sexta-feira, 26 de maio de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 26 /05/2023

ANO A


Jo 21,15-19

Comentário do Evangelho

A missão de Pedro.

Hoje, há um amplo acordo entre os especialistas de João de que o capítulo 21 é um acréscimo posterior, inserido para legitimar a missão de Pedro de ser o primeiro entre os iguais e, ainda, para fundar a sua missão num mandato do Senhor. Pedro não é apresentado ao longo de todo o quarto evangelho como o exemplo do homem de fé. Ele quer impedir Jesus de lavar-lhe os pés, nega o Senhor durante a paixão, depende sempre do “discípulo que Jesus amava” para reconhecê-lo presente e atuante na vida deles. A missão de Pedro, como a missão de toda a Igreja, está fundada num amor que antecede tudo e todos. Somente o amor incondicional à pessoa de Jesus, provado pela paixão e morte do Senhor, experimentado como força de vida, pode permitir que o seguimento e a missão confiada pelo Senhor de apascentar as ovelhas sejam vividos na gratuidade e na entrega generosa. Somente a experiência desse amor que perdoa é que pode conceder a Pedro a disponibilidade de ir aonde quer que o Senhor deseje que ele vá. Um dos sinais da maturidade da fé é deixar-se conduzir generosamente pelo Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.
Fonte: Paulinas em 06/06/2014

Vivendo a Palavra

Jesus perguntou a Pedro e nos pergunta ainda hoje: ‘tu me amas?’ Mas, cada vez que repete a pergunta, Ele quer que respondamos de forma sempre nova e mais profunda. As palavras são as mesmas, mas a responsabilidade da nossa resposta é mais comprometida: amar, no Cristo, os irmãos e dedicar-lhes nossa vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/06/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus perguntou a Pedro e nos pergunta hoje: ‘Tu Me amas?’ Mas, cada vez que repete a pergunta, Ele espera que a respondamos de forma renovada e sempre mais profunda. As palavras até podem ser as mesmas, mas a responsabilidade da nossa resposta é uma vida cada vez mais comprometida: amar, em Cristo, os irmãos e dedicar a eles a nossa vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/05/2020

Reflexão

O amor a Jesus é a condição fundamental para que possamos participar da missão evangelizadora da Igreja. Qualquer outra motivação é insuficiente para tal e está fadada ao fracasso. Não é a toa que Jesus pergunta três vezes a Pedro se ele o ama. Isso quer dizer que todos os que querem de fato participar da missão evangelizadora da Igreja devem se questionar constantemente sobre o seu amor a Jesus, renovar este amor a cada dia e buscar formas de aprofundar ainda mais este amor, principalmente através da participação na Eucaristia, leitura e meditação da Palavra, cultivo da vida interior e vivência cada vez maior do amor para com os pobres e necessitados.
Fonte: CNBB em 06/06/2014

Reflexão

Embora curto, o diálogo entre Jesus e Pedro é extremamente denso e significativo, porque toca a atitude essencial de todo cristão: amar. Ora, amar implica não só dizer que ama, mas demonstrar com atos concretos que ama realmente. O amor ensinado e praticado por Cristo pede a entrega da própria vida. Ele amou o próximo e os inimigos com amor total: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). O último ato de amor praticado por Jesus é incomparável: morreu na cruz em favor da humanidade. Essa é a disposição que Cristo espera de Pedro e dos cristãos. Pedro, o líder da comunidade apostólica, dá ao Senhor sua adesão sincera: “Tu sabes que eu sou teu amigo”. Então tem condições de conduzir o rebanho de Cristo: “Alimente as minhas ovelhas”.
Oração
Ó Jesus, caminho único que conduz ao Pai, tua conversa com Pedro é um ato de amor que favorece a cura interior dele que, pela tripla negação, havia rompido a relação contigo. O que esperas de Pedro é uma atitude de amor incondicional, uma entrega total à tua missão. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 29/05/2020

Reflexão

Nossa vocação é algo muito particular e próprio; contudo, ela não nos foi dada para nós mesmos. Nossa vocação alcança sua plenitude quando é posta a serviço dos irmãos e irmãs e da comunidade. Uma vocação encerrada em si mesma não desabrocha como deveria; como no caso de uma árvore malcuidada que não produz frutos abundantes nem saborosos o suficiente. Vocação significa compromisso que, por sua vez, implica responsabilidade. Pedro, por amor ao Mestre, é chamado a alimentar as ovelhas; e nós, em nossa vocação, por amor ao Mestre, somos chamados a realizar quais atividades? Por amor (e somente por amor) somos capazes de compreender situações duras e penosas, não por comodismo ou covardia, mas porque entendemos que seguir o Mestre pode ser algo extremamente perigoso. O Espírito Santo prometido vem em nosso socorro; mantenhamos a fé!
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 03/06/2022

Reflexão

Jesus ressuscitado submete Pedro a uma prova. A mesma pergunta, em três momentos consecutivos: “Pedro, tu me amas?”. Pedro toma consciência do que significa seguir a Jesus até as últimas consequências. “Tu sabes que sou teu amigo”: com essa resposta positiva, Pedro aceita entregar sua vida pelo Amigo, do mesmo modo que o Amigo entregou sua vida por nós. Concretamente, Pedro assume a condução do rebanho de Cristo: cordeiros e ovelhas, isto é, os líderes com o povo de Deus. Ser cristão é repetir ao Senhor, todos os dias, que o amamos, apesar de nossos pecados, nossa ignorância e nossas negações. À medida que nos colocamos na dinâmica do seguimento de Jesus, vamos amadurecendo no caminho que ele traçou para nós. Resposta fecunda do autêntico discípulo de Cristo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Você me ama mais que estes?»

Fr. Habel JADERA
(Bogor, Indonésia)

Hoje, o Evangelho nos fala sobre outra aparição de Jesus aos seus discípulos. De maneira profunda, o diálogo entre o Senhor e Pedro mostra-nos a misericórdia de Deus como seu grande amor pelos discípulos e pelo mundo. Este não é qualquer diálogo entre Jesus e seu discípulo Pedro. Tanto Jesus Cristo quanto Pedro falam de amor, cada um de sua perspectiva. As três perguntas de Jesus: "Você me ama mais do que essas?" (Jo 21,15) pode ser considerada como uma reafirmação do duplo estatuto de Pedro, a saber: por um lado, como discípulo que o ama mais do que os outros, e, por outro, como discípulo que o ama mais do que os seus pares. Em todo caso, o grande ato de amor de Jesus Cristo suscita uma profunda resposta da parte de Pedro.
Senhor, tu sabes que te amo", Simão parece ter consciência das três quedas, negando Jesus, o Filho de Deus que está diante dele e que diz aos discípulos: "não se perturbem os vossos corações", "a paz esteja convosco" (cf. Jo 14,27; 20,19).
Jesus conclui este diálogo tão importante com a confirmação da missão de Pedro e do primado que anteriormente lhe tinha concedido (cf. Mt 16,18-20), especialmente quando Cristo lhe diz: "Apascenta as minhas ovelhas". O cumprimento das ordens de Jesus exige um amor extraordinário, um amor missionário na alma. Este amor missionário deve ir “in crescendo”. Como afirmou o Papa Francisco, “o amor cria laços e expande a existência quando atrai a pessoa de si mesma para a outra”.
Para se tornar seus pastores, Jesus Cristo exige a seguinte característica básica do amor missionário: amá-lo mais do que a qualquer outra pessoa. Finalmente, como discípulos de Jesus, somos solicitados a tornar a "lei do êxtase" operativa. Ou seja, o amante deve “sair de si para encontrar no outro o crescimento do seu ser” (Francisco). O amor missionário nos leva a ir além de nós mesmos!
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O amor não é uma questão de milagres mas simplesmente de virtudes: 'O amor cumpre toda a lei' (Rm 13,10). Amai-vos uns aos outros e assim assemelhar-vos-eis aos apóstolos, estareis em primeiro lugar» (São João Crisóstomo)

- «"Tu Amas-me?" tem um significado universal, um valor duradouro. Constrói, na história da humanidade, o mundo do bem» (S. João Paulo II)

- «Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica (...). O «poder das chaves» designa a autoridade para governar a Casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, o «bom Pastor» (Jo 10, 11), confirmou este cargo depois da sua ressurreição: «Apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21, 15-17)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 553)

Reflexão

«‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Cuida das minhas ovelhas’»

Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart
(Tarragona, Espanha)

Hoje agradecemos a São João que nos deixe constância da íntima conversa entre Jesus e Pedro: «Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que te amo». Jesus lhe disse: «Cuida dos meus cordeiros» (Jo 21,15). —Desde os menores, recém nascidos à Vida da Graça... Tem que ter cuidado como se fosse Ele mesmo... Quando por segunda vez... «Jesus lhe diz: `Cuida das minhas ovelhas´», Ele está dizendo a Simão Pedro: — A todos os que me sigam, tu vais presidir no meu Amor, deveis procurar que eles tenham a caridade ordenada. Assim, todos saberão que por vos que seguem-Me; que a minha vontade é que passes por diante sempre, administrando os méritos que —para cada um— Eu tenho ganho.
«Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: `Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo´» (Jo 31,17). Faz-lhe retificar sua tripla negação, e só ao lembrar-se dela, o entristece. —Eu te amo totalmente, porém te tenha negado..., já sabes quanto chorei a minha traição, já sabes que encontrei consolo somente estando com tua Mãe e com os irmãos.
Encontramos consolo ao recordar que o Senhor estabeleceu o poder de apagar o pecado que separa-nos, muito ou pouco, de seu Amor e o amor dos irmãos. —Encontro consolo quando admito a certeza do meu afastamento de teu lado, e ao sentir de teus lábios sacerdotais o «Eu te absolvo» "poder de jurisdição".
Encontramos consolo neste poder das chaves que Jesus Cristo dá a todos os seus sacerdotes-ministros, para reabrir as portas de sua amizade. —Senhor, vejo que um ato de desamor ajeita-se com um ato de imenso amor. Tudo isso, leva-nos a valorar a jóia imensa do sacramento do perdão para confessar os nossos pecados, que realmente são "desamor".

Recadinho

Você procura amar a Cristo mais que aos outros? - Você é um membro atuante do rebanho de Cristo? - Você é uma ovelha querida, ou você vive longe do rebanho? - Você entende o verdadeiro significado do amor? - Você procura ser humilde quando está exercendo alguma autoridade? - Você pode dizer que segue a Cristo em cada instante de sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/06/2014

Meditação

Três vezes Pedro disse que nem conhecia Jesus. O que terá pensado e sentido quando Jesus lhe perguntou três vezes se o amava? Duas vezes respondeu: “Tu sabes que te amo”, apelando para o testemunho de Jesus. Na terceira vez entrega-se: “Tu sabes tudo, conheces minhas misérias, minhas covardias e meus medos. Mas sabes que, apesar de tudo, te amo do jeito que posso”. Olhemos com mais confiança no Senhor, pois certamente somos semelhantes nas atitudes de Pedro.
Oração
Ó Deus, que não cessais de elevar à glória da santidade os vossos servos fiéis e prudentes, concedei que nos inflame o fogo do Espírito Santo que ardia no coração de São Filipe Néri. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

TU ME AMAS?

Todo cristão deveria se defrontar com a tríplice pergunta que o Ressuscitado dirigiu a Pedro. Ela é bem precisa: "Tu me amas?", e não pode ser respondida com evasivas ou sem convicção. É sim ou não, com as respectivas consequências, tanto em termos pessoais - conversão interna -, quanto em termos sociais - testemunho público e seus riscos.
A melhor maneira de expressar nosso amor a Jesus é amar o próximo. E o ápice deste amor está em não poupar nada de si, quando se trata de servir, como fez Jesus.
Portanto, a pergunta do Ressuscitado poderia ser respondida assim: "Tu sabes que eu nutro profundo amor pelo meu próximo; podes ver como minha vida é toda vivida como doação; podes, igualmente, verificar como minha existência é tecida de gestos concretos de oblação. Esta é a prova de que, realmente, eu teu amo".
O Mestre não pode confiar no discípulo, cujo amor não é entranhado. Por isso, antes de confiar a Pedro a missão de presidir a comunidade dos cristãos, quis se assegurar do seu amor. Este procedimento de Jesus é plenamente acertado. O exercício do ministério, na Igreja, pressupõe o amor que ele exigiu de Pedro, quando lhe confiou a missão de conduzir o seu rebanho. Arrisca-se a descambar para a tirania a liderança de quem se põe à frente da Igreja sem amar, autenticamente, a Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de oblação faze-me demonstrar meu amor ao Ressuscitado, por meio da entrega total de minha vida ao serviço dos meus irmãos.
Fonte: Dom Total em 06/06/201429/05/2020 03/06/2022

Oração
Ó Deus, pela glorificação de Cristo e pela iluminação do Espírito Santo, abristes para nós as portas da vida eterna. Fazei que, participando de tão grandes bens, nos tornemos mais dedicados ao vosso serviço e cresçamos constantemente na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 06/06/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O amor que apascenta...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

____ São Pedro, desculpe a ousadia, mas nesse diálogo parece que Jesus não estava botando muita fé na sua pessoa, não é?
Pedro ____ (sorrindo) Não na minha pessoa, mas na missão que me foi confiada, e acontece que o recado não era só para mim, mas principalmente para as comunidades do final do primeiro século, que estavam perdidas e não sabiam o que era essencial no cristianismo...

____Ah é? Mas é o Senhor que aparece nessa conversa com Jesus, que João transmitiu em seu evangelho. Ele falou aqui que o Senhor ficou meio triste com a insistência de Jesus na mesma pergunta "Pedro tu me amas?".
Pedro ____ Sim, o texto fala a verdade, não só eu como todos os demais apóstolos passamos por essa crise de identidade que as comunidades também passaram. E acho que hoje vocês cristãos do terceiro milênio também passam...

___ Como assim São Pedro? Que crise é essa da qual o Senhor está falando?
Pedro_____ Vocês cristãos de 2014 amam de fato Jesus Cristo?

____ Nossa São Pedro, que pergunta sem propósito, claro que nós cristãos amamos a Jesus Cristo...
Pedro ____ Está vendo? Só perguntei uma vez e você se indignou, a gente sempre acha que, dizer sempre que se ama a Jesus é suficiente para nos sentirmos cristãos, entretanto, naquilo que somos para as pessoas, e naquilo que fazemos na comunidade, aí é que provamos o nosso amor por Jesus.

____ Mas São Pedro, apascentar é uma ação própria de um pastor, a conversa é com os dirigentes da Igreja e não com o Povo de Deus...
São Pedro ____De modo algum, a palavra apascentar significa pastorear, ser pastor na vida do outro, conduzi-lo pelo melhor caminho, leva-lo as melhores pastagens e saciar a sua sede nas águas tranquilas e refrescantes. Seria assim esse "Cuidar" do outro, preocupar-se com o outro, doar-se ao outro, em todos os sentidos...

____Xi, São Pedro, então quando a gente leva o outro para um atalho ou beco sem saída, a um pasto seco, e oferece a ele uma água salobra, não dando a mínima para o outro que caminha com a gente na comunidade...
São Pedro____ Isso mesmo, uma relação ríspida, superficial, descomprometida, sem nenhuma responsabilidade pela vida do outro, ou pior, aproveitar-se do outro para ter algum ganho, sendo o contrário do pastor, um Lobo voraz... Gente assim até diz que ama a Jesus Cristo, mas não passa de uma mentira deslavada... O testemunho incondicional do amor que SERVE é essencial na prática cristã, e prova autêntica de que de fato amamos o Senhor...

2. Pedro respondeu: Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo - Jo 21,15-19
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Amar e seguir são os dois verbos de quem tem alguma função na Igreja. Porque você é um seguidor de Jesus e o ama, sem deixar que nada se coloque entre você e ele, pode assumir cargos e funções na Igreja, que é também uma organização humana. Porque você ama muito a Jesus e ao rebanho, pode ser coordenador, supervisor, presidente, chefe, o que quiser, porque você será sempre, como Jesus, um servidor e, como Jesus, ocupará com alegria e tranquilidade o último lugar. No fim do Tempo Pascal, podemos ouvir os bispos da Nova Zelândia, citados pelo Papa na Exortação sobre a Santidade, dizendo que: “para podermos amar como ele nos amou, Cristo partilha conosco a sua própria vida ressuscitada. Dessa forma, a nossa vida demonstra o seu poder em ação, inclusive no meio da fragilidade humana”.

3. O PRÉ-REQUISITO DO AMOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

A comunidade dos discípulos do Ressuscitado deveria ter dirigentes e líderes. Jesus não pensou num tipo de comunidade anárquica, sem liderança. Ele mesmo estabeleceu um discípulo como referencial para os demais.
O discípulo escolhido, porém, não estaria isento da tentação da tirania e do autoritarismo. Por isso, Jesus exigiu dele uma proclamação pública e formal de seu amor por ele. Só depois disto, Pedro recebeu a missão de pastorear o rebanho de Cristo.
Essa confissão de amor do discípulo é rica de significados. Pedro declarou que Jesus seria o centro de sua vida, matando, assim, no seu nascedouro, qualquer tendência egoísta no trato com a comunidade. Só com um amor entranhado a Jesus estaria apto para ser pastor como desejava o Mestre. O discípulo precisava ter consciência de estar lidando com um rebanho que não lhe pertencia, ao qual estava sendo chamado a cuidar com todo o carinho.
O amor do discípulo para com Jesus impede-o de se colocar no centro da comunidade. Este lugar está reservado somente para o Senhor. O amor a Jesus tem dinamismo suficiente para agregar irmãos dispersos. Os pastores, por sua vez, precisam nutrir um amor profundo pelo Senhor, para formar comunidades coesas no amor a ele.
Oração
Senhor Jesus, sabes quanto te amo e estou unido a ti. Reforça este meu amor e faze de mim um servidor do teu rebanho.
Fonte: NPD Brasil em 29/05/2020

HOMILIA

SIMÃO TU ME AMAS?

O que mais atrai sobre nós a benevolência do Alto é a nossa solicitude para com Jesus na pessoa do próximo. Foi por isso que Cristo o exige de Pedro: Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? A resposta de Pedro por outro lado não esconde a sua satisfação e opção por Jesus. E então responde: Sim, Senhor, tu bem sabes que eu te amo. E Jesus lhe diz: Apascenta as minhas ovelhas.
Por que, deixando os outros apóstolos de lado, Jesus se dirige a Pedro? É que Pedro era o primeiro entre os apóstolos, o que falava em nome deles, o chefe do seu grupo, tanto que o próprio Paulo vem consultá-lo um dia, e não aos outros. Para demonstrar a ele que podia confiar plenamente. E porque que sua negação fora anulada, Jesus lhe dá agora a primazia entre os seus irmãos. Não menciona que o negou, nem o envergonha com o seu passado. “Se tu me amas, diz ele, Tome conta das minhas ovelhas que também são os teus irmãos. Ou seja, permanece à frente de teus irmãos; e dê provas, agora, daquele amor apaixonado que sempre demonstraste por mim, com tanta alegria! A vida, que dizias estar pronto a dar em meu favor, eu quero que a dês pelas minhas ovelhas. Está exigência é feita também a ti e a mim meu irmão. Se amamos a Deus devemos manifestá-lo em nossos irmãos e irmãs.
Interrogado uma primeira vez e depois uma segunda, Pedro apela para o testemunho daquele que conhece o segredo dos corações. Interrogado uma terceira vez, ele se perturba, e o temor o domina. Lembra-se de que outrora fizera afirmações solenes, que os acontecimentos haviam desmentido. E é por isso que procura, agora, apoiar-se em Jesus: O senhor sabe tudo e sabe que eu o amo, Senhor! É como se dissesse Senhor, Tu conheces tudo, o presente quanto o futuro. Vede como se tornou melhor e mais humilde, como perdeu sua arrogância e seu espírito de contradição! Perturbou-se ao pensamento de que podia ter a impressão de amar, sem amar realmente. Tanto estava seguro de mim mesmo no passado, pensa ele, como agora me sinto confuso. Jesus o interroga três vezes, e três vezes lhe dá a mesma ordem: Apascenta as minhas ovelhas. Demonstra assim o apreço que tem pelo cuidado de suas ovelhas, pois faz, de tal cuidado, a maior prova de amor para com ele.
Depois de ter falado a Pedro deste amor, Jesus prediz o martírio que lhe está destinado. Manifesta desse modo toda a confiança que deposita nele. Para nos dar um exemplo de amor e mostrar a melhor forma de amar, diz ele: Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas eu afirmo a você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para onde você não vai querer ir.
Era, aliás, o que Pedro tinha querido e desejado outrora; por isso é que Jesus lhe fala assim. Pedro dissera, com efeito: Eu darei a minha vida por ti! (Jo 13, 37). E também: Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei! (Mt 26, 35; Mc 14, 31). Jesus consente o seu desejo. Fala-lhe desse modo não para amedrontá-lo, mas para reanimar seu ardor. Conhece seu amor e sua impetuosidade; pode anunciar-lhe o gênero de morte que lhe reserva no futuro. Pedro sempre desejara enfrentar perigos por Cristo. Tem confiança, diz Jesus, teus desejos serão satisfeitos; o que não suportaste em tua mocidade suportará na velhice. E, para nos chamar a atenção, São João acrescenta: Jesus disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E esta palavra nos ensina que a nossa honra e glória está em dar a nossa vida por Cristo em nossos irmãos e irmãs que lutam por um lugar ao sol.
Pai torna cada vez mais consistente meu amor por teu Filho Jesus na pessoa do pobre, do órfão, da viúva, do abandonado, do doente, do drogado, da prostituta, do homossexual, deficiente e de todos aqueles que por esta ou outra razão estão privados da sua dignidade de ser criado à Imagem e semelhança vossa e confirma minha condição de discípulo e missionário do vosso Filho para que no poder e a força do Espírito Santo todos tenham vida e a tenham em plenitude. Amem!
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/06/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Lurgia Diária Comentada2 em 06/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Que nossas fraquezas não nos afastem do amor de Deus

Precisamos deixar que nossas fraquezas e nossos limites nos aproximem mais do Senhor e nos façam mais dependentes d’Ele, do Seu amor, da Sua misericórdia e da Sua bondade!

“’Simão, filho de João, tu me amas?’ Pedro disse: ‘Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Apascenta as minhas ovelhas’” (João 21,16).

O lindo relato do Evangelho de hoje nos mostra a aparição de Jesus aos Seus discípulos e, naquela oportunidade, quando eles faziam uma refeição, o Senhor fitou novamente o olhar de Simão Pedro, o mesmo que disse que daria a vida pelo Senhor, que estaria disposto a morrer por Ele e O negou três vezes. Jesus agora volta o Seu olhar misericordioso, Seu olhar de amor, e pergunta ao apóstolo: “Pedro, tu me amas mais do que esses? Pedro, tu me amas?”.
A pergunta certamente calou fundo no coração de Pedro. Ele, com aquele temperamento tempestivo, acostumado a responder às coisas, muitas vezes, da boca para fora, sem pensar, naquele momento, foi levado ao fundo do coração. Quando o Senhor lhe perguntou pela terceira vez, como deve ter lhe doído o coração – deve ter se recordado das três vezes em que O negara. Não é que o Senhor Jesus estivesse  se vingando de Pedro ou o cobrando por isso; pelo contrário, Ele estava dando a ele a oportunidade de, mais uma vez, reafirmar o seu amor, para que realmente a boca dele falasse aquilo que estava em seu coração – para ver se Pedro estava realmente disposto a amá-Lo até o fim.
Assim como Pedro reafirmou que O amava, o Senhor também reafirmou a confiança que tinha nele, ordenando-lhe que cuidasse de Suas ovelhas, que cuidasse dos Seus cordeiros, que cuidasse do Seu rebanho.
Sabem, meu irmãos, nós precisamos pensar naquilo que nós falamos, pois, muitas vezes, falamos as coisas da boca para fora e a boca nem sempre corresponde ou diz aquilo que de fato nós cremos, acreditamos ou sentimos. As palavras, muitas vezes, perdem o sentido; quantas pessoas já declararam amor umas às outras, quantas pessoas já juraram amor sem fim e hoje nem se falam, nem se olham mais. Da mesma forma, quantas pessoas já juraram amor a Deus, já choraram de amor pelo Senhor e hoje não têm nem mais tempo para Ele, para a Igreja, para se dedicar a Deus.
Não é que Deus leve em conta as nossas faltas e as nossas fraquezas; o Senhor perdoou a Pedro uma, duas, três e quantas vezes isso foi preciso e Ele vai nos perdoar quantas vezes isso for necessário. Mas é preciso que as nossas quedas e as nossas fraquezas não nos deixem para baixo, não nos afastem de Deus; pelo contrário, que sejam uma ocasião para nos levantarmos, para nos reerguermos e para ficarmos mais de pé, mais firmes, mais convictos do nosso amor pelo Senhor.
Quantas pessoas aproveitam de suas quedas e deixam que as quedas as levem para longe de Deus. Nós precisamos deixar que nossas fraquezas e nossos limites nos aproximem mais do Senhor, nos façam mais dependentes d’Ele, do Seu amor, da Sua misericórdia e da Sua bondade!
Que não proclamemos que amamos o Senhor somente da boca para fora, mas que a nossa vida corresponda àquilo que nós falamos: “Sim, Senhor, Tu sabes que eu te amo!”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos nos reerguer pelo perdão de Deus

“Pela terceira vez, perguntou a Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’ Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: ‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo’” (João 21,17).

Olho para o coração de Jesus: bondoso, misericordioso, afetuoso e vejo como o coração d’Ele cura o nosso coração dos traumas, ressentimentos, rancores, mas, sobretudo, dos sentimentos de culpas que, muitas vezes, levamos na alma e no coração. O sentimento de culpa que nos faz viver mergulhados na retração, na vergonha e no medo. Um sentimento de culpa que não nos deixa sair de nós para ir para a frente. Em Deus não há culpa, n’Ele só há perdão e misericórdia.
Somos nós quem vivemos de culpas e desculpas, é mais do que desculpas, é perdão. Desculpas é quando dizemos: “Sim, eu errei”, mas o perdão é quando nos levantamos do erro e seguimos para a frente.
Você se recorda que Jesus ainda estava no meio dos Seus discípulos, durante quarenta dias, e Pedro não teve a coragem de encarar Jesus? Porque Pedro disse que daria a sua vida por Jesus, que estaria disposto a morrer por Ele, mas negou Jesus três vezes. Jesus não correu de Pedro, pelo contrário, Ele ficou muito perto dele durante esses quarenta dias. O pecado em quem tem juízo causa vergonha, constrangimento e sentimento de culpa. Adão e Eva se esconderam quando pecaram, Pedro também estava lá escondido. Nós também nos retraímos, nos afastamos, vivemos longe, nem confessar queremos mais.

Em Deus não há culpa, n’Ele só há perdão e misericórdia

Se não vamos atrás da misericórdia e da bondade de Deus, a misericórdia d’Ele bate à nossa porta. Jesus ficou durante quarenta dias batendo na porta do coração de Pedro, não do nosso jeito, porque do nosso jeito gostamos de jogar as coisas na cara, de cobrar e dizer: “Está vendo o que você me fez?”.
Jesus não, porque a única coisa que Ele queria dizer é que o amor d’Ele por Pedro era maior do que tudo. É óbvio que ficava constrangedor dizer: “Pedro, estou aqui porque te amo”. Jesus quis saber outra coisa: “Pedro, tu me amas?”. E Pedro respondeu: “Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta os meus cordeiros”.
Como Jesus mesmo tinha dito antes: “Tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja”, talvez Pedro tivesse pensado: “Aquilo que Jesus me confiou já não é mais meu, porque pisei na bola”. Então é como se Jesus dissesse: “Pedro, agora mais do que nunca, apascenta as minhas ovelhas, os meus cordeiros. Toma frente, toma posse daquilo que te dei, da responsabilidade que te passei”.
Nenhuma culpa, nenhum pecado pode tirar de nós a responsabilidade do amor de Deus que está em nós. Jesus procurou o coração de Pedro para curá-lo. Pedro pecou três vezes, e três vezes Jesus permitiu amá-lo.
Não sei quantas vezes erramos, pecamos e falhamos, mas não podemos ficar no erro, na culpa, no sentimento de culpa e nem nas desculpas. Precisamos nos reerguer pelo perdão de Deus porque não podemos parar, precisamos amar e levar esse amor a todos os corações.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/05/2020

HOMILIA DIÁRIA

Deixe-se seduzir pelo amor de Jesus

“Jesus manifestou-se aos seus discípulos e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?’ Pedro respondeu: ‘Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo’. Jesus disse: ‘Apascenta os meus cordeiros’” (João 21,15).

Meus irmãos e minhas irmãs, as perguntas não param aqui, porque Jesus pergunta três vezes a Pedro sobre a realidade do amor, mas o padre leu só a primeira parte, porque esse trecho já é bem conhecido por todos nós. Também já passamos pela experiência de sermos interrogados pelo Senhor: “Tu me amas?”, “Tu me amas mais do que estes?”, “Tu me amas mais do que essa situação que você está vivendo, mais do que os seus bens materiais, do que as pessoas?”. Ou seja, todos nós já fomos confrontados com essa realidade.
Jesus conhece tudo de nós, certamente Ele já sabia qual era a resposta de Pedro, mas a resposta não servia para Jesus, a resposta servia muito mais para o próprio Pedro. Porque, às vezes, as perguntas que Deus nos coloca são justamente para suscitar dentro do nosso coração que tomemos posse do amor que cultivamos para com o Senhor. É para que eu e você avaliemos se realmente o nosso amor tem qualidade, tem profundidade, e se realmente estamos dispostos a dar a vida por causa de Jesus Cristo.
O trecho que é traduzido aqui para o português, e, infelizmente, perde uma coisa muito importante, porque a palavra grega que aparece aqui nas respostas de Pedro é “Phileo”, que não é o Ágape, o amor Ágape, mas é o amor “Phileo”, é o amor de amizade, é um amor — digamos, num nível inferior. Não que ele seja ruim — pelo amor de Deus! — mas ele está num nível inferior.
Pedro, naquele momento, naquela ocasião, só conhecia a palavra “gostar”, ele não conhecia a palavra “amar”. O seu amor ainda não havia escalado a montanha do calvário, o seu amor não tinha ainda escalado a montanha da cruz, do sacrifício e da renúncia. O amor de Pedro estava numa admiração por Jesus, muitas vezes, no oportunismo, porque pensava no messianismo de Jesus de uma maneira errada e equivocada. O amor de Pedro estava um pouco iludido sobre a pessoa de Jesus ou, muitas vezes, era um amor utilitarista.

Peça a nosso Senhor que faça crescer o seu amor por Ele, peça a nosso Senhor que o seu coração se encante mais uma vez com Ele

Quantas vezes também amamos assim: utilizando as pessoas, iludindo-nos com o oportunismo. Muitas vezes, admiramos as pessoas, mas basta uma decepção, e já a descartamos. Muitas vezes, também só conhecemos a palavra “gostar”, não conhecemos a palavra “amar”.
Pedro teve que aprender a dizer “Eu te amo, Senhor”, dando a vida por Jesus, tanto é que foi crucificado de cabeça para baixo por amor a Jesus Cristo.
Mas, hoje, essa pergunta que Jesus também faz ao meu e ao seu coração quer comprometer a nossa vida. Por isso, tenha a coragem de deixar que Jesus pergunte para você hoje: “Tu me amas de verdade?”, “Tens me amado com a sua vida, com tudo aquilo que você faz?”. Tenha a coragem de fazer essa pergunta hoje para você, e tenha a coragem de colher as respostas.
Se elas estão ainda nesse nível inferior do gostar, desses elementos tão frágeis do amor, peça a nosso Senhor que faça crescer o seu amor por Ele, peça a nosso Senhor que o seu coração se encante, mais uma vez, com Ele e deixe-se seduzir pelo amor de Jesus. É essa experiência que somos convidados a fazer, é essa a graça que o Senhor quer dar a cada um de nós com essa Palavra.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/06/2022

Oração Final
Pai Santo, dá-nos coragem para não fugirmos da pergunta de Jesus – Tu me amas? – e grandeza de alma para respondê-la a cada dia de forma mais comprometida com os irmãos que colocaste ao nosso lado no caminho desta vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/06/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, dá-nos coragem para não fugir da pergunta recorrente de Jesus – «Tu me amas?» – e grandeza d’alma para respondê-la cada dia de forma mais firme e comprometida com os irmãos que colocaste ao nosso lado nos caminhos desta terra encantada. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/05/2020

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