sexta-feira, 24 de agosto de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/08/2018

ANO B


Mt 23,1-12

Comentário do Evangelho

Fraternidade e serviço humilde

Mateus apresenta um longo discurso de Jesus como denúncia da prática equivocada dos escribas e fariseus "depois" de várias narrativas de conflitos com estes chefes religiosos. Com este discurso, Mateus faz uma advertência às suas comunidades, formadas por discípulos oriundos do judaísmo que ainda se mantinham apegados à sua antiga doutrina. Os escribas e fariseus não devem ser modelos. Que ninguém pretenda ser "rabi", "pai", "guia" (títulos de autoridade e superioridade). A comunidade deve ser marcada pela fraternidade e pelo serviço humilde, excluindo-se qualquer aspiração a privilégios ou poder.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, reveste-me de humildade e simplicidade, para que eu seja disponível para servir o meu próximo, na mais pura gratuidade.
Fonte: Paulinas em 25/08/2012

Vivendo a Palavra

A fala de Jesus nos leva a transformar a janela através da qual a cena do Evangelho pode ser admirada, em uma porta que nós transpomos e nos colocamos dentro da situação descrita e ouvimos o Mestre vivo, com sua simplicidade, transparência e verdade. Um exercício a ser tentado sempre...
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2012

VIVENDO A PALAVRA

A jeito de Jesus se comunicar nos convida a transformar a janela através da qual a cena do Evangelho pode ser admirada ‘de fora’, em uma porta que nós transpomos e nos colocamos dentro da situação descrita. Então, nós ouvimos o Mestre, vivo, a nos falar com sua simplicidade, transparência e verdade. Uma experiência desafiadora que deve ser sempre buscada...

Reflexão

Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço.
Fonte: CNBB em 25/08/2012

Reflexão

Estar sentado “na cátedra de Moisés” significa conhecer e ensinar a Sagrada Escritura. Quem ensina, provavelmente conhece todo o conteúdo e espera-se que o ponha em prática. Não é o caso dos doutores da Lei e dos fariseus. É Jesus quem o afirma, apontando algumas incoerências entre o que dizem e como se comportam. Exemplos: com suas exigências, eles sobrecarregam o povo; gostam de ser admirados e de ocupar os lugares de honra na sociedade. Jesus recomenda: “Não imitem as ações deles, porque dizem, mas não fazem”. Qual é, então, o perfil da comunidade de Jesus? Todos somos irmãos e irmãs, sem privilegiados. O título de pai, que era atribuído a líderes religiosos e ao imperador, só se deve dar ao Pai celeste. O único Mestre e Líder é o Messias, que veio, não para explorar, mas para servir.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

PRECAVER-SE CONTRA OS MAUS EXEMPLOS

Uma das preocupações de Jesus foi a de precaver seus discípulos contra o mau exemplo dos mestres da Lei e dos fariseus. Essa gente tinha lugar de destaque no contexto religioso da época. E os discípulos de Jesus corriam o risco de assimilar seu modo de proceder e acabar por introduzi-lo na comunidade.
A justiça do Reino não era compatível com certas atitudes dos mestres da Lei e dos fariseus. A severidade com que interpretavam a Lei para os demais e a benignidade com que a entendiam para si mesmos era condenável. A preocupação com exterioridades e a busca desregrada de reconhecimento público eram incompatíveis com a condição de discípulo do Reino. Exigia-se, pois, do discípulo uma atenção continuada diante desses comportamentos.
A proposta de Jesus ia no sentido oposto. A superioridade deveria dar lugar à fraternidade. Ninguém é maior do que ninguém, porque todos são filhos do mesmo Pai, que coloca todos em pé de igualdade. A pretensão de se tornar guia e líder dos demais deveria dar lugar ao espírito de serviço e de disponibilidade para ajudar os outros. Quem se arroga a condição de chefe está, em última análise, pretendendo usurpar o lugar de Cristo, único guia da comunidade dos discípulos. Seu castigo consistirá em ser abaixado, ao comparecer diante do Pai, o único Senhor e digno de ser honrado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me inteligência para compreender o valor do serviço humilde ao próximo como única atitude correta diante do Pai.

HOMILIA DIÁRIA

Nossas obras dirão aquilo que nós somos

Postado por: homilia
agosto 25th, 2012

No Evangelho, Jesus censura impiedosamente os escribas e os fariseus – homens responsáveis pelo ensino da Escritura e da Lei – porque eram hipócritas. Arrogavam-se em “mestres” tal como Moisés, para impor medidas pesadas aos outros, que eles nunca cumpriam. Mas fingiam ser bons cumpridores da Lei e, para tal, metiam algumas palavras essenciais dessa Lei em pequenos estojos, que colocavam no braço esquerdo ou na fronte – as chamadas “filactérias” – e alargavam as pontas dos mantos, que punham nos ombros para fazerem oração, com bordas muito compridas, por motivos de vaidade.
Jesus critica, violentamente, a sua pretensão à posse exclusiva da verdade, a sua incoerência, o seu exibicionismo, a sua insensibilidade ao amor e à misericórdia. Este texto é um convite a mim e a você, a todos nós, para que não deixemos que atitudes semelhantes se introduzam na minha e na sua família e destruam a fraternidade, fundamento da comunidade.
Jesus nos fala para fazer e observar tudo o que os mestres da Lei e os fariseus dizem, pois eles têm bastante conhecimento da Palavra de Deus e falam com propriedade sobre o que deve ser feito de acordo com a vontade do Pai. Mas Jesus conhece o coração de cada pessoa e, com coerência, nos pede que sigamos os ensinamentos deles, mas que não imitemos as suas atitudes, pois ensinamentos e atitudes se contradizem. Quando ouvirmos alguém nos falando o que deve ser feito de bom, não devemos deixar de fazê-lo só porque quem falou não tem “moral” ou “credibilidade” sobre determinada atitude.
“Olhando pelo lado de quem fala…” Proferir este famoso ditado cai muito bem em diversas situações onde queremos nos livrar da responsabilidade sobre o que falamos. É muito fácil dizer aos outros o que fazer e de que forma fazer; mostrar os erros cometidos mesmo quando eles estão presentes em nós mesmos. O interessante é que sempre falamos com propriedade, pois sabemos realmente que essa ou aquela situação são erradas e que devemos agir de um modo diferente. Entretanto, nós não corrigimos a nós mesmos. E dar testemunho do que falamos torna-se difícil.
Quando estamos servindo a Deus é necessário darmos testemunhos fiéis de nossas palavras, para que as pessoas que nos seguem se reflitam no nosso modo de agir, já que “uma atitude vale mais que mil palavras”. Se você diz ao seu filho: “Não beba! Isto vai lhe fazer mal”. E, no dia seguinte, está com um copo de bebida na mão, seu filho não dará credibilidade ao que você falou, mas no exemplo que você deu!
Ao ler o Evangelho de hoje nos lembramos logo do famoso ditado popular que diz: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. É fundamental nos colocarmos naquilo que fazemos e não naquilo que dizemos. Até porque as nossas obras dirão aquilo que nós somos. “Se vos amardes uns aos outros o mundo vos reconhecerá que sois meus discípulos” - disse Jesus.
Pessoas que “muito falam e pouco fazem” criam uma capa de ilusões. Fazem com que as outras pessoas pensem que ela é “o que diz ser” e que ela “faz o que diz fazer”. Mas, no fundo, esta pessoa é vazia por dentro. Pois não tem nada de verdadeiro na vida dela, tudo não passa de palavras soltas ao vento. Querem aparecer, serem reconhecidas publicamente, mas nem elas mesmas se conhecem. Desejam ser chamadas de “mestres” mas, nisto, Jesus nos adverte: não existe outro mestre, pai ou guia, que não seja o próprio Deus.
Cristo também nos deixa uma mensagem que nos fará verdadeiramente importantes para Deus: “O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova 25/08/2012

Oração Final
Pai Santo, escreve para sempre em nossos corações as palavras de Jesus. Que nós as tornemos vivas em nossa existência e, quer através do testemunho silencioso, quer da palavra sábia e corajosa, nós as anunciemos aos nossos companheiros de peregrinação. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, escreve para sempre em nossos corações as palavras de Jesus. Que nós as tornemos vivas em nossa existência e, quer através do testemunho silencioso, quer usando palavras sábias, inspiradas e corajosas, nós anunciemos Jesus aos companheiros de peregrinação. Pelo mesmo Cristo, teu Filho que se fez carne em Jesus de Nazaré, nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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