ANO C

Lc 9,28b-36
Comentário do Evangelho
Manter a face voltada para o Pai
O que faz com que o
rosto de Jesus seja transfigurado, na sua oração, é que ele mantém a face
voltada para o Pai. É a comunhão com o Pai que transfigura e revela o mistério
do Filho. A sugestão de Pedro cai no vazio, pois é Deus quem os envolve na
nuvem, isto é, os faz participar da intimidade divina. O medo que eles sentem
corresponde à entrada na presença de Deus; eles sabem que ver Deus é morrer (Jz
6,23; 13,22; Ex 33,20). Na verdade, diz o evangelista, “[Pedro] nem sabia o que
estava dizendo” (v. 33). O que Pedro não compreende é que a verdadeira tenda, o
lugar da presença de Deus, é Jesus. A voz que sai da nuvem e interpreta o
acontecimento retoma a voz por ocasião do batismo (3,22; Is 42,1); à diferença
que, dessa vez, a declaração do Pai se abre aos discípulos: Jesus é um profeta
poderoso em gestos e palavras – trata-se de escutá-lo.
Carlos Alberto Contieri,
sj
Fonte: Paulinas em 06/08/2013
Vivendo a Palavra
Daniel profetizara sua
visão gloriosa do Filho do Homem e Pedro, em sua carta, dá testemunho do que
ouviu do Senhor Deus: «Este é o meu Filho amado: nele encontro o meu agrado.»
Diante de tal glória, Jesus de Nazaré, o Cristo, deu-nos o exemplo e ensinou o
caminho da humildade. Desçamos com Ele da montanha santa para servir aos irmãos
no cotidiano da vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2013
VIVENDO A PALAVRA
Daniel profetizara sua visão gloriosa do Filho
do Homem e Pedro, em sua carta, dá testemunho do que ouviu do Senhor Deus:
«Este é o meu Filho amado: nele encontro o meu agrado.» Diante de tal glória,
Jesus de Nazaré, o Cristo, deu-nos o exemplo e ensinou o caminho da humildade.
Desçamos com Ele da Montanha Sagrada para servir aos irmãos no cotidiano da
vida – a nossa Galileia.
Reflexão
A transfiguração de
Jesus nos revela a distância que existe entre a glória à qual todos nós somos
destinados e a situação na qual vivemos no presente porque os nossos pecados
são o grande obstáculo para que a glória dos filhos de Deus se manifeste na sua
plenitude. Mas a misericórdia divina vem em nosso socorro de modo que, pela
graça, o pecado é vencido e nós somos transfigurados aos poucos até o dia da
ressurreição, quando todos os que foram resgatados na morte com Cristo, irão
viver com ele para sempre e, como diz o apóstolo São João, seremos semelhantes
a Deus, porque o veremos tal qual ele é.
Fonte: CNBB em 06/08/2013
Reflexão
Com
Pedro, Tiago e João, Jesus subiu a um alto monte a fim de rezar. Enquanto
rezava, transfigurou-se diante deles. Apareceram gloriosos Moisés e Elias
conversando com Jesus a respeito de sua morte e ressurreição. Da nuvem, sinal
da presença de Deus, saiu uma voz: “Este é o meu Filho escolhido. Ouçam-no” (v.
35). Repete-se a cena do batismo de Jesus quando, do céu, o próprio Pai
indicara Jesus como Filho (cf. Lc 3,22). O episódio deu origem a uma festa
litúrgica no Oriente, no século V, e no Ocidente, no século X. O papa Calixto
III, em 1457, estendeu-a para toda a Igreja. “Jesus manifestou sua glória e fez
resplandecer seu corpo… para que os discípulos não se escandalizassem da cruz.
Como Cabeça da Igreja, manifestou o esplendor que também refulgiria em todos os
cristãos” (Prefácio da festa).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Jesus se transfigurou
enquanto rezava. Sinto que meu coração se transfigura quando resolvo entrar em
comunhão íntima com Deus pela oração? - Meu testemunho de vida de oração
consegue atrair outros para rezar? Em que circunstâncias? - É bom estarmos
aqui! Disseram os discípulos. Onde e em que circunstâncias da via meu
pensamento é o mesmo? - Procuro sempre escutar o que Jesus tem a me dizer? - Em
situações de medo e insegurança, a quem me apego?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 06/08/2013
Meditando o evangelho
O ÊXODO DE JESUS
O diálogo entre Moisés e Elias, falando sobre a partida de Jesus - seu
êxodo - oferece aos discípulos uma pista para compreender o conjunto da vida do
Mestre, mormente, sua morte de cruz.
Em primeiro lugar, em toda a sua vida só buscou a da vontade de Deus. Os
dois personagens vétero-testamentários representavam a Lei e os Profetas, ou
seja, as Escrituras na sua totalidade. Elas é que falavam de Jesus e permitiam
compreender seu caminho que desembocaria na cruz. Nada, na existência do
Mestre, estava sob o signo da fatalidade. Ele era todo de Deus, e Deus, o
senhor de sua vida.
Em segundo lugar, a alusão ao êxodo indicava que a vida de Jesus estava
toda a serviço da libertação. Semelhante ao êxodo do passado, quando o povo,
sob a liderança de Moisés, foi resgatado da tirania do faraó, toda a existência
de Jesus estava destinada a libertar a humanidade da escravidão do pecado e
introduzi-la na terra da fraternidade.
Em terceiro lugar, o êxodo está ligado à figura do cordeiro pascal, cujo
sangue livrara o povo da ira divina. O êxodo de Jesus, a ser consumado em
Jerusalém com sua morte de cruz, pouparia a humanidade de semelhante ira.
Toda esta realidade existencial escondia-se sob a aparência de Jesus
transfigurado. A tragicidade do êxodo de Jesus não destruiria sua condição de
Filho amado.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, que a transfiguração leve-me a confessar Jesus como teu Filho
amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago
dentro de mim.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1 - “ESCUTAI O QUE ELE
DIZ!” - Olívia Coutinho
Estamos refletindo
neste mês de Agosto, sobre a importância de vivermos bem a nossa vocação.
Este tempo
especial, nos convida a contemplarmos a luz de Cristo, para que,
iluminados por ela, possamos viver a nossa realidade humana, dentro do
plano de Deus, no respeito e no cuidado com a vida!
Somos filhos e
filhas amados de Deus, que deseja percorrer o caminho que Jesus
percorreu, atualizando esta caminhada no contexto do mundo de hoje.
O Evangelho que a
liturgia de hoje nos apresenta, mostra-nos a belíssima cena da
transfiguração de Jesus!
“Jesus tomou consigo
Pedro, Tiago e João e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha para
rezar. Enquanto rezava, Jesus transfigurou-se diante deles. Suas roupas
ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia
alvejar”.
A transfiguração de
Jesus, revelou aos discípulos a Sua intimidade com o Pai, assegurando-os
da Sua ressurreição após Sua morte de cruz!
Naquele instante, os
discípulos Pedro, Tiago e João, puderam visualizar o encontro de Jesus com o
Pai. A partir de então, eles, que andavam tristes, desapontados com as últimas
revelações de Jesus sobre a proximidade de sua morte, se encheram de
alegria, com a certeza de que a vida e ação de Jesus, não terminariam com
a sua morte.
Hoje nós sabemos que a ação
de Jesus no mundo, tornou mais forte ainda depois de sua morte. Com a
ressurreição, a vida de Jesus se amplia no coração de quem se abre ao seu
amor!
Assim como Pedro desejou
construir três tendas para que eles pudessem ficar no alto da montanha com
Jesus, longe dos perigos e sem precisar batalhar a vida, nós também,
certamente desejaríamos o mesmo. Esta, pode ser a nossa
grande tentação dos dias de hoje: buscar uma comodidade, um bem estar, sem
pensar no outro.
Jesus é muito claro:
rezar, ouvir e meditar a palavra de Deus é muito bom e O agrada muito, mas
precisamos descer do alto da “montanha”, ir mais além, andar com os pés neste
chão, com olhar voltado para as margens do caminho, onde podemos
visualizar desde já, os rostos desfigurados de tantos irmãos!
Como seguidores de
Jesus, precisamos sair de nossas tendas, do nosso comodismo,
descruzar os nossos braços, desvendar nossos olhos e nos por à caminho!
O episódio da
transfiguração, deve nos animar ao longo de toda nossa vida, especialmente quando
esta transfiguração mostra o lado da cruz. Não precisamos temer a cruz, pois
Jesus nos provou que a cruz, não é sinal de morte e sim, de vida, de
vitória!
Guardemos dentro de nós,
o brilho do rosto transfigurado de Jesus, o brilho que nos iluminará
nas nossas escuras travessias!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
Olívia
2 - Enquanto Jesus
rezava, seu rosto mudou de aparência. Padre Queiroz
Enquanto Jesus rezava,
seu rosto mudou de aparência.
O Evangelho narra a transfiguração de Jesus. Esta maravilhosa cena
nos mostra como Jesus está lá no céu. Também Maria Santíssima e os santos. E
mostra ainda como nós estaremos lá no céu.
Logo antes, Jesus havia
dito aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome
sua cruz, cada dia, e siga-me” (Lc 9,23). Jesus estava sofrendo fortes críticas
e humilhações. Eles estavam caminhando para Jerusalém, onde o próprio Jesus
havia adiantado que seria preso e condenado à morte. Tudo isso causou uma
enorme decepção e desânimo nos discípulos. A transfiguração veio dar-lhes ânimo
e esperança. Que pelo menos eles permanecessem firmes na fé, durante a paixão
de Jesus.
“Este é o meu Filho, o
escolhido. Escutai o que ele diz.” Deus Pai quis dizer aos discípulos, e a nós,
que tudo o que Jesus falou e fez, ele assina em baixo. O apoio que Jesus
recebeu foi pesado. Veio de Deus Pai e dos dois principais líderes do Antigo
Testamento: Moisés e Elias. Eles representam o Antigo Testamento: A Lei
(Moisés) e os profetas (Elias). A Boa Nova de Jesus veio em continuidade ao
Antigo Testamento.
“Jesus levou consigo
Pedro, Tiago e João, e subiu à montanha para orar. Enquanto rezava, seu rosto
mudou de aparência...” Quando rezamos, Deus vem nos socorrer, e a sua ajuda é
sempre apropriada e eficaz. A transfiguração de Jesus, antecipada por alguns
instantes, como fruto da oração, mostrou aos discípulos a sua glória, e também
a glória futura deles, se permanecerem fiéis naqueles momentos de crise.
Quando rezamos, Deus
sempre vem e resolve os nossos problemas, sejam eles quais forem, mesmo que
seja o desânimo na fé. Se rezarmos na hora de uma crise, recuperaremos a nossa
identidade. O encontro pessoal e suplicante com Deus nos reabilita, nos
reintegra na Comunidade. A oração pode ser individual ou comunitária, mental ou
vocal, espontânea ou já feita, como os Salmos, o Terço, os cantos. O Pai Nosso
é a oração por excelência. Depois dele vem a Ave Maria e o Glória ao Pai. Os
cristãos costumam rezar essas três orações juntas.
“Sua roupa ficou muito
branca e brilhante”. Isso mostra-nos que a natureza também deve ser
transfigurada. Portanto, a nossa missão de transfiguradores do mundo é muito
ampla.
Somos chamados a ir, aos
poucos, vencendo o pecado, que nos desfigura, e ir nos transfigurando através
da prática das virtudes e das boas obras, e também transfigurando o mundo.
“Pedro disse a Jesus:
Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas...” Precisamos intercalar
oração e ação. Não podemos fazer tendas, como queria Pedro, e instalar-nos na
montanha, permanecer sempre lá. Na planície, lá em baixo, há pessoas precisando
de nós. A transfiguração foi uma pequena antecipação do céu. Mas os discípulos
ainda tinham uma longa caminhada na terra, a fim de implantar o Reino de Deus,
que é de verdade, de justiça, de graça, de amor e de paz para todos. Em outras
palavras, os discípulos de Jesus, de ontem e de hoje, são os transfiguradores
do mundo.
“Apareceu uma nuvem que
os cobriu com sua sombra.” É aquela mesma nuvem que aparece várias vezes na
Bíblia. Ela indica a presença da divindade e, ao mesmo tempo, oculta o mistério
de Deus. É assim que acontece conosco; o normal aqui na terra é a vida na
nuvem.
O recado vale também
para nós, pois a Igreja Católica é Jesus continuado hoje no mundo. Precisamos
acreditar nela.
“Os discípulos ficaram
com medo ao entrarem dentro da nuvem.” A manifestação da divindade nos assusta.
Foi por isso que Jesus não se transfigurou diante de todos os Apóstolos, e
muito menos diante do povo. Infelizmente nós não sabemos relacionar-nos com
Deus, o que devia ser natural. Vivemos sozinhos e, quando Deus se manifesta,
ficamos assustados.
O pecado nos desfigura,
mas a força da Redenção é maior. Tanto que podemos cantar: “Ó feliz culpa, que
mereceu tão grande Salvador” (Primeiro cântico da Missa da Vigília Pascal).
O manual da Campanha da
Fraternidade nos traz a seguinte historinha:
Certa vez, um príncipe
foi salvo por dois camponeses de aldeias próximas. Agradecido, deu a cada
camponês um saco de sementes especiais, quase mágicas, que garantiriam grande
produção.
Muitos anos depois, já
coroado rei, voltou às aldeias para ver o resultado de sua oferta. O primeiro
camponês era agora rico, dono de uma grande fazenda, mas vivia assustado,
cercado de arame farpado e guardas, numa aldeia sem recursos, no meio da
miséria dos vizinhos.
A segunda aldeia ele
quase não reconheceu. Era agora uma comunidade maravilhosa, com boas escolas,
estradas para escoar a produção, hospital, saneamento... uma beleza! É que o
segundo camponês optou por partilhar com os vizinhos as magníficas sementes que
recebera.
Nesta historinha,
aparecem direitinho as duas maneiras de usar o dinheiro: conforme o plano de
Deus e contra esse plano. Devemos fazer do dinheiro um agente de
transfiguração, não de desfiguração.
A economia a serviço da
vida. “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).
Maria Santíssima nunca
foi desfigurada pelo pecado. E ela é, depois de Jesus, a maior agente de
transfiguração do mundo. Santa Maria, rogai por nós!
Enquanto
Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência.
Padre Queiroz
3 - Enquanto
rezava, seu rosto mudou de aparência-José Salviano
”Enquanto rezava, seu
rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.”
Cor branca lembra
pureza. Jesus, santo e puro imaculado. Deus e homem. Enquanto homem fazia quase
todas as coisas que um home faz. Dizemos “quase”, porque Jesus não cometeu
nenhum pecado. Não obstante as críticas maldosas a respeito de Madalena,
Jesus foi puro e santo o tempo todo. Quem me dera poder imitá-lo, Jesus. Ser
puro e santo todos os dias. Embora Jesus tenha se irado com os
fariseus, sacerdotes e doutores da Lei, tudo isso Ele o fez em defesa do Reino
de Deus cuja maneira de cultuar havia sido deturpada. Ele não estava combatendo
ou atacando as pessoas em si, mas sim, o mal praticado por elas.
Prezadas irmãs, prezados
irmãos. Nós também nos transfiguramos ao nosso modo. Quando pecamos, ficamos transfigurados
negativamente, porque na nossa face fica estampado o pecado. Por outro lado,
quando nos convertemos, quando mudamos de vida, quando nos arrependemos e
procuramos um sacerdote para nos perdoar, ficamos puros pois a nossa face,
resplandece o amor e a graça de Deus.
A transfiguração é mais
uma demonstração de poder e força de Jesus o Filho de Deus. Nós também
podemos ficar transfigurados de duas maneiras Transfiguração A:
Uma transfiguração muito lamentável e ruim que é a transfiguração negativa,
quando o pecado nos invade e domina a nossa personalidade e nossa alma. Lembra
daquela menina carinha de anjo linda e ingênua de pura pureza que sorria e
falava alto sem nenhuma malícia? Então. Já era. Veio um vendaval, uma
ventania, e depois disso na festa de são João, sei lá onde foi e aquela linda e
pura donzela não é mais ela. Nem parece a mesma está
irreconhecível! Com uma feição infeliz e ao mesmo tempo revoltada,
mulher experiente no sentido negativo com um filhinho para criar, porém sem
o pai. Por falar em pai, o seu pai a expulsou de casa. Agora vive com a tia
mais é só provisoriamente, porque a sua tia está prestes a reformular a sua
vida. Agora irreconhecível e totalmente transfigurada no sentido
lamentavelmente negativo, aquela que foi uma linda morena está sem
família,sem amigos e sem o amor que a colocou nesta estrada cheia de curvas,
espinhos e um horizonte indefinido e embaçado.
Transfiguração B: Ela era mulher
madalena, que vivia das noites, muito preocupada com sua filhinha pois tinha
medo de que um dia ela viesse a saber de tudo. Que vergonha! Que
escândalo. Mais o que fazer? Precisava comprar comida para alimentar as
duas. Mais eis que numa noite de verão o inesperado mais porém
sonhado aconteceu. Alguém apareceu e era diferente dos demais. Não estava em
busca de apenas aventura, mais queria conversar. Achando-a linda a
perdoou, e a tirou daquele lugar salvando a sua alma da perdição. Assumiu a sua
filha sem fazer perguntas, e providenciou um casamento
cristão pois era um católico praticante.
Aquela mulher hoje está
TRANSFIGURADA, em seu rosto está estampada a felicidade e a confiança em um
Deus que ela não tinha ainda conhecido. Esse Deus que enviou um anjo para
salvá-la daquele submundo obscuro e repugnante. UM DEUS QUE ATENDEU AS
ORAÇÕES DA SUA MÃE.
REZEMOS AO SENHOR:
Deus pai todo poderoso
tenha piedade daqueles que neste momento se embrenharam por caminhos
obscuros e sem saída. Ilumina-os ó Pai. Para que encontrem uma saída para
o CAMINHO , A VERDADE E A VIDA.
Sal.
4 - E o Senhor
transfigurou-se diante deles - Claretianos
Moisés
representa a lei e Elias os profetas. A proposta de Pedro de fazer três tendas
reflete o temor dos discípulos de ir a Jerusalém, onde os espera o sofrimento
por causa da Palavra de Jesus. Por isso preferem a tranquilidade da montanha.
Com a transfiguração, símbolo da ressurreição, Jesus tranquiliza-os
confirmando que a vida triunfará sobre os projetos da morte.
Jesus
diz a seus discípulos que se levantem e não tenham medo: “aproximando-se deles,
toca-os e os acalma”. É o que faz conosco diariamente quando estamos angustiados
e agoniados. Ao final do relato, Moisés e Elias desaparecem. Fica apenas Jesus,
o Filho amado e predileto, aquele a quem devem ouvir.
O
evangelista quer deixar claro nas comunidades cristãs que o Antigo Testamento,
a realidade que nos rodeia, nossas atuações e relações, toda nossa vida deve
ser vivida a partir de Jesus. Ele é o ponto de referência. A experiência de
Jesus, apesar das dificuldades, deve ser uma experiência extraordinária que
transfigure nosso medo em alegria e nos anime a descer da montanha para
enfrentar a realidade com a Palavra e com o testemunho.
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/08/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR - A CERTEZA
DA VITÓRIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim – SP)
Nem tudo o que reluz é ouro – Lembro-me bem deste provérbio que
finalizava uma história no meu livro do antigo primário, ensinando-nos que
nesta vida confundimos muita coisa com ouro valioso, mas que no fundo não
passam de simples bijuteria. Há pessoas que passam esta vida correndo atrás de
quinquilharias, sem nunca descobrir o tesouro que Deus quer nos dar.
Os apóstolos pensavam que o Reino que Jesus havia implantado,
era igual aos reinos deste mundo, e que ele seria um Rei muito rico e poderoso
que iria dominar a todas as nações fazendo de Israel a mais importante de todas
as nações da terra. Eles tinham muitos planos em seus corações e mentes, por
causa de serem seguidores de Jesus, que naquele momento estava desacreditado,
mas que em um futuro bem perto iria manifestar toda a sua força e poder. Muitas
vezes como os apóstolos, buscamos um Jesus que atenda as nossas necessidades e
realize os nossos sonhos neste mundo, essa fé tão distorcida nos impede de
conhecer realmente quem é Jesus e para onde a sua graça nos leva.
Podemos afirmar que esta narrativa da transfiguração do Senhor
está no coração do evangelho de Marcos porque se trata de um momento de
profunda comunhão dos discípulos com Jesus, que, ao transfigurar-se diante
deles os introduz no mistério de Deus, que por sua vez revela quem é Jesus: O
filho amado do Pai!
Ele não é simplesmente um profeta poderoso na linha de Elias,
que foi arrebatado ao céu, nem um Líder como Moisés, principal protagonista da
libertação do Povo da escravidão do Egito, esses dois personagens que aparecem
ao lado de Jesus naquele momento, representam todo o antigo testamento que
preparou o coração dos homens para o tempo da plenitude inaugurado por Jesus.
Quando a voz se fez ouvir do meio da nuvem que os envolveu, os
discípulos olharam e só viram a Jesus, que estava sozinho. As escrituras
antigas apontam para Jesus, pois nele Deus irá falar diretamente aos homens,
sem intermediários.
Pedro queria construir três tendas, uma para Jesus, outra para
Moisés e outra para Elias, que estavam ali no monte Tabor onde poderia ser
instalado o QG do grupo, de onde partiriam as ordens dadas por eles. Fazer
tendas significa acomodar-se e interromper a caminhada porque já se alcançou o
objetivo. Na verdade o apóstolo não sabia bem o que estava falando pois o Reino
de Deus requer planejamento e não se pode queimar etapas. Jesus
transfigurado, tendo Moisés e Elias ao seu lado, era tudo o que Pedro queria,
não precisaria enfrentar as cruzes do caminho, nem tribulações ou desencantos,
sofrimentos e tribulações, o Reino já chegara e era uma realidade bem ali
diante dele.
A humanidade toda iria se render à força do Reino de Cristo! Mas
o brilho que seus olhos iriam contemplar no alto do monte, não seria do ouro e
nem da prata com que talvez sonhasse mas à luz de Deus presente em Jesus, algo
nunca visto, suas vestes ficaram brancas , de uma brancura jamais vista.
No Cristo transfigurado e proclamado solenemente Filho amado do
Pai, descobrimos o nosso destino, Deus nos quer transfigurados, com vestes
brancas resplandecentes, envolvidos pela sua Santidade que em Jesus eles nos
dá.
Somos uma multidão de filhas e filhos amados do Pai que já
participamos da vida de Deus ainda neste mundo, que um dia chegará para nós em
plenitude. Jesus antecipou a glória que o envolveria na ressurreição, porém,
nunca escondeu o que viria antes: a cruz da rejeição, o sofrimento e a paixão
no calvário, e a morte na cruz. É disso que Pedro quer fugir ao construir as
três tendas, é isso que às vezes nos causa angústia e medo.
Compreender a cruz e aceitar o calvário de cada dia, percorrer
os caminhos desta vida que parecem tortuosos, mas sem tirar o olhar da glória
Futura, como o profeta Daniel na primeira leitura dessa liturgia, pois na
perspectiva da ressurreição vivemos esta vida em uma Igreja que não se
fundamenta em fábulas ou lendas, mas sim no relato do apóstolo Pedro, segunda
leitura desse domingo, que foi testemunha ocular do Cristo Transfigurado, que segundo
ele, fez clarear o dia e nascer a estrela da manhã em nossos corações antes
envolvido pelas trevas do pecado.
2. Escutai-o!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por
Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado
no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
São Pedro relata a transfiguração de Jesus e garante não estar
transmitindo fábulas. São Paulo mostra aos filipenses o céu de onde virá o
Salvador que vai transfigurar o nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu
corpo glorioso. Paulo convida os romanos a oferecerem este corpo que vai ser
transfigurado, como hóstia viva e agradável a Deus, não assimilando a forma do
mundo. A forma que esperamos é a do corpo glorioso do Senhor. Jesus rezava, seu
rosto mudou de aspecto e suas roupas começaram a brilhar. Quando Moisés falava
com Deus, os filhos de Israel viam seu rosto resplandecer. Um dia vamos
resplandecer transfigurados na luz de Deus. Agora, somos chamados a brilhar
como astros no meio de uma geração corrompida.
HOMILIA
DIÁRIA
Jesus vai lhe revelar a Sua glória
Segure firme
nas mãos no Senhor e não tire o seu olhar de Jesus, porque Ele vai lhe revelar
a Sua glória.
“Pedro, então, disse a Jesus:
‘Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para
Moisés e outra para Elias’” (Lucas 9,33).
Hoje, celebramos a Festa
da Transfiguração do Senhor. Esse acontecimento é tão importante, tão sublime
que a Igreja a celebra como uma festa à parte de sua liturgia.
Antes da Sua Paixão,
antes de passar por todos aqueles acontecimentos pascais de Seu sofrimento e de
Sua morte, o Senhor antecipa Sua glória para Seus apóstolos. Ele sobe ao Monte
Tabor e, ali, na presença de Pedro, Tiago e João, Jesus revela a Sua face
transfigurada; mais do que isso, Ele revela a Sua messianidade, revela que é
Cristo Messias, não por palavras, mas por aquilo que acontece.
Ao lado de Jesus aparece
Moisés; do outro lado, Elias, que representa para nós os profetas – não houve
profeta maior na história de Israel do que Elias. Do outro lado, está Moisés,
aquele que trouxe a Lei Sagrada, a lei ao povo de Deus.
A vivência das
Escrituras para os Judeus se resume nas leis e nos profetas. O Senhor,
colocando-se ao lado de Elias e Moisés, está dizendo: “Aqui está quem é mais do
que a Lei, aqui está quem é mais do que os profetas.
Quando as vestes destes
homens e as de Jesus se transfiguram, elas ficam resplandescentes, revelam a
glória definitiva, antecipam a glória para a qual o Senhor nos chamou a viver.
A vida definitiva, a vida plena que Jesus veio trazer até nós é antecipada
nessa Festa da Transfiguração.
Olhando para nossa vida,
percebemos que todos nós passamos por sofrimentos e angústias, porque estamos
num vale de lágrimas. As alegrias e as tristezas, os sofrimentos que passamos
nesta terra são coisas passageiras. O que permanecerá será a glória que Deus
reserva para aqueles que são fiéis, para aqueles que vivem as bem-aventuranças
evangélicas. Seja qual for a situação pela qual você está passando, segure
firme nas mãos no Senhor e não tire o seu olhar de Jesus, porque Ele vai lhe
revelar a Sua glória.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2013
Oração Final
Pai Santo, eu creio, mas aumenta a minha fé! Que
a visão do Cristo Glorioso me dê força e coragem para viver como Ele viveu:
fazendo o bem a todos e anunciando a Boa Notícia de que o teu Reino de Amor já
mora em nós. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito
Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, eu creio! Mas aumenta a minha fé!
Que a visão do Cristo Glorioso me dê força e coragem para viver como Ele viveu:
fazendo o bem a todos e anunciando a Boa Notícia de que o teu Reino de Amor já
mora em nós. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do
Espírito Santo.

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