sábado, 27 de agosto de 2022

Santa Mônica - 27 de Agosto





Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever:Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica foi canonizada pelo Papa Alexandre lll por ter sido a responsável pela conversão de seu filho Agostinho, por ter ensinado a ele a fé cristã, a moral e a mansidão. Foi declarada Padroeira das Associações das Mães Cristãs.
Santa Mônica, rogai por nós!

Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho

Esposa e Mãe

Origem

De origem berbere, Mônica nasceu no ano 331, em Tagaste, norte da África, no seio de uma família opulenta, mas de antigas raízes cristãs. Aplicou-se, com dedicação, aos ensinamentos da Sagrada Escritura; sua forte espiritualidade foi forjada pela oração e assídua prática dos Sacramentos, além dos quais se coloca ao serviço da comunidade eclesial.

Casamento difícil

Casou-se com Patrício, homem ambicioso, pagão, irascível, de caráter difícil, que também lhe foi infiel. Mônica, doce, benévola, capaz de dialogar nos momentos oportunos, com o seu método, composto de espera, paciência e oração, – que o sugere até às suas amigas, que lhe confiam seus problemas e incompreensões conjugais – consegue vencer as rudezas do marido, a ponto de levá-lo a abraçar a fé.

Mãe de um santo

Aos 22 anos, Mônica dá à luz ao primogênito Agostinho, seguido por outro filho, Navígio, e uma filha, da qual não se sabe o nome, e os educa segundo os princípios cristãos.
Tornando-se viúva, aos 39 anos, administra os bens da família, dedicando-se, com amor incomensurável à sua prole. Quem mais causou preocupações à cuidadosa e astuta mãe foi Agostinho, o “filho de tantas lágrimas”; de coração irrequieto e ambicioso retórico, na busca da verdade, ele se distancia da fé católica e vaga de uma filosofia à outra.
Mônica jamais deixa de rezar por ele; pelo contrário, segue todas as vicissitudes da sua vida e lhe permanece sempre ao lado. Por isso, transfere-se para Cartagena e, depois, para a Itália, quando o filho, no ápice da sua carreira, como docente de retórica, vai morar em Milão.
Seu carinho materno e as suas orações acompanham a conversão de Agostinho, que, ao receber o batismo pelo santo Bispo Ambrósio, decidiu voltar para Tagaste, onde fundou uma Comunidade de servos de Deus. Mônica estava com ele quando tiveram que embarcar no porto de Óstia com destino à África. Porém, ao esperar o navio, foram obrigados a passar alguns dias ali.

Páscoa

No entanto, Mônica e Agostinho mantêm intensos diálogos espirituais. A um destes se refere o chamado “êxtase em Óstia”, narrado nas suas Confissões (XIX, 10, 23-27):
“Aconteceu… encontrar-nos a sós, eu e ela, apoiados em uma janela que dava para o jardim interior da casa em que morávamos. Era em Óstia, sobre a foz do Tibre, onde, longe da multidão, depois do cansaço de uma longa viagem, recobramos forças para a travessia do mar. Ali, sozinhos, conversávamos com grande doçura, esquecendo o passado, ocupados apenas no futuro, indagamos juntos, na presença da Verdade, que és tu, qual seria a vida eterna dos santos… percorremos uma a uma todas as coisas corporais, até o próprio céu… E subimos ainda mais em espírito, meditando, celebrando e admirando tuas obras, e chegamos até o íntimo de nossas almas. E fomos além delas, para alcançar a região da abundância inesgotável… onde a vida é a própria Sabedoria… E enquanto assim falávamos dessa Sabedoria e por ela suspiramos, chegamos a tocá-la com supremo ímpeto de nosso coração”.
Assim, Mônica sente ter atingido o ápice da sua vida e confessa ao filho: “No que me diz respeito, esta vida já não tem mais nenhum atrativo para mim. O que estou fazendo ainda aqui? Não sei. As minhas expectativas aqui na terra já se esgotaram. Somente uma coisa me fazia permanecer aqui em baixo…: ver, antes de morrer, que você se tornou cristão católico. Meu Deus me satisfez completamente, porque vejo que você até despreza a felicidade terrena para servir a Ele. O que estou fazendo aqui?”.
Alguns dias depois, Mônica adoece e morre aos 56 anos.

As relíquias de Santa Mônica

Seu corpo foi enterrado em Óstia Antiga, na atual igreja de Santa Áurea. O tempo, provavelmente, é uma basílica paleocristã com uma necrópole ao lado. Os restos mortais de Santa Mônica descansam, por muitos séculos, na igreja de Santa Áurea. Hoje, no lugar, pode-se ver apenas uma lápide, porque, no século XV, o Papa Martinho V quis que as relíquias fossem transladadas para Roma, na igreja de São Trifão, confiada aos frades Agostinianos – depois englobada a uma grande Basílica dedicada a Santo Agostinho. Ali, ainda hoje, encontram-se respostas aos tantos porquês diante de um sarcófago de mármore verde, na capela decorada com afrescos, em 1885, por Pietro Gagliardi.

Minha oração

“Vós que fostes uma mãe intercessora, incansável na salvação de seus filhos, ajudai as mães para que não desanimem dessa missão e, rezando, possam ser pontes para que sua família chegue ao céu. Amém!”

Santa Mônica, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em  27 de agosto:

Em Cápua, na Campânia, região da Itália, São Rufo, mártir. († s. III/IV)
- Em Cítia de Tomis, hoje Constança, na Roménia, os santos mártires Marcelino, tribuno, e Maneia, esposos, e João, seu filho, Serapião, clérigo, e Pedro, soldado. († c. s. IV)
- Em Bérgamo, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Narno, considerado o primeiro bispo desta cidade. († s. IV)
- Na Tebaida, no Egipto, São Pémenes, abade. († s. IV/V)
- Em Couserans, na Aquitânia, hoje na França, São Licério, bispo.(† c. 540)
- Em Arles, na Provença, também na atual França, São Cesário, bispo. († 542)
- Em Pavia, na Lombardia, região da Itália, São João, bispo. († c. 825)
- No mosteiro de Petershausen, que tinha fundado, na Suábia, atualmente na Alemanha, o sepultamento de São Gebardo, bispo de Constança. († 995)
- No mosteiro de Aulps, na Savóia, atualmente na França, o passamento de São Guarino, bispo de Sion. († 1150)
- Em Lausana, na Suíça, Santo Amadeu, bispo. († 1159)
- Em Folinho, na Úmbria, região da Itália, o Beato Ângelo Cónti, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († 1312)
- Em Leominster, na Inglaterra, o Beato Rogério Cadwallador, presbítero e mártir. († 1610)
- Em Nagasáki, no Japão, os beatos Francisco de Santa Maria, presbítero da Ordem dos Frades Menores, e catorze companheiros mártires. († 1627)
- Em Usk, cidade do País de Gales, São David Lewis, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1679)
Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, os beatos mártires João Baptista de Souzy, presbítero, e Ulrico (João Baptista Guillaume), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mártires. († 1794)
- Em Reading, na Inglaterra, o Beato Domingos da Mãe de Deus Barberi, presbítero da Congregação da Paixão. († 1849)
- Em Picassent, localidade do território de Valência, na Espanha, o Beato Fernando González Añon, presbítero e mártir. († 1936)
- Na estrada de Godella para Bétera, na mesma região da Espanha, o Beato Raimundo Marti Soriano, presbítero e mártir. († 1936)
- Em Madrid, também na Espanha, os beatos José Maria López Carrillo Pedro Ibañez Alonso, presbíteros da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1936)
- Em San Sebastian, também na Espanha, a Beata Maria do Pilar Izquierdo Albero, virgem. († 1945)

Fontes:
vatican.va e vaticannews.va
- Martirológio Romano – liturgia.pt
- Liturgia das Horas
- Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção e edição: Melody de Paulo

Santa Mônica

Viúva (332-287)
Santa Mônica
com seu filho Santo Agostinho
331-387

Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 331, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com freqüência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.
Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio que ele profanasse o sacramento.
E teria acontecido, porque Agostinho, aos dezesseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou dizendo: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".
Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica.
Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se tornado freqüentador dos envolventes sermões de santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas.
Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha cinqüenta e seis anos.
O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a santa Mônica, em 1153, quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa deve ser celebrada no mesmo dia em que morreu. O seu corpo, venerado durante séculos na igreja de Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e depositado na igreja de Santo Agostinho.
Uma de suas frases: "Nada está longe de Deus".
Fonte: Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente, Mario Sgarbossa, Paulinas.
Fonte: Paulinas em 2015

Santa Mônica, Viúva

A Igreja venera  Santa Mônica, Santa esposa e viúva, não só por dar vida corporal a um dos mais importantes doutores da Igreja, Santo Agostinho, mas também também porque foi o principal instrumento do qual Deus se valeu para  dar a este o dom da Fé.
Agostinho tinha 17 anos e estudava retórica. Dois anos mais tarde, Mônica teve a pena de saber que seu filho levava uma vida dissoluta e tinha abraçado a heresia maniqueísta. Por esta razão e como maneira de motivá-lo ao arrependimento, Mônica lhe fechou as portas de sua casa durante algum tempo. Uma visão fez a Santa tratar menos severamente o filho. Sonhou que se achava no bosque, chorando a queda de Agostinho, quando lhe aproximou um personagem resplandecente que lhe perguntou a causa de sua pena. Este, depois de escutá-la e lhe secar as lágrimas, disse-lhe: "Seu filho está contigo". Quando Mônica contou a Agostinho o sonho, o jovem respondeu que Mônica não tinha mais que renunciar ao cristianismo para estar com ele; mas a Santa respondeu: "Não me disse que eu estava contigo, mas sim você estava comigo".
O grande bispo Santo Ambrósio, que tinha se tornado muito amigo de Agostinho e sua mãe, teve também um papel muito importante na conversão do futuro santo. Finalmente, em agosto do ano 386, Agostinho anunciou sua completa conversão ao catolicismo. O santo deixou em suas "Confissões" algumas das conversações espirituais e filosóficas em que passou o tempo de preparação para o batismo. Santo Ambrósio batizou  Agostinho na Páscoa do ano 387.
Os fiéis se encomendam, há muitos séculos, às orações de Santa Mônica, já que esta é padroeira das  mulheres casadas e modelo das mães cristãs.
http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=60

Santa Mônica


Comem. litúrgica: 27 de agosto.

Também nesta data: Santa Eulália e Santa Antusa menor

Santa Mônica nasceu no ano de 332 e  foi a mãe do nosso grande Santo Agostinho.
Os pais de Santa Mônica, muito piedosos, confiaram-lhe a educação a uma senhora de grandes virtudes, ligada à família por íntima amizade.  Embora branda e suave no modo de educar a menina, com firmeza aplicou os princípios sãos da pedagogia cristã, acostumando a educanda às práticas de  uma mortificação prudente e moderada. Regra, cuja observação exigia e que por Santa Mônica era fielmente observada, era não tomar alimento de espécie alguma, a não ser na hora  das refeições.   Apesar deste regime salutar, deixou-se  Mônica  levar por uma natural inclinação ao vinho. Devido à sua sobriedade e espírito de mortificação, era ela de preferência mandada  à adega, buscar vinho para a mesa. A ocasião de levar o precioso e  saboroso líquido, era demais propícia, para que  não fosse  aproveitada pela menina.  Como não houvesse nenhuma reprovação da parte dos pais que, aliás, nada podiam suspeitar, Mônica adquiriu o costume de beber vinho.
Deus , porém , enfastiou-a de  um hábito,  que mui facilmente poderia  ter-se transformado num vício pernicioso.  Em uma daquelas contendas, que soem haver na vida familiar e  entre a criadagem, Mônica foi ofendida por uma palavra mordaz de uma criada, a qual, num ímpeto de raiva, a chamou de beberrona, dizendo  que não havia mais em casa que não soubesse das libações clandestinas. Mônica, não tanto pela ofensa que sofrera, porém, mais pelo conhecimento do seu proceder incorreto, tomou a  resolução de  abster-se completamente do vinho, propósito  que cumpriu  rigorosamente.
Pouco depois, recebeu o santo Batismo, cuja graça conservou por toda a  vida, pela pureza da fé e  pela santidade de  vida.  Grande foi a sua caridade  para com os pobres. Sabendo que era difícil conservar-se na graça de Deus, evitava  os divertimentos profanos, fugia das ocasiões perigosas e desprezava as  exigências e extravagâncias da moda.
Tendo  chegado à cidade própria, os pais casaram-na  com um cidadão de Tagaste, na África, de nome Patrício, que era filho de  família ilustre, mas pobre, pagão e  homem de sentimentos  rudes. O caráter  indômito e violento do marido era para a esposa uma fonte de sofrimentos e  provações,  as mais duras.  Mônica  sofreu tudo  com paciência e mansidão, não respondendo a Patrício, senão por obras de uma caridade  sem limites e pela oração.  Longe de  se  queixar ou prestar ouvido às más línguas, que procuravam semear-lhe discórdias  no lar, Mônica defendia o marido e não tolerava que o difamassem em sua presença. Deus recompensou esta dedicação, tendo Mônica a satisfação de ver a conversão do marido. Do seu matrimônio, Mônica teve dois filhos, Agostinho e Navígio e uma filha Perpétua,  que se fez  religiosa.  O mais velho, Agostinho,  causou grandes amarguras  à mãe, até que enfim,  pela conversão e completa  mudança de vida, se lhe tornou uma  glória.
Embora não lhe deixasse faltar bons  conselhos e apesar de o educar  nos princípios  da Religião Católica, a vivacidade, a inconstância e  a  volubilidade  do filho inspiravam à boa mãe sérios cuidados e  abriram-lhe  uma expectativa pouco lisonjeira para o futuro do menino. Por este motivo e temendo que perdesse a graça do Batismo, não o apresentou para ser batizado. Os fatos provaram como eram fundados  os receios  da mãe. Agostinho desde os verdes anos se  inclinou para o mal e mais tarde se  filiou à seita dos Maniqueus.
Dezessete anos contava Agostinho, quando perdeu o pai. Para continuar os estudos, dirigiu-se  para Cartago. O Coração de Mônica sofreu atrozmente com as  notícias  desoladoras, que continuamente  recebia do filho. Tão magoada ficou, que chegou a fechar a  este  a porta da sua casa. Deus, porém,  consolou-a em visões misteriosas, mostrando-lhe a futura conversão de Agostinho. Confortada desta sorte, consentiu que este tornasse a morar em sua casa e lhe assentasse à mesa.
Nem assim deixou de rezar constantemente pela conversão do filho e  pedir a outros que o mesmo fizessem. Recomendou-o a diversos bispos, entre estes a um, que também tinha pertencido à seita dos Maniqueus. Este muito a animou, dizendo-lhe: "O coração de  teu filho não está ainda preparado, mas Deus determinará o momento. Vai e  continua a rezar: é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".
De fato, soou a hora da conversão de  Agostinho. Este que era a lente da arte retórica em Cartago, começou a  conhecer os erros da  seita dos Maniqueus e  a experimentar nojo dos seus vícios. De Cartago dirigiu-se Para Roma e  de lá para Milão, onde Santo Ambrósio era Bispo.
Sabendo do plano de  seu filho, de ir para Roma, Mônica quis acompanhá-lo. Agostinho, porém,  soube habilmente se  furtar à companhia da mãe. Sem avisar, tomou um outro navio e quando ela chegou ao lugar do embarque, ele  já havia partido.
Mônica sabendo da mudança do filho para Milão, seguiu-o e teve o consolo de ouvir de Santo Ambrósio, que o filho já se tinha convertido. Em 387 receberam Agostinho, seu filho Adeodato e  o amigo Alípio o santo Batismo.
Agostinho resolveu então voltar, com a mãe para a África. Chegando a Ostia, disse-lhe ela:  "Vendo-te hoje cristão Católico, nada mais me resta a  fazer neste mundo".  Caiu em uma doença grave e morreu, tendo alcançado a  idade de 56 anos. O Filho Agostinho, nas suas célebres "Confissões" , erigiu um monumento indelével à memória da santa mãe.
O Papa  Alexandre III colocou o  nome de Santa Mônica entre Santos da  Igreja Católica. Sob o pontificado de Martinho V (1430) foi o  corpo de Santa Mônica transportado para  Roma e  depositado na Igreja de Santo Agostinho.
A devoção a  Santa Mônica tomou novo incremento pelo fato de  ser ela declarada Padroeira das Associações das Mães Cristãs. De Santa Mônica podem as mães aprender o interesse que devem ter pela  salvação dos filhos.
Reflexões:
Santa Mônica tinha mau marido e  mau filho.  Ambos se  converteram devendo-se atribuir-lhes  a conversão,  à paciência, à caridade, às penitências e  orações da  santa esposa e mãe.  A conversão de um pecador  é um grande milagre, que só de Deus se pode esperar, pelas obras de piedade, nunca, porém, pela impaciência, por palavras pesadas, imprecações, pragas  e  maldições.
Esposas e mães!  Aprendam com o  exemplo de vida de Santa Mônica,  que com muita oração, piedade e  temor a Deus pode-se corrigir a conduta dos maridos e filhos malvados ou pagãos.
A filosofia terrena nos tenta  perverter as santas  atitudes.  "Renuncie ao sofrimento",  "tens o direito de ser feliz", nos diz o mundo. Quando as circunstâncias no matrimônio não nos são favoráveis, logo surgem em nossos ouvidos conselhos malignos convidando a abjurar ao sacramento do matrimônio. Bem disse recentemente o Papa Bento XVI ser o divórcio uma "praga social" que disseminou-se pelo mundo nos dias atuais. Santa Mônica  não seguiu e nem nós, devemos  seguir  conceitos  mundanos.  Na hora da necessidade,  devemos suplicar a Deus e em Deus nos apoiar.  Não somos  cidadãos do mundo. Somos  cidadãos com os olhos voltados para o Céu, onde encontra-se a  verdadeira felicidade. Não é à toa  que o divino Mestre nos diz:  "Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?" ou ainda: "Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a  mim antes que vós. Se fôsseis  do  mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como , porém, não sois  do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia" (Jo 15, 18 - 20) .
Peçamos a intercessão de Santa Mônica para que verdadeiramente nos  preocupemos com o principal:  "Educar os  filhos na doutrina e no temor de Deus", com a paciência dos santos, que tudo espera e tudo sofre, na certeza de que só pelo caminho da Cruz é que poderemos garantir a nossa salvação e das pessoas mais próximas que conosco convivem, ou seja,  nossa família.
Fonte: Página Oriente em 2016

Santa Mônica

NascimentoPor volta do ano 332
Local nascimentoTagaste - África
OrdemMãe de Santo Agostinho
Local vidaÓstia - África
EspiritualidadeCasou-se com Patrício, um homem de caráter difícil, propício à ira, mas teve o consolo de ver o seu batismo um ano antes que morresse. Igual dificuldade teve, por incrível que pareça, com seu filho mais rebelde, futuro Santo Agostinho. Depois de dezesseis anos de reza e lágrimas, teve a felicidade não só de ver a conversão de seu filho, mas de vê-lo desprezar as alegrias terrenas para servir somente a Deus. Hoje podemos saber de sua existência graças a esse seu filho, que tão docemente a mencionou nas suas Confissões. Santa Mônica morreu, aos 55 anos, no ano de 387.
Local morteÓstia - África
MorteNo ano 387, ao 55 ano s de idade.
Fonte informaçãoSanto Nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoÓ Santa Mônica, que pela oração e pelas lágrimas alcançastes de Deus a conversão de vosso filho transviado, depois santo, Santo Agostinho, olhai para o meu coração, amargurado pelo comportamento do meu filho desobediente, rebelde e inconformado, que tantos dissabores causou ao meu coração e à toda a família. Que vossas orações se juntem com as minhas, para comover o bom Deus à fim de que ele faça meu filho entrar novamente ao bom caminho. Santa Mônica, fazei que o Pai do Céu chame de volta à casa paterna o meu filho pródigo. Dai-me esta alegria e serei muito agradecida(o). Santo Agostinho, rogai por nós. Santa Mônica, atendei-me. Amém.
DevoçãoPrincipalmente à oração
PadroeiroDas esposas, dos filhos que precisam de conversão
Outros Santos do diaOutros santos do dia: Mônica, Rufo (bispo); Eulália (Virgem); Marcelino, Manea, João, Serapião, Pedro, Antusa (mrs); Cesáreo, Licério, Siagrio, João, Namo (bispo); Margarida (Virgem); Pemão (na); Sabas e Alexandre (Márts).
Fonte: ASJ em 2015

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