quarta-feira, 7 de setembro de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 08/09/2016 A 10/09/2016

Ano C



8 de Setembro de 2016

Mt 1, 1-16.18-23 (breve Mt 1, 18-23)

Comentário do Evangelho

Em Jesus, uma nova história do universo começa.

A genealogia tinha para os antigos uma importância capital, pois ela inseria a pessoa no tecido social e histórico de um povo. À diferença de Lucas, que remete a origem de Jesus a Deus (Lc 3,23-38), Mateus a faz remontar a Abraão (v. 1). A finalidade é mostrar que ele é plenamente membro do povo de Israel. Davi também é mencionado no primeiro versículo porque, para os judeus, o Messias seria descendente de Davi, e para a fé cristã Jesus é descendente de Davi segundo a carne (Rm 1,3; Lc 1,32). A Abraão é prometida a bênção da qual todas as nações seriam beneficiadas. Desse modo, fazer remontar a genealogia de Jesus a Abraão é um modo de afirmar o caráter universal da missão de Jesus. Mais ainda, para o cristão a genealogia de Jesus visa fazer compreender que nele se resume toda a história passada de Israel. Em Jesus, uma nova história do universo começa. Segue-se à genealogia o anúncio do anjo a José sobre o nascimento de Jesus. A maternidade de Maria é obra do Espírito Santo (v. 18). Se José pensa deixar Maria ir livremente, é porque ele tem consciência do mistério de Deus presente na gravidez dela. É exatamente nisso que ele é justo: não quer tomar para si o que Deus reservou para Ele. Mas a palavra do anjo, isto é, a revelação de Deus, converte a atitude pretendida de José, e ele acolheu Maria como sua esposa da forma que o anjo havia mandado (v. 24).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado.
Fonte: Paulinas em 08/09/2014

Vivendo a Palavra

Natividade de Nossa Senhora: celebrar seu nascimento é dar graças pela vida de Maria. Sem acrescentar nenhum título, simplesmente agradecendo ao Pai Misericordioso que nos deu Maria – a melhor de nossa raça – aquela que acreditou e, fazendo-se serva do Senhor, tornou-se Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/09/2014

Vivendo a Palavra

Nós nos alegramos pelo nascimento de Maria. Mateus, remetendo a origem de Jesus a Abraão, mostra sua humanidade: uma árvore genealógica parecida com a nossa... Gente como a gente. Até que se aproxima a plenitude dos tempos e nasce Maria, eleita pelo Pai para conceber Jesus de Nazaré, o Cristo, Filho Unigênito que se fez humano.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Jesus se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos o pecado. Ao comemorarmos o nascimento da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da história do próprio Cristo, pois o seu nascimento está condicionado ao dela, uma vez que ele é seu descendente, já que ela é sua mãe. Com isso, podemos perceber o Senhor da história se inserindo e agindo na própria história da humanidade, para nela realizar o seu plano de amor e salvação.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=8

Recadinho

Em que consiste sua devoção a Nossa Senhora? - Que título dado a ela mais lhe agrada? - O que poderíamos oferecer a ela, celebrando seu aniversário? - O que é Maria em sua vida? - Faça-lhe uma prece.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/09/2014

Meditando o evangelho

A HUMANIDADE DO MESSIAS

A genealogia de Jesus contém elementos importantes para a correta compreensão de sua identidade. Seu objetivo é mostrar a inserção de Jesus na história do povo de Israel e fazer sua presença, na história humana, ligar-se com a longa história da salvação da humanidade. Jesus, portanto, é apresentado como verdadeiro homem e não como um ser estranho, vindo do céu, não se sabe bem como.
A sucessão de gerações, que prepara a vinda do Messias Jesus, é um retrato da humanidade a ser salva por ele. Repassando a lista de nomes, encontramos gente de todo tipo: piedosos e ímpios, pessoas de comportamento correto e gente de vida não recomendável, operadores de justiça e indivíduos sem escrúpulos no trato com os semelhantes, judeus e estrangeiros, homens e mulheres. Todos eles formam o substrato humano no qual nasceu Jesus. Esta é a humanidade carente de salvação, para a qual ele foi enviado pelo Pai.
Jesus, porém, é apresentado como dom salvífico do Pai para a humanidade. O fato da concepção virginal aponta nesta direção. Quando a lista chega em José, diz-se que ele é o esposo de Maria da qual nasceu Jesus. A sucessão pela linha masculina é rompida, ficando implícito que o Pai de Jesus é o próprio Deus. Ou seja, a salvação não é obra do ser humano. Ela é oferecida pelo Pai por meio do Messias Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer, em tua humanidade, a presença da salvação oferecida pelo Pai, como dom gratuito a todos nós.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-09-08


9 de Setembro de 2016

Lc 6,39-42

Comentário do Evangelho

Ver o outro com os olhos de misericórdia de Jesus.

Nós não temos acesso, ou muito dificilmente o temos, do lugar original das parábolas contadas por Jesus.
A parábola de nossa perícope de hoje pode se referir às exigências precedentes. Quem é o “guia cego” de que fala a parábola? (v. 39). Parece ser o discípulo que não se submete ao seu Mestre, ou que não vê os outros com os olhos de misericórdia de Jesus; é o que resiste à identificação com o seu Senhor: “... todo discípulo bem formado será como o mestre” (v. 40).
A parábola da palha e da trave (vv. 41-42) apela para a necessidade de autocrítica e misericórdia: “Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave que está no teu próprio olho?’” (v. 42). A trave não permite enxergar bem; ela distorce ou diminui a visão. A trave no olho equivale à cegueira ou estreiteza de visão e impossibilita a não importa quem se arrogar o direito de ser juiz de seu semelhante.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
Fonte: Paulinas em 13/09/2013

Vivendo a Palavra

Viver o discipulado de Jesus é reconhecer que somos limitados e imperfeitos; é procurar nos conscientizarmos que precisamos combater nossos pecados e nos colocarmos a serviço dos companheiros de caminhada como quem quer aprender e não como quem deseja ensinar. É a sabedoria que buscamos.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/09/2013

Reflexão

A nossa vida espiritual deve ser marcada por um constante aprendizado, de modo que sejamos, ao mesmo tempo, evangelizadores e evangelizados, e o crescimento na fé realize-se principalmente na experiência da vida comunitária, na troca de experiência e na valorização de tudo o que os outros podem nos oferecer, sem ficar vendo apenas as dificuldades, os problemas e os erros das pessoas que estão ao nosso lado. Mas tudo isso deve ser iluminado por uma mística: devemos ser dóceis ao Espírito Santo, nos deixar ser conduzidos por ele, já que não somos os donos da verdade e ele é o Espírito da Verdade, que nos conduzirá à plena verdade. Somente agindo assim é que não seremos os cegos que guiam outros cegos, mas sim todos guiados pelo próprio Deus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=9

Meditação

Existe o risco de alguém não saber nada e querer ensinar? - E o que dizer de quem quer se colocar como exemplo? - É fácil reconhecer os próprios erros e defeitos? - Será que estamos dispostos e atentos para aprender? - Você se esforça para conhecer cada vez mais a Palavra de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/09/2013

Meditando o evangelho

É FÁCIL PERCEBER O DEFEITO ALHEIO

Havia, em alguns discípulos de Jesus, a tendência a querer arvorar-se em guia dos outros, sem terem condições para isto. Sem se preocupar em corrigir seus próprios defeitos, eles se apresentavam como modelo e com o intuito de serem seguidos pelos demais. Esta pretensão inconseqüente foi denunciada por Jesus. Querer guiar os outros, sem estar apto para isto, é igual a um cego deixar-se guiar por outro cego. Ambos estão fadados a cair no primeiro buraco que encontrarem pela frente.
Outra falha consistia em perceber as limitações e os pecados alheios, por menores que fossem, e, ao mesmo tempo, não se dar conta de estar incorrendo em pecados bem mais graves. A mesma pessoa que vê um cisquinho no olho alheio, não raro nem percebe o pedaço de pau existente em seu próprio olho.
Jesus denuncia tal hipocrisia. Ele aconselha, a quem assim age, a tirar o cisco que tem nos olhos, para poder ver bastante bem o que se passa com os outros.
Evidentemente, quando a pessoa é capaz de perceber seus defeitos pessoais, será cautelosa em censurar o próximo. Os hipócritas não se dão conta da gravidade do que fazem, por isso julgam-se perfeitos e no direito de corrigir os outros. O discípulo de Jesus, ao contrário, é parcimonioso quando se trata de descobrir o pecado alheio. Ele tem consciência de ser objeto da misericórdia divina e, por isso, sabe também ser misericordioso e paciente com os demais.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Senhor Jesus, que eu tenha suficiente humildade para reconhecer os meus erros e não querer arvorar-me em juiz e guia do meu próximo.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-09-9


10 de Setembro de 2016

Lc 6,43-49

Comentário do Evangelho

A vida construída na escuta da palavra de Cristo

O sermão da planície termina de forma semelhante ao sermão da montanha de Mateus (Mt 7,15-27). A conclusão do sermão da planície é um apelo à coerência interna, isto é, ao acordo de si consigo mesmo, e, consequentemente, à renúncia da hipocrisia. É acolhendo e pondo em prática o conjunto do ensinamento de Jesus que se produz fruto. “Fruto”, aqui, é um comportamento ético em conformidade com as exigências e valores próprios do evangelho de Jesus Cristo. Os discursos pseudopersuasivos e as belas palavras podem levar a própria pessoa a viver na ilusão e a induzir os outros a erro, como se a vida cristã reiterasse uma espiritualidade desencarnada. Ao contrário, a adesão livre à pessoa de Jesus Cristo exige um comportamento condizente com a vida que o Senhor propõe (Tg 3,13-18). A parábola das duas casas é a imagem da vida do fiel, a qual pode ser construída no esforço da escuta e realização da palavra de Jesus Cristo, ou, então, no esquecimento de que a aceitação do ensinamento do Senhor exige uma conduta condizente (Tg 1,21-25).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, desejo viver com coerência minha fé. Seja o meu agir uma expressão transparente de minha adesão ao Senhor, e meu amor, uma prova de que sou teu filho.
Fonte: Paulinas em 12/09/2015

Vivendo a Palavra

Conhecer a árvore pelo seu fruto é ver Maria através do bendito fruto de seu ventre – Jesus de Nazaré, o Filho de Deus. Não apenas reconhecer sua maternidade, mas fazer nossa opção radical de vida pelo seguimento do Cristo, fazendo o bem aos peregrinos que o Pai colocou no nosso caminho de volta ao Lar Paterno.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/09/2015

Reflexão

Podemos falar muitas coisas a respeito dos valores que devem nortear as nossas vidas e dos fundamentos mais profundos desses valores, porém o maior discurso que nós podemos fazer sobre o Reino de Deus e a Vida Nova em Cristo é o discurso da vida, uma vez que a nossa vida expressa o que de fato cremos e que valores de fato temos. Se temos uma vida marcada pelo amor e pela solidariedade, na busca da justiça e da fraternidade, é porque de fato a nossa fé é verdadeira, que possui o seu alicerce na verdadeira rocha, que é o próprio Jesus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=10

Meditando o evangelho

O TESOURO DO CORAÇÃO

O discípulo do Reino não se deixa enganar pelos hipócritas. Jesus ofereceu-lhe pistas para desmascará-los. O sinal indicativo de que alguém renunciou à sua condição de discípulo é começar a praticar a iniqüidade. Os frutos ruíns indicam a qualidade da árvore. Quando a vida de alguém é pontilhada de gestos incompatíveis com sua condição de discípulo, é como a árvore imprestável, que só produz maus frutos.
Os hipócritas não conseguiram ludibriar Jesus. Para que ficar invocando o Senhor apesar de nutrir ódio pelo próximo? Jesus não se deixava impressionar por palavreado bonito. Para ele, importava passar da palavra para a ação. Esta passagem foi ilustrada com a imagem da casa construída com bons alicerces e aquela construída à flor da terra. É fácil perceber o destino de cada uma delas. A primeira se mantém apesar das enchentes, por ter alicerces fortes. A segunda desaba em ruínas, por ter sido construída sem suficiente ponderação.
Quando a pessoa fala ou age, acaba por revelar o tesouro que guarda escondido dentro de si. Quem é bom deixa patente sua bondade interior, realizando gestos de amor. Quem é mau, acostumado a prevalecer-se contra os outros, só poderá tirar do seu coração o que não é bom. Tampouco tem escrúpulo de ludibriar e explorar o seu próximo. A bondade está na ação. Quem é realmente bom será sempre capaz de amar e fazer o bem.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Senhor Jesus, que eu não me engane, pensando agradar-vos com palavras bonitas, pois são minhas ações que revelarão o tesouro que trago dentro de mim.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-09-10


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