segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 05/12/2017

ANO B


Lc 10,21-24

Comentário do Evangelho

Jesus revela o Pai

Nossa perícope está situada na parte central do evangelho segundo Lucas, na subida de Jesus para Jerusalém, e por ocasião da volta dos setenta e dois discípulos (Lc 10,17-20) que Jesus havia enviado em missão (vv. 1-16)
O trecho de hoje é um hino de louvor dirigido ao Pai, Criador do céu e da terra. O motivo do louvor é este: “... escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (v. 21), pois assim Deus queria (cf. v. 21). “Essas coisas” referem-se ao que é dito no v. 22, que, resumindo, se poderia dizer: Jesus revela o Pai. “Ele é a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15). Somente quem recebe Jesus como dom, somente o “pobre em espírito” (cf. Mt 5,3), pode conhecer a relação filial que une Jesus a Deus. Ao pedido de Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai!”, Jesus responde: “Quem me vê, vê o Pai. Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?” (Jo 14,8-11).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração de pobre disposto a acolher a revelação de teu Filho Jesus que tu me fazes. Que eu tenha a felicidade de reconhecê-lo, com a ajuda de tua graça.
Fonte: Paulinas em 03/12/2013

Vivendo a Palavra

O Mestre reforça a idéia de que o Reino do Céu é dos simples. Não poucas vezes nós nos esquecemos disto e buscamos saber muitas coisas, obter títulos acadêmicos, posições de destaque na sociedade – complicando a vida que deve ser pura e despojada, solidária com os irmãos menores e sofredores.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Reino de Deus é dos simples. E porque os discípulos são simples, Jesus exulta e os declara felizes, pois presenciavam o que muitos profetas quiseram ver e não viram. E nós, será que estamos atentos à lição e temos buscado essa simplicidade tão querida pelo Mestre – ou, ao contrário, procuramos acumular títulos acadêmicos e saber muitas coisas?

Reflexão

Felizes somos todos nós que nos abrimos à ação da graça divina e reconhecemos a presença de Jesus em nossas vidas. Felizes somos todos nós que aceitamos de bom coração esta presença e acolhemos Jesus. Felizes somos todos nós que nos abrimos à ação do Espírito Santo de modo que, conduzidos por ele, renunciamos à sabedoria do mundo como um fim em si e aceitamos o mistério que nos abre para as realidades eternas e imutáveis. Felizes somos todos nós que somos amados por Deus que, a partir da revelação que nos vem por Jesus, nos permite viver conscientemente aqui na terra as realidades do céu.
Fonte: CNBB em 03/12/2013

Recadinho

Sabe dosar bem as ações de sua razão com as do coração? Não é quando nos dedicamos no serviço a Deus presente nos irmãos que começa a acontecer o Reino de Deus em nós? É fácil combater o egoísmo e a autossuficiência?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 03/12/2013

Comentário do Evangelho

QUEM ACOLHE O SENHOR?

As coisas de Deus seguem uma lógica muito diferente da lógica humana. Em termos humanos, pode-se pensar que o reconhecimento e a acolhida do Senhor sejam mais fáceis para os sábios e os entendidos deste mundo, e que a pessoa, com o próprio esforço e ciência, possa chegar mais rapidamente a conseguir o que espera.
Deus, porém, inverte este esquema, franqueando aos pequeninos a revelação do Filho de Deus. E isto é um dom divino, que não depende do merecimento humano. Ademais tal dom é concedido a quem é desvalorizado pelo mundo e se considera indigno de recebê-lo do Pai.
A atitude correta do discípulo à espera do Senhor consistirá em não supervalorizar suas prerrogativas, esperar ser encontrado digno de receber a revelação e recebê-la com a humildade de quem se sabe indigno. O discípulo deve ter consciência de ser pequenino e carente da ajuda do Senhor, para poder reconhecê-lo. Sua felicidade consistirá em ver e ouvir o que tantos outros ansiaram ver e ouvir, e não puderam. Essa será a recompensa de sua humildade. Afinal, ele será o verdadeiro sábio e entendido, uma vez que sua sabedoria tem origem no Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, concede-me um coração de discípulo, que conta com a sabedoria e o entendimento vindos do Pai e me preparam para reconhecer-te.
Fonte: Dom Total em 03/12/2013

Meditando o evangelho

A FELICIDADE DE VER O MESSIAS

Os discípulos foram declarados felizes por terem visto e reconhecido o Messias Jesus. Esta felicidade foi ansiada, ao longo da história de Israel, por "muitos profetas e reis" que nutriam a esperança de vê-lo. O desejo deles, porém, não foi realizado.
Entretanto, a graça de ver o Messias tem dois pressupostos. O primeiro diz respeito à ação divina como propiciadora desta experiência. Só pode reconhecer o Messias, Filho de Deus, aquele a quem o Pai o quiser revelar. A simples iniciativa ou a curiosidade humana são insuficientes. O máximo que se poderá alcançar é a visão da realidade humana do Messias, seu aspecto exterior e suas características secundárias. Sua verdadeira identidade de Filho de Deus só pode ser conhecida por aqueles a quem o Pai revelar. Privado deste dado fundamental, esse conhecimento da pessoa do Messias Jesus esvazia-se e perde toda a sua relevância.
O segundo pressuposto refere-se à postura espiritual de quem recebe a graça de reconhecer o Messias. Somente os simples e pequeninos, os não contaminados pelo espírito de soberba próprio dos sábios e entendidos deste mundo, é que terão acesso a este conhecimento elevado. O que os sábios em vão buscam conseguir, aos pequeninos é revelado diretamente por Deus. Estes têm a felicidade de ver e ouvir o Messias e predispor-se a acolher o Reino proclamado por ele.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me um coração de pobre disposto a acolher a revelação de teu Filho Jesus que tu me fazes. Que eu tenha a felicidade de reconhecê-lo, com a ajuda de tua graça.

Liturgia comentada

Aos pequeninos... (Lc 10,21-24)
Como nos diz Jesus, ninguém conhece o Pai. Só o Filho. E só o Filho nos pode revelar o Pai. O Deus transcendente, puro espírito, permanece fora do alcance dos sentidos humanos: invisível, intangível.
Mas veio o Filho, encarnou-se, nasceu de Mulher. Agora, Deus tem um corpo, uma Face humana, fala um de nossos idiomas. E, como anotou João, tornou-se “Aquele que nossos olhos viram, nossos ouvidos ouviram e nossas mãos têm apalpado, no tocante ao Verbo da vida”. (1Jo 1,1.)
Daí a referência de Jesus aos anseios e súplicas de profetas e patriarcas que não chegaram a ser atendidos: ver a Deus! Em vão o salmista clamava: “Mostrai-nos, Senhor, a vossa Face e seremos salvos!” (Sl 80,4) “Senhor, por que escondes a tua Face?” (Sl 88,15.)
Com a Nova Aliança em Jesus Cristo, tudo mudou. Deus-conosco, carne de nossa carne, Jesus manifesta o Pai aos pequeninos. Gente humilde, de pele grossa e mãos calejadas, sem os discursos de Roma e as filosofias de Atenas, recebem gratuitamente a revelação de um Deus paternal. Só no Evangelho de João, Deus é chamado de “Pai” cem vezes!
“Quem me vê, vê o Pai”, garante Jesus (cf. Jo 14,9). Daí a sua exclamação: “Felizes os vossos olhos, que veem o que vós vedes!” Coisas secretas, arcanos de Deus mantidos na sombra por longos séculos, são agora reveladas a gente simples, demonstrando que Deus tem sede dos homens, não pode mais esperar por seu amor de filhos.
Uma “pequenina” do Séc. XIX, a “pequena Teresa”, também fez essa mesma descoberta: “Jesus sente prazer em mostrar-me o único caminho que leva para essa fornalha divina, e esse caminho é a entrega da criancinha que adormece sem receio no colo do pai... ‘Quem for criança, venha cá’, diz o Espírito pela boca de Salomão, e esse mesmo Espírito de Amor disse também que a ‘misericórdia é dada aos pequenos’. [...] E como se todas essas promessas não fossem suficientes, o mesmo profeta, cujo olhar inspirado mergulhava nas profundezas eternas, exclama em nome do Senhor: ‘Como alguém que é consolado pela própria mãe, assim eu vos consolarei, sereis levados ao colo, e acariciados sobre os joelhos’”. (Man. “B”, 242.)
Ao contrário do que se diz, não é preciso diploma e teologia para entrar na intimidade de Deus. Basta um coração de criança. Deus prefere os simples...
Orai sem cessar: “Deixai vir a mim as criancinhas!” (Mc 10,14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 03/12/2013

HOMILIA

A ALEGRIA DE JESUS

No evangelho de hoje, vemos Jesus sorridente, com os olhos brilhando, “Jesus exultou de alegria no Espírito Santo” (Lc 10, 21)
A alegria é uma característica de todo cristão porque primeiro foi de Cristo, é dom do Espírito Santo para todo batizado, é o que os primeiros cristãos possuíam (cf At 2, 46) e todos nós devemos ter. Mas, porque Jesus exultou de alegria naquele momento? Porque viu os planos do Pai se concretizando de uma maneira que é bem característica da Santíssima Trindade. Jesus reconhece, exulta de alegria vendo a humanidade mais uma vez participar das grandezas divinas. Nosso Senhor glorifica seu pai porque Ele não escolheu os “sábios e entendidos” para serem os 1ºs discípulos do Mestre, mas os pequeninos: povo sem estudo, sem muito entendimento, que não era capaz de muita coisa.
Creio que Jesus, em sua humanidade, tenha se desanimado um pouco ao olhar para aqueles 72 discípulos e ver a realidade. Tinha sido Ele mesmo que os havia escolhido por desígnio do Pai, mas Ele aconselha-os a rezarem ao Senhor pedindo mais operários para a messe (cf. Lc 10,2) pois aqueles não pareciam suficientes. Jesus reconhece que seus discípulos são ovelhinhas perto dos lobos astutos e inteligentes, mas envia-os acreditando que esses mesmos lobos darão a eles o sustento do dia de modo que nem precisam levar bolsas (cf. Lc 10,3-7), pois serão portadores de paz.
Apesar de toda a fé perfeita própria da divindade de Jesus, é difícil para a sua humanidade entender que essa gente com pouca instrução “dará conta do recado”.
Contudo, todos os 72 discípulos voltam alegres dizendo que até os demônios se submeteram a eles pelo nome de Jesus. Parece incrível, não? É como a profecia de Isaías na qual é prometida a harmonia entre lobo e cordeiro, pantera e cabrito, touro e leão, vaca e urso, criança e víbora. Tudo isso será possível porque sobre o nosso Salvador repousa o Espírito Santo com todos os seus dons e porque Ele não julga pelas aparências nem pelo ouvir dizer, mas com retidão e justiça. (cf. Is 11,1-8)
Esta é uma grande lição para todos aqueles que ficam tardando para dar uma resposta ao Senhor porque se acham incapazes, fracos, pequenos. Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo. Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o reino. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!” Quando nos dispomos a divulgar o reino dos céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior. O Pai se dá a conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus, mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a felicidade tão almejada.
Pensar assim seria ter um olhar puramente humano que não leva em consideração a misericórdia de Deus e seu poder soberano. Afinal, todas as coisas foram entregues à Jesus pelo Pai e Ele as dá a quem lhe apraz e quando lhe aprouver.
O que vale para Ele não são a inteligência e sabedoria humanas, mas o conhecimento de Deus, e “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar” (Lc 10,22). Ditosas são as nossas almas quando acreditamos na misericórdia e bondade do Senhor, mesmo que nossos olhos carnais não o tenham visto.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/12/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

A graça de estar com Cristo vivo

Podemos estar com Cristo vivo, presente no meio do Seu povo e da Sua Igreja; nós podemos contemplar a ação poderosa do Espírito Santo de Deus.
“Felizes os olhos que veem o que vós vedes! Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir” (Lc 10,23-24).
Nós fazemos parte da geração bem-aventurada, nós fazemos parte da geração feliz, contemplada, agraciada por Deus, porque nós podemos contemplar os prodígios d’Ele no meio de nós. Podemos estar com Cristo vivo, presente no meio do Seu povo e da Sua Igreja; nós podemos contemplar a ação poderosa do Espírito Santo de Deus que age na pessoa de Jesus e que atua através da Sua Igreja.
Muitos profetas, patriarcas, homens e mulheres de Deus desejaram ver este dia e não viram; nós somos os contemplados por ver a mão d’Ele agindo em nosso meio. Se a graça é grande, maior ainda é a responsabilidade; a quem muito se deu, muito será cobrado! Ele nos dá a oportunidade de conhecermos a Sua palavra, de conhecermos Seus ensinamentos e ao mesmo tempo de contemplarmos a Sua presença no meio de nós.
Existe muitos povos na Terra, existe nações, tribos, lugares e pessoas que ainda não conhecem o poder de Deus; não tiveram a oportunidade de ter um encontro pessoal com Jesus. Por mais globalizado que seja o nosso mundo, hoje, celebrando o dia de São Francisco Xavier – aquele que foi o evangelizador do Oriente, da Índia, do Japão e de muitos países onde o Evangelho não tinha nem chegado – nós olhamos e reconhecemos que muitos povos não conheceram a graça do Senhor.
A nós que temos ações cristãs, a nós que temos a oportunidade de receber todos os dias a Palavra, o Evangelho, a Eucaristia e os demais sacramentos, devemos ser mais gratos a Deus, reconhecer como Ele tem sido bom para conosco e valorizarmos. Porque, talvez, pessoas quem tenham muito menos do que nós, menos oportunidades de aproximar-se da graça do Senhor, valorizem muito mais do que nós que já temos.
Que nós saibamos reconhecer, agradecer e valorizar a presença amorosa de Deus no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/12/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a descer a escada da vida até alcançarmos o degrau mais baixo – a simplicidade. Protege-nos, Pai amado, da ambição de subir, de nos tornarmos perfeitos. Mantém nossa consciência de que somos apenas pobres humanos e tudo é dom de teu Amor. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, guia-nos pelos caminhos singelos do Espírito. Ajuda-nos, Pai amado, a buscar a essência, que é viver radicalmente o Amor. Que a tua Presença em nós se revele no cuidado prestado aos irmãos, a começar dos mais pobres, dos excluídos pela sociedade dos homens. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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