sábado, 20 de agosto de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/08/2022

ANO C


Mt 23,1-12

Comentário do Evangelho

Fraternidade e serviço humilde

Mateus apresenta um longo discurso de Jesus como denúncia da prática equivocada dos escribas e fariseus "depois" de várias narrativas de conflitos com estes chefes religiosos. Com este discurso, Mateus faz uma advertência às suas comunidades, formadas por discípulos oriundos do judaísmo que ainda se mantinham apegados à sua antiga doutrina. Os escribas e fariseus não devem ser modelos. Que ninguém pretenda ser "rabi", "pai", "guia" (títulos de autoridade e superioridade). A comunidade deve ser marcada pela fraternidade e pelo serviço humilde, excluindo-se qualquer aspiração a privilégios ou poder.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, reveste-me de humildade e simplicidade, para que eu seja disponível para servir o meu próximo, na mais pura gratuidade.
Fonte: Paulinas em 25/08/2012

Comentário do Evangelho

A vida cristã é um serviço.

Todo o capítulo 23 de Mateus é uma dura crítica de Jesus aos escribas e fariseus em razão da hipocrisia deles. O comportamento deles não corresponde à Lei que ensinam. Há uma distância entre o que ensinam e o que fazem. O modo como eles ensinam e fazem praticar os preceitos equivale a um fardo pesado posto sobre o ombro dos outros, fardo que eles mesmos não carregam. A religião que praticam é hipocrisia, pura encenação, expressão da vaidade que encerra o indivíduo em si mesmo; o coração deles não está no que fazem, pois buscam ser vistos pelos homens (v. 5). A hipocrisia faz com que eles busquem os seus próprios privilégios, esquecendo-se da misericórdia a que estão obrigados. Para a comunidade cristã, a hipocrisia deve ser rejeitada veementemente, e o comportamento dos escribas e fariseus não pode se constituir em norma de conduta. Dos discípulos é exigido um comportamento totalmente diferente, enraizado na própria vida e no ensinamento de Jesus. A vida cristã é um serviço.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que os maus exemplos jamais me influenciem, fazendo-me desviar de teu caminho. Seja teu Filho Jesus meu único modelo de vida.
Fonte: Paulinas em 18/03/2014

Vivendo a Palavra

A fala de Jesus nos leva a transformar a janela através da qual a cena do Evangelho pode ser admirada, em uma porta que nós transpomos e nos colocamos dentro da situação descrita e ouvimos o Mestre vivo, com sua simplicidade, transparência e verdade. Um exercício a ser tentado sempre...
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2012

Vivendo a Palavra

Nossa fé não se mostra em gestos e sinais externos que não humanizam as relações com os irmãos; nem na ostentação de riquezas de ritos vazios e frios. Jesus viveu e ensinou a religião simples, leve e alegre – de quem sabe que está sempre na presença do Pai e quer testemunhá-la aos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

O jeito de Jesus se comunicar nos convida a transformar a janela através da qual a cena do Evangelho pode ser admirada ‘de fora’, em uma porta que nós transpomos e nos colocamos dentro da situação descrita. Então, nós ouvimos o Mestre, vivo, a nos falar com sua simplicidade, transparência e verdade. Uma experiência desafiadora que deve ser sempre buscada...
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus recomenda publicamente muita cautela contra os mestres da Lei e os fariseus e aponta neles quatro atitudes reprováveis: eles impõem pesada carga de observâncias nas costas dos outros; fazem as coisas para serem vistos e admirados; ocupam os primeiros lugares nos banquetes e nas sinagogas; enfim, deleitam-se com os títulos humanos e apreciam que lhes façam reverência. Então, o que fazer? Assumir atitudes de humildade e não buscar títulos nem postos de honra. Aliás, na comunidade de Jesus, todos devem apresentar-se e viver com espírito de serviço, pois “o maior de vocês será aquele que presta serviço aos outros”. Quanto aos títulos e deferências, sejam atribuídos a quem se deve: somente Deus é o verdadeiro Pai; somente Cristo é o verdadeiro Mestre de todos. Destaca-se o valor da irmandade.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/08/2021

Reflexão

Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço.
Fonte: CNBB em 25/08/2012 e  18/03/2014

Reflexão

Estar sentado “na cátedra de Moisés” significa conhecer e ensinar a Sagrada Escritura. Quem ensina, provavelmente conhece todo o conteúdo e espera-se que o ponha em prática. Não é o caso dos doutores da Lei e dos fariseus. É Jesus quem o afirma, apontando algumas incoerências entre o que dizem e como se comportam. Exemplos: com suas exigências, eles sobrecarregam o povo; gostam de ser admirados e de ocupar os lugares de honra na sociedade. Jesus recomenda: “Não imitem as ações deles, porque dizem, mas não fazem”. Qual é, então, o perfil da comunidade de Jesus? Todos somos irmãos e irmãs, sem privilegiados. O título de pai, que era atribuído a líderes religiosos e ao imperador, só se deve dar ao Pai celeste. O único Mestre e Líder é o Messias, que veio, não para explorar, mas para servir.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/08/2018

Reflexão

Jesus recomenda publicamente muita cautela contra os mestres da Lei e os fariseus e aponta neles quatro atitudes reprováveis: eles impõem pesada carga de observâncias nas costas dos outros; fazem as coisas para serem vistos e admirados; ocupam os primeiros lugares nos banquetes e nas sinagogas; enfim, deleitam-se com os títulos humanos e apreciam que lhes façam reverência. Então, o que fazer? Assumir atitudes de humildade e não buscar títulos nem postos de honra. Aliás, na comunidade de Jesus, todos devem apresentar-se e viver com espírito de serviço, pois “o maior de vocês será aquele que presta serviço aos outros”. Quanto aos títulos e deferências, sejam atribuídos a quem se deve: somente Deus é o verdadeiro Pai; somente Cristo é o verdadeiro Mestre de todos. Destaca-se o valor da irmandade.
Oração
Ó Jesus Messias, tu prevines os discípulos e as multidões contra o mau exemplo dos doutores da Lei e dos fariseus, “porque dizem, mas não fazem”, agem de modo contrário às exigências do Reino. Orienta-nos, Senhor, em todas as circunstâncias, pois só tu és o nosso Mestre e o nosso Guia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 21/08/2021

Reflexão

Jesus não se pronuncia contra a religião. Ele critica as atitudes daqueles que a representam, “sentados na cátedra de Moisés”. Hipocrisia e ostentação resumem suas atitudes, o que contradiz a relação com o sagrado. Jesus desmascara a hipocrisia. A verdadeira religião não humilha, tampouco oprime. A religião é para religar a humanidade ao divino. Em Jesus isso acontece. “É ele o sacerdote verdadeiro que sempre se oferece por nós todos” (Oração Eucarística V). Imitando a Cristo, a comunidade supera as rivalidades e toda espécie de hipocrisia.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Procuro praticar a humildade? - Posso dizer a meu próximo que imite minhas ações? - Tenho uma boa palavra a dar a quem necessita de ajuda? - Procuro me lembrar que o título mais importante é ser considerado irmão em Cristo? - Será que quero ser sempre dono(a) da verdade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 18/03/2014

Comentário do Evangelho

O MAU EXEMPLO

Os discípulos de Jesus foram alertados em relação ao mau exemplo dos mestres da Lei e dos fariseus, os quais ousavam apresentar-se como modelo de piedade e de fidelidade a Deus. Suas belas palavras não combinavam com o que faziam. Por um lado, eram capazes de interpretar bem as Escrituras, por outro, levavam um estilo de vida incompatível com a sua formação religiosa. Suas palavras eram dignas de crédito; seu modo de agir, não. Resultado: suas ações desqualificavam os seus ensinamentos.
Jesus não podia suportar que os mestres da Lei e os fariseus fossem rigorosos como as pessoas, ensinando-lhes uma religião severa e cheia de exigências, ao passo que, para si mesmos, eram complacentes e permissivos. Outro mau exemplo consistia em servir-se de sua condição para granjear reconhecimento e louvor. Daí usarem roupas vistosas, ocuparem os lugares de destaque nas sinagogas e nos banquetes, sentirem prazer ao serem venerados como "mestres". Desta postura resultava uma atitude de soberba, fatal para quem pretende ser ministro de Deus.
A postura correta, a ser assumida pelo discípulo, consistirá em fazer-se servidor e colocar-se, com toda humildade, à disposição de seu semelhante, sem nenhum sentimento de superioridade. Para isso, basta seguir o bom exemplo de Jesus, no seu testemunho de serviço generoso a todos quantos recorriam a ele.
Oração
Pai, seja toda a minha existência calcada no testemunho de serviço generoso de Jesus, cuja vida correspondeu exatamente aos seus ensinamentos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Guardai, Senhor Deus, a vossa Igreja com a vossa constante proteção e, como a fraqueza humana desfalece sem vosso auxílio, livrai-nos constantemente do mal e conduzi-nos pelos caminhos da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 18/03/2014

Meditando o evangelho

EXIBICIONISMO ESTÉRIL

O modo de comportar-se de certa ala do farisaísmo serviu de pretexto para Jesus alertar seus discípulos. Certos fariseus, movidos por um exibicionismo estéril, faziam de tudo para serem vistos e reconhecidos. Chegavam ao exagero de alargar as correias das filactérias (caixinhas contendo passagens da Lei, que eram atadas na fronte e no braço), de alongar as franjas do manto para que ficasse mais vistoso, de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas, colocando-se sob o olhar de todos, de exigirem o título de rabi, não abrindo mão da importância social e religiosa que tinham.
Os discípulos do Reino são exortados a considerar tal comportamento incompatível com a sua opção. O exibicionismo deverá ser combatido com o espírito de simplicidade e humildade. Isto exigiria deles cultivar uma atitude de fraternidade e igualdade. É insensato alguém querer fazer-se melhor do que os outros, pois um só é o Pai de todos, Deus, que criou a todos em igualdade de condições. Superior só mesmo Deus, cujo lugar não pode ser ocupado por nenhum ser humano, sob pena de desrespeitá-lo.
A atitude que convém ao discípulo consiste em fazer-se servidor de seu semelhante, num gesto de amor e gratuidade. Este é o modo sensato de agir, pois o discípulo deve estar consciente de que "quem se exaltar será abaixado, e quem se abaixar será exaltado". Urge, pois, não se deixar guiar pelo mau exemplo dos escribas e dos fariseus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, reveste-me de humildade e simplicidade, para que eu seja disponível para servir o meu próximo, na mais pura gratuidade.
Fonte: Dom Total em 26/08/2017 e 21/08/2021

Meditando o evangelho

PRECAVER-SE CONTRA OS MAUS EXEMPLOS

Uma das preocupações de Jesus foi a de precaver seus discípulos contra o mau exemplo dos mestres da Lei e dos fariseus. Essa gente tinha lugar de destaque no contexto religioso da época. E os discípulos de Jesus corriam o risco de assimilar seu modo de proceder e acabar por introduzi-lo na comunidade.
A justiça do Reino não era compatível com certas atitudes dos mestres da Lei e dos fariseus. A severidade com que interpretavam a Lei para os demais e a benignidade com que a entendiam para si mesmos era condenável. A preocupação com exterioridades e a busca desregrada de reconhecimento público eram incompatíveis com a condição de discípulo do Reino. Exigia-se, pois, do discípulo uma atenção continuada diante desses comportamentos.
A proposta de Jesus ia no sentido oposto. A superioridade deveria dar lugar à fraternidade. Ninguém é maior do que ninguém, porque todos são filhos do mesmo Pai, que coloca todos em pé de igualdade. A pretensão de se tornar guia e líder dos demais deveria dar lugar ao espírito de serviço e de disponibilidade para ajudar os outros. Quem se arroga a condição de chefe está, em última análise, pretendendo usurpar o lugar de Cristo, único guia da comunidade dos discípulos. Seu castigo consistirá em ser abaixado, ao comparecer diante do Pai, o único Senhor e digno de ser honrado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me inteligência para compreender o valor do serviço humilde ao próximo como única atitude correta diante do Pai.
Fonte: Dom Total em 20/08/2016 25/08/2018

Comentário ao Evangelho

TEORIA E PRÁTICA

Os discípulos de Jesus foram ensinados fazer a distinção entre os ensinamentos dos mestres da Lei e dos fariseus e suas ações. Havia um descompasso entre ambos: suas ações não correspondiam àquilo que ensinavam. Daí os discípulos serem exortados a dar ouvidos a seus ensinamentos, evitando, porém, seguir seu péssimo testemunho de vida.
A incoerência dos mestres da Lei e dos fariseus tinha duas vertentes principais. Eles sabiam como inventar normas e preceitos, aos quais as pessoas deveriam submeter-se. Entretanto, suas vidas pautavam-se por preceitos menos severos, com exigências amenizadas. Em outras palavras, para os outros, severidade, e para eles, amenidades. Por outro lado, eram exibicionistas, pois agiam de forma a chamar a atenção das pessoas, tornando-se objeto de deferência e admiração.
Os discípulos do Reino foram alertados para agir de maneira contrária. Sendo todos irmãos e irmãs, seria inconveniente querer estabelecer padrões de conduta particulares, de modo a prescrever normas suaves para uns e normas rígidas para outros. Os ensinamentos do Mestre Jesus valem igualmente para todos, sem distinção.
A fraternidade afasta para longe da comunidade a tentação ao exibicionismo e à superioridade. Antes, o maior entre os irmãos e irmãs é quem se faz servo de todos.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Cadeira do Padre
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Já vi muitas discussões inúteis sobre a questão do uso da cadeira chamada presidencial, utilizada nas celebrações, e que só podem ser ocupadas pelos Ministros Ordenados. Em primeiro lugar precisamos saber o que significa a tal cadeira do Padre, embora se pareça com um trono, pois o layout dos nossos presbitérios lembram uma reunião da corte, onde havia a cadeira do trono ladeada por outras cadeiras, reservadas aos ministros do primeiro escalão, ou seja, aqueles que, de certa forma "mandavam" junto com o rei.
Embora não seja a nossa realidade atual, a verdade é que as cadeiras aveludadas e de grande tamanho, colocadas no centro do presbitério, enchem a cabeça de muitos leigos de grandes fantasias, onde o ego se enche de soberba e a pessoa começa a se achar muito importante porque no exercício do seu ministério ocupa uma das cadeiras durante a Santa Missa ou a Celebração da palavra, e se for Ministro da Palavra, irá sentar-se na cadeira do padre e daí a sede de poder é ainda mais forte. Não é qualquer um que pode sentar-se na cadeira do padre e nas igrejas das grandes metrópoles a concorrência é ainda muito maior...
Claro que não é disso que fala a reflexão do evangelho, mas poderíamos usar a expressão "Sentar-se na cadeira do padre", para entender a crítica de Jesus contra os Escribas e Fariseus naquele tempo...
Sentar-se na cadeira de Moisés (expressão colocada pelo evangelista) ou sentar-se na cadeira do padre, significa ser os Donos da Verdade e os detentores de todas as informações importantes da comunidade. É fácil saber se isso está acontecendo na sua comunidade, se lá você tem ouvido muito essa expressão "Pergunte para FULANO porque isso é só ele quem sabe", pronto! A comunidade é igualzinha a de Mateus, tem gente que sabe ou pensa saber demais, e sem eles nenhuma decisão poderá ser tomada. Eis aí aqueles sobre os quais os corneteiros de plantão dizem jocosamente "Este quer mandar mais que o padre".
Os que sentam-se na cadeira do padre, criam regras e mil norminhas na pastoral, no movimento e na liturgia, quando "apertados" por alguém que os enfrentam, terminam com a conhecida frase "Ah... são ordens do nosso padre.... Isso é colocar fardos pesados nas costas dos irmãos e irmãs.
Claro que estes, que gostam de sentarem-se na cadeira do padre, automaticamente procuram os primeiros lugares em tudo, na Festa do Padroeiro, equipe de eventos, conselhos paroquiais ou pastorais, CAAE etc. Qualquer decisão para ser tomada tem que passar pelo crivo deles, conheci alguém que exercia um ministério há muitos anos e ninguém tinha coragem de tirá-lo do cargo, nem o padre que achava melhor não criar caso com o idoso Senhor, que entre outras coisas ela quem escalava os ministros da Eucaristia, e ainda indicava para o padre quem poderia ser ministro.
São críticas severas para nossas comunidades? Sem dúvida alguma. Nas comunidades cristãs há muita riqueza e santidade autêntica de tantos irmãos e irmãs, mas não podemos nos iludir achando que Escribas e Fariseus só havia no tempo de Jesus, ou em uma DIOCESE lá da Patagônia. A conclusão do evangelho nos aponta quem é o único e Verdadeiro Centro das atenções em nossa Igreja: Jesus Cristo, tudo é nele, com ele e por ele. Exatamente por isso que Jesus se apresenta como sendo ele o único Mestre, o único que tem autoridade, o único que é o centro de todas as atenções, sem ele, todo e qualquer ministério não tem nem razão de ser.
E o que faz esse Mestre Supremo? Rebaixou-se á condição de um escravo, sendo ele o maior de todos os maiorais, se fez Servo e ao se humilhar com a morte vergonhosa da cruz, foi exaltado pelo Pai. O Lava-Pés consolida a ação servidora de Jesus.

2. Um só é o vosso Guia, o Cristo - Mt 23,1-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Um só é o Mestre, um só é o Pai, um só é o Guia, aquele que preenche todas as condições de perfeição de Guia, de Pai e de Mestre. Continuamos chamando de guia o condutor da excursão, de mestre o professor e de pai o nosso genitor, sabendo que somos todos irmãos e que os títulos não nos tornam superiores a ninguém. São títulos de serviço e não de exaltação. A “excelência” verdadeira, que cabe a todos, é aquela cantada com o nome de “incelença” na hora do nosso enterro: “Uma incelença entrou no paraíso, adeus, irmãos, até o dia do juízo”. Escutem o que dizem os mestres, guias e pais. Escutem o que dizem e vejam o que fazem e façam o que dizem.
Fonte: NPD Brasil em 21/08/2021

HOMILIA

QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO

O evangelho de Mateus apresenta no capítulo 23, de maneira contundente, as últimas críticas de Jesus aos escribas e fariseus. No trecho de hoje, o evangelista conta uma história curiosa. Trata-se da crítica de Jesus ao poder reinante do espírito do mundo. Ele começou a pregar completamente diferente do que se vivia. Não estava preocupado com o poder político dominante. Uma única vez que tentaram colocá-lo à prova numa difícil situação política, Ele respondeu: "Hipócritas! (…) Pois dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." É um ensinamento para todos, mas também uma advertência àqueles que detêm o poder neste mundo.
Jesus fala em cátedra de Moisés, a doutrina tradicional que receberam de Moisés, chamada Lei Mosaica, contida na Torá, que ainda trazia o que falaram os profetas, Abraão e outros grandes patriarcas. Dominados pelos romanos, os judeus, sem muita alternativa, tomaram uma posição de fazer valer aquelas tradições. Mas, ao longo do tempo, a elas foram acrescentadas interpretações pessoais a impor tanta coisa, que eles mesmos não podiam cumprir. Aqueles mestres faziam questão de assim serem chamados. Isto fazia com que se sentissem mais poderosos. Quem não os chamava de Mestre estava perdido.
Meu irmão, esta critica é também para nós. Pois em nossos dias vemos muitas vezes padres novos, catequistas e lideres meio tímidos, e à medida que a comunidade coloca muitas coisas à sua disposição, que o bajula demais, ele vai se transformando num poderoso, transferindo para dentro da Igreja aquele espírito pomposo que impõe obrigações e sacrifícios aos outros e paroquianos, como quase condição para que o tenham. Se suas atividades deveriam ser levadas pelo Espírito de Deus, trata-se de uma pessoa espiritualizada que revela um demasiado zelo. Percebe-se, porém, cerimônias realizadas e quando se faz pelo espírito da vaidade e da soberba. Somente para aparecer.
Jesus observou isto muito bem. Ele sabia que naquela sinagoga acontecia a mesma coisa. E alertou aos Apóstolos: vocês devem entender a Lei e cumpri-la, mas não imitem esses homens, "pois dizem o que não fazem"; impõem a vocês coisas que eles mesmos não cumprem, fardos que não carregam, porque não aguentam. Isto é hipocrisia. E termina dizendo uma coisa desconcertante, para a época, ao olhar dos judeus. Os mestres das sinagogas ensinavam: Se eu tenho este copo é porque tenho a graça de Deus. Se o tenho cheio d’água é porque estou repleto da graça de Deus. Se tenho o copo, água e posso bebê-la, estou plenamente na graça de Deus.
Eles faziam uma divisão. Queriam convencer as pessoas de que estavam bem, eram ricos, cheios de franjas e frases do Torá na testa e nas roupas, finas por sinal, porque estavam cheios da graça de Deus. Aqueles que não pudessem fazer isto, é porque não tinham a graça de Deus. Esta era a mentalidade da época.
Jesus vem com uma proposta contrária a tudo isso: "Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado." Hoje, entendemos essa máxima do Evangelho, mas naquela época isto foi de difícil compreensão: ter de se humilhar para ser exaltado? Se somos pobres diante dos homens, seremos ricos diante de Deus. Essa pobreza é um dom de Deus.
Senhor, ensina-me a ser humilde, quebre a minha vaidade, orgulho e soberba, para que eu possa entender a máxima: Deus humilha os que se exaltam e exalta os que se humilham.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 18/03/2014

REFLEXÕES DE HOJE

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 18/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Nossas obras dirão aquilo que nós somos

Postado por: homilia
agosto 25th, 2012

No Evangelho, Jesus censura impiedosamente os escribas e os fariseus – homens responsáveis pelo ensino da Escritura e da Lei – porque eram hipócritas. Arrogavam-se em “mestres” tal como Moisés, para impor medidas pesadas aos outros, que eles nunca cumpriam. Mas fingiam ser bons cumpridores da Lei e, para tal, metiam algumas palavras essenciais dessa Lei em pequenos estojos, que colocavam no braço esquerdo ou na fronte – as chamadas “filactérias” – e alargavam as pontas dos mantos, que punham nos ombros para fazerem oração, com bordas muito compridas, por motivos de vaidade.
Jesus critica, violentamente, a sua pretensão à posse exclusiva da verdade, a sua incoerência, o seu exibicionismo, a sua insensibilidade ao amor e à misericórdia. Este texto é um convite a mim e a você, a todos nós, para que não deixemos que atitudes semelhantes se introduzam na minha e na sua família e destruam a fraternidade, fundamento da comunidade.
Jesus nos fala para fazer e observar tudo o que os mestres da Lei e os fariseus dizem, pois eles têm bastante conhecimento da Palavra de Deus e falam com propriedade sobre o que deve ser feito de acordo com a vontade do Pai. Mas Jesus conhece o coração de cada pessoa e, com coerência, nos pede que sigamos os ensinamentos deles, mas que não imitemos as suas atitudes, pois ensinamentos e atitudes se contradizem. Quando ouvirmos alguém nos falando o que deve ser feito de bom, não devemos deixar de fazê-lo só porque quem falou não tem “moral” ou “credibilidade” sobre determinada atitude.
“Olhando pelo lado de quem fala…” Proferir este famoso ditado cai muito bem em diversas situações onde queremos nos livrar da responsabilidade sobre o que falamos. É muito fácil dizer aos outros o que fazer e de que forma fazer; mostrar os erros cometidos mesmo quando eles estão presentes em nós mesmos. O interessante é que sempre falamos com propriedade, pois sabemos realmente que essa ou aquela situação são erradas e que devemos agir de um modo diferente. Entretanto, nós não corrigimos a nós mesmos. E dar testemunho do que falamos torna-se difícil.
Quando estamos servindo a Deus é necessário darmos testemunhos fiéis de nossas palavras, para que as pessoas que nos seguem se reflitam no nosso modo de agir, já que “uma atitude vale mais que mil palavras”. Se você diz ao seu filho: “Não beba! Isto vai lhe fazer mal”. E, no dia seguinte, está com um copo de bebida na mão, seu filho não dará credibilidade ao que você falou, mas no exemplo que você deu!
Ao ler o Evangelho de hoje nos lembramos logo do famoso ditado popular que diz: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. É fundamental nos colocarmos naquilo que fazemos e não naquilo que dizemos. Até porque as nossas obras dirão aquilo que nós somos. “Se vos amardes uns aos outros o mundo vos reconhecerá que sois meus discípulos” - disse Jesus.
Pessoas que “muito falam e pouco fazem” criam uma capa de ilusões. Fazem com que as outras pessoas pensem que ela é “o que diz ser” e que ela “faz o que diz fazer”. Mas, no fundo, esta pessoa é vazia por dentro. Pois não tem nada de verdadeiro na vida dela, tudo não passa de palavras soltas ao vento. Querem aparecer, serem reconhecidas publicamente, mas nem elas mesmas se conhecem. Desejam ser chamadas de “mestres” mas, nisto, Jesus nos adverte: não existe outro mestre, pai ou guia, que não seja o próprio Deus.
Cristo também nos deixa uma mensagem que nos fará verdadeiramente importantes para Deus: “O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova 25/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos lutar contra a hipocrisia

E a hipocrisia é justamente isto: é falar uma coisa e praticar outra; crer em uma coisa e viver de forma totalmente diferente daquilo em que se crê.

”Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam” (Mateus 23,3).

O relato do Evangelho de hoje coloca Jesus em um confronto direto com os fariseus e com a realidade em que os fariseus vivem. Nesse Evangelho o Senhor ensina aos Seus discípulos e as multidões que O seguem uma verdadeira catequese contra a hipocrisia. E a hipocrisia é justamente isto: é falar uma coisa e praticar outra; crer em uma coisa e viver de forma totalmente diferente daquilo em que se crê.
Sabem, meus irmãos, não é hora de nós olharmos para o erro deste ou daquele, porque, quando nós paramos para observar a nossa vida, vemos que ela é cercada de hipocrisias de um lado e de outro. A nossa própria condição de pecadores nos deixa nessa situação hipócrita, nós queremos fazer o bem e acabamos fazendo o mal, nós prometemos amar a todos, mas só conseguimos amar alguns e olha lá!
Nós nos comprometemos com Deus a viver a Sua vontade, mas nos sucumbimos a tentações e a fragilidades, escondemos pecados que só nós e Deus conhecemos, às vezes os levamos para o confessionário. Mas, muitas vezes, são situações que vivemos que vão se arrastando dentro de nós, de modo que a hipocrisia acaba sendo uma realidade para cada um de nós. É óbvio que é preciso separar o joio do trigo.
Há o hipócrita que se conformou com essa situação, que sabe da sua dificuldade, da sua miséria, mas simplesmente transforma o erro em uma coisa certa e já não quer mais ser corrigido, já não quer ser mais ajudado, não quer mais ser orientado: ”Eu sou assim e pronto e acabou!” . E pior ainda: nem reconhece que tem erros ou limites, acaba sendo duro, impiedoso com o erro dos outros, mas esconde os seus próprios erros e hipocrisias debaixo do tapete que nem ele mesmo é capaz de enxergar. Essa hipocrisia, sim, é perigosa! É a hipocrisia de quem não consegue fazer um ato de contrição, um bom exame de consciência, já não consegue mais ver seus erros e limites.
Do outro lado há a hipocrisia do dia a dia, da luta, aquele que quer ser melhor e nem sempre consegue; cai, levanta, pede ajuda, socorro, levanta, luta, lida com suas fraquezas, mas confia em Deus, não consegue ser perfeito. E quem de nós consegue? Mas ele luta e combate o mal, não se conforma com seus próprios erros; claro não se trata de viver se acusando, se culpando, mas se trata de humildemente se reconhecer pecador: ”Eu sei que estou errado e preciso de ajuda para mudar, que Deus me ajude, que o próximo me ajude, que eu busque auxílio na confissão, na direção espiritual, em um conselho, ao receber oração”. Ele não mascara a sua realidade. O ruim é quem sabe que está errado, mascara a sua realidade e transforma o erro em coisa certa!
O seu pecado pode ser o maior do mundo, se você reconhece, se você quer que Deus o ajude, que o próximo e que a Igreja o ajudem, pode ter certeza de que Deus o ama independente do seu erro ou do seu pecado. Só não seja como os fariseus vivendo uma hipocrisia religiosa, duro com os outros, mas não é capaz de reconhecer os seus próprios erros.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

A hipocrisia nos afasta do Reino de Deus

Não podemos nos acostumar com a hipocrisia dentro de nós, porque ela cega os nossos olhos

“Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Mateus 23,12).

No mundo em que estamos, nas situações em que vivemos, naquilo que praticamos, gostamos de ser reconhecidos, valorizados e ocuparmos os lugares mais importantes.
Essa era a atitude que tinham os mestres da Lei e os fariseus, tudo o que faziam era para receber elogios, para serem reconhecidos, para receberem aplausos das pessoas. Adoravam estar nos primeiros lugares nas sinagogas, adoravam chamar à atenção pelas roupas que usavam com grandes franjas. Adoravam ser reconhecidos quando jejuavam, porque faziam uma cara feia, para que as pessoas percebessem o que estavam fazendo.
O que entristecia o coração de Jesus é que, nas práticas externas, eles eram bons, mas, no interior, nem tanto. Jesus está dizendo: “Cuidado com esses homens e não imitem suas razões, porque eles falam, mas não praticam o que falam!”.
Talvez, a grande ou maior contradição da vida seja, de fato, falarmos uma coisa e fazermos outra, ensinarmos e vivermos diferente. Temos limites, fraquezas e dificuldades, vivemos realmente uma luta para que o Reino de Deus aconteça em nós. Temos metas, objetivos e queremos chegar no Reino dos Céus, mas não podemos nos entregar às contradições. Não podemos nos acostumar a viver a hipocrisia dentro de nós, porque ela cega nossos olhos, nossa mente e visão.
Vejo, muitas vezes, a autoridade de um  pai e de uma mãe que querem corrigir seus filhos, falam bravo e grosso, brigam e exigem, mas, quando olhamos para eles, não vemos o exemplo. O pai quer ser moralista com seu filho, mas a moral dele não está correspondendo a isso. Não estou tirando a moral de nenhum pai, de nenhuma mãe, porque o filho, independente da circunstância, deve obedecer seu pai e sua mãe. Mas Jesus diz: “Não faça o que eles fazem, mas faça o que eles falam!”.
Então, se têm pessoas, mestres, padres ou qualquer um de nós que estamos à frente, corremos o risco de cairmos nisso também, de falarmos uma coisa e fazermos outra. Não fiquemos com o mau exemplo do outro.
Tenho em mim um princípio que aprendi no meu primeiro ano de seminário, quando fazia um retiro. O monge dizia: “Quando eu vejo os bons exemplos de alguém, estou aprendendo o que devo ser e o que fazer. Quando vejo os maus exemplos de alguém, estou aprendendo o que devo ser e o que não devo fazer”.
No mundo há muitas coisas que nós precisamos aprender, porque é o correto; mas quando vejo até mesmo pessoas boas fazendo o que não é correto, devemos dizer a nós mesmos: “Estou aprendendo o que não devo ser!”, e colocar nossa barba de molho, reconhecer que temos nossas fraquezas e limites e podemos cair nos mesmos erros.
A melhor coisa para nos preservar é termos humildade. Nada de nos elevarmos, de nos exaltarmos, de nos acharmos e colocarmo-nos como se fôssemos melhores que os outros, para que a hipocrisia não nos derrube por terra e percamos o Reino dos Céus. A humildade nos salva, a hipocrisia nos perde!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 20/08/2016

HOMILIA DIÁRIA

A hipocrisia contamina nossa vida

A hipocrisia é uma tentação para a nossa humanidade em todas as ocasiões

“Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam” (Mateus 23,3).

Eis o princípio da hipocrisia: falar e não fazer; ensinar os outros como deve ser, mas, na própria vida, não viver aquilo que ensina. A hipocrisia é uma tentação para a nossa humanidade em todas as ocasiões.
Todos nós temos sementes de hipocrisia dentro de nós, é a marca do pecado, é a configuração do orgulho e da soberba em nós. Na verdade, é isso que a soberba faz conosco, aparentar que somos uma coisa e até acreditar que, realmente, somos; mas, na verdade, não nos deixa ver o que de fato somos.
Falamos, cobramos, exigimos demais dos outros, exigimos aquilo que não praticamos um décimo sequer. O fermento da corrupção e da hipocrisia ressoam mal e estragam onde se fazem presentes. Não nos deixemos contaminar por eles nem deixemos que levedem a nossa vida.
Pense um pai que quer exigir dos seus filhos aquilo que ele não vive. Ninguém é perfeito, sabemos disso, mas devemos nos esforçar. Aquilo que falamos deve vir daquilo que nos esforçamos para viver. Por que exigir dos outros aquilo que nem nós praticamos?
Podemos ter errado um dia, mas nos corrigimos do erro. Um pai quer que o filho não beba, que não faça isso e aquilo, mas ele continua fazendo; se, um dia, ele fez, mas parou, é um exemplo formidável de vida!
Ninguém deve ser condenado por um passo nem por situação nenhuma, mas deve ser exaltado aquele que soube se corrigir. A melhor aula que alguém pode dar é: “Olha, eu era assim, mas me deixei mudar. Eu me esforcei para mudar”.
Podemos cair num falso moralismo, e foi nesse falso moralismo que caíram, muitas vezes, os líderes da religião judaica; e nós cristãos, muitas vezes, caímos também. Falamos e exigimos demais, queremos muito que os outros façam, mas não damos exemplo.
A primeira lei para a vida é viver e ver aquilo que nós acreditamos, e quando nos esforçarmos para viver, teremos a graça de ensinar e fazer com que o outro viva. Que a nossa religião não seja dos hipócritas, mas da vida que Deus nos trouxe.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/08/2017

HOMILIA DIÁRIA

Deus exalta os humilhados

Deus exalta o humilhado e se alegra com aquele que serve

“Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Mateus 23,11-12).

Jesus enfrentava um grande problema com os religiosos da sua época: os fariseus e doutores da Lei, os chamados Mestres da Lei. Eles se colocavam acima dos outros, porque conheciam a Lei pelo estudo, pela dedicação em conhecer à letra ou porque tinham práticas religiosas; como tinham os fariseus que pagavam o dízimo, faziam jejuns e assim por diante. Entretanto, o conhecimento e as práticas religiosas tornavam esses homens orgulhosos e acima dos outros, eles se sentiam superiores pelo que sentiam, e humilhavam os outros, tinham na religião um modo de aparecer, destacar-se e, acima de tudo, exaltar-se.
Quando uma pessoa se exalta, ela geralmente humilha os outros, e Deus não se coloca ao lado de quem se exalta. Ele não se coloca ao lado de quem se incha de orgulho ou inflama-se por aquilo que sabe, tem ou realiza.
Deus exalta o humilhado e se alegra com aquele que serve. Não importa o que você sabe, importa menos ainda o que você tem ou o que você é. O chefe, o responsável pelo grupo, o coordenador… Somos apenas servos. O que precisamos, hoje, com muita urgência, é descobrir, em nossas igrejas e comunidades, onde estão os servidores, os servos do Senhor.
Muitas vezes, aparecem as lideranças, aqueles que gostam de aparecer, mas tudo aquilo que fazemos para Deus deve ter sempre o toque da sobriedade e da discrição. Não faço para chamar atenção para a minha pessoa, faço com a maior discrição possível para que eu não me sobressaia naquilo que realizo, mas o Senhor, que é a causa da minha dedicação e da minha entrega ao Reino de Deus.
Jesus precisa de discípulos que sejam servos, e não senhores, mestres, entendidos nem gostem de aparecer com aquilo que realizam. Aqueles que se escondem não se escondem, porque não querem trabalhar; pelo contrário, trabalham com intensidade e dedicação pelo Reino de Deus, porém não aparecem, não ganham estrela, não são destacados, não são aplaudidos nem reconhecidos por outras pessoas. Deus, no entanto, é quem reconhece todas coisas e, de fato, faz a sua obra por amor ao Reino de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/08/2018

HOMILIA DIÁRIA

O humilhado é sempre exaltado pela sabedoria de Deus

“Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Mateus 23,11-12).

Jesus está ensinando aos Seus discípulos e a nós também, nos dias de hoje, a termos cuidado com os mestres da Lei e com os fariseus e, a sobretudo, observarmos a nossa própria vida, para que não nos tornemos um mestre da Lei e um fariseu na vivência religiosa.
É importante dizer que os mestres da Lei e os fariseus eram as grandes referências religiosas na época de Jesus. Os mestres da Lei eram mestres da Lei porque conheciam a Lei, porque estudavam e tinham autoridade sobre ela. Os fariseus eram aqueles que tinham uma observância estrita da Lei Divina, observavam até mais que os outros. E Jesus está nos dizendo que eles não servem de referência nem de exemplo, porque eles falam, mas não fazem; eles ensinam, mas não praticam; eles cobram dos outros, mas não cobram de si mesmos; ou seja, eles não têm autoridade.
Até escutem eles, mas não façam o que eles fazem; o que eles ensinam sobre a Lei não é mentira, a Palavra de Deus é essa, mas se eles não dão exemplo, não siga o mau exemplo deles. Isto é, mais do que nunca, pertinente para os tempos em que vivemos.

Quem se exalta, será humilhado pela vida, mais humilhado, inclusive, pelo julgamento de Deus

É preciso dizer que, muitas vezes, até nós, que estamos ensinando a Palavra de Deus, precisamos realmente nos revermos, porque não basta ensinar, é preciso viver o que se ensina; não basta falar, é preciso primeiro viver o que se fala, porque senão cairemos na grande contradição da vida religiosa. São religiões que muito cobram e pouco na prática vivem, são autoridades religiosas que são boas para falar, para gritar, para exigir dos outros, mas pouco exigem de si mesmas.
Que a Palavra de Deus nos ensine a não sermos guias cegos, mas sermos guias da luz; e, para isso, precisamos viver na luz e na graça.
A primeira coisa que precisamos aprender é não sermos grandes, é não querermos ser importantes, é não querermos ser donos da verdade porque começamos a cair em contradição quando nos sentimos senhores do bem e do mal. Quando pegamos para nós a autoridade da verdade, achamos que sabemos tudo, que podemos tudo, que só passa pelo meu critério, que só a minha verdade é a verdade.
Cuidado! Aquele que se sente grande, se torne menor; aquele que acha que sabe tudo, procure ser aquele que mais deve aprender. A grande lição da vida é sabermos aprender, inclusive, com os pequenos.
Quem se exalta, será humilhado pela vida, mais humilhado, inclusive, pelo julgamento de Deus. Procure humilhar o próprio coração, a própria sabedoria e a própria razão que se sente maior do que todos, porque quem se humilha será sempre exaltado pela sabedoria de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/08/2021

Oração Final
Pai Santo, escreve para sempre em nossos corações as palavras de Jesus. Que nós as tornemos vivas em nossa existência e, quer através do testemunho silencioso, quer da palavra sábia e corajosa, nós as anunciemos aos nossos companheiros de peregrinação. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2012

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e força para seguirmos o caminho da humildade e da simplicidade de coração, para professarmos a fé pura de filhos que sabemos ser muito amados por Ti e queremos ser fontes de esperança para os irmãos de jornada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, escreve para sempre em nossos corações as palavras de Jesus. Que nós as tornemos vivas em nossa existência e, quer através do testemunho silencioso, quer usando palavras sábias, inspiradas e corajosas, nós anunciemos Jesus aos companheiros de peregrinação. Pelo mesmo Cristo, teu Filho que se fez carne em Jesus de Nazaré, nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2018

ORAÇÃO FINAL
Orienta-nos, Senhor, em todas as circunstâncias, para que o nosso agir nos conduza ao seu reino de amor, pois só tu és o nosso Mestre e o nosso Guia. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/08/2021

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