sábado, 5 de novembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 05/11/2022

ANO C


Lc 16,9-15

Comentário do Evangelho

A riqueza iníqua

Esta fala de Jesus complementa a parábola do administrador desonesto e esperto (Lc 16,1-8). A tônica é a iniquidade do dinheiro e os fariseus são mencionados como sendo amigos do dinheiro, e zombavam de Jesus.
Na tradição cristã antiga, os Padres da Igreja tinham grande empenho em denunciar a injustiça da acumulação de riqueza. Isto porque tinham consciência de que esta acumulação se faz com o sacrifício das maiorias humildes, tímidas e submissas. Estes Padres da Igreja já proclamavam o sentido social dos bens da criação. A riqueza iníqua acumulada por alguns é obtida pela espoliação dos demais. Assim, cabe a justa partilha dos bens para que todos tenham condições dignas de vida.
Hoje, os arrogantes e poderosos adoradores do dinheiro desrespeitam os direitos humanos e matam pela fome e pela guerra. Tornam-se assim detestáveis para Deus e para os povos.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha felicidade.
Fonte: Paulinas em 10/11/2012

Vivendo a Palavra

Também o Evangelho trata do delicado assunto: o dinheiro. E o faz de forma radical: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. A generosidade e o desapego podem fazer dos nossos bens um meio para socorrer os irmãos, mas a ambição e o egoísmo, com certeza nos afastarão do Caminho do Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2012

VIVENDO A PALAVRA

Também no Evangelho Jesus trata do delicado assunto abordado por Paulo – o dinheiro. E o faz de forma radical: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. A generosidade e o desapego podem permitir que façamos dos nossos bens meios eficazes para socorrer os irmãos, mas a ambição e o egoísmo, com certeza, nos afastarão do Caminho do Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2018

VIVENDO A PALAVRA

Quando diz: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, Jesus aponta dois caminhos e nos pede uma opção radical entre o Reino do Pai Misericordioso e este mundo em que vivemos fugazmente. Ele nos ensina que o dinheiro não é senhor, mas podemos fazê-lo servo, utilizando-o cheios de confiança, sem apego nem interesses pessoais, para o bem dos irmãos e da comunidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/11/2020

Reflexão

Devemos usar do dinheiro da injustiça para conquistar os bens eternos. De fato, o dinheiro é sempre uma realidade injusta, independentemente da forma como foi conquistado, porque vai sempre significar separação, apossamento, divisões e condições de vida diferentes, gerando oportunidades diferentes e privilégios, além de uma concorrência sempre injusta com os nossos irmãos e irmãs. Por isso, Jesus diz que ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro. Usar do dinheiro da injustiça para conquistar os bens eternos significa usar de tudo o que o dinheiro nos concede, tanto em termos de bens materiais como pessoais, como por exemplo a formação profissional, para a construção do Reino e a promoção da dignidade de todos.
Fonte: CNBB em 10/11/2012

Reflexão

As riquezas humanas são denominadas injustas, não porque sejam ruins em si, mas porque desviam a pessoa da verdadeira riqueza (cf. Lc 12,21). A Deus pertence a terra (cf. Sl 24,1). Tudo vem de Deus e deve ser colocado a serviço da comunhão universal. O egoísmo humano é que faz dos bens terrenos causa de exploração. Por isso, Jesus nos alerta: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Todo cristão escolhe servir a Deus. O dinheiro é meio de subsistência das pessoas e condição para projetos que venham beneficiar a sociedade. Nunca para ser acumulado ou favorecer poucas pessoas em detrimento das outras. O que dizer, então, de uma sociedade em que uma minoria continua nadando na riqueza, enquanto seus semelhantes, a maioria, sobrevivem na miséria?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 10/11/2018

Reflexão

As riquezas humanas são denominadas injustas, não porque sejam ruins em si, mas porque desviam a pessoa da verdadeira riqueza (cf. Lc 12,21). A Deus pertence a terra (cf. Sl 24,1). Tudo vem de Deus e deve ser colocado a serviço da comunhão universal. O egoísmo humano é que faz dos bens terrenos causa de exploração. Por isso, Jesus nos alerta: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Todo cristão escolhe servir a Deus. O dinheiro é meio de subsistência das pessoas e condição para projetos que venham beneficiar a sociedade. Nunca para ser acumulado ou favorecer poucas pessoas em detrimento das outras. O que dizer, então, de uma sociedade em que uma minoria continua nadando na riqueza, enquanto seus semelhantes, a maioria, sobrevivem na miséria?
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, recomendas a teus discípulos usar o dinheiro a serviço dos outros. A riqueza não é para ser endeusada, mas partilhada com os necessitados. Liberta-nos, Senhor, da escravidão dos bens terrenos, para nos sentirmos alegremente livres para o serviço do Reino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 07/11/2020

Reflexão

As riquezas humanas são denominadas injustas, não porque sejam ruins em si, mas porque desviam a pessoa da verdadeira riqueza (cf. Lc 12,21). A Deus pertence a terra (cf. Sl 24,1). Tudo vem de Deus e deve ser colocado a serviço da comunhão universal. O egoísmo humano é que faz dos bens terrenos causa de exploração. Por isso, Jesus nos alerta: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Todo cristão escolhe servir a Deus. O dinheiro é meio de subsistência das pessoas e condição para projetos que venham beneficiar a sociedade. Nunca para ser acumulado ou favorecer poucas pessoas em detrimento das outras. O que dizer, então, de uma sociedade em que uma minoria continua nadando na riqueza, enquanto seus semelhantes, a maioria, sobrevivem na miséria?
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditando o evangelho

SER FIEL EM TUDO

O discípulo prima pela fidelidade total ao Reino. Não abre mão de ser fiel nem nas pequenas coisas. Sua vida, portanto, não está dividida entre a fidelidade a Deus e a fidelidade ao dinheiro. É impossível conciliar as exigências de ambos. Por isso, quem ama a Deus recusa-se a nortear sua vida pelas exigências do dinheiro. Quem ama o dinheiro é porque não aceita ser guiado pela vontade de Deus.
Enquanto o amor a Deus exige a partilha dos bens, o amor ao dinheiro leva a concentrá-los. Quem ama a Deus, vê no próximo um irmão a quem deve amar e socorrer. Quem ama o dinheiro transforma-o em objeto de exploração e não tem escrúpulos de usá-lo para satisfazer os próprios caprichos. O amor a Deus leva, também, a amar a natureza, à qual se busca proteger e preservar. O amor ao dinheiro, quando se visa somente o lucro, considera-a como fonte inesgotável e barata de riqueza e dela usufrui, sem remorso de destrui-la. O amor a Deus leva o discípulo a pautar sua vida pela Lei de Deus. O amor ao dinheiro incentiva o indivíduo a orientar-se pelo próprio egoísmo, transformado em lei suprema de seus atos.
Não existe meio termo, quando o discípulo é colocado diante destas duas opções. Por outro lado, é inútil querer acobertar, com ares de piedade, suas más ações, movidas pelo amor ao dinheiro. Deus conhece o coração das pessoas e sabe em quem ele está centrado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração indiviso, centrado unicamente na vontade do Pai, e que não se deixa contaminar pelo amor ao dinheiro.
Fonte: Dom Total em 10/11/2018 07/11/2020

Comentário ao Evangelho

DEUS E O DINHEIRO

A pedagogia de Jesus não consistia em afastar os discípulos das coisas materiais, e sim, em ensinar-lhes a usar corretamente os bens deste mundo, de forma a tirar proveito deles, para a salvação.
Este é o caso do dinheiro. Seria ingênuo pretender segregar os discípulos num ambiente onde o "dinheiro da iniquidade" fosse abolido. Pelo contrário, deveriam inserir-se na sociedade que faz uso dele, mas pautando seu agir por parâmetros compatíveis com o Reino. Muitas vezes, quando se fala em dinheiro, pensa-se logo em acumulação indevida, fraude, dolo, injustiça.
O discípulo, no entanto, deve servir-se dele para "fazer amigos", na perspectiva do Reino. Como? Despertando, no mundo, a solidariedade, conforme as exigências do Reino, onde os bens são partilhados com os pobres, porque, conforme o provérbio bíblico "Quem dá aos pobres, empresta a Deus". Deve, ainda, servir-se do dinheiro, mas sem lançar mão de meios desonestos para acumulá-lo, muito menos às custas da espoliação do próximo, e jamais permitindo que a riqueza o torne insensível à indigência dos seus semelhantes.
Agindo assim, o discípulo coloca o dinheiro a serviço do Reino, impedindo-o de ocupar o lugar de Deus em seu coração. Em outras palavras, a riqueza é colocada a serviço da misericordiosa bondade do Pai, em favor de seus filhos mais necessitados.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Vós pareceis justos, mas Deus conhece vossos corações
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Ainda na quarta etapa da subida a Jerusalém, formando seus discípulos, Jesus lhes fala do uso do dinheiro, tema caro ao evangelista São Lucas. O dinheiro é bom, é um instrumento de comunicação entre nós e precisamos dele para sobreviver no mundo atual. Podia ser diferente, mas é com dinheiro que compramos e pagamos. O texto que hoje lemos é conclusão da parábola do administrador que perdeu o emprego. Conversando com os discípulos, Jesus lhes fala em fazer amigos com o dinheiro da iniquidade para sermos recebidos por eles nos tabernáculos eternos. Trata-se de, com o dinheiro que temos, fazer amigos que nos recebam no céu. O dinheiro é um instrumento para se fazer o bem, e não uma divindade para ser adorada. Jesus diz também que é preciso ser honesto no uso do dinheiro, pessoal e alheio. O amigo que nos vai receber no céu é Jesus, que se identifica aqui na terra com o faminto, o sedento, o nu, o andarilho, os deserdados deste mundo.
Fonte: NPD Brasil em 10/11/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um trabalho de Formiguinha
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Lembro-me dos tempos na Fábrica de Cimento, quando participava de algumas reuniões na área comercial, ouvindo palestras motivacionais que eram feitas para que os funcionários tomassem consciência do trabalho em equipe, de acordo com a moderna gestão.
Na relação com o cliente o Diretor pediu toda a atenção do pessoal da linha de frente, com os chamados "Formiguinhas" do consumo, ele dizia que não se pode só focar os grandes clientes, gigantes da construção civil, mas é necessária uma atenção especial aos pequenos, aquele pedreiro que compra dois sacos de cimento na Loja da esquina, o que ele acha do produto, o que ele pensa, pois sem o consumo dessas formiguinhas, a meta não será atingida, já que eles, naquela ocasião, eram responsáveis por uma fatia de 60 por cento da produção.
O Cristianismo é algo de alcance mundial, entretanto, ele se constitui de pequenos gestos do dia a dia, que vão dando visibilidade á nossa Fé. Muitas vezes fazemos planejamento de grandes coisas, entretanto, no dia a dia vamos levando de qualquer jeito, sem se importar com o nosso testemunho, naquele momento em que estamos caminhando a pé, ou no trânsito, ou na fila de um banco, ou conectados na internet em alguma rede social, na Feira livre, em meio a torcida em um jogo de futebol, no pagamento de pequenas contas, e vai por aí afora.
Tudo o que vivemos em cada momento do dia a dia durante a semana, depois vamos celebrar na missa dominical. E o que foi que vivemos? Houve gestos pequenos de solidariedade, de atenção, de ajuda a alguém, de uma gentileza? Vejam bem que Jesus diz em outro evangelho, que até quem der um copo de água a um desses pequenos, não ficará sem a sua recompensa... Aí está... Em todas essas pequenas coisas, vamos confirmando a nossa Fé e a nossa opção por Jesus e o seu Reino.
Saber conquistar as pessoas, fazer muitos amigos, mesmo com a riqueza injusta, (aqui, Jesus nos lembra da atitude daquele administrador desonesto, estão lembrados? A reflexão do dia de ontem...) isso significa dizer, que devemos ter uma boa estratégia.
Na conclusão do evangelho Jesus explica o porquê da importância dos pequenos gestos, é que não podemos estar divididos, celebrar algo grandioso no domingo, e depois nos dias da semana, nos pequenos gestos e atitudes, jogar tudo fora, dando um péssimo testemunho no trânsito, na família, na relação com as pessoas. Então a coerência e a fidelidade são extremamente importantes nas pequenas coisas de nossa Vida.
Lembrem-se, os grandes empreendimentos nada mais são do que a soma de pequenos projetos, o Reino de Deus é o maior de todos os empreendimentos, mas ele é feito exatamente das nossas pequenas atitudes, que tendo por única referência o evangelho, vão dando no dia a dia uma bela visibilidade ao Reino que Jesus inaugurou no meio de nós...

2. Quem é fiel nas pequenas coisas será fiel também nas grandes - Lc 16,9-15
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Narrando a subida de Jesus para Jerusalém, São Lucas entra num tema que lhe é muito caro: o uso dos bens materiais, particularmente do dinheiro. Os Evangelhos são uma norma de vida para quem quer ser discípulo de Jesus. Cada evangelista, porém, tem características próprias. São Marcos preocupa-se com o que chamamos hoje de carreirismo: a busca do primeiro lugar, querer ser o maior, não aceitar prestar serviço. O carreirismo atrapalha a vocação do discípulo e impede-o de seguir Jesus com autenticidade. São Lucas vê no dinheiro e nos bens materiais um obstáculo à vida do discípulo. Precisamos dos bens materiais, mas precisamos também saber usá-los de acordo com o pensamento de Jesus. Acabamos de ouvir no Evangelho: “Usai o ‘Dinheiro’ […] a fim de fazer amigos, para que […] vos recebam nas moradas eternas”. “Não podeis servir a Deus e ao ‘Dinheiro’.” Veja a observação de Lucas: “Os fariseus, amigos do dinheiro […] zombavam de Jesus”.
Fonte: NPD Brasil em 07/11/2020

HOMILIA DIÁRIA

O pobre é o seu passaporte para o Céu

Postado por: homilia
novembro 10th, 2012

Depois de ter contado a parábola do administrador desonesto, Jesus volta ao tema e nos aponta para a importância das escolhas de fundo, a fidelidade nas pequenas e grandes coisas. O que na verdade marca o itinerário nosso para o céu é a vivência da pobreza e do desapego.
Sabendo que as riquezas humanas são ditas injustas, não porque más em si, mas porque desviam o homem da verdadeira riqueza. Aliás, se costuma dizer que o poder corrompe.
Assim, a Palavra de Deus hoje quer que tenhamos idéias claras sobre o papel do dinheiro na vida. O cristão sabe que o mundo, com todos os seus bens são de Deus. E que pessoas e Estados são simplesmente administradores. Tudo vem de Deus em função da comunhão humana. O nosso egoísmo é que faz deles motivos de exploração. Cada um de nós não pode, por si só, revolucionar um sistema econômico como o nosso, baseando-se exclusivamente na competição. Mas o testemunho de um grupo de cristãos, mesmo reduzido, é um ponto luminoso. E vários pontos podem iluminar o mundo, para que este veja as coisas diversamente. Também aqui o testemunho cristão é essencialmente comunitário. O cristão não quer ter mais do que o necessário, para que os outros não fiquem sem o necessário.
A grande lição de Jesus hoje é da fidelidade, do serviço e da prática do bem em favor dos pobres. Essa é a dignidade de quem abraça o Reino. Pois são eles que nos receberão no Reino dos Céus. Por isso, toda a caridade praticada principalmente aos pobres – por serem os menos favorecidos – é bálsamo para a eternidade.
Quero recordá-lo que, se somos fiéis no amor aos outros, seremos imediatamente alvos das palavras de Jesus: “Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes. Pois, se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras? E, se não forem honestos com o que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?”
Seja fiel e abrace o pobre, e não se envergonhe pelo que os de fora possam dizer a seu respeito. O pobre é o seu passaporte para o Céu. Saiba que Deus conhece o seu coração. Até porque a esperteza dos homens é nula aos olhos de Deus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 10/11/2012

HOMILIA DIÁRIA

Servir ao dinheiro nos afasta da presença do Senhor

Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro, se queremos servir a Deus vamos colocar o dinheiro no lugar dele

“Ninguém pode servir a dois senhores: porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lucas 16,13).

A grande lógica do mundo no qual vivemos é a de servir ao deus deste mundo. O maior pecado da humanidade ainda consiste na idolatria. E, sabemos que idolatria é, de fato, criar ídolos e eles ocupam o lugar de Deus. Por isso, toda e qualquer idolatria é pecado!
O mundo moderno tem o seu próprio ídolo: o “deus mercado”. O deus mercado é servido pelo deus dinheiro e somos escravos dessa idolatria que se tem pelo dinheiro. Por que o coração se torna escravo e dependente economicamente do dinheiro? Fazemos tudo para consegui-lo e, quando eu digo “tudo”, estou me referindo às situações humilhantes e degradantes que muitos vivem por causa do dinheiro. Há pessoas que se vendem; que se oferecem de diversas maneiras para obterem lucros e vantagens.
Muitas vezes, há lucros exorbitantes em cima da miséria dos outros. O dinheiro é um mau patrão, ele é um deus terrível! Precisamos do dinheiro para que a nossa vida seja melhor cuidada, mas precisamos cuidar do dinheiro e não deixá-lo cuidar de nós. Não podemos deixar o dinheiro mandar naquilo que realizamos.
Para uma família estar ajustada, ela precisa estar, economicamente, ajustada. Mas o problema não é ter ou não o dinheiro. Eu conheço muitas pessoas que têm muito dinheiro, mas o desajuste é total. Também, conheço famílias que com pouquinho dinheiro conseguem fazer as coisas com equilíbrio e bom senso. O problema é a forma como o dinheiro domina.
Quem muito tem, muito é dominado. Mas, se você, mesmo tendo muito, sabe dominar aquilo que tem; você tem, também, a vida justa, sob controle e não se olha a partir de cifrões, e sim a partir dos seus valores.
Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro. Se queremos servir a Deus vamos colocar o dinheiro no lugar dele, mas se queremos servir ao dinheiro, Deus ficará num lugar baixo. Muitas vezes, as pessoas querem comprar até Deus, as pessoas querem ter seus lugares na Igreja a partir do dinheiro que têm ou do que não têm. Não pode o dinheiro mandar nas relações humanas e nem na relação com Deus.
Deus, que sobre todas as coisas, sobre o dinheiro, esteja primeiro o nosso amor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/11/2018

HOMILIA DIÁRIA

Quem é fiel no pouco vai ser fiel no muito

“Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes” (Lucas 16,10).

Muitas vezes, olhamos para as grandes coisas e achamos que elas são importantes, mas cada coisa é importante, cada momento é importante, cada situação vivida é importante. Não é porque um foi desonesto com milhões em dinheiro, e você diz: “Não, foi só um real; só dez reais”; seja, por favor, honesto para administrar um milhão de reais e seja muito honesto para administrar um real. Seja muito honesto para administrar uma moeda como também ao administrar cem moedas. Seja muito honesto para cuidar da sua casa, do seu quarto e do seu lar, dê o melhor de si ali como também ao cuidar de uma empresa, de um país, ou seja, o que estiver sob sua responsabilidade.
Às vezes, dizemos: “Tenho muitas responsabilidades”. Todo mundo tem muitas responsabilidades, e é fazendo bem aquilo que nos é colocado que medimos o tamanho, a grandeza da nossa responsabilidade.
O pai que cuida de um filho tem que ter a mesma aplicação de um pai que cuida de dez, ainda que seja mais exigente cuidar de dez, mas é preciso cuidar de um primeiro para depois cuidar de dois, de três, de quatro… E assim por diante. Quem não administra um minuto da vida vai ser difícil administrar uma hora, depois 24 horas; e assim por diante.

Seja fiel no pouco que você tem, pois isso revela a grandeza do seu caráter e da sua personalidade

Estamos nos tempos em que vivemos menosprezando as pequenas coisas, mas são as pequenas coisas que fazem toda a diferença, são elas que nos revelam onde está o melhor de nós, onde está realmente a nossa capacidade de gerir e administrar a nossa própria vida.
Comece pelo seu próprio quarto. Alguém que quer um dia administrar uma casa tem que saber, primeiro, cuidar de um quarto… Inclusive, comece arrumando a sua própria cama, dobrando a sua coberta assim que você levanta. Já vai ser uma primeira responsabilidade assumida na vida. Se uma criança menospreza isso, se um pai não ensina os seus filhos a cuidarem de uma coisa que parece mínima (mas não é, ao contrário, é importante); se não sabe pegar a meia que tirou do meu pé e colocar num cesto porque acha que isso é insignificante (mas não é insignificante) é sinal de que outras coisas importantes na vida também deixará de lado.
Precisamos ser honestos até com o dinheiro que é desonesto. Não vamos compartilhar de dinheiro desonesto, jamais! Mas, muitas vezes, o dinheiro que chegou até nós é gerido no mundo de uma forma desonesta e entraríamos em tantos meios para explicar as injustiças, e assim por diante.
Seja fiel no pouco que você tem, pois isso revela a grandeza do seu caráter e da sua personalidade. Seja fiel com poucos amigos, seja fiel naquele momento em que você está sozinho com a pessoa porque assim você também será tão bom quando estiver diante de tantas pessoas.
Quem é fiel no pouco é quem, de verdade, vai ser fiel no muito, e é esse quem receberá a recompensa pela sua fidelidade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/11/2020

Oração Final
Pai Santo, nós damos graças pelos bens e talentos com que nos cumulaste. Dá-nos, também, Pai amado, inteligência e disposição para cultivarmos e desenvolvermos os nossos talentos e generosidade para colocá-los todos a serviço dos companheiros de caminhada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós Te damos graças pelos bens e talentos que nos ofereces. Dá-nos, também, amado Pai, sabedoria e disposição para cultivar e desenvolver esses mesmos dons e generosidade para colocá-los todos a serviço dos companheiros de caminhada nesta terra cheia de encantos. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/11/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que és nossa fonte da Paz e do Amor, dá-nos Sabedoria para administrar de forma justa e harmoniosa os bens que entregas à nossa administração. Que nós os utilizemos como meios capazes de nos aproximar de Ti através do serviço aos irmãos, sempre seguindo o Caminho de Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/11/2020

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