ANO A
Mc 3,22-30
Comentário do Evangelho
Jesus age com o poder do Espírito Santo
Para os contemporâneos de Jesus, era desconcertante o que ele ensinava e fazia. Esse desconcerto faz o narrador dizer que os escribas pensavam que ele estava possuído por Beelzebu e que a ação pela qual Jesus libertava as pessoas de seus males era do demônio (v. 22). O ouvinte ou o leitor do evangelho sabe, nós o sabemos, que Jesus é revestido e conduzido pelo Espírito (Mc 1,9-13). Ademais, ninguém podia fazer o que ele fazia, se Deus não estivesse com ele (cf. Jo 9,33). Portanto, a percepção dos escribas é equivocada e, ela sim, é portadora do mal. A blasfêmia contra o Espírito Santo consiste em sustentar que Jesus, que expulsa os demônios pela força do Espírito Santo, tem um espírito impuro; nisto, precisamente, está a maledicência. Olhando de outro ponto de vista, o texto é um convite ao ouvinte e ao leitor a reconhecer em tudo o que Jesus faz a presença do Espírito Santo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, sou-te infinitamente grato, pois, em Jesus Cristo movido pelo Espírito Santo, tua libertação chega até nós, vítimas de tantas formas de opressão.
Fonte: Paulinas em 28/01/2013
Vivendo a Palavra
Jesus nos fala sobre a casa dividida que não consegue sobreviver, para que revejamos a nossa convivência na Igreja. Será que nós formamos uma comunidade como foi sonhada, ensinada pelo Mestre e, no início, esboçada pelos primeiros cristãos? Como está a nossa conversão?
Fonte: Arquidiocese BH em 28/01/2013
VIVENDO A PALAVRA
Jesus nos fala sobre a casa dividida que não consegue sobreviver, para que revejamos a nossa convivência na Igreja. Será que nós formamos uma comunidade fraterna, como foi sonhada, ensinada pelo Mestre e, no início, esboçada pelos primeiros cristãos? Como anda o nosso processo de conversão?
Fonte: Arquidiocese BH em 28/01/2019
Reflexão
A inveja nos faz capazes de encontrar os motivos mais terríveis para condenar alguém que pratica o bem. Com Jesus não foi diferente.Os mestres da Lei viam tudo o que Jesus fazia e não podiam negar os fatos, mas quando deveriam aderir à proposta de Jesus, a inveja tomou conta dos seus corações. Como o poder de Jesus não podia ser contestado, resolveram contestar a origem de tal poder, afirmando que este não era a manifestação de uma realidade divina, e sim diabólica, atribuindo a Jesus o que de fato era a origem dos seus próprios pensamentos, uma vez que negavam como divina a ação do próprio Espírito Santo, e isso sim, é algo diabólico.
Fonte: CNBB em 28/01/2013
Reflexão
Uma comitiva oficial desce de Jerusalém, o centro do poder religioso, econômico e político. São alguns doutores da Lei que chegam e começam uma campanha de difamação. Pretendem desqualificar pela base toda a atividade de Jesus, afirmando que ele está a serviço de Satanás, o rival de Deus. A acusação é grave: dizer que Jesus tem pacto com Satanás é como dizer que ele é inimigo de Deus. Atribuir a Satanás o que é ação de Deus é blasfemar contra o Espírito de Deus. Quem se fecha diante dos sinais evidentes operados por Jesus, sobre quem repousa o Espírito Santo, fecha-se à ação de Deus, também ao perdão. Quem recusa o perdão não pode recebê-lo. Portanto, pecar contra o Espírito Santo é rejeitar conscientemente a verdade. É chamar o pecado de santidade, e a santidade de pecado.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
Uma comitiva oficial desce de Jerusalém, o centro do poder religioso, econômico e político. São alguns doutores da Lei que chegam e começam uma campanha de difamação. Pretendem desqualificar pela base toda a atividade de Jesus, afirmando que ele está a serviço de Satanás, o rival de Deus. A acusação é grave: dizer que Jesus tem pacto com Satanás é como dizer que ele é inimigo de Deus. Atribuir a Satanás o que é ação de Deus é blasfemar contra o Espírito de Deus. Quem se fecha diante dos sinais evidentes operados por Jesus, sobre quem repousa o Espírito Santo, fecha-se à ação de Deus, também ao perdão. Quem recusa o perdão não pode recebê-lo. Portanto, pecar contra o Espírito Santo é rejeitar conscientemente a verdade. É chamar o pecado de santidade, e a santidade de pecado.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Reflexão
«Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado»
Hoje, ao ler o Evangelho do dia, você não deixa o seu espanto – “alucina”, como se diz na linguagem da rua —. «Os escribas vindos de Jerusalém» vêem a compaixão de Jesus pelas pessoas e o seu poder que atua em favor dos oprimidos, e — apesar de tudo—dizem-lhe que «estava possuído por Beelzebu» e «expulsava os demônios pelo poder do chefe dos demônios» (Mc 3, 22). Realmente é uma surpresa ver até onde podem chegar a cegueira e a malícia humanas, neste caso de uns letrados. Têm diante da bondade em pessoa, Jesus, o humilde de coração, o único Inocente e não aprendem. Eles deviam ser os entendidos, os que conhecem as coisas de Deus para ajudar o povo, e afinal não só não o reconhecem como o acusam de diabólico.
Com este panorama era caso para dar meia volta e dizer: «Ficai aí!». Mas o Senhor sofre com paciência esse juízo temerário sobre a sua pessoa. Como afirmou João Paulo II, Ele «é um testemunho insuperável de amor paciente de humildade e mansidão». A sua condescendência sem limites leva-o, inclusive, a tratar de remover os seus corações argumentando-lhes com parábolas e considerações da razão. Até que, no final, adverte com a sua autoridade divina que esse fechar de coração, que é rebeldia diante do Espírito Santo ficará sem perdão (cf Mc 3,29). E não porque Deus não queira perdoar, mas porque para ser perdoado, primeiro, cada um tem que reconhecer o seu pecado.
Como anunciou o Mestre, é longa a lista de discípulos que sofreram a incompreensão, quando agiam com toda a boa intenção. Pensemos, por exemplo, em Santa Teresa de Jesus quando tentava levar à mais alta perfeição as suas irmãs.
Não estranhemos, por tanto, se no nosso caminhar aparecerem essas contradições. Serão indício de que vamos no bom caminho. Rezemos por essas pessoas e peçamos ao Senhor que nos dê resistência.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O diabo é um maestro perverso que muitas vezes mistura o que é falso com o que é verdadeiro para encobrir, com aparência de verdade, o testemunho do engano» (S. Beda, Venerável)
«Tanto esta geração como muitas outras, foram levadas a acreditar que o diabo era um mito, a ideia do mal. Mas, o diabo existe e nós devemos combate-lo, mesmo que não estejamos completamente convencidos disso» (Francisco)
«Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou. Convidam a crer n'Ele. (...) Assim, os milagres fortificam a fé n'Aquele que faz as obras do seu Pai: testemunham que Ele é o Filho de Deus. Mas também podem ser “ocasião de queda”. Eles não pretendem satisfazer a curiosidade nem desejos mágicos. Apesar de os seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns; chega mesmo a ser acusado de agir pelo poder dos demônios» (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)
Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Meditação
Os adversários de Jesus diziam que Ele vencia o poder do mal com o poder do próprio mal. Usando parábolas ou comparações, Jesus mostra que a acusação carece de sentido. E afirma, usando ainda uma parábola: se eu venço o mal, isso acontece porque sou mais forte do que o mal, entro em sua casa, amarro-o, e arranco dele todo o poder. Temos de escolher entre seu poder e o do mal.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Meditando o evangelho
BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO
A acusação que os escribas fizeram a Jesus é de extrema gravidade. Na avaliação deles, o Mestre estava possuído pelo demônio. E isto é considerado como uma blasfêmia contra o Espírito Santo, sem possibilidade de perdão. Por quê?
Toda a ação de Jesus desenrolava-se sob o impulso do Espírito Santo. O Mestre pregava e curava pelo poder do Espírito que recebera do Pai. A expulsão dos demônios resultava do mesmo poder. Jesus realizava gestos poderosos porque o Espírito de Deus habitava nele.
A blasfêmia consistiu em confundir o Espírito Santo com Belzebu. Declarar Jesus possesso significava dizer ser ele habitado pelo mau espírito, e assim, negar totalmente a obra que Deus realizava por meio de seu Filho.
A incapacidade de interpretar os fatos de maneira correta resultava não só da má vontade dos escribas em relação a Jesus, mas também em relação a Deus. Por desconhecer a pedagogia da ação divina, recusavam-se a reconhecer o dedo do Pai na ação de seu Filho. E se punham a fazer considerações inconvenientes a respeito dele.
Aos blasfemadores só restava um caminho para se tornarem objeto da misericórdia divina: reconhecer a presença de Deus na ação de Jesus, e confessar que, no Filho, a libertação divina acontecia na história da humanidade oprimida.
Fonte: Dom Total em 28/01/2019 e https://domtotal.com/religiao/liturgia-diaria.jsp?dia=23&mes=1&ano=2023
Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Pai, sou-te infinitamente grato, pois, em Jesus Cristo movido pelo Espírito Santo, tua libertação chega até nós, vítimas de tantas formas de opressão.
Fonte: Dom Total em 28/01/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Acusações e Oposição
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nova acusação contra Jesus, agora são os Escribas que já nem sabem o que estão falando, acusam Jesus de estar unido a Belzebú ou Satanás, para expulsar os demônios dos que estavam possessos. A postura dos Escribas nos lembra um termo bastante verdadeiro, que se usa na política mais quem sentido amplo: Oposição burra!
A oposição é importante pois nos ajuda a perceber nossos erros e isso nos faz crescer, mas quando se trata de uma oposição inteligente que aponta os erros e equívocos cometidos por alguém, assim deveria ser na política entre Situação e Oposição, mas não é e nunca será...Até mesmo em nossas comunidades essa postura dos Escribas acontece. Quando não vamos com a cara do Coordenador, ou do Padre, ou do Diácono ou Ministro, ele pode até fazer chover, que vamos ser contra.
No caso das comunidades, uma oposição inteligente faz a correção fraterna, mas uma oposição burra só destrói e causa divisões, isso é pecado grave contra a Igreja! Jesus faz o Bem ao expulsar demônios das pessoas que estavam sofrendo, mas seus opositores os Escribas deturpam a sua ação libertadora atribuindo-a a Satanás. O desejo pérfido de Satanás é sempre possuir e dominar as pessoas e não libertá-las, isso é, o Mal se associa ao Mal, para fazer o Mal e jamais o Bem e pensar o contrário é burrice...
Tem gente que não é contra Jesus mais não o aceita e nem o assume como único Deus e Senhor, em se tratando de Jesus, não basta não ser contra, é preciso fazer por ele uma opção radical e assim comprometer-se com todos os valores do evangelho, viabilizando a prática do bem.
Nossas comunidades são essa casa protegida pelo Homem Forte que é Vencedor por excelência, Satanás só consegue infiltrar-se na comunidade, quando alguém que se diz cristão, agindo como o Escribas, se coloca contra o Evangelho, traindo o ideal Cristão e permitindo que se crie divisões provocadas pela inveja, intriga e calúnia.
2. Se um reino se divide internamente, ele não consegue manter-se
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Os escribas diziam que Jesus expulsava demônios pelo poder do chefe dos demônios. Segundo outros evangelistas, Jesus tinha acabado de curar um homem surdo-mudo. Os escribas de Jerusalém não se alegraram com a cura do homem. Ao contrário, passaram a acusar Jesus. Ele então responde com um argumento que mostra a centralidade do ser humano. Se ele expulsa Satanás com o poder de Satanás, o demônio está lutando contra si mesmo e acaba se destruindo. Quem perde, então, é o demônio. Isto não é bom? Não é isto que queremos? Vale sempre a pena ter o ser humano curado e restaurado, mesmo se isso for feito pelo diabo. A realidade, porém, é mais profunda. O que está faltando aos escribas é o amor, é a presença do Espírito Santo no coração deles. Eles não se alegram com a cura do homem possesso, por isso a sua blasfêmia não é contra Jesus, mas contra o Espírito Santo.
HOMILIA DIÁRIA
Por que a blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável?
Postado por: homilia
janeiro 28th, 2013
Conforme a popularidade de Jesus crescia, seus inimigos procuravam, desesperadamente, meios para explicar seus maravilhosos poderes. Finalmente, decidiram alegar que ele expulsava demônios pelo poder do próprio Satanás. Paralelo ao texto de hoje estão Mateus 12:22-32 e Lucas 11:14-23. E com apenas três argumentos Jesus responde e faz uma advertência:
1. Como é que Satanás pode expulsar a si mesmo?
2. Se eu expulso demônios por Satanás, por quem os expulsam os vossos filhos?
3. Para roubar a casa de um homem forte, tem-se primeiro que amarrá-lo. Expulsando demônios, estou amarrando Satanás, de modo que eu possa cumprir minha missão de resgatar àqueles que Satanás mantém cativos.
Sua advertência foi: “Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.” (Marcos 3:28-30).
Depois de Seus debates com os fariseus, e outros inimigos, sobre como guardar o sábado, eis que surge nova questão: de onde vinha o poder de Cristo para expulsar demônios?
Não podendo negar Seus muitos e poderosos milagres, os líderes judaicos tentaram vinculá-los a Belzebu – ou seja, a Satanás. Interiormente, sentiam que esses milagres eram resultado da manifestação divina, mas após terem acusado e perseguido Jesus, ficava difícil admitir a origem divina da obra feita por Ele. O orgulho, ou seja, a falta de humildade, levou tais líderes a essa situação.
O argumento de Cristo permaneceu sem resposta: Como Seus milagres poderiam provir de Satanás, se os destruíam a obra dele? (saúde em vez de doença, libertação de demônios em vez de escravidão a eles). Há aqui uma lição para todos: o orgulho pode obliterar a visão espiritual a ponto de alguém “ao mal chamar bem, e ao bem chamar mal” (Is. 5:20).
Quando uma pessoa chega a esse ponto, corre o risco de pecar ou “blasfemar contra o Espírito Santo” e “não ter perdão para sempre” (Mar. 3:29). Por quê? O fato é que todo pecado pode ser perdoado, desde que seja confessado (I João 1:9). Mas, se alguém chegar ao ponto de achar que o mal é o bem (de que a falsa acusação deles quanto aos milagres de Cristo era correta), então nunca haverão de se arrepender disto, e por conseguinte, não obterão o perdão. Estarão cometendo o “pecado imperdoável”, pois nunca foi confessado para ser perdoado. Poderíamos dizer, então, que “pecado imperdoável” é pecado não confessado e deixado, como esses dos líderes judaicos.
Os escribas vindos de Jerusalém são os enviados dos chefes religiosos que tinham em mãos o culto sacrifical do Templo e o dinheiro do Tesouro, anexo ao Templo. Eles percebem que Jesus, com seu anúncio da verdade e do amor, é uma ameaça para o poder e os privilégios deles. Jesus já havia expulsado o espírito impuro que dominava um homem em uma sinagoga. Eles se empenham em difamar Jesus, para afastá-lo do povo.
O Espírito Santo é o amor. Considerar as obras de amor do Espírito como sendo obras do demônio significa o distanciamento e até a ruptura com o próprio amor de Deus. Rejeitar e matar os que com amor buscam resgatar a dignidade humana dos empobrecidos explorados e excluídos significa a rejeição da vida e do amor de Deus.
Na Encíclica «Dominum et vivificantem», § 46 de Santidade João Paulo II encontramos razões do porque é imperdoável o pecado contra o Espírito Santo.
Porque é que a «blasfêmia» contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido se deve entender esta «blasfêmia»? S. Tomás de Aquino responde que se trata da um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados».
Segundo uma tal exegese, a «blasfêmia» não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz.
Se o homem rejeita o deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem carácter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a «vinda» do Consolador: aquela «vinda» que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas».Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados.
Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras mortas», no pecado. E a «blasfêmia contra o Espírito Santo» consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se.
Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem «sempre» abertas na economia da salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: «receberá do que é meu», disse Jesus.
Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos.
Ora a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — em qualquer pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção.
O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida.
É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.
De uma maneira muito resumida diremos que é próprio dos poderosos acusarem e difamarem todo aquele que é considerado como uma ameaça a seu poder, acusando-o agitador, perturbador da ordem, terrorista ou, em um enfoque religioso, possesso do demônio. Na Inquisição, tal coisa aconteceu com freqüência. Hoje, o império estadunidense, em parceria com o estado de Israel, também o faz.
Rejeitar o amor de Jesus é rejeitar o próprio Espírito Santo, que é a comunicação da Vida e do Amor de Deus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 28/01/2013
HOMILIA DIÁRIA
Vençamos a divisão entre nós
Se uma família se destrói por causa da divisão, imagina o Reino de Deus, Sua causa e Igreja!
“Como é que satanás pode expulsar a satanás? Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se” (Marcos 3,24-26).
Eu quero pegar a última afirmação de Jesus para torná-la muito concreta no meio de nós. Uma família que se divide contra si mesma não subsiste e, caso subsista, imagina que inferno é essa família: dividida, as pessoas se colocam umas contra as outras, brigam, atacam-se, mordem e acusando-se.
A vida em família é uma beleza e uma graça, e é mais belo quando a família tem diferenças, pensamentos e modos de ver a vida diferentes. As diferenças não são problemas, o problema está na divisão, pois algumas pessoas, em vez de semear a união no meio das diferenças, propõem cada vez mais a divisão.
O diabulus é aquele que divide, é aquele que separa. Não é simplesmente separar, um vem para cá e outro para lá. O separar-se é colocar um contra o outro, é realmente criar entre nós aqueles espíritos de brigas, ataques, confusões, onde as pessoas estão acusando umas as outras. Isso é próprio do diabo.
Se uma família se destrói por causa da divisão, imagina o Reino de Deus, Sua causa e Igreja! Não podemos ser causa de divisão no Reino de Deus.
O grande amor que temos à Igreja é por ela ser una, católica e apostólica, aquelas notas que caracterizam a igreja da qual fazemos parte. Essa unidade na diversidade é a riqueza mais bela que conhecemos, é o espírito que faz congregar pensamentos divergentes que se tornam tão convergentes quando se vive no diálogo e na comunhão com Deus.
Não podemos negar que há aqueles que trabalham para dividir, para atacar e colocar uns contra os outros, para colocar as pessoas para falar mal umas das outras. Elas usam as redes sociais e os meios que estão aí para, em vez de semear a concórdia, semear bons reflexos, saber colher o que há de bom em cada um. Estão colocando as pessoas para falar mal dos padres, dos bispos, do Papa.
Esse espírito não é de Deus. O Espírito de Deus é aquele que leva a concórdia, é aquele que leva as pessoas a saberem conviver na unidade da Igreja do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito, faze-nos dóceis, receptivos, atentos e obedientes à sua inspiração. Que nos mantenhamos unidos, vigilantes, sempre agradecidos pelos dons que nos ofereces, especialmente a vida e a fé. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do mesmo Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/01/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito, faze-nos dóceis, receptivos, atentos e obedientes à sua inspiração. Que nos mantenhamos unidos, vigilantes, sempre agradecidos pelos dons que nos ofereces, especialmente a Vida, a Fé e a nossa Comunidade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do mesmo Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/01/2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário