terça-feira, 5 de dezembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 05/12/2023

ANO B


Lc 10,21-24

Comentário do Evangelho

Jesus revela o Pai

Nossa perícope está situada na parte central do evangelho segundo Lucas, na subida de Jesus para Jerusalém, e por ocasião da volta dos setenta e dois discípulos (Lc 10,17-20) que Jesus havia enviado em missão (vv. 1-16)
O trecho de hoje é um hino de louvor dirigido ao Pai, Criador do céu e da terra. O motivo do louvor é este: “... escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (v. 21), pois assim Deus queria (cf. v. 21). “Essas coisas” referem-se ao que é dito no v. 22, que, resumindo, se poderia dizer: Jesus revela o Pai. “Ele é a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15). Somente quem recebe Jesus como dom, somente o “pobre em espírito” (cf. Mt 5,3), pode conhecer a relação filial que une Jesus a Deus. Ao pedido de Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai!”, Jesus responde: “Quem me vê, vê o Pai. Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?” (Jo 14,8-11).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração de pobre disposto a acolher a revelação de teu Filho Jesus que tu me fazes. Que eu tenha a felicidade de reconhecê-lo, com a ajuda de tua graça.
Fonte: Paulinas em 03/12/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

BEM‑AVENTURADOS OS OLHOS QUE VEEM O QUE VÓS VEDES!


Eis um momento de efusivo louvor da parte de Jesus. Essa exultação está no contexto da missão dos 72 discípulos. Agora, nós a lemos na perspectiva do Mistério da Encarnação. Trata-se de uma oração, dirigida ao Pai na força do Espírito Santo, e concluída com uma bem-aventurança, dirigida aos discípulos.
É uma explosão de amor dirigido ao Pai; é o reconhecimento de que o Pai realiza seu projeto de salvação. O conteúdo tem a ver com os destinatários do Reino. Deus escondeu os mistérios do Reino aos pretensamente sábios e entendidos e os revelou aos pobres e pequeninos, às pessoas que estão abertas e disponíveis às surpresas de Deus.
Ele entregou tudo ao Filho, porque conhece e ama o Filho. Ao mesmo tempo, o Filho se torna mediação para o Pai, pois ele pode revelar seu mistério insondável a quem ele quer. O grande desejo de Deus é que o conheçamos. E conhecer significa amar. O projeto de salvação realizado pelo Pai nasce de sua absoluta e livre iniciativa. A encarnação do Verbo eterno é como que o rasgar-se de Deus, para assumir, amar e salvar aquilo que é diferente dele: o ser humano.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

O Mestre reforça a ideia de que o Reino do Céu é dos simples. Não poucas vezes nós nos esquecemos disto e buscamos saber muitas coisas, obter títulos acadêmicos, posições de destaque na sociedade – complicando a vida que deve ser pura e despojada, solidária com os irmãos menores e sofredores.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Reino de Deus é dos simples. E porque os discípulos são simples, Jesus exulta e os declara felizes, pois presenciavam o que muitos profetas quiseram ver e não viram. E nós, será que estamos atentos à lição e temos buscado essa simplicidade tão querida pelo Mestre – ou, ao contrário, procuramos acumular títulos acadêmicos e saber muitas coisas?
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2017

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre reforça a ideia de que o Reino do Céu é dos simples. Não poucas vezes nós nos esquecemos disto e buscamos aprender e saber muitas coisas, obter títulos acadêmicos e posições de destaque na sociedade. Complicamos a vida, que deve ser simples, pura e despojada, solidária com os irmãos menores e os sofredores.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2019

Reflexão

Felizes somos todos nós que nos abrimos à ação da graça divina e reconhecemos a presença de Jesus em nossas vidas. Felizes somos todos nós que aceitamos de bom coração esta presença e acolhemos Jesus. Felizes somos todos nós que nos abrimos à ação do Espírito Santo de modo que, conduzidos por ele, renunciamos à sabedoria do mundo como um fim em si e aceitamos o mistério que nos abre para as realidades eternas e imutáveis. Felizes somos todos nós que somos amados por Deus que, a partir da revelação que nos vem por Jesus, nos permite viver conscientemente aqui na terra as realidades do céu.
Fonte: CNBB em 03/12/2013

Reflexão

Ao receber de volta os setenta e dois discípulos, após uma missão fecunda e benfazeja, Jesus vibra de alegria. Uma alegria que procede do Espírito Santo. Jesus sabe que pode contar com os pequenos, isto é, os pobres, os simples, enfim, aqueles que se abrem ao projeto de Deus. Fazem parte desse grupo primeiramente os discípulos, mas também todos os que, de coração aberto, os acolheram em suas casas. Todo o evangelho de Lucas acentua a predileção de Jesus pelos pequeninos. Os “entendidos”, por sua vez, se julgam autossuficientes, acham que não precisam de Deus. E vivem frustrados. Atitude sábia é manter-se aberto para acolher a salvação que vem de Deus, e fugir da tentação da autossuficiência.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 03/12/2019

Reflexão

Em suas pregações, Jesus fala frequentemente de sua intimidade com o Pai. Ao mesmo tempo, exulta “no Espírito Santo” por ver as multidões que recorrem a ele em busca de alimento espiritual, libertação, vida plena. Não são os estudiosos das Escrituras que vêm pedir a Jesus esclarecimentos sobre passagens bíblicas; não são os Mestres da Lei que o consultam para saber sua opinião sobre as “pesadas cargas” que colocam nos ombros do povo. Seus seguidores são os pobres, os oprimidos, os pecadores. Entre esses marginalizados da sociedade é que Jesus encontra ouvidos atentos e disposição para serem seus discípulos. Por isso, ao proclamar as bem-aventuranças, Jesus exclama: “Felizes vocês, os pobres, porque de vocês é o Reino de Deus” (Lc 6,20).
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 29/11/2022

Reflexão

Ao receber de volta os setenta e dois discípulos, após uma missão fecunda e benfazeja, Jesus vibra de alegria. Uma alegria que procede do Espírito Santo. Jesus sabe que pode contar com os pequenos, isto é, os pobres, os simples, enfim, aqueles que se abrem ao projeto de Deus. Fazem parte desse grupo primeiramente os discípulos, mas também todos os que, de coração aberto, os acolheram em suas casas. Todo o Evangelho de Lucas acentua a predileção de Jesus pelos pequeninos. Os “entendidos”, por sua vez, julgam-se autossuficientes, acham que não precisam de Deus. E vivem frustrados. Atitude sábia é manter-se aberto para acolher a salvação que vem de Deus, e fugir da tentação da autossuficiência.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Eu te louvo, Pai»

Abbé Jean GOTTIGNY
(Bruxelles, Blgica)

Hoje lemos um extrato do capítulo dez do Evangelho segundo São Lucas. O Senhor enviou a setenta e dois discípulos aos lugares onde Ele mesmo iria. E voltaram exultantes. Ouvindo contar suas proezas «Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse, Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra» (Lc 10,21).
A gratidão é uma das facetas da humildade. O arrogante considera que não deve nada a ninguém. Mas para estar agradecido, primeiro, devemos ser capazes de descobrir nossa insignificância. “Obrigado” é uma das primeiras palavras que ensinamos às crianças. «Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: "Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado». (Lc 10,21)
Bento XVI, ao falar sobre a atitude de adoração, afirma que ela pré-supõe um «reconhecimento da presença de Deus, Criador y Senhor do universo. É um reconhecimento pleno em gratidão, que brota desde o mais fundo do coração e abrange todo o ser, porque o homem só pode realizar-se plenamente a si mesmo adorando e amando a Deus acima de todas as coisas».
Uma alma sensível experimenta a necessidade de manifestar seu reconhecimento. É o mínimo que podemos fazer para responder aos favores divinos. «O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?» (1Cor 4,7). Lógico que, nos faz falta «agradecer a Deus Pai, através do seu filho, no Espírito Santo; com a grande misericórdia com que nos tem amado, tem sentido compaixão por nós, e quando estávamos mortos por nossos pecados, nos fez reviver com Cristo para que sejamos Nele uma nova criação» (São Leão Magno).
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Antigamente, ¿qual a ideia de Deus que poderia ter o homem, para além da ideia de um ídolo fabricado pelo seu coração? Era incompreensível. Mas agora tem querido ser compreendido. ¿De que jeito? Deitado em uma manjedoura. Quando medito nisso, o meu pensamento vai até Deus» (São Bernardo)

- «Jesus encheu-se de alegria no Espírito Santo e louvou ao Pai. Esta é a vida interior de Jesus: o seu relacionamento com o Pai no Espírito. Jesus é a proximidade da ternura do Pai para nós» (Francisco)

- «Compreende-se então a dupla dimensão da liturgia cristã, como resposta de fé e de amor às «bênçãos espirituais» com que o Pai nos gratifica. Por um lado, a Igreja, unida ao seu Senhor e «sob a ação do Espírito Santo» (Lc 10,21), bendiz o Pai «pelo seu Dom inefável» (2 Cor 9, 15), mediante a adoração, o louvor e a ação de graças. Por outro lado... a Igreja não cessa de oferecer ao Pai «a oblação dos seus próprios dons» e de Lhe implorar que envie o Espírito Santo sobre esta oblação, sobre si própria, sobre os fiéis e sobre o mundo inteiro, a fim de que... estas bênçãos divinas produzam frutos de vida” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.083)

Reflexão

«Felizes os olhos que vêem o que vós estais vendo»

Rev. D. Joaquim MESEGUER García
(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje e sempre, os cristãos estão convidados a participar da alegria de Jesus. Ele, cheio do Espírito Santo, disse: «Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado» (Lc 10,21). Com muita razão, esse fragmento do Evangelho foi chamado por alguns autores como o “Magníficat de Jesus”, pois a ideia subjacente é a mesma que recorre o Canto de Maria (cf. Lc 1,46-55).
A alegria é uma atitude que acompanha a esperança. Dificilmente uma pessoa que nada espera poderá estar alegre. E, que é o que nós os cristãos esperamos? A chegada do Messias e do seu Reino, no qual florescerá a justiça e a paz; uma nova realidade na qual «Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá» (Is 11,6). O Reino de Deus que esperamos se abre caminho dia a dia, e vamos saber descobrir sua presença entre nós. Para o mundo em que vivemos, tão sem paz e de concórdia, de justiça e de amor, quão necessária é a esperança dos cristãos! Uma esperança que não nasce de um otimismo natural ou de uma falsa ilusão, e sim que vem do próprio Deus.
No entanto, a esperança cristã, que é luz e calor para o mundo, só poderá ter aquele que seja puro e humilde de coração, porque Deus escondeu aos sábios e inteligentes — isto é, a aqueles que sejam soberbos em sua ciência— o conhecimento e o gozo do mistério de amor do seu Reino.
Uma boa maneira de preparar os caminhos do Senhor neste Advento será exatamente cultivar a humildade e a simplicidade para abrir-nos ao dom de Deus, para viver com esperança e chegar a ser cada dia melhores testemunhas do Reino de Jesus Cristo.

Reflexão

A importância da história na fé cristã

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje assistimos à oração de Jesus em comunhão com o Pai e o Espírito Santo. Jesus Cristo toma aos seus discípulos como testemunhas. Para a fé bíblica é fundamental se referir a fatos históricos reais. Ela não narra lendas como símbolos de verdades que vão além da história, senão que se baseia na história acontecida nesta terra. O “factum historicum” não é para ela uma chave simbólica que possa se substituir, senão um fundamento constitutivo.
"Et incarnatus est": com estas palavras professamos a entrada efetiva de Deus na história real. Se obviarmos esta história, a fé cristã como tal fica eliminada e transformada em “outra” religião. Assim, se a história (o fático) forma parte essencial da fé cristã, esta deve assumir o “método histórico” para sua interpretação. A fé mesma o exige: o “método histórico-crítico” é indispensável (porém não suficiente) a partir da estrutura da fé cristã.
—Jesus, re-conheço tua encarnação como fato histórico e, por sua vez, confesso que és Deus.

Recadinho

Sabe dosar bem as ações de sua razão com as do coração? Não é quando nos dedicamos no serviço a Deus presente nos irmãos que começa a acontecer o Reino de Deus em nós? É fácil combater o egoísmo e a autossuficiência?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 03/12/2013

Meditação

Pensando, a razão humana pode descobrir e dizer muita coisa a respeito de Deus. Foi o que fizeram muitos filósofos. Esse conhecimento, porém, será sempre muito limitado. Só a Trindade, agindo em nosso coração, pode dar-nos um conhecimento novo, acima de todas as nossas capacidades e experiências. Participando da natureza divina, participamos também do conhecimento divino.
Oração
SENHOR DEUS, sede propício às nossas súplicas, e auxiliai-nos em nossa tribulação. Consolados pela presença do vosso Filho que vem, sejamos purificados da antiga culpa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus reza ao Pai e elogia os humildes


Hoje nos propomos fazermos pequenos para celebrar o nascimento de Jesus. O Filho de Deus virá à terra como todas as crianças: vai nascer de Maria, muito pequeno, muito pequeno... E é Deus! Os que se acham grandes e importantes não veem a Deus…
—Tenho que ser humilde, tenho que fazer-me “pequeno” para ver ao Pequeno-Deus. Pai do céu, abençoa-me para poder receber o seu Filho cantando como os anjos, com alegria.

Comentário do Evangelho

QUEM ACOLHE O SENHOR?

As coisas de Deus seguem uma lógica muito diferente da lógica humana. Em termos humanos, pode-se pensar que o reconhecimento e a acolhida do Senhor sejam mais fáceis para os sábios e os entendidos deste mundo, e que a pessoa, com o próprio esforço e ciência, possa chegar mais rapidamente a conseguir o que espera.
Deus, porém, inverte este esquema, franqueando aos pequeninos a revelação do Filho de Deus. E isto é um dom divino, que não depende do merecimento humano. Ademais tal dom é concedido a quem é desvalorizado pelo mundo e se considera indigno de recebê-lo do Pai.
A atitude correta do discípulo à espera do Senhor consistirá em não supervalorizar suas prerrogativas, esperar ser encontrado digno de receber a revelação e recebê-la com a humildade de quem se sabe indigno. O discípulo deve ter consciência de ser pequenino e carente da ajuda do Senhor, para poder reconhecê-lo. Sua felicidade consistirá em ver e ouvir o que tantos outros ansiaram ver e ouvir, e não puderam. Essa será a recompensa de sua humildade. Afinal, ele será o verdadeiro sábio e entendido, uma vez que sua sabedoria tem origem no Pai.
Fonte: Dom Total em 03/12/2013 e 29/11/2022

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, concede-me um coração de discípulo, que conta com a sabedoria e o entendimento vindos do Pai e me preparam para reconhecer-te.
Fonte: Dom Total em 03/12/2013

Meditando o evangelho

A FELICIDADE DE VER O MESSIAS

Os discípulos foram declarados felizes por terem visto e reconhecido o Messias Jesus. Esta felicidade foi ansiada, ao longo da história de Israel, por "muitos profetas e reis" que nutriam a esperança de vê-lo. O desejo deles, porém, não foi realizado.
Entretanto, a graça de ver o Messias tem dois pressupostos. O primeiro diz respeito à ação divina como propiciadora desta experiência. Só pode reconhecer o Messias, Filho de Deus, aquele a quem o Pai o quiser revelar. A simples iniciativa ou a curiosidade humana são insuficientes. O máximo que se poderá alcançar é a visão da realidade humana do Messias, seu aspecto exterior e suas características secundárias. Sua verdadeira identidade de Filho de Deus só pode ser conhecida por aqueles a quem o Pai revelar. Privado deste dado fundamental, esse conhecimento da pessoa do Messias Jesus esvazia-se e perde toda a sua relevância.
O segundo pressuposto refere-se à postura espiritual de quem recebe a graça de reconhecer o Messias. Somente os simples e pequeninos, os não contaminados pelo espírito de soberba próprio dos sábios e entendidos deste mundo, é que terão acesso a este conhecimento elevado. O que os sábios em vão buscam conseguir, aos pequeninos é revelado diretamente por Deus. Estes têm a felicidade de ver e ouvir o Messias e predispor-se a acolher o Reino proclamado por ele.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, dá-me um coração de pobre disposto a acolher a revelação de teu Filho Jesus que tu me fazes. Que eu tenha a felicidade de reconhecê-lo, com a ajuda de tua graça.
Fonte: Dom Total em 05/12/2017 03/12/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Ditosos os que veem e ouvem...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há algo inédito que os discípulos de Jesus conseguem ver e ouvir, e que antes de ser um privilégio ou uma conquista humana é puro Dom de Deus. Nesse evangelho, conhecimento e Revelação têm o mesmo significado. Em Jesus Cristo o Ser Humano nesta Vida têm a possibilidade real e única de conhecer a Deus, não como algo estranho e alheio á natureza humana, um Ser Espacial e cósmico, estranho e inatingível, ao contrário, um Deus bem dentro de si, nas profundezas do Homem, e que lhe dá um novo olhar e um novo ouvir. Se antes Deus falava com os homens de dentro de uma nuvem, ou em uma sarça ardente ou em meio ao fogo, a partir de Jesus Ele fala de dentro do homem, dando um novo significado á sua existência.
É isso precisamente os efeitos da Salvação oferecida por Jesus a cada homem! Esta Salvação satisfaz a todos os anseios humanos, liberta de todas as amarras e alienações,, cura de todas as feridas. O Discípulo não só denuncia as estruturas que agem contrariamente a essa Salvação, mas experimenta de modo concreto seus efeitos em sua vida pois anuncia algo que experimentou e conhece. Os discípulos são os primeiros e depois deles, todo aquele que crê e se permite ser atingido por essa Graça.
É esse o motivo da Alegria de Jesus, seus discípulos ainda não são homens santos e perfeitos, de conduta moral inabalável, virtuosos e justos, mas apesar disso já experimentam os efeitos primeiros da Salvação que Ele trouxe e que irá consolidar-se com sua morte e ressurreição. Através do Espírito Santo ela já vai acontecendo, em todos os que o buscam, enquanto Deus e Senhor, como de fato Ele é, porque assim se revela.
Sábios e inteligentes são todos os que, por aquele tempo e nos dias de hoje, não compreenderam o que é a Salvação, ou julgam que poderão alcança-la com o esforço humano, a prática das virtudes e o seguimento a leis e preceitos. Os pequeninos de ontem e de hoje, são todos os que descobriram essa Verdade, de que a Salvação é um processo dinâmico que nos acompanha desde o nascimento até a morte, consolando o nosso coração e alimentando a Esperança, quando nos deparamos com nossos limites e fragilidades, quando reconhecemos que não somos capazes de nos salvar, e por isso descobrem a cada instante, que no meio de toda essa insegurança e incerteza, somos crianças conduzidas pela mão pelo Senhor de Nossa Vida, o Salvador Cristo Jesus.

2. Sim, assim foi do teu agrado - Lc 10,21-24
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Nossos olhos estão abertos e podem ver e contemplar o Senhor que está chegando. Olhamos para o Cristo que vem em sua glória. Esta é a semana do juízo final, da grande passagem do tempo para a eternidade. Aquele que conhece o Pai virá revelá-lo a quem ele quiser. Felizes os olhos despertos, abertos e vigilantes nesse dia. Há olhos que viram o Senhor na carne, em sua primeira vinda. Há olhos que o veem todos os dias. Há olhos que o verão na sua glória. Tudo isso foi revelado aos pequeninos e escondido aos sábios. Os humildes, que não olham para si mesmos porque não há muito o que ver, olham para os outros e olham para o alto. Felizes os pequenos, que não se deixam ofuscar por nenhum brilho ilusório. O Senhor olha a humildade de seus servos e faz por eles maravilhas. Maria, a humilde serva do Senhor, nos acompanhará durante todo o Advento com sua presença humilde e silenciosa. Ela viu o fruto de seu ventre e, com o velho Simeão, seus olhos viram a salvação. Possam nossos olhos participar da felicidade daqueles que viram o Senhor e as obras que ele realizou em favor da humanidade.
Fonte: NPD Brasil em 03/12/2019

Liturgia comentada

Aos pequeninos... (Lc 10,21-24)
Como nos diz Jesus, ninguém conhece o Pai. Só o Filho. E só o Filho nos pode revelar o Pai. O Deus transcendente, puro espírito, permanece fora do alcance dos sentidos humanos: invisível, intangível.
Mas veio o Filho, encarnou-se, nasceu de Mulher. Agora, Deus tem um corpo, uma Face humana, fala um de nossos idiomas. E, como anotou João, tornou-se “Aquele que nossos olhos viram, nossos ouvidos ouviram e nossas mãos têm apalpado, no tocante ao Verbo da vida”. (1Jo 1,1.)
Daí a referência de Jesus aos anseios e súplicas de profetas e patriarcas que não chegaram a ser atendidos: ver a Deus! Em vão o salmista clamava: “Mostrai-nos, Senhor, a vossa Face e seremos salvos!” (Sl 80,4) “Senhor, por que escondes a tua Face?” (Sl 88,15.)
Com a Nova Aliança em Jesus Cristo, tudo mudou. Deus-conosco, carne de nossa carne, Jesus manifesta o Pai aos pequeninos. Gente humilde, de pele grossa e mãos calejadas, sem os discursos de Roma e as filosofias de Atenas, recebem gratuitamente a revelação de um Deus paternal. Só no Evangelho de João, Deus é chamado de “Pai” cem vezes!
“Quem me vê, vê o Pai”, garante Jesus (cf. Jo 14,9). Daí a sua exclamação: “Felizes os vossos olhos, que veem o que vós vedes!” Coisas secretas, arcanos de Deus mantidos na sombra por longos séculos, são agora reveladas a gente simples, demonstrando que Deus tem sede dos homens, não pode mais esperar por seu amor de filhos.
Uma “pequenina” do Séc. XIX, a “pequena Teresa”, também fez essa mesma descoberta: “Jesus sente prazer em mostrar-me o único caminho que leva para essa fornalha divina, e esse caminho é a entrega da criancinha que adormece sem receio no colo do pai... ‘Quem for criança, venha cá’, diz o Espírito pela boca de Salomão, e esse mesmo Espírito de Amor disse também que a ‘misericórdia é dada aos pequenos’. [...] E como se todas essas promessas não fossem suficientes, o mesmo profeta, cujo olhar inspirado mergulhava nas profundezas eternas, exclama em nome do Senhor: ‘Como alguém que é consolado pela própria mãe, assim eu vos consolarei, sereis levados ao colo, e acariciados sobre os joelhos’”. (Man. “B”, 242.)
Ao contrário do que se diz, não é preciso diploma e teologia para entrar na intimidade de Deus. Basta um coração de criança. Deus prefere os simples...
Orai sem cessar: “Deixai vir a mim as criancinhas!” (Mc 10,14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 03/12/2013

HOMILIA

A ALEGRIA DE JESUS

No evangelho de hoje, vemos Jesus sorridente, com os olhos brilhando, “Jesus exultou de alegria no Espírito Santo” (Lc 10, 21)
A alegria é uma característica de todo cristão porque primeiro foi de Cristo, é dom do Espírito Santo para todo batizado, é o que os primeiros cristãos possuíam (cf At 2, 46) e todos nós devemos ter. Mas, porque Jesus exultou de alegria naquele momento? Porque viu os planos do Pai se concretizando de uma maneira que é bem característica da Santíssima Trindade. Jesus reconhece, exulta de alegria vendo a humanidade mais uma vez participar das grandezas divinas. Nosso Senhor glorifica seu pai porque Ele não escolheu os “sábios e entendidos” para serem os 1ºs discípulos do Mestre, mas os pequeninos: povo sem estudo, sem muito entendimento, que não era capaz de muita coisa.
Creio que Jesus, em sua humanidade, tenha se desanimado um pouco ao olhar para aqueles 72 discípulos e ver a realidade. Tinha sido Ele mesmo que os havia escolhido por desígnio do Pai, mas Ele aconselha-os a rezarem ao Senhor pedindo mais operários para a messe (cf. Lc 10,2) pois aqueles não pareciam suficientes. Jesus reconhece que seus discípulos são ovelhinhas perto dos lobos astutos e inteligentes, mas envia-os acreditando que esses mesmos lobos darão a eles o sustento do dia de modo que nem precisam levar bolsas (cf. Lc 10,3-7), pois serão portadores de paz.
Apesar de toda a fé perfeita própria da divindade de Jesus, é difícil para a sua humanidade entender que essa gente com pouca instrução “dará conta do recado”.
Contudo, todos os 72 discípulos voltam alegres dizendo que até os demônios se submeteram a eles pelo nome de Jesus. Parece incrível, não? É como a profecia de Isaías na qual é prometida a harmonia entre lobo e cordeiro, pantera e cabrito, touro e leão, vaca e urso, criança e víbora. Tudo isso será possível porque sobre o nosso Salvador repousa o Espírito Santo com todos os seus dons e porque Ele não julga pelas aparências nem pelo ouvir dizer, mas com retidão e justiça. (cf. Is 11,1-8)
Esta é uma grande lição para todos aqueles que ficam tardando para dar uma resposta ao Senhor porque se acham incapazes, fracos, pequenos. Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo. Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o reino. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!” Quando nos dispomos a divulgar o reino dos céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior. O Pai se dá a conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus, mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a felicidade tão almejada.
Pensar assim seria ter um olhar puramente humano que não leva em consideração a misericórdia de Deus e seu poder soberano. Afinal, todas as coisas foram entregues à Jesus pelo Pai e Ele as dá a quem lhe apraz e quando lhe aprouver.
O que vale para Ele não são a inteligência e sabedoria humanas, mas o conhecimento de Deus, e “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar” (Lc 10,22). Ditosas são as nossas almas quando acreditamos na misericórdia e bondade do Senhor, mesmo que nossos olhos carnais não o tenham visto.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 03/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

A graça de estar com Cristo vivo

Podemos estar com Cristo vivo, presente no meio do Seu povo e da Sua Igreja; nós podemos contemplar a ação poderosa do Espírito Santo de Deus.

“Felizes os olhos que veem o que vós vedes! Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir.” (Lc 10,23-24)

Nós fazemos parte da geração bem-aventurada, nós fazemos parte da geração feliz, contemplada, agraciada por Deus, porque nós podemos contemplar os prodígios d’Ele no meio de nós. Podemos estar com Cristo vivo, presente no meio do Seu povo e da Sua Igreja; nós podemos contemplar a ação poderosa do Espírito Santo de Deus que age na pessoa de Jesus e que atua através da Sua Igreja.
Muitos profetas, patriarcas, homens e mulheres de Deus desejaram ver este dia e não viram; nós somos os contemplados por ver a mão d’Ele agindo em nosso meio. Se a graça é grande, maior ainda é a responsabilidade; a quem muito se deu, muito será cobrado! Ele nos dá a oportunidade de conhecermos a Sua palavra, de conhecermos Seus ensinamentos e ao mesmo tempo de contemplarmos a Sua presença no meio de nós.
Existe muitos povos na Terra, existe nações, tribos, lugares e pessoas que ainda não conhecem o poder de Deus; não tiveram a oportunidade de ter um encontro pessoal com Jesus. Por mais globalizado que seja o nosso mundo, hoje, celebrando o dia de São Francisco Xavier – aquele que foi o evangelizador do Oriente, da Índia, do Japão e de muitos países onde o Evangelho não tinha nem chegado – nós olhamos e reconhecemos que muitos povos não conheceram a graça do Senhor.
A nós que temos ações cristãs, a nós que temos a oportunidade de receber todos os dias a Palavra, o Evangelho, a Eucaristia e os demais sacramentos, devemos ser mais gratos a Deus, reconhecer como Ele tem sido bom para conosco e valorizarmos. Porque, talvez, pessoas quem tenham muito menos do que nós, menos oportunidades de aproximar-se da graça do Senhor, valorizem muito mais do que nós que já temos.
Que nós saibamos reconhecer, agradecer e valorizar a presença amorosa de Deus no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

É importante para Deus aquele que se faz pequeno

Quanto mais humildes, pequenos e despojados nós formos; grande será a graça de Deus em nossa vida

“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.” (Lucas 10,21)

O que agrada o coração do Pai? É que a Sua Palavra e o Seu Reino cheguem em nossos corações. Mas. para que o Reino de Deus chegue ao nosso coração, precisamos acolhê-Lo, precisamos nos abrir a Ele.
Como podemos abrimo-nos? Somente se o nosso coração for humilde, se for como o coração de um pequeno; nada de sentimento de grandeza, nada de envaidecimento, nada de nos acharmos grandes, importantes e assim por diante.
Quanto mais humildes, pequenos e despojados formos, grande será a graça de Deus em nossa vida!
Se não nos sentirmos agraciados ou se a graça de Deus não nos toca, podemos saber que atitudes de soberba, orgulho e egoísmo; sentimentos de grandeza, por vezes tomam conta da nossa alma.
Estamos num tempo muito propício para revermos as nossas atitudes e os nossos posicionamentos em relação à vida. É muito ruim ver no coração de muitos de nós essa elevação, pessoas sentindo-se grandes, importantes, melhores do que as outras.
Quantas pessoas gostam de vangloriarem-se com o que têm, fazem questão de demonstrar sempre nas conversas: “Eu tenho isso. Eu tenho aquilo. Eu posso aquilo”. Alguns dizem: “Eu tenho tantas faculdades. Tenho tantos diplomas. Eu tenho esse carro. Eu estou há tanto tempo na igreja. Eu sou ministro há tantas anos. Eu já fiz todos os cursos” (…).
A soberba, muitas vezes, até a soberba evangélica, é um sentimento de grandeza: “Eu sou importante para Deus”. Entretanto, o mais importante para Deus é aquele que se faz pequeno, que não se engrandece e se coloca no lugar dos humildes, porque é na humildade de coração que nós experimentamos as grandezas do Reino de Deus.
Que a alma não se eleve pela soberba, mas que pela humildade a nossa alma esteja no coração de Cristo, porque é Ele quem preenche e alimenta a nossa alma.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/12/2017

HOMILIA DIÁRIA

O Espírito de Jesus conduz a nossa vida

“Nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; sobre Ele repousará o Espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; no temor do Senhor, encontra ele seu prazer.” (Is 11, 1-3)

Isaías está profetizando a respeito de Jesus: “Sobre esse tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; sobre Ele repousará o Espírito do Senhor”. A graça é contemplar esse Espírito do Senhor em Jesus, porque, esse menino que nos é dado, que nasce para ser o nosso salvador, repousa sobre Ele a graça que traz sabedoria, discernimento, conselho, fortaleza, piedade e todos os dons divinos que operam a salvação e a restauração da humanidade.
Jesus, como o ungido do Pai, sobre Ele repousa a graça e, a graça que está n’Ele, se espalha sobre todos nós.
Precisamos nos aproximar de Jesus, nos unir a Jesus para que Ele esteja em nós e sejamos a comunicação da graça d’Ele para o mundo. Precisamos que o Espírito de Jesus esteja em nós para nos dar os dons que tanto precisamos, para sermos salvos e salvarmos os nossos; salvarmos nossa casa, nossa família e o mundo em que estamos.
O mundo tem sede de sabedoria, mas não basta a sabedoria humana, é a sabedoria divina que nos encaminha e nos salva. O mundo se dirige pela ciência, mas não basta a ciência humana. Precisamos da ciência divina que penetra todas as coisas e nos dá o sentido mais profundo da alma.

Precisamos que o Espírito de Jesus esteja em nós para nos dar os dons que tanto precisamos

O mundo exalta os fortes, mas não é a fortaleza dos músculos humanos, é a fortaleza da alma, do Espírito, do coração que nos dá a resiliência diante de tantas fraquezas e deficiências no mundo em que estamos.
É o Espírito de Jesus que nos dá o conselho, mas não é o conselho de aconselhar apenas aqui ou acolá. É o conselho de nos dirigir, nos orientar, de nos governar, de nos apontar o caminho.
É o Espírito Santo que nos dá o verdadeiro temor que não se confunde com temores do mundo, com os medos que muitos penetram em nossa alma, em nosso coração. Aqui é o temor do amor a Deus acima de todas as coisas; é o temor do respeito para com Deus; para com aquilo que é sagrado e para com a confiança que devemos depositar n’Ele porque é Ele quem nos salva.
Coloquemos no Senhor a nossa confiança porque é Ele quem nos salva. Esse menino que nós adoramos e contemplamos, é o nosso Salvador. Que o Espírito, que repousa sobre Ele, possa nos conduzir a cada dia da nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/12/2019

HOMILIA DIÁRIA

Propague a Palavra de Cristo ao mundo

Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir.” (Lucas 10,23-24)

Meus irmãos, no Evangelho de hoje, Jesus louvou o Pai do Céu porque Ele se revelou aos pequeninos, àquele povo simples, aos discípulos, homens simples. Pessoas frágeis, mas que, sem nada e sem apego, se apagaram ao verdadeiro Bem, Nosso Senhor Jesus Cristo. Perceberam os sinais que o Pai deu e que se concretizavam em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Jesus, o Senhor, louvou o Pai porque Ele se revelou a esses pequenos. E, como escutamos a pouco, Jesus também disse aos Seus discípulos em particular: “Olha, vocês são felizes porque muitos profetas e reis desejaram ver o que vocês estão vendo, ouvir o que vocês estão ouvindo e não viram e não ouviram. Vocês são privilegiados”.

Temos a responsabilidade de viver a Palavra de Jesus e de testemunhá-la a este mundo

Meus irmãos, somos privilegiados porque pudemos ver e ouvir o Senhor. É claro que isso também nos dá uma grande responsabilidade, o Senhor se revela a nós nos sacramentos da Igreja, Ele se revela a nós através da Igreja e da Palavra. Podemos ver o Senhor na Eucaristia, vê-Lo e ouvi-Lo na Sua Palavra.
Somos privilegiados, mas isso nos dá — volto a dizer —, também uma responsabilidade. Diante do que vemos e ouvimos, precisamos aplicar, viver aquilo que vemos e ouvimos.
Vemos o Senhor, nós O ouvimos, temos a responsabilidade de viver a Sua Palavra, de transmitir e de testemunhar a Sua Palavra a este mundo.
Meus irmãos, sintamo-nos privilegiados e responsáveis em viver o Evangelho, em propagá-lo, a sermos sinais e setas que apontam para Ele. Seja responsável, sejamos responsáveis em apontar para os nossos irmãos o caminho do bem, o caminho do Céu. Apontemos para Jesus.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo.
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/11/2022

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a descer a escada da vida até alcançarmos o degrau mais baixo – a simplicidade. Protege-nos, Pai amado, da ambição de subir, de nos tornarmos perfeitos. Mantém nossa consciência de que somos apenas pobres humanos e tudo é dom de teu Amor. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, guia-nos pelos caminhos singelos do Espírito. Ajuda-nos, Pai amado, a buscar a essência, que é viver radicalmente o Amor. Que a tua Presença em nós se revele no cuidado prestado aos irmãos, a começar dos mais pobres, dos excluídos pela sociedade dos homens. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a ‘descer’ a escada da vida espiritual até alcançarmos o degrau mais baixo, humilde e sublime – a simplicidade. Protege-nos, amado Pai, da ambição de ‘subir’, na ânsia de nos tornarmos perfeitos. Mantém nossa consciência de que somos apenas pobres e mortais humanos e tudo que temos ou somos é dom de teu Amor. Por Jesus, teu Filho que quis se fazer nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2019

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