terça-feira, 24 de janeiro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 24/01/2023

ANO A


Mc 3,31-35

Comentário do Evangelho

A comunidade de Jesus

Marcos não tem nenhuma mariologia desenvolvida, o que virá nos escritos posteriores da tradição cristã. Maria e os parentes de Jesus vão buscá-lo, pois eles também pensavam que Jesus estivesse fora de si: "E voltou para casa. E, de novo, a multidão se apinhou, a ponto de não poderem se alimentar. Quando os seus tomaram conhecimento disso, saíram para detê-lo, pois diziam: está fora de si" (Mc 3,20-21). Efetivamente, os que estão "do lado de fora" (Mc 3,31) não podem compreender a missão e a identidade de Jesus. Tudo parece loucura. Os que ele reúne, os "que estão ao redor dele" (3,34), são os que compreendem, e para eles as palavras e os gestos de Jesus não só têm sentido, mas dão sentido à vida. A comunidade dos discípulos é caracterizada não mais pela descendência do sangue, mas pela adesão à pessoa de Jesus Cristo, e pelo dinamismo da busca e realização da vontade de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus.
Fonte: Paulinas em 29/01/2013

Vivendo a Palavra

Jesus se declara cidadão da humanidade. Não qualquer uma, mas a humanidade constituída pelos que fazem a vontade de Deus. Abre, assim, para todos e cada um de nós, a possibilidade de nos tornarmos irmão, irmã, mãe do Cristo Jesus. Certamente, Maria também tem – e de modo especial – esta mesma cidadania.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus de Nazaré se declara cidadão da humanidade. Não qualquer uma, mas a humanidade constituída pelos que ‘fazem a vontade de Deus’. Abre, assim, para todos e para cada um de nós, a possibilidade de nos tornarmos irmão, irmã e mãe do Cristo. Certamente, Maria também tem – e de modo muito especial – esta mesma cidadania: ela sempre cumpriu a vontade do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/01/2019

Reflexão

Somos convidados pelo evangelho de hoje a descobrir a verdadeira família à qual nós pertencemos: a família dos filhos e filhas de Deus, que procura conhecer e por em prática a vontade do Pai e participar do seu projeto de construção do mundo novo, da civilização do amor, sinal do Reino definitivo. Participar dessa verdadeira família não significa negar a nossa família terrena, nem os nossos relacionamentos sociais e afetivos, mas subordinar essas duas realidades à realidade maior, que é a família dos filhos e filhas de Deus, fazendo, assim, com que haja uma verdadeira hierarquia de valores na nossa vida, que subordina o temporal ao eterno.
Fonte: CNBB em 29/01/2013

Reflexão

Em outra circunstância, apresentaram-se os parentes de Jesus para tirá-lo de circulação, pois diziam que ele estava louco. É claro que nessa comitiva não estava sua mãe Maria. No episódio de hoje, porém, a mãe está presente, junto com outros familiares. As intenções parecem ser boas, pois querem vê-lo e o mandam chamar, já que estava palestrando com muita gente sentada ao seu redor. Jesus aproveita a ocasião para nos oferecer um novo conceito de parentesco que nasce da fé. Não são os laços de sangue que nos tornam próximos e irmãos de Jesus. Sua família doravante será constituída por aqueles que fazem a vontade de Deus. Uma família que abarca todas as raças e culturas e vai se multiplicando e aumentando à medida que as pessoas aceitam Jesus Cristo e se dispõem a viver fraternalmente.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 29/01/2019

Reflexão

Em outra circunstância, apresentaram-se os parentes de Jesus para tirá-lo de circulação, pois diziam que ele estava louco. É claro que nessa comitiva não estava sua mãe Maria. No episódio de hoje, porém, a mãe está presente, junto com outros familiares. As intenções parecem ser boas, pois querem vê-lo e o mandam chamar, já que estava palestrando com muita gente sentada ao seu redor. Jesus aproveita a ocasião para nos oferecer um novo conceito de parentesco que nasce da fé. Não são os laços de sangue que nos tornam próximos e irmãos de Jesus. Sua família doravante será constituída por aqueles que fazem a vontade de Deus. Uma família que abarca todas as raças e culturas e vai se multiplicando e aumentando à medida que as pessoas aceitam Jesus Cristo e se dispõem a viver fraternalmente.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe»

Rev. D. Josep GASSÓ i Lécera
(Ripollet, Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos Jesus — numa cena muito especial e, também, comprometedora— ao seu redor havia uma multidão de pessoas do povoado. Os familiares mais próximos de Jesus chegaram desde Nazaré a Cafarnaum. Mas, quando viram tanta quantidade de gente, permaneceram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram» (Mc 3,32).
Na resposta de Jesus, como veremos, não há nenhum motivo para rechaçar os seus familiares. Jesus tinha se afastado deles para seguir o chamado divino e mostra agora que também internamente renunciou a eles: não por frialdade de sentimentos ou por menosprezo dos vínculos familiares, senão porque pertence completamente a Deus Pai. Jesus Cristo fez Ele mesmo, pessoalmente, aquilo que justamente pede aos seus discípulos.
Em vez da sua família da terra, Jesus escolheu uma família espiritual. Passando um olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse-lhes: «Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe». (Mc 3, 34-35). São Marcos, em outros lugares do seu Evangelho, refere outro dos olhares de Jesus ao seu redor.
Será que Jesus quer nos dizer que só são seus parentes os que escutam com atenção sua palavra? Não! Não são seus parentes aqueles que escutam sua palavra, senão aqueles que escutam e cumprem a vontade de Deus: esses são seu irmão, sua irmã, sua mãe.
Jesus faz uma exortação a aqueles que estão ali sentados —e a todos— a entrar em comunhão com Ele através do cumprimento da vontade divina. Mas, vemos, também, na suas palavras uma louvação a sua mãe, Maria, a sempre bem-aventurada por ter acreditado.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«De pouco tivesse servido a Maria a maternidade corporal se não tivesse concebido primeiro a Cristo, da maneira mais feliz, em seu coração, e só depois em seu corpo» (Santo Agostinho)

- «”Proclama minha alma a grandeza do Senhor” (Lc 1,46). Maria expressa aí todo o programa de sua vida: não se pôr a se mesma no centro, mas deixa espaço a Deus; só então o mundo se faz bom» (Bento XVI)

«Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38). Assim, dando o seu consentimento à palavra de Deus, Maria tornou-se Mãe de Jesus. E aceitando de todo o coração, (...), a vontade divina da salvação, entregou-se totalmente à pessoa e à obra do seu Filho para servir» (Catecismo da Igreja Católica, n° 494)


Meditação

“Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” Na Carta aos Romanos encontramos esta frase: “Pois o Reino de Deus não é comida e bebida, mas é justiça e paz, e alegria no Espírito Santo” (14,17). Paulo diz a mesma coisa que Jesus: nossa salvação não pode vir dos bens naturais ou dos relacionamentos humanos. Somos salvos se “fazemos a vontade de Deus”, se aceitamos a vida que nos oferece e nos deixamos transformar por Ele. Sua Palavra é nossa luz!
Oração
Ó Deus, para a salvação da humanidade, quisestes que São Francisco de Sales se fizesse tudo para todos; concedei que, a seu exemplo, manifestemos sempre a mansidão do vosso amor no serviço a nossos irmãos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

PROCURA INÚTIL?

A procura de Jesus, por parte de sua mãe e irmãos, à primeira vista parece ter sido inconveniente e inútil. Inconveniente, por ter acontecido numa hora em que o Mestre estava rodeado por muita gente. Afastar-se, naquele momento, significava interromper o ensinamento dirigido ao povo. Inútil, por que, para ele, os laços de sangue tinham pouca importância. Logo, não havia motivo para dar-lhes um tratamento especial.
Entretanto, as coisas não foram bem assim. A chegada da mãe e dos irmãos de Jesus serviu-lhe de motivo para dar um ensinamento de extrema importância: o relacionamento entre os discípulos do Reino teria como ponto de referência a prática da vontade do Pai. Esta seria a maneira pela qual deveria articular-se o novo povo de Deus, para além de parentescos sangüíneos ou da pertença a este ou aquele povo. Doravante, a submissão à vontade do Pai, explicitada nas palavras do Filho, seria a forma de vincular-se ao Reino.
É incorreto interpretar as palavras de Jesus como uma forma de desprezo aos seus familiares. Se assim fosse, estaria indo na contramão da mais elementar piedade bíblica, a qual incluía o respeito aos genitores como algo quase sagrado, e da cultura judaica, fortemente alicerçada nas relações familiares.
Portanto, a procura de sua mãe e de seus irmãos foi de grande utilidade para Jesus, pois motivou-o a ensinar que os laços sangüíneos devem estar submetidos a algo muito mais radical e abrangente: a fidelidade a Deus.

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus.
Fonte: Dom Total em 29/01/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Fazer a Vontade de Deus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Outro dia alguém desabafou perto de mim "Tem muita coisa boa nesta vida, que a gente quer fazer, mais contraria a Vontade de Deus, parece que os maus, aqueles que não estão comprometidos com o Reino e nem frequentam Igreja nenhuma, são mais felizes pois fazem o que querem nesta vida".
Quando se fala na Vontade de Deus, dá-se a impressão de que Ele é um tremendo estraga-prazer, que vai contra tudo o que é bom de fazer, e a vida de Fé nesta terra até parece àquela competição de Cabo de Guerra, Deus puxa para um lado, e o Ser Humano para o outro..."
Se cristianismo fosse isso, nós cristãos seríamos os mais infelizes de todos os homens, o primeiro homem Adão e a mulher Eva, viviam na plenitude da comunhão com Deus, a finalidade para a qual Deus os criou estava em pleno acordo: eles eram objeto do amor de Deus e viviam em um paraíso, que antes de ser um lugar geográfico, é um estado de espírito do homem em sintonia com Deus Criador. Não tinham e nem preconizavam ter nenhuma ambição, tudo o que um Ser humano deseja ser nesta vida, realizando-se na plenitude do amor, nossos primeiros pais já tinham, até que… conheceram a possibilidade do mal e fizeram opção por ele...
No evangelho de hoje estamos diante do novo Povo que vai surgindo com Jesus, este retorno á vida de comunhão com Deus vai custar a Vida do Verbo Encarnado, mas o homem, que havia se perdido em si mesmo e não mais se achava, porque diante dele só estava o Mal, agora terá a possibilidade de optar pelo Bem, este Bem que está precisamente nas palavras e ensinamentos de Jesus, que por sua vez é a Palavra de Deus.
O retorno da humanidade aquele estado de vida inicial, passa por Jesus, aliás, só Ele é o caminho que conduz ao Pai, e nem um outro. Até aí tudo bem mais, sendo o homem um ser social, essa experiência de amor e de comunhão com Deus manifestado em Jesus, só se torna possível na relação com o outro, e aí a comunidade é o lugar por excelência, que nos conduz a esse paraíso, que não está lá atrás, perdido no passado, mas está á nossa frente, motivando-nos a caminhar sempre mais, alimentados pela Esperança que um dia transbordou do coração de Deus Filho naquela cruz, e inundou toda a nossa vida, permitindo-nos sonhar, desejar e alcançar essa plenitude feliz, que é eterna...

2. A Mãe de Jesus e seus parentes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A Mãe de Jesus e seus parentes, que são chamados de irmãos e irmãs, estavam procurando Jesus. Ele então perguntou: “Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?”. E acrescentou: “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Jesus não está desfazendo de sua mãe e de seus familiares. Ele está dizendo que sua família é mais ampla do que a que é constituída pelos laços de sangue. São membros da família de Jesus todos os que fazem a vontade de Deus. No Novo Testamento, não foi Maria a primeira a dizer “sim” à vontade de Deus, quando o Anjo lhe anunciou a encarnação do Salvador? Maria é, pois, a primeira na família de Jesus. Ela nos ensina a dizer sempre “sim” à vontade de Deus. Maria é a mãe natural de Jesus e é também discípula do Mestre. Diz o Concílio Vaticano II que “o Pai das misericórdias quis que a Encarnação fosse precedida da aceitação por parte da Mãe predestinada”. Maria primeiro concebeu na mente e depois no corpo. A concepção física é precedida da disposição de acolher a vontade de Deus. Maria pertence à família de Jesus pelo sangue e pelo espírito. Pertencer pelo espírito significa ser discípula, seguidora do Mestre, que é seu próprio Filho. Assim também nós. Não apenas estamos na família de Jesus, que é a Igreja. Queremos ser da família, discípulos seguidores do Mestre.
Fonte: NPD Brasil em 29/01/2019

HOMILIA DIÁRIA

Como discípulos fazemos parte da família de Jesus

Postado por: homilia
janeiro 29th, 2013

Marcos, no início de Seu Evangelho, apresentou a tensão entre “sinagoga”, da qual Jesus se afasta, e “casa”, que passa a ser o local de reunião das novas comunidades em torno de Jesus.
Vemos, no texto de Mc 3,31-35, que Jesus se encontra dentro da casa, seus parentes do lado de fora e a multidão ao Seu redor, ouvindo-O. Estão reunidos os discípulos e discípulas em torno de Jesus, como também a multidão – pessoas do povo -, capaz de deixar tudo e segui-Lo. São aleijados, coxos, pobres, doentes que estão “como ovelhas sem pastor” (Mc 6,34).
“Participar da casa” é participar do banquete da vida, da aproximação com o outro como espaço de diálogo e compreensão. Para poder “entrar na casa” é preciso romper com o sistema de opressão que há em nossa sociedade, na medida em que faço do outro instrumento da minha vontade e o coloco em disputa com os demais. A casa é o lugar apropriado para desenhar a proposta que Jesus deseja anunciar e promover o sistema de relação social.
“…Um profeta só é desprezado em sua pátria, em sua parentela e em sua casa” (Mc 6,4). As pessoas capazes de compreender a missão de Jesus são aquelas que fazem a experiência d’Ele. Os mais próximos se afastam diante da missão de Jesus, enquanto os mais distantes se aproximam d’Ele e de Sua missão. “Aproximar da missão” é encontrar-se dentro da casa e reconhecer em Jesus a presença do Reino de Deus.
No relato de Marcos 3,20-21, encontramos que o “estar na casa” é o principal foco e eixo de partida, enquanto que, nos versículos 31-35, o grande eixo é a pergunta: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”. Jesus se sente próximo e familiar a todos que se deixam envolver por seu projeto. O grau de parentesco é como um título para que se possa fazer parte da nova comunidade e requer, acima de tudo, fidelidade. Enquanto, anteriormente, a preocupação da família era a incompreensão da missão de Jesus, o qual tinha a família como eixo estrutural, agora Jesus nos diz: “…eis a minha mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3,34-35).
É preciso ser obediente a Deus, porque no centro está o ser humano e suas necessidades. Estar sentado à Sua volta é estar atento aos Seus ensinamentos: “Enquanto caminhavam, Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e ficou escutando a sua palavra. Marta estava ocupada com muitos afazeres. Aproximou-se e falou: «Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela venha ajudar-me!» O Senhor, porém, respondeu: «Marta, Marta! Você se preocupa e anda agitada com muitas coisas; porém, uma só coisa é necessária, Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada.»”(Lc 10,38-42).
É a unidade em Jesus que se deve fazer evidente numa opção de vida, na instauração de uma família, como também na vida. Viver a vida com adesão ao projeto divino e na construção de um mundo novo, no qual a esperança nos move para frente para podermos chegar “…a uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel”.
O evangelista Marcos nos deixa claro, aqui, que o importante é entrar na casa, conversar, dialogar e participar da vida com o(a) outro(a). Assim, a comunidade do discipulado será a nova família que queremos formar.
Portanto, as palavras de Jesus, questionando “quem é sua mãe e quem são seus irmãos”, têm o sentido de revelar que o dom de Deus, n’Ele presente, não se restringe a laços consanguíneos privilegiados. Jesus substitui esses laços estabelecidos na tradição pelos laços do amor verdadeiro e sem fronteiras, que vão muito além dos limites de família ou raça.
A verdadeira família é aquela constituída por pessoas que, fazendo a vontade de Deus, tornam-se discípulas de Jesus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 29/01/2013

HOMILIA DIÁRIA

O que me faz íntimo de Jesus é colocar em prática a vontade do Pai

Os laços que nos prendem a Deus é fazer a vontade d’Ele

“Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Marcos 3, 34).

A graça do Evangelho de hoje é ver que os parentes de Jesus queriam vê-Lo. Nós, também, somos assim. Pois, se chegar um parente nosso nos procurando, queremos logo dar atenção a ele, afinal de contas, é nossa família.
Mas, Jesus mostra que o conceito de parentesco no Evangelho acontece de outra forma. Porque, não são os laços sanguíneos que mantêm as pessoas em comunhão com Ele. Visto que até essas pessoas colocaram-se contra Jesus, tentaram o eliminar e, inclusive, expulsaram Jesus da Sua cidade natal.
No Evangelho, não são os laços sanguíneos os mais importantes, já que, os laços que nos prendem a Deus é fazer a vontade d’Ele.
“Aqui estão meus irmãos, aqui estão minhas irmãs, são todos aqueles que fazem a vontade de Deus”. Talvez, você possa pensar que Jesus diminuiu a Sua mãe e Seus parentes mais próximos, de forma nenhuma. Ele apenas reconheceu que não basta ter laços sanguíneos, é preciso ter laços evangélicos, laços no amor, laços em Deus.
Laços sanguíneos se rompem, laços em Deus se eternizam. Os laços sanguíneos se separam com a morte ou com alguma outra circunstância, mas os laços em Deus são eternos. Por isso, Deus nos quer laçados a Ele, quer que tenhamos comunhão com Ele. Mas não por aquilo que faço ou por aquilo que sou, e sim por aquilo que vivo.
Se levam a linguagem para o sentido da vida, as pessoas se acham importantes por conta dos trabalhos que fazem na Igreja. “Olha, Jesus, o ministro da Eucaristia está aí”. “Olha, Jesus, os Seus cantores estão aí”. “Olha, Jesus, aquelas beatas estão aí”. “Mas quem são Meus cantores, quem são Meus beatos, quem são Meus seguidores”? São aqueles que fazem a vontade de Deus, porque, podemos cantar, pregar, celebrar, rezar e, mesmo assim, não fazermos a vontade de Deus. Pois, o que me faz íntimo de Jesus é colocar em prática a vontade do Pai
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/01/2019

Oração Final
Pai Santo, todas as vezes que seguirmos teu Filho, orando com Ele “Seja feita a tua vontade”, faze-nos recordar o que isto significa: que desejamos conformar a nossa vontade com a tua Vontade e, assim, fazermo-nos teus filhos, como o Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, todas as vezes que seguirmos teu Filho, orando com Ele “Seja feita a tua Vontade”, faze-nos recordar o que isto significa: que desejamos conformar a nossa vontade com a tua Vontade e, assim, fazermo-nos filhos teus, como o é o Cristo Jesus, nosso Irmão Maior que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/01/2019

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