ANO A
Lc 17,1-6
Comentário do Evangelho
Atitude que fere a consciência
Lucas justapõe duas advertências e uma admoestação, sem conexão entre si, dirigidas por Jesus aos discípulos. Elas são constituídas como normas para o bom convívio na comunidade e o empenho na missão.
A primeira advertência é sobre o escândalo (skandalon), isto é, sobre aquilo que é causa ou resultado de erro ou pecado. É algo que fere a consciência. Na comunidade, tais ocorrências perturbam e desorientam os mais simples e confiantes, que seriam levados até a desanimar e a se afastar.
A segunda é sobre a correção fraterna e o perdão. É a prática fundamental para o bom convívio comunitário. Pode corrigir até os casos de escândalo. Mesmo no caso de reincidências, a prática da misericórdia pode libertar alguém que necessite de ajuda em seu comportamento falho.
A admoestação, de modo um pouco estranho e simbólico, usa a imagem de uma amoreira que, pela fé, mesmo pequena, pode ser arrancada e plantada no mar. É com esta fé que os discípulos são enviados à missão, para realizar grandes coisas pela manifestação do amor de Deus ao mundo.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.
Fonte: Paulinas em 12/11/2012
Comentário do Evangelho
A falta de perdão, de misericórdia, é pedra de tropeço.
O escândalo é pedra de tropeço, é obstáculo que dificulta ou que impede de prosseguir um caminho. Jesus alerta contra o escândalo provocado intencionalmente e que desestimula os membros da comunidade a permanecerem fiéis. A falta de perdão ou a recusa dele, a falta de misericórdia, é pedra de tropeço, é escândalo, pois é incompatível com uma vida que se pretenda cristã. A Igreja como Comunidade dos reconciliados deve ser marcada pela disposição permanente ao perdão: “Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe…” (v. 3). Não se trata de uma atitude, mas de um modo de viver (cf. v. 4). É a fé que nos enraíza em Deus e que nos faz viver segundo o Espírito. Em razão do dinamismo próprio da ação do Espírito em nós, a fé possibilita viver o que, aos olhos do mundo, poderia parecer impossível – perdoar e ser perdoado. A fé não é mensurável, basta crer!
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.
Fonte: Paulinas em 11/11/2013
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
AUMENTA-NOS A FÉ!
O texto do Evangelho de hoje unifica sentenças de Jesus sobre três temas: o escândalo, a correção fraterna e a fé. Depois disso, Jesus continua a reflexão sobre a vida comunitária, meditando sobre o serviço humilde e a gratidão. Jesus fala, provavelmente, aos líderes das comunidades. Os problemas seguintes estão sob a responsabilidade deles. O escândalo é uma pedra posta para o outro tropeçar.
São inevitáveis por causa da fragilidade dos que coordenam. Os pequeninos são os mais prejudicados, pois há o perigo do esfriamento ou da perda da fé. A segunda característica importante dessas comunidades é a capacidade de correção entre os irmãos. Jesus oferece o processo pedagógico: se o irmão pecar, deve ser corrigido; se ele se converter, deve ser perdoado.
O perdão sempre deve ser oferecido a quem está verdadeiramente arrependido. Fundamental é a reconciliação da comunidade. Evitar o escândalo contra os pequeninos e perdoar o pecador arrependido é, na verdade, algo relacionado à dimensão da fé. Por isso, os discípulos percebem a fragilidade de sua fé. E suplicam: “Aumenta a nossa fé!”.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/artigos/liturgiadiaria/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/aumenta-nos-a-fe-13112023
Vivendo a Palavra
Disposição sem limites para perdoar e o desejo de aumentar nossa fé – são os temas do Evangelho de hoje. A nossa capacidade de perdão é a medida que indica o nosso progresso no caminho da fé e a certeza de darmos aos irmãos um testemunho honesto e transparente, isento de escândalos.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/11/2012
Vivendo a Palavra
O Evangelho nos adverte sobre escândalos que podemos produzir perante os pequeninos. Como discípulos de Jesus, nós devemos ser testemunhas vivas do Amor entre os homens, que se manifesta de maneira privilegiada no perdão sem limites concedido aos que peregrinam neste planeta jardim que nos foi confiado para usufruto e preservação.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2013
VIVENDO A PALAVRA
Jesus ensina a correção fraterna. Tudo parte da consciência dos nossos limites e da nossa fragilidade diante das seduções do mundo. E a ajuda ao irmão em dificuldade passa pela delicadeza, pela discrição, pelo respeito à liberdade de filhos muito amados do Pai Misericordioso, que somos todos nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/11/2017
VIVENDO A PALAVRA
O Evangelho nos adverte sobre escândalos que podemos produzir perante os pequeninos. Como discípulos de Jesus, nós devemos ser testemunhas vivas do Amor entre os homens, que se manifesta de maneira privilegiada no perdão sem limites concedido aos que peregrinam neste bonito planeta jardim, a nós emprestado para preservação, usufruto e partilha.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2019
Reflexão
A misericórdia é um dos valores evangélicos mais importantes e ser misericordioso significa, antes de tudo, ser capaz de colaborar com a salvação das pessoas, ser capaz de perdoá-la. Mas perdoar não significa esquecer, deixar de lado, pois o perdão não pode negar a verdade nem a responsabilidade da pessoa diante dos fatos. Perdoar significa não querer a punição para quem é culpado, mas sim criar condições para que ele possa se reerguer e reparar o mal que realizou. E somente aquela pessoa que tem fé é capaz de perdoar verdadeiramente, porque somente quem acredita no Deus misericordioso é capaz de agir verdadeiramente com misericórdia.
Fonte: CNBB em 12/11/2012 e 11/11/2013
Reflexão
Três importantes lembretes de Jesus: evitar o escândalo; praticar a correção fraterna unida ao perdão; viver na fé. Escandalizar é dar mau exemplo, dificultar a prática da justiça e o seguimento a Jesus. Para a boa vivência comunitária, quem errou deve manifestar arrependimento e pedir perdão. Se Jesus tanto recomendou o perdão, é por causa da dificuldade que temos de perdoar, e porque não há progresso na vida espiritual sem a atitude do perdão. O perdão que concedemos a quem nos ofende é a chave para obtermos de Deus seu perdão libertador. Finalmente, a fé é um exercício constante. À medida que obtivermos, pela fé, as graças de que necessitamos, nossa fé se fortalece. É um esforço cotidiano e atitude constante de confiança em Deus. A fé é dom de Deus, mas precisamos cultivá-la sem cessar.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 11/11/2019
Reflexão
Três importantes lembretes de Jesus: evitar o escândalo; praticar a correção fraterna unida ao perdão; viver na fé. Escandalizar é dar mau exemplo, dificultar a prática da justiça e o seguimento a Jesus. Para a boa vivência comunitária, quem errou deve manifestar arrependimento e pedir perdão. Se Jesus tanto recomendou o perdão, é por causa da dificuldade que temos de perdoar e porque não há progresso na vida espiritual sem a atitude do perdão. O perdão que concedemos a quem nos ofende é a chave para obtermos de Deus seu perdão libertador. Finalmente, a fé é um exercício constante. À medida que obtivermos, pela fé, as graças de que necessitamos, nossa fé se fortalece. É um esforço cotidiano e atitude constante de confiança em Deus. A fé é dom de Deus, mas precisamos cultivá-la sem cessar.
Oração
Senhor Jesus, em breve mensagem, preciosos ensinamentos. Não escandalizar os pequeninos significa não atrapalhar o progresso que fazem os que assumiram os valores do Reino. Além disso, tu nos recomendas perdoar, sem medida, aos que nos ofenderam; enfim, tu nos ensinas a fazer bom uso de nossa fé. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 08/11/2021
Reflexão
Três importantes lembretes de Jesus: evitar o escândalo; praticar a correção fraterna unida ao perdão; viver na fé. Escandalizar é dar mau exemplo, dificultar a prática da justiça e o seguimento a Jesus. Para a boa vivência comunitária, quem errou deve manifestar arrependimento e pedir perdão. Se Jesus tanto recomendou o perdão, é por causa da dificuldade que temos de perdoar, e porque não há progresso na vida espiritual sem a atitude do perdão. O perdão que concedemos a quem nos ofende é a chave para obtermos de Deus seu perdão libertador. Finalmente, a fé é um exercício constante. À medida que obtivermos, pela fé, as graças de que necessitamos, nossa fé se fortalece. É um esforço cotidiano e atitude constante de confiança em Deus. A fé é dom de Deus, mas precisamos cultivá-la sem cessar.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Reflexão
«Se pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti (...) perdoa-lhe»
Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos fala de três temas importantes. Em primeiro lugar, da nossa atitude perante as crianças. Se em outras ocasiões elogiaram a infância, nesta somos advertidos do mal que podemos ocasionar-lhes.
Escandalizar não é alvoroçar ou estranhar, como às vezes se entende; a palavra grega usada pelo evangelista foi “skandalon”, que significa objeto que faz tropeçar ou escorregar, uma pedra no caminho ou uma casca de banana, para ficar mais claro. Devemos respeitar as crianças e, «É inevitável que surjam ocasiões de pecado, mas ai daquele que as provoca!» (cf. Lc 17,1). Jesus lhe anuncia um castigo tremendo e o faz com uma imagem muito eloquente. Ainda se encontram na Terra Santa pedras de moinhos antigas; é uma espécie de grandes diabolôs (são parecidas também, em tamanho maior, aos colares que se colocam no pescoço aos traumatizados). Introduzir a pedra no escandalizador e tira-la na água expressa um terrível castigo. Jesus utiliza uma linguajem quase de humor negro. Pobres de nós se danamos as crianças! Pobres de nós se os iniciamos no pecado! E há muitas formas de prejudicá-los: mentir, ambicionar, triunfar injustamente, se dedicar a necessidades que satisfarão sua vaidade...
Em segundo lugar, o perdão. Jesus nos pede que perdoemos tantas vezes como seja necessário e, ainda no mesmo dia, se o outro está arrependido, apesar de que nos magoe a alma: «Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe» (Lc 17,3). O termômetro da caridade é a capacidade de perdoar.
Em terceiro lugar, a fé: Mais que uma riqueza do entendimento (no sentido meramente humano), é um “estado de ânimo”, fruto da experiência de Deus, de poder obrar contando com sua confiança. «A fé é o início da verdadeira vida», diz São Inácio de Antioquia. Quem age com fé consegue coisas assombrosas, assim a expressa o Senhor ao dizer: «Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria» (Lc 17,6).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «A prática da correção fraterna - que tem uma dimensão evangélica - é uma prova sobrenatural de carinho e de confiança. Agradeça-o quando a receberes, e não deixes de a praticar com aqueles com quem convives» (São Josemaría)
- «A fé - confiar em Cristo, acolhê-Lo, deixá-Lo transformar-nos, segui-Lo sem reservas - torna possíveis as coisas humanamente impossíveis» (Bento XVI)
- «Aquele que usa dos poderes de que dispõe, em condições que induzem a agir mal, torna-se culpado de escândalo e responsável pelo mal que, direta ou indiretamente, favorece. `É inevitável que haja escândalos, mas ai daquele que os causa´(Lc 17,1)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.287)
Reflexão
A fé como “semente da vida interior”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje consideramos um dos textos mais enigmáticos do Novo Testamento. Na realidade, as "montanhas" e "árvores" que removem a fé são as que obstaculizam nossa vida. Estas são quase sempre, muito mais importantes que os que figuram nos mapas.
O ato de fé não é convencer-se de uma ideia ou atribuir um poder à fé, mas que consiste em confiar em que Deus está ai e posso pôr-me em suas mãos. Então desaparecerá a "montanha". O Senhor emprega também o símbolo do "grão de mostarda", que sendo o menor de todos os grãozinhos, acaba convertendo-se em uma árvore onde os pássaros fazem seus ninhos. Este grão de mostarda é um profundo símbolo da fé: alberga, por um lado, a insignificância (que me empobrece), mas também a potencialidade do crescimento. A fé é, sobretudo, uma semente de vida.
—Só serei um verdadeiro crente quando a fé seja uma semente viva que cresce em meu interior, e só então transformará realmente meu mundo trazendo algo novo.
Recadinho
Fé e perdão! Quem tem fé perdoa. Mas quem precisa ser perdoado, só o merece se demonstra arrependimento e não somente em palavras, mas em ações concretas! As palavras o vento leva! O testemunho de vida faz surgir marcas de amor no coração!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 11/11/2013
Meditação
Só podemos perdoar a alguém se reconhecemos sua culpa. Por isso mesmo, a culpa do outro nunca nos dispensa do perdão, nem o amor nos obriga a desconhecer sua culpa. Só o amor nos torna possível o perdão, que é sempre gratuito, ou não será perdão. Só podemos perdoar ─ ainda que sete vezes ao dia ─ se o poder de Cristo mudar nosso coração e nos fizer participar do amor do Pai.
Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário sobre o Evangelho
Jesus pede aos seus seguidores que confiem em Deus: vamos ter fé!
Hoje, os apóstolos pedem o melhor que se pode pedir a Deus: - Aumenta-nos a fé. A história do cristianismo demonstra que a resposta de Jesus não foi exagerada: a fé dos cristãos removeu impérios e levantou catedrais. A atitude de fé - quer dizer, de confiança - é algo muito humano. Ou, se não é, em que base assentam as amizades, se celebram matrimónios, se criam empresas…? Nada funciona sem confiança.
- Que tem de estranho confiar em Deus? É certo que não O vemos: maior razão para viver de fé. Deus é Deus, não é um árbitro de futebol!
Meditando o evangelho
EVITAR OS ESCÂNDALOS
O relacionamento, no interior da comunidade cristã, deve ser de fraternidade e de respeito mútuos. Contudo, as pessoas que estão dando os primeiros passos na fé merecem atenção especial. Não devem ser tratadas com intolerância e impaciência por quem se considera firme e maduro na sua adesão a Jesus. Esse tratamento poderia levá-las ao desespero, acabando por abandonarem sua caminhada de fé. A isso chamamos de escândalo. E Jesus advertiu seus discípulos a evitá-lo.
A ofensa feita a uma pessoa fraca na fé atinge o próprio Deus. Daí o castigo terrível que Jesus sugeriu para quem escandalizar um pequenino. É Deus o primeiro interessado em que alguém se converta ao Reino anunciado por Jesus, e se esforce por adequar sua vida a esse mesmo Reino. Porque conhece a fraqueza humana, o Pai sabe que ninguém é capaz de atingir a maturidade da fé, da noite para o dia. O processo é lento e penoso, feito de altos e baixos. Ele acompanha, com carinho e paciência, cada discípulo do Reino que se esforça para crescer na fé.
Deus não suporta que alguém se intrometa e ponha a perder a obra de sua graça. E o escândalo, em última análise, consiste em desfazer a obra de Deus, no coração das pessoas. Portanto, é obrigação da comunidade colaborar para que os pequeninos, apesar de suas quedas, sigam adiante, fazendo amadurecer sempre mais a própria fé.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível e atencioso para com meus irmãos de fé, especialmente os mais fracos e carentes de apoio.
Fonte: Dom Total em 13/11/2017, 11/11/2019 e 08/11/2021
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Atitude que fere a consciência
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Lucas justapõe duas advertências e uma admoestação, sem conexão entre si, dirigidas por Jesus aos discípulos. Elas são constituídas como normas para o bom convívio na comunidade e o empenho na missão.
A primeira advertência é sobre o escândalo (skandalon), isto é, sobre aquilo que é causa ou resultado de erro ou pecado. É algo que fere a consciência. Na comunidade, tais ocorrências perturbam e desorientam os mais simples e confiantes, que seriam levados até a desanimar e a se afastar.
A segunda é sobre a correção fraterna e o perdão. É a prática fundamental para o bom convívio comunitário. Pode corrigir até os casos de escândalo. Mesmo no caso de reincidências, a prática da misericórdia pode libertar alguém que necessite de ajuda em seu comportamento falho.
A admoestação, de modo um pouco estranho e simbólico, usa a imagem de uma amoreira que, pela fé, mesmo pequena, pode ser arrancada e plantada no mar. É com esta fé que os discípulos são enviados à missão, para realizar grandes coisas pela manifestação do amor de Deus ao mundo.
Oração
Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.
Fonte: NPD Brasil em 12/11/2012
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Escândalo, perdão e Fé...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(esta reflexão dá pano pra manga...)
Há nesse evangelho três palavras ou ações, que nos obriga a uma compreensão em sua conjuntura, pois elas estão interligadas e se relacionam, não são palavras soltas e então é melhor falarmos com alguém das comunidades de Lucas, lá dos anos 80 D.C.
___Olá querido irmão, nossas comunidades aqui do Terceiro Milênio da Era Cristã te saúdam, desejando Graça e Paz de Jesus Cristo, escute, essas três palavras ou ações que aparecem nesse evangelho, parece que têm de serem refletidas em seu conjunto...
__Claro que sim, senão vocês vão focar a reflexão só na palavra escândalo, na amplitude que ela tem aí no meio de vocês...
___É mesmo, a gente não gosta muito dessa palavra, os pecados de membros do Clero, ligados a questão da pedofilia ou abusos sexuais, acaba com a imagem da nossa Igreja...
___Aí é que está... A questão colocada pelo Mestre é bem mais profunda do que uma indignação diante de eventuais escândalos de membros da igreja, aqui se fala de um escândalo que tem o efeito de uma implosão, isso é, dentro da comunidade, matando principalmente os pequenos...
___Mas esse é pior do que os escândalos divulgados pela Mídia, quando acontecem?
___Nossa! São bem mais graves e de efeito terrível. Vamos pegar a questão do perdão, por exemplo, que o evangelho enfatiza. Há uma compreensão errônea de que o perdão deve ser dado uma só vez...
___Ué? E não é isso? A pessoa o procura, pede perdão, você perdoa a ofensa e "Já Elvis".
___Será que é tão fácil assim? E depois o que acontece quando os dois se encontram em uma celebração ou em uma reunião...
___Ah... A gente fica se remoendo lembrando-se da mágoa que a pessoa nos causou, isso nos deixa sempre "armados" contra ela, é verdade que já perdoamos, porém, a relação fica estremecida, não há como negar...
___Pois é... Então não houve perdão coisa nenhuma! Não há convivência tranqüila, diálogo, amizade, comunhão de vida... Perdoar é refazer a relação rompida, que acontece em cada encontro com aquele que perdoamos, é abrir um sorriso, é saudá-lo com alegria, é chamá-lo de meu irmão, e assim em cada encontro desses o perdão dado se renova e vai sendo confirmado com as nossas atitudes amistosas e fraternas...
___Xi mermão! Então a coisa é muito complicada, pois a gente não se esquece da mágoa e fica se remoendo cada vez que está diante daquele que nos ofendeu, mesmo depois de perdoado.
___Pois é, tens razão nesse argumento, mas é esse o perdão que o Mestre ensinou, e que não é impulsionado pela carne, mas pelo Espírito Santo na Força da Fé, pois sem ela, as relações estremecidas não se refazem e o nosso amor pelo outro é uma grande mentira.
___Ah... Agora entendi porque Jesus falou "Se tivésseis fé, ainda que pequenina como um grão de mostarda, direis a esta amoreira, arranca-te daqui e te plantes ao mar, e ela vos obedecerá”...
___Exatamente, as mágoas e ressentimentos, rancores forma esse emaranhado, como a raiz de uma amoreira, dentro do nosso coração, somente a força da Graça de Deus, que age pela nossa Fé, é que consegue arrancar o mal enraizado em nós...
___Êita meu irmão, se é isso, concluo que as coisas aí na sua comunidade, não estavam lá muito boas, tinha irmãos e irmãs se odiando, e com essas brigas e falta de amor, os pequenos iniciantes na caminhada da Fé, vão mesmo desanimando por desacreditarem o amor fraterno e cristão...
___Pronto! É isso, a reflexão se fecha assim, e aí nas comunidades cristãs do seu tempo, está tudo beleza? Sem escândalos, vivendo-se o amor que perdoa a tudo e a todos, na força da Fé?...
___Ah mermão, tem muita pedra de moinho por aí? Então, manda um caminhão para cá...
2. Perdoa-lhe! - Lc 17,1-6
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Pequeninos são os discípulos de Jesus. De modo particular, “pequenos” são também as crianças que precisamos todos aprender a respeitar. Não se pode colocar pedras de tropeço em seu caminho. Isso significa escandalizar. Escandaliza quem atrapalha o desenvolvimento de alguém ou o leva para o mau caminho. Isto é sofrer violência. Não conseguimos evitar todos os escândalos, mas é preciso tentar. Jesus não titubeia em jogar ao mar, com uma pedra de moinho ao pescoço, quem escandaliza uma criança. Criança é para ser amada e suportada, porque necessitam de suporte. “Pequenos” são também todos os seguidores de Jesus. Entre eles, as relações devem ser de fraternidade, que se mostra na correção fraterna e no perdão. “Aumenta a nossa fé!”, pediram os apóstolos, porque a fé está na base de todas as nossas decisões. Com a fé teológica, acreditamos em Deus e em tudo o que ele nos revelou. Com a fé antropológica, acreditamos ao menos no valor do ser humano. Não colocar pedra de tropeço diante de ninguém é atitude de quem tem fé e não quer escandalizar.
Fonte: NPD Brasil em 11/11/2019
Liturgia comentada
Sete vezes... (Lc 17, 1-6)
Não. Não se trata de neutralidade diante do mal. Aquele que erra precisa de correção. A impunidade sempre reforça o erro. Mas os arrependidos merecem perdão. Uns mais, outros menos, todos nós erramos um dia e precisaremos do perdão.
Não fosse tão imperiosa a necessidade de ser perdoado, o Senhor não nos teria ensinado a rezar: “Perdoai as nossas dívidas” [na nova tradução, “perdoai as nossas ofensas”]. Quando o perdão nos é negado, cresce em nós o remorso, o sentimento de culpa e, mesmo, o desespero. Foi um perdão excessivamente adiado que fez de Absalão o inimigo nº 1 de seu pai, Davi. (Cf. 2Sm 14, 24.)
Ao contrário, quando lemos no Evangelho que o Paraíso foi reinaugurado com a entrada inesperada de um criminoso arrependido – a quem, eufemisticamente, chamamos de “bom ladrão” (cf. Lc 23, 43) – tomamos consciência de que também nós podemos ter acesso ao perdão divino.
Sim, dois mil anos depois de Cristo, ainda temos dificuldades em relação ao perdão. Primeiro, a dificuldade em pedir perdão. Oscilamos entre o desespero (modalidade de orgulho que nos leva a pensar que nosso pecado foi maior que a misericórdia divina) e a arrogância (eu sou assim; quem quiser, que me engula do jeito que eu sou)... A seguir, a dificuldade de dar perdão. Arrazoamos: “Se perdoo já, mostro fraqueza... Vão abusar e recair no erro... É melhor um tempo de silêncio, um “gelo”, com relações cortadas... Vou adiar, dar uma de ‘durão’, dificultar as coisas...”
E não percebemos o essencial: quando alguém é perdoado, especialmente em matéria grave, tem a oportunidade de experimentar o amor que ainda desconhece. Assim o cônjuge que trai, se arrepende e pede perdão, ao recebê-lo, é levado a meditar: “Puxa! A que ponto ele (ela) me ama! A ponto de me perdoar!” E, assim, vê-se impelido a pagar amor com amor...
Sete vezes! Para os semitas, o nº “7” é a cota da plenitude. Logo, perdoar “sete vezes” significa perdoar sempre. Seria estranha ao Evangelho de Jesus a atitude de quem diz: “Vou perdoar... mas não me caia noutra! É a última vez!”
A cada vez que nos confessamos – mesmo repetindo pecados habituais -, Deus nos perdoa como se fosse da primeira vez. É preciso reconhecer: parece que Ele não tem boa memória para nossos crimes. Perdoa e esquece.
Tentaríamos imitá-lo?
Orai sem cessar: “Amai vossos inimigos!” (Mt 5, 44)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 11/11/2013
HOMILIA
A NECESSIDADE DO PERDÃO
A frase chave do evangelho de hoje é: Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.
Em termos práticos, perdão significa abrir mão do direito de mover uma ação contra o ofensor. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus para o perdão a um ofensor dá a ambas as partes um novo começo, rumo a uma vida melhor. O perdão de Deus é a remoção da culpa e da penalidade total de nossos pecados sem qualquer merecimento nosso.
O perdão é necessário porque as ofensas são muitas. Jesus disse, É inevitável que venham escândalos mas ai do homem pelo qual eles vêm (Lc 17:1)! Nós ofendemos e somos ofendidos. Este é um problema comum nas relações humanas. Ofendemos os outros por atos, atitudes ou por palavras (Tg 3:2). O cristão sincero deve ser cuidadoso para não ofender nem sentir as ofensas pelos atos dos outros. Isto requer uma vigilância constante: Vigai e orai para não cairdes em tentação, advertiu-nos Jesus.
O perdão é necessário por causa do mandamento de Deus. E Deus é bastante enfático sobre isto. Temos de perdoar cada ofensa repetidas vezes (Lc 17:3,4). Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportando-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós (Cl 3:12,13). Quer dizer, tudo que for oposto ao espírito de perdão deve ser abandonado de uma vez por todas, e ser substituído por bondade, simpatia, e perdão. Neste capítulo não há meio termo. Ou perdoamos uns aos outros ou nos rebelamos contra Deus.
O perdão é necessário porque não perdoar é prejudicial. Jesus advertiu que tal espírito é tão grave que Deus não perdoará a pessoa que não quiser perdoar outra (Mt 6:12,14,15). Porque? Porque um espírito não perdoador é pecado. É tão grave que se uma pessoa persiste nele, deve ser excluída da comunhão da igreja (Mt 18:7-9). Um espírito amargo é algo muito sério diante de Deus, merecendo a mais severa disciplina.
Perdoe todas as ofensas. Se alguém te ofender, quer seja por palavras, obras, ou atitude, perdoe. Se o erro repetir mais vezes, ainda que seja no mesmo dia, perdoe (Lc 17:4). Perdoe verdadeiramente. Não deixe que as ofensas se acumulem de modo a resultar num grande fardo. Teu perdão deve remover a ofensa para longe assim como Deus nos tem perdoado.
Perdoe de uma vez para sempre. Tu podes dizer, eu posso perdoar, mas não posso esquecer. Deus não nos ordena a esquecer. Ele está preocupado que o nosso perdão seja tão completo que se nós lembrarmos da ofensa, será para louvar a Deus pelo perdão, não para sentir mais tarde, mágoa pela ofensa.
Confie plenamente no Senhor. Perdão é um exercício espiritual. Quando Jesus terminou seu ensino sobre o perdão, os discípulos responderam: "aumenta-nos a fé" (Lc 17:5). O perdão pode ser estendido as pessoas através da fé em Deus.
Submeta-te totalmente ao Espírito Santo. As virtudes mencionadas em Colossenses 3:12,13, relativas a como fazer para perdoar, estão intimamente ligadas aos frutos do Espírito enumerados em Gálatas 5:22,23. Isto indica que a capacidade para o verdadeiro perdão vem do ministério do Espírito Santo no crente. O cristão que é cheio do Espírito e anda no Espírito não entristecerá o Espírito com uma atitude amarga que recusa perdoar.
Siga explicitamente o exemplo de Cristo. Assim como Cristo vos perdoou, assim também fazei vós (Cl 3:13). Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo (Ef 4:32) Jesus mesmo deixou-nos o exemplo de perdão para seguirmos.
Ame abnegadamente a pessoa que não merece. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor (Cl 3:14). Este espírito capacitará você a agir bondosa e pacientemente com o ofensor. O amor é sofredor, é benigno, não se irrita, não suspeita mal; ...tudo sofre. O amor nunca falha (I Co 13:4-8). O amor de Deus é a resposta para toda nossa amargura e sentimentos irreconciliáveis.
Descanse completamente na paz de Deus. Se permitires que a paz de Deus domine em teu coração, tu terás pouco problema com a falta de perdão (Cl 3:15). Quando tu "guardas a unidade do Espírito pelo vinculo da paz", tu não terás problema com o espírito de irreconciliação (Ef 4:3). A amargura e a mágoa que acompanham um espírito irreconciliável destruirão a paz do coração. A paz e o espírito que não poderão viver juntos. Se pensares: Não posso viver com a pessoa que agiu errado comigo, lembra-te de que é a paz de Deus que deve reinar no seu coração. Se não podes amar essa pessoa, peça a Deus para amar esta pessoa por ti e Ele o fará! Amando com o amor de Deus, tu serás cheio da paz de Deus (Ef 4:1-3). Perdão significa abrir mão, de uma vez para sempre, do direito de mover uma questão contra uma pessoa, ou seja, de vingar-se dela. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus é que tanto o ofensor como o ofendido tome um novo começo, rumo a uma vida melhor. Esteja disposto a cultivar a graça do perdão e serás feliz por todo o sempre diante de Deus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 11/11/2013
REFLEXÕES DE HOJE
SEGUNDA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 11/11/2013
HOMILIA DIÁRIA
Perdoe de uma vez para sempre
Postado por: homilia
novembro 12th, 2012
A frase chave do Evangelho de hoje é: “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe”.
Em termos práticos, perdão significa abrir mão do direito de mover uma ação contra o ofensor. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus para o perdão a um ofensor dá a ambas as partes um novo começo, rumo a uma vida melhor. O perdão divino é a remoção da culpa e da penalidade total de nossos pecados sem qualquer merecimento nosso.
O perdão é necessário porque as ofensas são muitas. Jesus disse: “É inevitável que venham escândalos. Mas ai do homem pelo qual eles vêm!” (Lc 17,1). Nós ofendemos e somos ofendidos. Este é um problema comum nas relações humanas. Ofendemos os outros por atos, atitudes ou por palavras (cf. Tg 3,2). O cristão sincero deve ser cuidadoso para não ofender nem sentir as ofensas pelos atos dos outros. Isto requer uma vigilância constante: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”, advertiu-nos Jesus.
O perdão é necessário por causa do mandamento de Deus. E Deus é bastante enfático sobre isto. Temos de perdoar cada ofensa repetidas vezes (Lc 17,3-4).
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportando-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3,12-13). Quer dizer, tudo que for oposto ao espírito de perdão deve ser abandonado de uma vez por todas, e ser substituído por bondade, simpatia e perdão. Neste capítulo não há “meio termo”. Ou perdoamos uns aos outros ou nos rebelamos contra Deus.
O perdão é necessário, porque não perdoar é prejudicial. Jesus advertiu que tal espírito é tão grave que Deus não perdoará a pessoa que não quiser perdoar outra (cf. Mt 6,12.14-15). Se uma pessoa persiste em não perdoar, deve ser excluída da comunhão da Igreja (cf. Mt 18,7-9). Um espírito amargo é algo muito sério diante de Deus, merecendo a mais severa disciplina.
Perdoe todas as ofensas. Se alguém lhe ofender, quer seja por palavras, obras ou atitude, perdoe. Se o erro repetir mais vezes, ainda que seja no mesmo dia, perdoe (Lc 17,4). Perdoe verdadeiramente. Não deixe que as ofensas se acumulem de modo a resultar num grande fardo. Seu perdão deve remover a ofensa para longe, assim como Deus nos tem perdoado.
Perdoe de uma vez para sempre. Você pode dizer: “Eu posso perdoar, mas não posso esquecer!” Deus não nos ordena a esquecer. Ele está preocupado que o nosso perdão seja tão completo que, se nos lembrarmos da ofensa, será para louvar a Deus pelo perdão. Não para sentir mais tarde mágoa pela ofensa.
Confie plenamente no Senhor. Perdão é um exercício espiritual. Quando Jesus terminou Seu ensinamento sobre o perdão, os discípulos responderam: “Aumenta-nos a fé” (Lc 17,5). O perdão pode ser estendido às pessoas por meio da fé em Deus.
Submeta-se totalmente ao Espírito Santo. As virtudes mencionadas em Colossenses 3,12-13 relativas a como fazer para perdoar, estão intimamente ligadas aos frutos do Espírito enumerados em Gálatas 5,22-23. Isto indica que a capacidade para o verdadeiro perdão vem do ministério do Espírito Santo naquele que crê. O cristão que é cheio do Espírito – e anda no Espírito – não entristecerá o Espírito Santo com uma atitude amarga que recusa a perdoar.
Siga explicitamente o exemplo de Cristo: “Assim como Cristo vos perdoou, assim também fazei vós” (Cl 3,13). “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4,32). Jesus mesmo deixou-nos o exemplo de perdão para seguirmos.
Ame com gratuidade a pessoa que não merece. E, sobre tudo isto, “revesti-vos de amor”(Cl 3,14). Este espírito capacitará você a agir bondosa e pacientemente com quem lhe ofendeu. “O amor é sofredor, é benigno, não se irrita, não suspeita mal; …tudo sofre. O amor nunca falha” (I Cor 13,4-8). O amor de Deus é a resposta para toda nossa amargura e sentimentos irreconciliáveis.
Descanse completamente na paz de Deus. Se você permitir que a paz de Deus domine seu coração, você terá pouco problema com a falta de perdão (cf. Cl 3,15). Quando você guarda “a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” não terá problema com o espírito de irreconciliação (Ef 4,3).
A amargura e a mágoa que acompanham um espírito irreconciliável destruirão a paz do coração. A paz e o espírito irreconciliável não poderão viver juntos. Se você pensar: “Não posso viver com a pessoa que agiu errado comigo”, lembre-se de que é a paz de Deus que deve reinar no seu coração. Se não pode amar essa pessoa, peça a Deus para amar esta pessoa por você e Ele o fará! Amando com o amor de Deus, você será cheio de paz (cf. Ef 4,1-3).
Perdão significa abrir mão, de uma vez para sempre, do direito de mover uma questão contra uma pessoa, ou seja, de vingar-se dela. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus é que tanto o ofensor como o ofendido tomem um novo começo, rumo a uma vida melhor.
Esteja disposto a cultivar a graça do perdão e você será feliz para todo o sempre diante de Deus!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 12/11/2012
HOMILIA DIÁRIA
Três importantes ensinamentos para o nosso coração
A Palavra de Deus hoje tem três coisas importantíssimas para o nosso coração.
“Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta a nossa fé!’” (Lc 17,5)
Meus amados irmãos e irmãs em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a Palavra de Deus hoje tem três coisas importantíssimas para o nosso coração. A primeira delas é que nós não podemos ser motivo de escândalo para ninguém, não podemos ser motivo de desânimo na fé; e isso tem de começar em nossa própria casa.
O escândalo é uma ocasião de contradição, é apontarmos uma direção, mas fazermos outra coisa. São escandalosos os pais que não dão bons exemplos para seus filhos; é um escândalo falarmos uma coisa, mas vivermos outra; é um escândalo não testemunharmos a nossa fé. Que nós não sejamos causa de queda para ninguém.
A Palavra de Deus nos chama à atenção para a correção fraterna. Devemos ter primeiro uma atitude de vigilância, depois de caridade quando nos corrigimos uns aos outros. Se nós não tivermos caridade no coração, não conseguiremos corrigir ninguém. Se nosso irmão erra, peca, falha, faz aquilo que não é correto, se ele começa ser causa de escândalo, de pecado, nós devemos chamá-lo em particular, conversar com ele e lhe dizer: “Irmão, não é esse o caminho. O que você faz ou está fazendo não está edificando você nem ninguém”. Se ele ouvir, o teremos ganhado; mais ainda: se ele fizer sete vezes algo que não edifica e sete vezes arrepender-se, deveremos perdoá-lo. Temos de perdoar sempre que alguém quer voltar do mau caminho.
Assim como Deus nos perdoa todas as vezes, nós também devemos perdoar uns aos outros setenta vezes sete como nos aponta a obra do Senhor. Nós não devemos negar o perdão a quem se arrepende, porque o Pai nunca nos negará o Seu perdão e a Sua bondade.
Por último, os apóstolos pedem ao Senhor: “Aumenta a nossa fé”. Jesus mesmo diz que se tivermos fé do tamanho de um pequeno grão de mostarda, Ele realizará milagres. Meus irmãos, não se trata apenas de crer em Deus, porque todos nós cremos n’Ele, mas trata-se de ter n’Ele a nossa confiança, de fazer d’Ele a nossa esperança e a razão da nossa vida. Se nós não nos desmotivarmos na fé, tudo aquilo que quisermos alcançará o Coração do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/tres-importantes-licoes-para-o-nosso-coracao/?sDia=11&sMes=11&sAno=2013 (11/11/2013)
HOMILIA DIÁRIA
A fé em Deus dirige e governa nossos passos
Se a fé dirigir os nossos passos: viveremos de forma correta, justa e teremos forças para perdoar e evitar escândalos
“Se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.” (Lucas 17,3-4)
No Evangelho de hoje, temos três ensinamentos de Jesus. Bem práticos à nossa vida cotidiana, aos nossos relacionamentos e tudo aquilo que vivemos inseridos na sociedade. O primeiro deles é evitar o escândalo. O que é o escândalo? É aquilo que fazemos e causa pecado no outro e o leva a pecar.
Devemos de todas as maneiras evitar escandalizar o outro, tendo comportamentos e atitudes que não edificam o próximo, ou seja, é preciso vigilância sobre os nossos atos, sobre aquilo que nós fazemos. Muitos podem pensar: “O outro não tem nada a ver com a minha vida”. Tem! Se a nossa missão é testemunhar, não podemos ser um contratestemunho do Evangelho, daquilo que cremos e acreditamos.
A segunda coisa é a necessidade do perdão, como regra fundamental de vida. O Evangelho, hoje, ensina-nos que antes do perdão existe a chamada: correção fraterna, correção com amor, a correção com a caridade. “Se o seu irmão pecar, corrige-o. Se ele se converter por aquilo que cometeu, perdoa-lhe, mas se o seu irmão sete vezes no dia pecar contra ti e sete vezes pedir perdão, não negue jamais o perdão a ele” (cf. Lucas 17,3-4).
Aqui está uma coisa muito importante: Deus não se cansa de nos perdoar, Ele nunca nega o Seu perdão, quando arrependidos vamos buscar o perdão. Só não existe perdão para o pecado que não é lamentado. Se não nos arrependemos daquele pecado, ele não está perdoado. Não é automático: “Já peguei, Deus me perdoou”. Não é assim! Precisamos nos arrepender e na contrição buscar o perdão de Deus, e Ele nos dará.
Quando pecamos contra o outro, precisamos nos arrepender. Se fizermos algo errado com o próximo, não é simplesmente dizer: “Me desculpa. Foi sem querer”. Precisamos demonstrar arrependimento por aquilo que fizemos, porque só o arrependimento nos leva a correção. O mesmo acontece com o outro, se ele falha conosco precisamos ver o arrependimento dele, porque é nesse arrependimento que ele se corrige e não negaremos o perdão.
E a terceira é a fé, viveremos isso se formos regados e cuidados pela fé. Ela pode ser pequena como um grão de mostarda, mas não importa o tamanho, o que importa mesmo é que tenhamos fé.
Com a fé, viveremos de forma correta, justa; teremos forças para perdoar e evitar escândalo, pois a fé dirige, governa e direciona os nossos passos.
Alimentemos a nossa fé para vivê-la e dar um verdadeiro testemunho dela, não para sermos a causa de queda de alguém, e sim, com o auxílio da fé perdoarmos uns aos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/11/2017
HOMILIA DIÁRIA
Toda correção nos ajuda a sermos melhores
“Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.” (Lucas 17,4)
A primeira atitude a qual o Evangelho de hoje nos convida é para sermos pessoas de fé e vivermos da fé. Ainda que a nossa fé seja pequena como um grão de mostarda, ela é capaz de fazer grandes milagres.
É preciso evitar escândalos, não podemos escandalizar ninguém, não podemos dar contratestemunho da nossa fé. Para nos mantermos firmes e coerentes na fé, precisamos colocar em Jesus a nossa confiança.
Depois, com a mesma fé, nós vivemos a força do perdão e da correção fraterna. Se o seu irmão pecar contra ti, corrigi-o na caridade, chama a atenção dele, do pecado, do erro que ele possa ter cometido, mas faça com amor, para ganhar o irmão e não para perdê-lo e afastá-lo.
Todos nós precisamos ser corrigidos, ajudados e alertados, precisamos uns dos outros. O que não pode acontecer é que, por orgulho, nos fechemos em nosso mundo, nos isolemos na nossa posição, nas nossas escolhas de vida e ninguém tenha acesso a nós e possa nos corrigir porque somos aquelas pessoas grossas, que não aceitamos ninguém nos corrigindo e já vamos logo respondendo, atacando ou virando contra aquele que nos corrigi.
A força da correção, que está em nós, deve, ao mesmo tempo, gerar a força do perdão
O irmão que nos corrige nos faz um grande favor, ele ajuda a salvar a nossa alma. Pode ser que a correção dele pare na nossa vaidade e no nosso orgulho, mas, se de bom coração e nos colocarmos na presença de Jesus, toda a correção nos ajuda a sermos melhores.
Aquele que corrige é o primeiro a ser corrigido, é aquele que de coração permite ser corrigido por Deus, porque, Deus só corrige aquele a quem ama, e o amor de Deus em nós deve nos corrigir a cada dia. Mas a força da correção que está em nós, deve, ao mesmo tempo, gerar a força do perdão.
Se o irmão pecar no mesmo dia sete vezes contra nós, se o irmão, por algum motivo, nos ofender e se arrepender, devemos perdoá-lo. Ainda que, humanamente nos fechemos e não tenhamos a disposição no primeiro momento, porém, como um bom filho, devemos sempre cair em si, em Deus e na graça de Deus; além de abrir o nosso coração para perdoar, porque Deus nos perdoa mais do que sete vezes ao dia. Não podemos fazer de outra forma, a não ser abrir o nosso coração para perdoar o irmão.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/11/2019
HOMILIA DIÁRIA
O perdão é o melhor caminho para a nossa vida
“Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.” (Lucas 17,3-4)
Prestemos bastante atenção na direção que Deus está dando ao nosso coração na relação com o nosso irmão. Primeiro, quando vemos alguém errar, pecar, falhar, devemos corrigir e repreender, porque, às vezes, a pessoa está na beira do abismo, vai cair, e precisamos puxá-la. É uma questão de caridade, e seria uma falta de caridade imensa vermos o outro errar e não o chamarmos: “Irmão, não é por aí não!”.
É verdade que tem que ter caridade, porque sem caridade não conseguiremos nada. Às vezes, até pecamos mais do que o irmão na falta ou no erro que ele cometeu. É por amor que corrijo o outro, é por amor que chamo à atenção o outro, mas não posso deixar de fazê-lo.
Precisamos ser justos conosco e com o outro também; dar o perdão e ajudar sempre o outro a melhorar
Erra gravemente o pai e a mãe que não corrige seu filho. Erra gravemente o irmão que não corrige o irmão. Erra gravemente o marido que não corrige a esposa e vice-versa. É preciso ter a prudência, o modo próprio, o tempo apropriado, mas é preciso sempre corrigir para que o mal maior não aconteça na vida daquele irmão e na vida de cada um de nós, porque nos falta a caridade de nos ajudarmos.
Que beleza o irmão que se arrependeu daquele mal que fez até contra você ou contra qualquer outra realidade! O grande remédio é o perdão. Seu filho errou, reconheceu que errou, arrependeu-se? Perdoe-lhe. E mesmo que ele cometa isso sete vezes num só dia, mas sete vezes se arrependa, perdoe-lhe. Não é que a pessoa agora pode cometer os erros à vontade. Não! A forma como Jesus está nos dizendo é que nós devemos sempre perdoar, porque o perdão é o caminho para nós, não só para a outra pessoa, mas para nós também reconstruirmos a nossa vida, reconsiderarmos nossas faltas e tomarmos o caminho da verdade.
Não sei quantas vezes precisei do perdão de Deus, perdi as contas de quantas vezes procurei o sacramento da confissão. Você sabe quantas vezes você precisou dele? Quantas vezes Deus já lhe perdoou no mesmo dia, na mesma situação, no mesmo pecado sem fazer conta como nós fazemos? Até achamos que Deus é “bobo” — com todo perdão da palavra —, porque, muitas vezes, é assim que tratamos a nossa relação com Ele. Até dizemos: “Deus vai me perdoar!”. Perdoar Ele vai, mas se não nos corrigirmos, o pecado vai nos estragar. Então, nós muitas vezes queremos ser perdoados, mas não queremos ser corrigidos.
Não adianta só perdoar o erro, tem que consertar o erro cometido. Se o seu filho quebra a vidraça do vizinho, não adianta só pedir perdão para ele, tem que pedir perdão e também corrigir a vidraça, tem que a trocar, colocar uma nova, até melhor do que aquela que foi estragada. Cometemos um erro na vida, e todas as vezes a misericórdia de Deus vai nos acolher, mas precisamos nos corrigir e reparar o mal que está em nós para que ele não cresça.
O perdão de Deus nunca há de faltar! Agora, se não nos emendarmos, se não nos corrigirmos, a justiça de Deus um dia vai nos julgar. Então, precisamos ser justos conosco e com o outro também, dar o perdão e ajudar sempre o outro a melhorar. Por isso é necessário nos corrigirmos e corrigirmos o outro.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 08/11/2021
Oração Final
Pai Santo, queremos ser testemunhas vivas da chegada de teu Reino em nós e entre nós. Faze-nos fontes de Paz e Perdão para todos os companheiros peregrinos, canais do teu Amor, que nos ofereceu o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/11/2012
Oração Final
Pai Santo, aumenta a nossa fé! Ela é tão pequenina... Faze-nos testemunhas do teu Amor, vivendo-o e o partilhando entre os irmãos; exercitando o perdão por vezes sem limites, acolhendo-os, cuidando com atenção e carinho de suas carências e desejos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos uma fé capaz de arrancar o egoísmo do nosso coração para que, juntos com os companheiros de caminhada, nós construamos, já nesta terra, os sinais do teu Reino de Amor. E firma a nossa esperança de recebermos um dia o teu abraço pleno de Misericórdia. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/11/2017
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, aumenta a nossa fé! Ela é tão pequenina… Faze-nos testemunhas do teu Amor, vivendo-O e O partilhando entre os irmãos; exercitando o perdão por vezes sem limites; acolhendo-os, cuidando com atenção e carinho de suas carências e desejos. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2019
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