pela humanidade.
Fonte: Paulinas em 14/12/2013

Vivendo a Palavra

A tradição em Israel afirmava que antes da chegada do Messias viria um Precursor – simbolizado na figura de Elias. Jesus revela que João Batista, vivendo o papel de testemunha do Cristo e O precedendo, fora o Elias esperado. Para nós fica o alerta: não esperemos novos sinais, pois Jesus de Nazaré é o Cristo, Unigênito do Pai, a Palavra Criadora Encarnada.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os doutores da Lei tentavam reduzir a história da salvação a um teorema que se pode demonstrar matematicamente. E se preocupavam em analisar cada palavra da Escritura, para conferir se tudo andava conforme o previsto. Jesus foi a grande surpresa que surgiu. Ele cumpriu não apenas a letra da Lei, mas realizou o Espírito da Promessa.

Reflexão

O Profeta Elias foi aquele que, na sua época, lutou contra os profetas de Baal na tentativa de restabelecer o culto a Javé e reconduzir os corações do povo para Deus. Assim também era a função de João Batista, que deveria pregar a conversão para preparar um povo disposto para a vinda de Jesus. Neste sentido, João Batista realiza a promessa da volta de Elias, que não foi a sua ressurreição ou reencarnação ou ainda a carruagem de fogo o trouxe de volta do alto, mas o profetismo segundo o espírito de Elias se fez presente em João Batista.
Fonte: CNBB em 14/12/2013

Recadinho

O tempo que antecede o Natal é propício para que nós, também, estejamos de coração aberto a fim de que aconteçam em nós as grandes transformações que Deus quer operar na nossa vida. Estou atento a isso? Que tipo de presente vou poder dar a Deus? - João Batista anunciou e testemunhou a presença de Deus. Faço o mesmo? João Batista preparou os caminhos do Senhor. Posso fazer alguma coisa por alguém que precisa conhecer melhor os caminhos de Deus? Nossa Senhora está presente em sua caminhada para o Natal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/12/2013

Meditando o evangelho

QUESTIONANDO UMA DOUTRINA

Os mestres da Lei prenunciavam a vinda de Elias como sinal de realização das esperanças messiânicas. Esta doutrina fundava-se na crença de que haveria uma restauração gloriosa de Israel, por obra do Messias. Este triunfalismo foi questionado por Jesus.
A tarefa atribuída ao profeta Elias – "colocar tudo em ordem" – fora desempenhada por João Batista. Sua vida humilde e ascética impediu que os triunfalistas o reconhecessem. Só os simples foram capazes de perceber a importância da pregação do Precursor, e se deixaram batizar por ele, confessando seus pecados, dispostos a se converterem.
O destino cruel reservado ao Batista revelou a leviandade dos esquemas religiosos e políticos de seu tempo. Esperando uma manifestação espalhafatosa de Deus, que a eximisse da responsabilidade de estar sempre vigilante e em discernimento, a liderança religiosa fez-se surda aos apelos de quem exigia dela uma decisão responsável e livre. Desta forma, ela desprezou a oportunidade oferecida por Deus.
O caminho trilhado por Jesus foi idêntico ao do Batista. Despojado de qualquer pretensão mundana, fez-se solidário com os pobres e marginalizados, os deserdados deste mundo. Por isso, quem cultivava a mesma mentalidade triunfalista dos adversários do Batista jamais poderia confessá-lo como Messias. Só quem entendia que a obra de Deus acontece na contramão da mentalidade humana estava em condições de tornar-se discípulo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, desfaze tudo quanto me impede de reconhecer em teu Filho Jesus, despojado de qualquer ambição mundana, a manifestação de teu amor pela humanidade.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Eu nasci assim e cresci assim, vou viver assim...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Esta afirmação, embora poética, e que foi trilha sonora da personagem principal de "Gabriela", obra do Romancista Jorge Amado, que depois foi levado para o cinema e a TV, também mostra a teimosia de quem não quer saber de mudar de vida. A gente só pensa em mudanças de vida quando as coisas não vão bem para o nosso lado. Quando tudo está bem, e estamos levando vantagem, ficamos muito bem acomodados e rejeitamos qualquer mudança, chegando a odiar quem vier com tal proposta.
Para os poderosos da Corte Palaciana de Herodes, e para os poderosos do sistema religioso daquela época, o normal seria manter o "Status Quo" dominavam a política, a economia e o sistema religioso, tinham muitos privilégios e regalias. Como é que alguém, vai querer abrir mão dessas vantagens, só se for maluco!
A pregação, primeiro de João Batista, e depois de Jesus Cristo, exige uma mudança de vida, do modo de pensar e de agir, na relação com as pessoas. Até hoje vigora esse pensamento: se as mudanças me trarão algum benefício ou privilégio, sou capaz de brigar e até de matar, por elas, mas se vai me subtrair alguma coisa, me trazendo perdas, principalmente materiais, e me tirando algum poder que detenho, do mesmo modo brigo e luto para que não aconteçam e a vida do irmão de nada vale, perto dos meus interesses.
Assim foi que os profetas do antigo testamento, o próprio João Batista e depois Jesus Cristo, todos foram mortos, porque seus pensamentos e ações não se afinavam com os dos poderosos daquele tempo.
O interesse em comum, a justiça e a igualdade de direitos é o fundamento do Reino de Deus, em meio a uma sociedade bastante corrompida nesse sentido, nossas comunidades cristãs devem estar muito "afinadas" com os pobres, os miseráveis, os que sofrem, os que nunca têm vez. Certamente que esta postura poderá nos trazer grandes encrencas e perseguições, então se encham de alegria, pois estamos no caminho certo do discipulado onde o profetismo será sempre rechaçado pelos que não querem mudanças...

2. Elias já veio, e não o reconheceram
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Segundo Livro dos Reis conta que o profeta Elias não morreu e foi arrebatado ao céu. Estava andando em conversando com o profeta Eliseu à beira do rio Jordão, quando um carro de fogo os separou um do outro e Elias subiu ao céu num turbilhão. O Eclesiástico faz o elogio do profeta, cuja palavra queimava como uma tocha. Arrebatado num turbilhão de fogo, num carro puxado por cavalos de fogo, o profeta foi designado, nas ameaças do furor, para apaziguar a cólera antes do furor, para reconduzir o coração dos pais aos filhos e restabelecer as tribos de Jacó. Tal foi Elias, que foi envolvido num turbilhão. Este Elias será enviado por Deus antes que chegue o Dia do Senhor, grande e terrível, diz o profeta Malaquias. Enquanto Moisés deu a Lei para ser observada, Elias virá converter os corações. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais, para que Deus não venha ferir a terra com anátema. Terra ferida com anátema significa terra excomungada, na qual é impossível viver. O povo de Israel esperava a volta de Elias como sinal do Dia do Senhor, quando o Messias se manifestará e o tempo chegará ao fim. Jesus relaciona discretamente Elias com João Batista, o precursor, que anuncia a chegada daquele que deve vir e o aponta como o Cordeiro de Deus. Não é preciso esperar por Elias. João desempenha o seu papel.

HOMILIA

EU AFIRMO A VOCÊS QUE ELIAS JÁ VEIO

João Batista veio movido pelo mesmo espírito, isto é, com a mesma missão profética de Elias de levar o povo de Deus a uma conversão interior. Assim, ele abriu os caminhos para o Senhor e anunciou a todos a salvação de Jesus Cristo. O anúncio de Elias, assim como o de João Batista tinha como finalidade levar o povo a uma verdadeira conversão.
A exemplo de João Batista, vamos nos preparar a todos para receber JESUS CRISTO que está vindo. Como sabemos Jesus não vai nascer de novo na noite de 25 de dezembro. Mas esta é a data em que relembramos e comemoramos o seu nascimento, a sua vinda ao mundo, ou seja, o mistério da encarnação. O próprio Deus assumiu a natureza humana para nos deixar tudo o que precisamos para a nossa salvação.
Precisamos mostrar ao mundo a pessoa de Cristo que está vindo diariamente a cada um de nós. Batendo a nossa porta. E para isso devemos estar preparados. Discutir e refletir com as pessoas, no como devemos fazer e agir para estarmos preparados. Explicar o que significa preparar os nossos caminhos para a vinda do Senhor. Precisamos mostrar aos nossos irmãos em Cristo, que o Natal não é somente comprar, presentear, comer e beber. O Natal é tempo de conversão e mudança interior começando por cada um de nós, para depois proceder a mudança exterior, começando na nossa casa, no ambiente de trabalho, na escola, na faculdade, etc. O momento é agora. Vamos começar?
Esse tempo que antecede o Natal é propício para que nós, também, estejamos de coração aberto a fim de que aconteçam em nós as grandes transformações que Deus quer operar na nossa vida. Elias, foi arrebatado num carro de fogo e, voltará, ele mesmo, “para colocar tudo em ordem”, antes que venha o grande dia do Senhor. É o próprio Jesus quem assim afirma. Portanto, toda hora é hora para que nós nos preparemos para a vinda do Senhor, que virá uma segunda vez para criar novos céus e uma nova terra. “Vinde, Senhor Jesus!”
Pai, desfaze tudo quanto me impede de reconhecer em teu Filho Jesus, despojado de qualquer ambição mundana, a manifestação de teu amor pela humanidade.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 14/12/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

Que a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração

Hoje desejo que, profundamente, a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração. Desejo que verdadeiramente, na sua casa, o Senhor seja acolhido!
“Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles” (Mt 17,12).
Meus queridos irmãos e irmãs no seguimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, dois personagens aos quais temos de prestar bastante atenção neste tempo em que vivemos: João Batista e Jesus. Jesus e João Batista.
Os judeus dizem: “Mas, para que venha o Messias, não é preciso que primeiro venha Elias? Porque Elias é aquele que vai nos mostrar quem é verdadeiramente o Messias!” E então Jesus responde: “Elias já veio” (Mt 17, 12b). Elias já passou no meio de vocês, mas ele não foi recebido nem reconhecido. Ao contrário, o maltrataram e o mataram. (cf. Mt 17, 10-13).
É claro que Elias, o profeta do Antigo Testamento, não voltou à vida – ou ainda como dizem alguns – ele também não “reencarnou”. Apenas que João Batista representou aquilo que Elias foi para o povo na sua época. João Batista agora veio com esse mesmo espírito: preparar o povo para que recebesse o Messias, preparar o povo para que recebesse Jesus, o Senhor e Salvador.
Você sabe como foi a pregação de João Batista, como ele foi incisivo, o quanto ele apontou o caminho da salvação, o quanto ele disse verdades. E por causa dessas verdades, esse santo foi maltratado e morreu decapitado. Mas, se não acolheram Elias na pessoa de João Batista, o mesmo irá acontecer com o Filho do Homem, que será rejeitado e maltratado. A indiferença do povo daquela época foi a grande causa da rejeição a Jesus e à mensagem d’Ele.
Sabe, meus irmãos, os anos se passaram, e ainda que nos preparemos para celebrar o Natal – o nascimento do Salvador – com tudo aquilo fazemos, ou seja, com as pompas, com as decorações, Jesus continua sendo o “rejeitado” de todos os tempos!
Ainda são muitos os lares que não O acolhem. Mesmo os lares que se preparam para celebrar o seu Natal não são capazes de acolher a vida que Jesus nos trouxe, não são capazes de acolher a Sua mensagem, o Seu Evangelho, e se comportam com uma verdadeira indiferença. Até fazem festa… Até recordam que é Natal, mas não são capazes de reconhecer que Jesus veio para trazer uma vida nova, baseada no Seu Evangelho e na Sua mensagem.
Hoje desejo que, profundamente, a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração. Que dentro de você essa mensagem encontre lugar para nascer, para crescer e para fecundar vida. Eu desejo que verdadeiramente, na sua casa, o Senhor seja acolhido!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/12/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos crianças de teu Reinado de Amor. Que não racionalizemos a nossa fé, mas nos entreguemos inteiros à maravilhosa aventura de crer no inefável Mistério do teu Amor, que nos ofereceu o Cristo – Filho Unigênito. Ele se fez carne, humana como a nossa, em Jesus de Nazaré, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a simplicidade das crianças para acolhermos o teu Reino em nossos corações e nos entregarmos sem defesas à gratuidade do teu Amor. Que não nos preocupemos com a busca de explicações, mas com a confiança de filhos que se reconhecem muito amados por Ti, Pai querido. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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