sábado, 6 de agosto de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/08/2022

ANO C


Lc 9,28b-36

Comentário do Evangelho

Manter a face voltada para o Pai

O que faz com que o rosto de Jesus seja transfigurado, na sua oração, é que ele mantém a face voltada para o Pai. É a comunhão com o Pai que transfigura e revela o mistério do Filho. A sugestão de Pedro cai no vazio, pois é Deus quem os envolve na nuvem, isto é, os faz participar da intimidade divina. O medo que eles sentem corresponde à entrada na presença de Deus; eles sabem que ver Deus é morrer (Jz 6,23; 13,22; Ex 33,20). Na verdade, diz o evangelista, “[Pedro] nem sabia o que estava dizendo” (v. 33). O que Pedro não compreende é que a verdadeira tenda, o lugar da presença de Deus, é Jesus. A voz que sai da nuvem e interpreta o acontecimento retoma a voz por ocasião do batismo (3,22; Is 42,1); à diferença que, dessa vez, a declaração do Pai se abre aos discípulos: Jesus é um profeta poderoso em gestos e palavras – trata-se de escutá-lo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 06/08/2013

Vivendo a Palavra

Daniel profetizara sua visão gloriosa do Filho do Homem e Pedro, em sua carta, dá testemunho do que ouviu do Senhor Deus: «Este é o meu Filho amado: nele encontro o meu agrado.» Diante de tal glória, Jesus de Nazaré, o Cristo, deu-nos o exemplo e ensinou o caminho da humildade. Desçamos com Ele da montanha santa para servir aos irmãos no cotidiano da vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

Daniel profetizara sua visão gloriosa do Filho do Homem e Pedro, em sua carta, dá testemunho do que ouviu do Senhor Deus: «Este é o meu Filho amado: nele encontro o meu agrado.» Diante de tal glória, Jesus de Nazaré, o Cristo, deu-nos o exemplo e ensinou o caminho da humildade. Desçamos com Ele da Montanha Sagrada para servir aos irmãos no cotidiano da vida – a nossa Galileia.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2019

Reflexão

A transfiguração de Jesus nos revela a distância que existe entre a glória à qual todos nós somos destinados e a situação na qual vivemos no presente porque os nossos pecados são o grande obstáculo para que a glória dos filhos de Deus se manifeste na sua plenitude. Mas a misericórdia divina vem em nosso socorro de modo que, pela graça, o pecado é vencido e nós somos transfigurados aos poucos até o dia da ressurreição, quando todos os que foram resgatados na morte com Cristo, irão viver com ele para sempre e, como diz o apóstolo São João, seremos semelhantes a Deus, porque o veremos tal qual ele é.
Fonte: CNBB em 06/08/2013

Reflexão

Com Pedro, Tiago e João, Jesus subiu a um alto monte a fim de rezar. Enquanto rezava, transfigurou-se diante deles. Apareceram gloriosos Moisés e Elias conversando com Jesus a respeito de sua morte e ressurreição. Da nuvem, sinal da presença de Deus, saiu uma voz: “Este é o meu Filho escolhido. Ouçam-no” (v. 35). Repete-se a cena do batismo de Jesus quando, do céu, o próprio Pai indicara Jesus como Filho (cf. Lc 3,22). O episódio deu origem a uma festa litúrgica no Oriente, no século V, e no Ocidente, no século X. O papa Calixto III, em 1457, estendeu-a para toda a Igreja. “Jesus manifestou sua glória e fez resplandecer seu corpo… para que os discípulos não se escandalizassem da cruz. Como Cabeça da Igreja, manifestou o esplendor que também refulgiria em todos os cristãos” (Prefácio da festa).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/08/2019

Reflexão

Com Pedro, Tiago e João, Jesus subiu a um alto monte a fim de rezar. Enquanto rezava, transfigurou-se diante deles. Apareceram, gloriosos, Moisés e Elias conversando com Jesus a respeito de sua morte e ressurreição. Da nuvem, sinal da presença de Deus, saiu uma voz: “Este é o meu Filho escolhido. Ouçam-no” (v. 35). Repete-se a cena do batismo de Jesus quando, do céu, o próprio Pai indicara Jesus como Filho (cf. Lc 3,22). O episódio deu origem a uma festa litúrgica no Oriente, no século V, e no Ocidente, no século X. O papa Calixto III, em 1457, estendeu-a para toda a Igreja. “Jesus manifestou sua glória e fez resplandecer seu corpo… para que os discípulos não se escandalizassem da cruz. Como Cabeça da Igreja, manifestou o esplendor que também refulgiria em todos os cristãos” (Prefácio da festa).
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditação

Jesus se transfigurou enquanto rezava. Sinto que meu coração se transfigura quando resolvo entrar em comunhão íntima com Deus pela oração? - Meu testemunho de vida de oração consegue atrair outros para rezar? Em que circunstâncias? - É bom estarmos aqui! Disseram os discípulos. Onde e em que circunstâncias da via meu pensamento é o mesmo? - Procuro sempre escutar o que Jesus tem a me dizer? - Em situações de medo e insegurança, a quem me apego?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 06/08/2013

Meditando o evangelho

O ÊXODO DE JESUS

O diálogo entre Moisés e Elias, falando sobre a partida de Jesus - seu êxodo - oferece aos discípulos uma pista para compreender o conjunto da vida do Mestre, mormente, sua morte de cruz.
Em primeiro lugar, em toda a sua vida só buscou a da vontade de Deus. Os dois personagens vétero-testamentários representavam a Lei e os Profetas, ou seja, as Escrituras na sua totalidade. Elas é que falavam de Jesus e permitiam compreender seu caminho que desembocaria na cruz. Nada, na existência do Mestre, estava sob o signo da fatalidade. Ele era todo de Deus, e Deus, o senhor de sua vida.
Em segundo lugar, a alusão ao êxodo indicava que a vida de Jesus estava toda a serviço da libertação. Semelhante ao êxodo do passado, quando o povo, sob a liderança de Moisés, foi resgatado da tirania do faraó, toda a existência de Jesus estava destinada a libertar a humanidade da escravidão do pecado e introduzi-la na terra da fraternidade.
Em terceiro lugar, o êxodo está ligado à figura do cordeiro pascal, cujo sangue livrara o povo da ira divina. O êxodo de Jesus, a ser consumado em Jerusalém com sua morte de cruz, pouparia a humanidade de semelhante ira.
Toda esta realidade existencial escondia-se sob a aparência de Jesus transfigurado. A tragicidade do êxodo de Jesus não destruiria sua condição de Filho amado.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, que a transfiguração leve-me a confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.
Fonte: Dom Total em 06/08/2019

Comentário ao Evangelho

A visão da transfiguração acontece quando Jesus e seus discípulos se dirigem a Jerusalém. Jesus já lhes falara sobre as provações por que passaria naquele centro religioso e político do judaísmo. Procurava esclarecer os discípulos que nutriam a falsa esperança, herdada da tradição messiânica do judaísmo, de que ele poderia ser um líder restaurador da glória e do poder de Israel. A transfiguração revela a dimensão gloriosa da humanidade de Jesus, assumida pelo Pai. O sofrimento e a morte são passageiros. Os discípulos não o entendem logo. Após a crucifixão é que perceberão o sentido da permanência de Jesus entre eles.
Oração
Ó Deus, que na gloriosa transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz do nosso filho amado e compartilhar da sua herança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1 - “ESCUTAI O QUE ELE DIZ!” - Olívia Coutinho

Estamos  refletindo neste mês de Agosto,  sobre a importância de vivermos bem a nossa vocação.
Este  tempo especial, nos convida a  contemplarmos  a luz de Cristo, para que, iluminados por ela, possamos  viver a nossa realidade humana, dentro do plano de Deus, no respeito e no cuidado com a vida!
Somos  filhos e filhas  amados de Deus, que deseja percorrer o caminho que  Jesus percorreu, atualizando esta caminhada no contexto do mundo de hoje.
O Evangelho que a liturgia de hoje  nos apresenta, mostra-nos a belíssima cena da transfiguração de Jesus!
“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha para rezar. Enquanto rezava, Jesus transfigurou-se  diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar”.
A transfiguração de Jesus, revelou aos discípulos a Sua  intimidade com o Pai, assegurando-os da Sua ressurreição após Sua morte de cruz!
Naquele instante, os discípulos Pedro, Tiago e João, puderam visualizar o encontro de Jesus com o Pai. A partir de então, eles, que andavam tristes, desapontados com as últimas revelações  de Jesus sobre a proximidade de sua morte, se encheram de alegria, com a  certeza de que a vida e ação de Jesus, não terminariam com a sua morte.
Hoje nós sabemos que a ação de Jesus no mundo, tornou mais forte ainda depois de  sua morte. Com a ressurreição, a vida de Jesus se amplia  no coração de quem se abre ao seu amor!
Assim como Pedro desejou construir três tendas para que eles pudessem ficar no alto da montanha com Jesus, longe dos perigos e sem precisar batalhar a vida, nós também, certamente desejaríamos  o mesmo. Esta,  pode  ser a  nossa grande tentação dos dias de hoje: buscar uma comodidade, um bem estar, sem pensar no outro.
Jesus é muito claro: rezar, ouvir e meditar a palavra de Deus é muito bom e O agrada muito, mas precisamos descer do alto da “montanha”, ir mais além, andar com os pés neste chão, com olhar  voltado para as margens do caminho, onde podemos  visualizar desde já, os rostos desfigurados de tantos irmãos!
Como seguidores de Jesus, precisamos sair de nossas tendas, do nosso  comodismo, descruzar os nossos braços, desvendar nossos olhos e nos por à caminho!
O episódio da transfiguração, deve nos animar ao longo de toda nossa vida, especialmente quando esta transfiguração mostra o lado da cruz. Não precisamos temer a cruz, pois Jesus nos provou  que a cruz, não é sinal de morte e sim, de vida, de vitória!
Guardemos dentro de nós, o brilho do rosto transfigurado de Jesus, o brilho que nos  iluminará nas nossas  escuras travessias!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! Olívia

2 - Enquanto Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência. Padre Queiroz

Enquanto Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência.
O Evangelho narra a transfiguração de Jesus. Esta maravilhosa cena nos mostra como Jesus está lá no céu. Também Maria Santíssima e os santos. E mostra ainda como nós estaremos lá no céu.
Logo antes, Jesus havia dito aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me” (Lc 9,23). Jesus estava sofrendo fortes críticas e humilhações. Eles estavam caminhando para Jerusalém, onde o próprio Jesus havia adiantado que seria preso e condenado à morte. Tudo isso causou uma enorme decepção e desânimo nos discípulos. A transfiguração veio dar-lhes ânimo e esperança. Que pelo menos eles permanecessem firmes na fé, durante a paixão de Jesus.
“Este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que ele diz.” Deus Pai quis dizer aos discípulos, e a nós, que tudo o que Jesus falou e fez, ele assina em baixo. O apoio que Jesus recebeu foi pesado. Veio de Deus Pai e dos dois principais líderes do Antigo Testamento: Moisés e Elias. Eles representam o Antigo Testamento: A Lei (Moisés) e os profetas (Elias). A Boa Nova de Jesus veio em continuidade ao Antigo Testamento.
“Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, e subiu à montanha para orar. Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência...” Quando rezamos, Deus vem nos socorrer, e a sua ajuda é sempre apropriada e eficaz. A transfiguração de Jesus, antecipada por alguns instantes, como fruto da oração, mostrou aos discípulos a sua glória, e também a glória futura deles, se permanecerem fiéis naqueles momentos de crise.
Quando rezamos, Deus sempre vem e resolve os nossos problemas, sejam eles quais forem, mesmo que seja o desânimo na fé. Se rezarmos na hora de uma crise, recuperaremos a nossa identidade. O encontro pessoal e suplicante com Deus nos reabilita, nos reintegra na Comunidade. A oração pode ser individual ou comunitária, mental ou vocal, espontânea ou já feita, como os Salmos, o Terço, os cantos. O Pai Nosso é a oração por excelência. Depois dele vem a Ave Maria e o Glória ao Pai. Os cristãos costumam rezar essas três orações juntas.
“Sua roupa ficou muito branca e brilhante”. Isso mostra-nos que a natureza também deve ser transfigurada. Portanto, a nossa missão de transfiguradores do mundo é muito ampla.
Somos chamados a ir, aos poucos, vencendo o pecado, que nos desfigura, e ir nos transfigurando através da prática das virtudes e das boas obras, e também transfigurando o mundo.
“Pedro disse a Jesus: Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas...” Precisamos intercalar oração e ação. Não podemos fazer tendas, como queria Pedro, e instalar-nos na montanha, permanecer sempre lá. Na planície, lá em baixo, há pessoas precisando de nós. A transfiguração foi uma pequena antecipação do céu. Mas os discípulos ainda tinham uma longa caminhada na terra, a fim de implantar o Reino de Deus, que é de verdade, de justiça, de graça, de amor e de paz para todos. Em outras palavras, os discípulos de Jesus, de ontem e de hoje, são os transfiguradores do mundo.
“Apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra.” É aquela mesma nuvem que aparece várias vezes na Bíblia. Ela indica a presença da divindade e, ao mesmo tempo, oculta o mistério de Deus. É assim que acontece conosco; o normal aqui na terra é a vida na nuvem.
O recado vale também para nós, pois a Igreja Católica é Jesus continuado hoje no mundo. Precisamos acreditar nela.
“Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem.” A manifestação da divindade nos assusta. Foi por isso que Jesus não se transfigurou diante de todos os Apóstolos, e muito menos diante do povo. Infelizmente nós não sabemos relacionar-nos com Deus, o que devia ser natural. Vivemos sozinhos e, quando Deus se manifesta, ficamos assustados.
O pecado nos desfigura, mas a força da Redenção é maior. Tanto que podemos cantar: “Ó feliz culpa, que mereceu tão grande Salvador” (Primeiro cântico da Missa da Vigília Pascal).
O manual da Campanha da Fraternidade nos traz a seguinte historinha:
Certa vez, um príncipe foi salvo por dois camponeses de aldeias próximas. Agradecido, deu a cada camponês um saco de sementes especiais, quase mágicas, que garantiriam grande produção.
Muitos anos depois, já coroado rei, voltou às aldeias para ver o resultado de sua oferta. O primeiro camponês era agora rico, dono de uma grande fazenda, mas vivia assustado, cercado de arame farpado e guardas, numa aldeia sem recursos, no meio da miséria dos vizinhos.
A segunda aldeia ele quase não reconheceu. Era agora uma comunidade maravilhosa, com boas escolas, estradas para escoar a produção, hospital, saneamento... uma beleza! É que o segundo camponês optou por partilhar com os vizinhos as magníficas sementes que recebera.
Nesta historinha, aparecem direitinho as duas maneiras de usar o dinheiro: conforme o plano de Deus e contra esse plano. Devemos fazer do dinheiro um agente de transfiguração, não de desfiguração.
A economia a serviço da vida. “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).
Maria Santíssima nunca foi desfigurada pelo pecado. E ela é, depois de Jesus, a maior agente de transfiguração do mundo. Santa Maria, rogai por nós!
Enquanto Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência.
Padre Queiroz

3 - Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência-José Salviano

”Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.”
Cor branca lembra pureza. Jesus, santo e puro imaculado. Deus e homem. Enquanto homem fazia quase todas as coisas que um home faz. Dizemos “quase”, porque Jesus não cometeu nenhum pecado. Não obstante as críticas maldosas a respeito de Madalena, Jesus foi puro e santo o tempo todo. Quem me dera poder imitá-lo, Jesus. Ser puro e santo todos os dias. Embora Jesus tenha se irado com os fariseus, sacerdotes e doutores da Lei, tudo isso Ele o fez em defesa do Reino de Deus cuja maneira de cultuar havia sido deturpada. Ele não estava combatendo ou atacando as pessoas em si, mas sim, o mal praticado por elas.
Prezadas irmãs, prezados irmãos. Nós também nos transfiguramos ao nosso modo. Quando pecamos, ficamos transfigurados negativamente, porque na nossa face fica estampado o pecado. Por outro lado, quando nos convertemos, quando mudamos de vida, quando nos arrependemos e procuramos um sacerdote para nos perdoar, ficamos puros pois a nossa face, resplandece o amor e a graça de Deus.
A transfiguração é mais uma demonstração de poder e força de Jesus o Filho de Deus. Nós também podemos ficar transfigurados de duas maneiras Transfiguração A: Uma transfiguração muito lamentável e ruim que é a transfiguração negativa, quando o pecado nos invade e domina a nossa personalidade e nossa alma. Lembra daquela menina carinha de anjo linda e ingênua de pura pureza que sorria e falava alto sem nenhuma malícia? Então. Já era. Veio um vendaval, uma ventania, e depois disso na festa de são João, sei lá onde foi e aquela linda e pura donzela não é mais ela. Nem parece a mesma está irreconhecível! Com uma feição infeliz e ao mesmo tempo revoltada, mulher experiente no sentido negativo com um filhinho para criar, porém sem o pai. Por falar em pai, o seu pai a expulsou de casa. Agora vive com a tia mais é só provisoriamente, porque a sua tia está prestes a reformular a sua vida. Agora irreconhecível e totalmente transfigurada no sentido lamentavelmente negativo, aquela que foi uma linda morena está sem família,sem amigos e sem o amor que a colocou nesta estrada cheia de curvas, espinhos e um horizonte indefinido e embaçado.
Transfiguração B: Ela era mulher madalena, que vivia das noites, muito preocupada com sua filhinha pois tinha medo de que um dia ela viesse a saber de tudo. Que vergonha! Que escândalo. Mais o que fazer? Precisava comprar comida para alimentaras duas. Mais eis que numa noite de verão o inesperado mais porém sonhado aconteceu. Alguém apareceu e era diferente dos demais. Não estava em busca de apenas aventura, mais queria conversar. Achando-a linda a perdoou, e a tirou daquele lugar salvando a sua alma da perdição. Assumiu a sua filha sem fazer perguntas, e providenciou um casamento cristão pois era um católico praticante.
Aquela mulher hoje está TRANSFIGURADA, em seu rosto está estampada a felicidade e a confiança em um Deus que ela não tinha ainda conhecido. Esse Deus que enviou um anjo para salvá-la daquele submundo obscuro e repugnante. UM DEUS QUE ATENDEU AS ORAÇÕES DA SUA MÃE.
REZEMOS AO SENHOR:
Deus pai todo poderoso tenha piedade daqueles que neste momento se embrenharam por caminhos obscuros e sem saída. Ilumina-os ó Pai. Para que encontrem uma saída para o CAMINHO , A VERDADE E A VIDA.
Sal.

4 - E o Senhor transfigurou-se diante deles - Claretianos

Moisés representa a lei e Elias os profetas. A proposta de Pedro de fazer três tendas reflete o temor dos discípulos de ir a Jerusalém, onde os espera o sofrimento por causa da Palavra de Jesus. Por isso preferem a tranquilidade da montanha. Com a transfiguração, símbolo da ressurreição, Jesus tranquiliza-os confirmando que a vida triunfará sobre os projetos da morte.
Jesus diz a seus discípulos que se levantem e não tenham medo: “aproximando-se deles, toca-os e os acalma”. É o que faz conosco diariamente quando estamos angustiados e agoniados. Ao final do relato, Moisés e Elias desaparecem. Fica apenas Jesus, o Filho amado e predileto, aquele a quem devem ouvir.
O evangelista quer deixar claro nas comunidades cristãs que o Antigo Testamento, a realidade que nos rodeia, nossas atuações e relações, toda nossa vida deve ser vivida a partir de Jesus. Ele é o ponto de referência. A experiência de Jesus, apesar das dificuldades, deve ser uma experiência extraordinária que transfigure nosso medo em alegria e nos anime a descer da montanha para enfrentar a realidade com a Palavra e com o testemunho.
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/08/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR - A CERTEZA DA VITÓRIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nem tudo o que reluz é ouro – Lembro-me bem deste provérbio que finalizava uma história no meu livro do antigo primário, ensinando-nos que nesta vida confundimos muita coisa com ouro valioso, mas que no fundo não passam de simples bijuteria. Há pessoas que passam esta vida correndo atrás de quinquilharias, sem nunca descobrir o tesouro que Deus quer nos dar.
Os apóstolos pensavam que o Reino que Jesus havia implantado, era igual aos reinos deste mundo, e que ele seria um Rei muito rico e poderoso que iria dominar a todas as nações fazendo de Israel a mais importante de todas as nações da terra. Eles tinham muitos planos em seus corações e mentes, por causa de serem seguidores de Jesus, que naquele momento estava desacreditado, mas que em um futuro bem perto iria manifestar toda a sua força e poder. Muitas vezes como os apóstolos, buscamos um Jesus que atenda as nossas necessidades e realize os nossos sonhos neste mundo, essa fé tão distorcida nos impede de conhecer realmente quem é Jesus e para onde a sua graça nos leva.
Podemos afirmar que esta narrativa da transfiguração do Senhor está no coração do evangelho de Marcos porque se trata de um momento de profunda comunhão dos discípulos com Jesus, que, ao transfigurar-se diante deles os introduz no mistério de Deus, que por sua vez revela quem é Jesus: O filho amado do Pai!
Ele não é simplesmente um profeta poderoso na linha de Elias, que foi arrebatado ao céu, nem um Líder como Moisés, principal protagonista da libertação do Povo da escravidão do Egito, esses dois personagens que aparecem ao lado de Jesus naquele momento, representam todo o antigo testamento que preparou o coração dos homens para o tempo da plenitude inaugurado por Jesus.
Quando a voz se fez ouvir do meio da nuvem que os envolveu, os discípulos olharam e só viram a Jesus, que estava sozinho. As escrituras antigas apontam para Jesus, pois nele Deus irá falar diretamente aos homens, sem intermediários.
Pedro queria construir três tendas, uma para Jesus, outra para Moisés e outra para Elias, que estavam ali no monte Tabor onde poderia ser instalado o QG do grupo, de onde partiriam as ordens dadas por eles. Fazer tendas significa acomodar-se e interromper a caminhada porque já se alcançou o objetivo. Na verdade o apóstolo não sabia bem o que estava falando pois o Reino de Deus  requer planejamento e não se pode queimar etapas. Jesus transfigurado, tendo Moisés e Elias ao seu lado, era tudo o que Pedro queria, não precisaria enfrentar as cruzes do caminho, nem tribulações ou desencantos, sofrimentos e tribulações, o Reino já chegara e era uma realidade bem ali diante dele.
A humanidade toda iria se render à força do Reino de Cristo! Mas o brilho que seus olhos iriam contemplar no alto do monte, não seria do ouro e nem da prata com que talvez sonhasse mas à luz de Deus presente em Jesus, algo nunca visto, suas vestes ficaram brancas , de uma brancura jamais vista.
No Cristo transfigurado e proclamado solenemente Filho amado do Pai, descobrimos o nosso destino, Deus nos quer transfigurados, com vestes brancas resplandecentes, envolvidos pela sua Santidade que em Jesus eles nos dá.
Somos uma multidão de filhas e filhos amados do Pai que já participamos da vida de Deus ainda neste mundo, que um dia chegará para nós em plenitude. Jesus antecipou a glória que o envolveria na ressurreição, porém, nunca escondeu o que viria antes: a cruz da rejeição, o sofrimento e a paixão no calvário, e a morte na cruz. É disso que Pedro quer fugir ao construir as três tendas, é isso que às vezes nos causa angústia e medo.
Compreender a cruz e aceitar o calvário de cada dia, percorrer os caminhos desta vida que parecem tortuosos, mas sem tirar o olhar da glória Futura, como o profeta Daniel na primeira leitura dessa liturgia, pois na perspectiva da ressurreição vivemos esta vida em uma Igreja que não se fundamenta em fábulas ou lendas, mas sim no relato do apóstolo Pedro, segunda leitura desse domingo, que foi testemunha ocular do Cristo Transfigurado, que segundo ele, fez clarear o dia e nascer a estrela da manhã em nossos corações antes envolvido pelas trevas do pecado.

2. Escutai-o!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

São Pedro relata a transfiguração de Jesus e garante não estar transmitindo fábulas. São Paulo mostra aos filipenses o céu de onde virá o Salvador que vai transfigurar o nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso. Paulo convida os romanos a oferecerem este corpo que vai ser transfigurado, como hóstia viva e agradável a Deus, não assimilando a forma do mundo. A forma que esperamos é a do corpo glorioso do Senhor. Jesus rezava, seu rosto mudou de aspecto e suas roupas começaram a brilhar. Quando Moisés falava com Deus, os filhos de Israel viam seu rosto resplandecer. Um dia vamos resplandecer transfigurados na luz de Deus. Agora, somos chamados a brilhar como astros no meio de uma geração corrompida.
Fonte: NPD Brasil em 06/08/2019

HOMILIA DIÁRIA

Jesus vai lhe revelar a Sua glória

Segure firme nas mãos no Senhor e não tire o seu olhar de Jesus, porque Ele vai lhe revelar a Sua glória.

Pedro, então, disse a Jesus: ‘Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias’”  (Lucas 9,33).

Hoje, celebramos a Festa da Transfiguração do Senhor. Esse acontecimento é tão importante, tão sublime que a Igreja a celebra como uma festa à parte de sua liturgia.
Antes da Sua Paixão, antes de passar por todos aqueles acontecimentos pascais de Seu sofrimento e de Sua morte, o Senhor antecipa Sua glória para Seus apóstolos. Ele sobe ao Monte Tabor e, ali, na presença de Pedro, Tiago e João, Jesus revela a Sua face transfigurada; mais do que isso, Ele revela a Sua messianidade, revela que é Cristo Messias, não por palavras, mas por aquilo que acontece.
Ao lado de Jesus aparece Moisés; do outro lado, Elias, que representa para nós os profetas – não houve profeta maior na história de Israel do que Elias. Do outro lado, está Moisés, aquele que trouxe a Lei Sagrada, a lei ao povo de Deus.
A vivência das Escrituras para os Judeus se resume nas leis e nos profetas. O Senhor, colocando-se ao lado de Elias e Moisés, está dizendo: “Aqui está quem é mais do que a Lei, aqui está quem é mais do que os profetas.
Quando as vestes destes homens e as de Jesus se transfiguram, elas ficam resplandescentes, revelam a glória definitiva, antecipam a glória para a qual o Senhor nos chamou a viver. A vida definitiva, a vida plena que Jesus veio trazer até nós é antecipada nessa Festa da Transfiguração.
Olhando para nossa vida, percebemos que todos nós passamos por sofrimentos e angústias, porque estamos num vale de lágrimas. As alegrias e as tristezas, os sofrimentos que passamos nesta terra são coisas passageiras. O que permanecerá será a glória que Deus reserva para aqueles que são fiéis, para aqueles que vivem as bem-aventuranças evangélicas. Seja qual for a situação pela qual você está passando, segure firme nas mãos no Senhor e não tire o seu olhar de Jesus, porque Ele vai lhe revelar a Sua glória.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

O poder da oração transforma a nossa vida

“Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante” (Lucas 9,29).

Hoje, celebramos a Festa da Transfiguração do Senhor, um acontecimento Pascal na vida de Jesus. Esse fato nos mostra que a vida do Senhor caminha sempre no sentido da Páscoa, da vida nova e da libertação, da passagem de tudo o que é velho para o que é novo.
A Páscoa plena, vivida por Jesus em Sua Ressurreição, é trazida também para a nossa vida e para o nosso cotidiano quando aceitamos o convite de Jesus para subir ao monte Tabor.
O monte Tabor é, acima de tudo, o monte da oração, o lugar do encontro e do convívio com o Senhor. Subir ao monte Tabor é colocar-se na presença do Senhor. Colocar-se em oração é colocar-se na presença de Deus, é permitir que a presença d’Ele invada o nosso ser, e o nosso ser seja mergulhado na bênção do Senhor Nosso Deus, na presença de Deus no meio de nós.
Quando mergulhamos na oração, o nosso ser também é transfigurado, a nossa mente, o nosso corpo, a nossa mentalidade e até o nosso físico. Andamos muitas vezes tão agitados, preocupados e tensos! Entreguemos esse nosso ser à oração, mergulhemos toda a nossa vida na oração, porque a oração muda as realidades.

O poder da oração transforma a nossa essência, transfigura a nossa essência, muda a nossa vida

A primeira realidade que a oração muda é a nossa realidade interior, é a nossa vida. O poder da oração transforma a nossa essência, transfigura a nossa essência, muda a nossa vida para que aquilo que carregamos de mundano em nós, aquilo que carregamos na vida presente, transfiguremos pelo sabor e pelo tempero da eternidade.
A oração transfigura os nossos sentidos a começar pelo nosso próprio olhar. Ficamos olhando para as realidades e, muitas vezes, não encontramos luz, solução ou temos uma visão muito mundana das coisas.
O nosso olhar é transfigurado pelo olhar divino, enxergamos a graça de Deus, a mão de a ação de Deus, a luz d’Ele por meio da oração. Os nossos ouvidos são transfigurados, a nossa capacidade interior de escutar para que possamos escutar o Senhor e para que Ele fale ao nosso coração. E onde a transfiguração acontece? Na na nossa mentalidade e no nosso coração, onde a luz de Deus irradia em nós a vida nova, ganhamos gosto pela Palavra de Deus, saímos da realidade material onde estamos sempre acostumados e vivenciamos a cada momento para sermos levados a uma realidade sobrenatural.
Oremos em todo tempo e lugar porque a oração transforma as realidades e, saindo da oração, é gostoso entrar na oração, voltamos para o mundo e para as nossas realidades para levar o sabor do Evangelho ao mundo onde estamos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2019

Oração Final
Pai Santo, eu creio, mas aumenta a minha fé! Que a visão do Cristo Glorioso me dê força e coragem para viver como Ele viveu: fazendo o bem a todos e anunciando a Boa Notícia de que o teu Reino de Amor já mora em nós. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, eu creio! Mas aumenta a minha fé! Que a visão do Cristo Glorioso me dê força e coragem para viver como Ele viveu: fazendo o bem a todos e anunciando a Boa Notícia de que o teu Reino de Amor já mora em nós. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário