quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 22/12/2021

ANO C


Lc 1,46-56

Comentário do Evangelho

Maria pronuncia seu cântico

Respondendo à saudação de Isabel, Maria pronuncia seu cântico, no qual,com brevidade, apresenta a obra salvífica de Deus, em relação a ela, à humanidade em geral e aos remanescentes de Israel. Em relação a Maria, Deus fez grandes coisas. Ela, serva humilde, foi escolhida para ser mãe do Filho de Deus, o Salvador. Ela é a primeira bem-aventurada do Reino. Em relação à humanidade, Deus, pela encarnação e vida de Jesus, subverte as sociedades e as religiões: liberta e promove os pobres e humildes, derruba os poderosos e distribui os bens dos ricos. E, aos descendentes do arameu Abraão, em Israel, vem confirmar sua misericórdia, em face das suas infidelidades históricas, oferecendo-lhes também a salvação. A fé de Maria é uma fé humilde, consciente e comprometida com a causa dos pobres.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, faze-me sensível à espiritualidade daquela que escolheste para ser mãe de teu Filho, porque ela penetrou, de modo admirável, em teu mistério de amor.
Fonte: Paulinas em 22/12/2012

Vivendo a Palavra

Aprendamos com Maria quem é o nosso Deus: aquele que olha para os humildes e despreza os soberbos; enche de bens os famintos e se lembra da misericórdia prometida aos nossos pais. Um Pai que ensina a solidariedade entre os irmãos, o cuidado com todos e a generosidade para com os carentes.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/12/2012 e 22/12/2018

VIVENDO A PALAVRA

Só mesmo uma vida em oração permanente poderia oferecer a Maria, menina toda feita de ternura e delicadeza, a força e a firmeza com que aceitou e viveu a missão que lhe anunciou o Anjo. Que nós aprendamos com Maria a descobrir que a oração – encontro vivo e surpreendente com o Pai Misericordioso – é a fonte da nossa Fé, a força da nossa Esperança e a certeza do nosso Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/12/2020

Reflexão

Maria reconhece, no canto do magnificat, que Deus realizou maravilhas em sua vida, mas que esta realização não foi somente para ela e que não é um fato isolado na história do povo de Deus, de modo que as maravilhas que Deus realiza nela são, na verdade, para todo o povo de Deus, uma vez que pelo seu Filho virá a salvação para todos os povos. Sendo assim, devemos compreender que quando Deus realiza maravilhas nas nossas vidas, essas maravilhas não são apenas para nós, mas a todas as pessoas a partir de nós, e quando Deus realiza maravilhas nas vidas das outras pessoas, também somos beneficiados por ele.
Fonte: CNBB em 22/12/2012

Reflexão

Hino alegre e vibrante que Maria canta por causa das maravilhas que Deus opera em favor do povo. O cântico mostra que Maria estava em total sintonia com a mensagem dos profetas e o espírito dos salmos, nos quais ela se inspira. Enquanto proclama a grandeza do Senhor, ela estremece de alegria em Deus que a escolheu para ser a mãe do Salvador. Consciente de que todas as gerações vão considerá-la feliz, ela realça a misericórdia de Deus para com os pobres e “aqueles que o temem”. Igualmente destaca a justiça de Deus que provoca na sociedade verdadeira reviravolta: “Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes”. Sublinha, enfim, a lealdade do Senhor que cumpre suas promessas “em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 22/12/2018

Reflexão

Hino alegre e vibrante que Maria canta por causa das maravilhas que Deus opera em favor do povo. O cântico mostra que Maria estava em total sintonia com a mensagem dos profetas e o espírito dos salmos, nos quais ela se inspira. Enquanto proclama a grandeza do Senhor, ela estremece de alegria em Deus, que a escolheu para ser a mãe do Salvador. Consciente de que todas as gerações vão considerá-la feliz, ela realça a misericórdia de Deus para com os pobres e “aqueles que o temem”. Igualmente destaca a justiça de Deus, que provoca na sociedade verdadeira reviravolta: “Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes”. Sublinha, enfim, a lealdade do Senhor, que cumpre suas promessas “em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”.
Oração
Senhor Jesus, com tua mãe, exultamos de alegria em Deus, nosso Salvador. Pois, conforme ela exclamou, o Todo-poderoso realizou grandes benefícios em seu favor, seu nome é Santo e sua misericórdia perdura de geração em geração. Derrubou dos tronos os poderosos e exaltou os humildes. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 22/12/2020

Reflexão

Depois de receber as saudações e as felicitações de Isabel, Maria proclamou o belo hino do Magnificat. Nesse cântico, ela não exalta a si mesma, mas ao Deus misericordioso. Tudo aquilo que se realiza por meio dela é obra do Todo-Poderoso. Ela recorda a ação de Deus ao longo da história da salvação desde Abraão, o pai na fé do povo de Israel. Desde a libertação do povo da escravidão no Egito, Deus se posiciona do lado dos pobres, derrubando os poderosos de seus tronos. O cântico aponta para o caminho que será trilhado pelo seu Filho. Deus espera que os pobres e os humilhados sejam os protagonistas de uma nova sociedade alicerçada na justiça que liberta. Assim como realizou em Maria sua obra, Deus espera que também nós nos coloquemos em atitude de disponibilidade, para que ele continue realizando sua ação libertadora.
Oração
Senhor Jesus, com tua Mãe, exultamos de alegria em Deus, nosso Salvador. Pois, conforme ela exclamou, o Todo-Poderoso realizou grandes benefícios em seu favor, seu nome é Santo e sua misericórdia perdura de geração em geração. Derrubou dos tronos os poderosos e exaltou os humildes. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditando o evangelho

O SENHOR FEZ EM MIM MARAVILHAS

O hino de louvor, proclamado por Maria ao visitar Isabel, resumiu a pedagogia divina no mistério da salvação. Para salvar a humanidade, Deus contou com instrumentos humildes, como foi o caso de Maria, que não passava de uma simples serva. A salvação resultava da misericórdia divina, presente ao longo da história da humanidade e manifestada na vida de quantos foram tementes a Deus. Por outro lado, a salvação consistia na desarticulação dos esquemas erguidos por pessoas soberbas, que se bastavam a si mesmas, davam as costas para Deus e se prevaleciam do próximo. A segurança dessas pessoas seria arrasada, reduzindo-as a uma situação de total indigência. Só assim haveriam de ter consciência da inutilidade dos bens acumulados. A atitude de Deus com os pobres, os humildes e com quem se faz servidor é radicalmente oposta: os humildes serão elevados e valorizados; os famintos, saciados; os abatidos, reerguidos. Tudo isto é obra do amor.
Maria trazia no ventre aquele que fora destinado por Deus para instaurar a salvação da humanidade. Sinal evidente de que Deus não se esquecia de sua promessas e não abandonava os que necessitavam de salvação. As maravilhas realizadas na vida de Maria seriam, por conseguinte, indício das maravilhas que o Senhor iria realizar na vida de cada ser humano. Toda a humanidade tinha, pois, como Maria, motivos para engrandecer o Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer as maravilhas realizadas pelo Pai, na vida de Maria e na história da humanidade.
Fonte: Dom Total em 22/12/2018

Meditando o evangelho

A ESPIRITUALIDADE DE MARIA

O louvor brotado dos lábios de Maria respondendo à exultação de sua prima Isabel, revela o centro de sua espiritualidade, sintonizada com a fé do povo de Israel. A piedade  refletida no Magnificat é a de uma judia fiel à mais pura tradição religiosa de seu povo.
Reconhecendo-se humilde servidora, ela comunga com os pobres de todos os tempos, cuja confiança estava depositada integralmente em Deus. Ela partilha, também, da bem-aventurança da pobreza proclamada por Jesus, na condição de serva de Javé.
Sua espiritualidade estava em consonância com a dos antigos profetas, em luta intransigente pela causa da justiça e pela transformação das relações interpessoais. Maria acreditava em Deus que não pactua com a injustiça, e está sempre pronto a arrancar de seus tronos, erguidos às custas do suor alheio, os ricos prepotentes. Pelo contrário, coloca-se ao lado dos pobres, tomando as dores dos perseguidos e injustiçados, e reerguendo-os de sua humilhação.
Sobretudo, Maria sabia-se toda entregue ao Deus-misericórdia, sempre pronto a realizar grandes coisas em favor de seus fiéis, de acordo com as suas promessas. Embora se sucedam as gerações, o amor de Deus permanece inalterado. Têm ainda plena vigência as promessas feitas aos patriarcas, pois sua palavra divina é imutável para sempre.
Tudo isto era motivo de alegria para a mãe do Filho de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, faze-me sensível à espiritualidade daquela que escolheste para ser mãe de teu Filho, porque ela penetrou, de modo admirável, em teu mistério de amor.
Fonte: Dom Total em 22/12/2020

Meditando o evangelho

UMA CONFISSÃO DE FÉ

O Magnificat é uma verdadeira proclamação de fé. Nele Maria abre o coração para falar do Deus em quem crê, e que a chamou para colaborar na obra da redenção da humanidade. Daquele Deus de Jesus, o Filho enviado como Messias de Israel.
Maria acredita num Deus que se serve de mediações muito simples para realizar grandes coisas. Por isso, ele a escolheu, humilde serva, como colaboradora de seu projeto de salvação. Os soberbos e poderosos nada são diante de Deus. Antes, estão fadados à ruína. Para ele, só os humildes gozam de prestígio.
Trata-se, também, de um Deus fiel à suas promessas. Embora tenha falado num passado muito distante, sua palavra ainda é plenamente válida. O envio do Filho Jesus realiza essas promessas. Ele vem como Messias, com a missão de realizar as esperanças de Israel e mostrar todo o amor de Deus pela humanidade.
Este amor tem os pobres, os famintos e os oprimidos como destinatários privilegiados. Deus ergue-se contra toda espécie de opressão e tirania a que são submetidos, manifestando em favor deles "a força do seu braço". Neste clima de solidariedade divina com os pobres, o Messias Jesus apresenta-se numa extrema pobreza, totalmente encarnado no mundo dos que devem escutar a Boa Nova da libertação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que nos torna humildes, liberta-me de todo orgulho e soberba que me impedem de estar, como Maria, disponível para um serviço humilde ao Senhor.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Sua misericórdia se estende de geração em geração
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Disse o Papa Francisco num dos seus sermões que o Magnificat é o cântico da esperança, é o cântico do povo de Deus no seu caminhar através da história. É o cântico de muitos santos e santas, alguns conhecidos, outros – muitíssimos – desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, freiras, jovens, e também crianças, avôs e avós. Eles enfrentaram a luta da vida, levando no coração esperança dos pequenos e dos humildes. Maria diz: “A minha alma engrandece ao Senhor...” Este cântico é particularmente intenso, onde o Corpo de Cristo hoje está sofrendo a Paixão. Onde está a Cruz, para nós cristãos, há esperança, sempre. Se não há esperança, nós não somos cristãos. Por isso gosto de dizer: não deixeis que vos roubem a esperança. Que não vos roubeis a esperança, porque esta força é uma graça, um dom de Deus que nos leva para a frente, olhando para o Céu. E Maria está sempre lá... cantando com eles o Magnificat da esperança.
Fonte: NPD Brasil em 22/12/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O CANTO DE MARIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há nas relações humanas uma virtude um tanto fora de moda que se chama Gratidão, pois em uma sociedade onde a Gratuidade cedeu espaço para o mercantilismo e as relações interesseiras, ser grato a alguém parece que não tem muito sentido. A palavra “muito obrigada” virou apenas uma cortesia, um mero formalismo, da boca para fora.
O Canto de Maria, na casa de Isabel, denominado de Magnificat, não é apenas um "muito obrigado a Deus" porque Ele atendeu a seus interesses, concedeu-lhe um favor solicitado, pois diferente da troca ou barganha, a relação de Deus com os homens é pautada pela gratuidade, sem que haja qualquer merecimento da parte de quem é agraciado.
Ser grato a Deus e cantar-lhe um hino de ação de graças quando todos os nossos interesses foram atendidos conforme nosso desejo e pedido é uma obrigação. Eu pedi, Deus me atendeu, e agora estou obrigado a agradecer... Se o modo de Deus agir fosse esse, o Cristianismo não teria passado de uma seita dentro do judaísmo, que possivelmente nem chegaria ao primeiro século de existência. Olhemos com atenção esse canto de Maria...
Primeiro que Deus não espera de nós a gratidão, e nem quer Ele nos ver prostrados, agradecidos pelo bem que ele nos fez, esse tipo de coisa só existe nas relações humanas, quando vivemos a procura de quem "alise" o nosso ego, somos pequenos e bem frágeis, ainda não temos a Generosidade de Deus, que se doa e se entrega, sem esperar absolutamente nada em troca. Não há ser humano, por mais altruísta que seja, que esteja imune a esse sentimento, todos nós, sem exceção, esperamos alguma forma de gratidão, ainda que se faça de graça, por idealismo, a gratidão por parte do outro nos faz um bem imenso, não vejo isso como um pecado...
Primeiro vamos notar que Maria não olha para si e nem para seus interesses ou planos que, aliás, eram outros, por isso na afirmação "O Todo Poderoso fez grandes coisas em meu favor", Maria está rezando com o seu povo que alimentava a grande Esperança Messiânica.
Ester prefigura Maria que, gozando dos favores do Rei, quando este lhe estende o Cetro para que ela faça o seu pedido, Ester intercede pelo povo. Maria canta as grandezas de Deus porque em seu íntimo já está Aquele que irá cumprir todas as promessas feitas a Abraão.
Diante de Deus, quem se esvazia de si mesmo, ficará repleto da Graça Divina, mas quem, ao contrário se encher de orgulho e vaidade, vai ficar desapontado justamente porque diante de Deus e da sua obra, se sentirá vazio, por isso os pobres e humildes serão exaltados e irão se fartar, enquanto que os ricos se sentirão pobres, no sentido de sentirem falta de alguma coisa que a riqueza material não consegue oferecer.
Maria será exaltada e sempre lembrada de Geração em Geração, justamente por ser ela a prova inequívoca de que a ação Divina é marcada pela gratuidade, e a partir de Maria todos poderão também experimentar desse Amor Divino que se esvazia daquilo que é, ocultando a Divindade em nossa carne. Em Maria e sempre com ela, todos os que se fazem pobres e pequenos diante de Deus, percorrerão esse mesmo caminho, que conduz o Homem a comunhão plena com Deus, seu destino final, que não está perdido lá no passado, mas está á frente, como promessa de Deus que irá se cumprir... Essa é a MARAVILHA que Deus realizou, não só em Maria, mas em todos nós, com a encarnação do Verbo Divino...

2. A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador - Lc 1,46-56
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Imersa na alegria do seu Senhor, Maria engrandece o nome do Deus que se dignou a olhar para ela em sua pequenez. Fez nela e por ela grandes coisas. Em sua misericórdia revelou-se a todos os que o respeitam, mostrou a sua força, dispersou os orgulhosos, derrubou os poderosos, exaltou os humildes, saciou os famintos, despediu os ricos de mãos vazias e acolheu Israel. Com os olhos fixos em Deus, Maria olha para o mundo e sua história. Deus é o salvador poderoso que faz grandes coisas. Seu nome é santo e grande é a sua misericórdia. Ele entra na história humana com braço forte. Há projetos orgulhosos nos corações, há poderosos sentados em tronos, há muitos famintos e poucos ricos. No entanto, Deus se dignou a olhar para ela em sua pequenez, porque ele se põe ao lado dos pequenos e dispersa os pretenciosos. Herodes, porém, continua lá com seu poder e sua maldade, poderosos cobiçam tronos e há Lázaros sentados à porta do rico. E Maria? “Voltou para casa!”
Fonte: NPD Brasil em 22/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

A graça não escolhe pessoas orgulhosas e soberbas, mas os humildes

Postado por: homilia
dezembro 22nd, 2012

”A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador…” Este cântico do Magnificat é a celebração jubilosa e o resumo de toda a história da Salvação, a qual Maria retoma em todas as etapas desde as origens. Essa história é conduzida por Deus sem interrupção e, como critério, o Seu amor misericordioso à exaltação dos humildes e dos pobres.
Na narrativa do evangelista Lucas, por ocasião da visitação de Maria à sua prima Isabel, após a saudação da jovem, Isabel a proclama bendita e bem-aventurada. Concluindo o diálogo, Maria entoa o cântico de ação de graças, consagrado na tradição católica como o “Magnificat”. Este hino, bem como o cântico de Zacarias (“Benedictus”) e o de Simeão (“Nunc Dimitis”) foram colhidos por Lucas dentre a tradição das comunidades cristãs e inseridos na sua narrativa das infâncias de João Batista e de Jesus.
Apenas as pessoas sabem ser humildes e simples, por isso, as puras de coração são tocadas pela virtude da gratidão e, consequentemente, louvam e glorificam Deus como o fez Maria.
É uma coisa grandiosa quando um homem se põe de joelhos diante de Deus. E aquele que fica de joelho encontra o seu verdadeiro lugar, dá o sentido da proporção e da medida, afirma que nada é e que Deus é tudo.
É pura verdade e justiça a Sua misericórdia sobre aqueles que O temem. A lei da graça que se realiza em Maria se torna universal. Com o seu “sim” e neste canto de louvor, ela nos ensina que Deus realiza a sua graça quando o homem se convence da necessidade que tem dela. Só quem é cônscio de sua pobreza alcançará a riqueza que produz. A graça não escolhe pessoas orgulhosas e soberbas, mas os humildes; não os poderosos, mas os fracos; não os saciados, mas os famintos.
O cântico de Maria é uma apresentação do Deus revelado por Jesus ao longo do Evangelho de Lucas. É o Deus que subverte as sociedades e as religiões estruturadas sobre o poder. É o Senhor que liberta e promove os pobres e oprimidos, derruba os poderosos e distribui os bens da criação para todos. A fé de Maria é uma fé humilde, consciente e comprometida com a causa dos pobres.
Quem confia sabe esperar, mas quem tende à autossuficiência não é capaz de entender o que isso significa. A conversão exige que mudemos nossos pensamentos e percebamos a presença de Deus no mundo.
Sejamos como Maria que, compreendendo o tempo de Deus, cantou o “Magnificat” na casa de Isabel.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 22/12/2012

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos descobrir a graça de servir a Deus

A humildade de coração é a virtude mais essencial e necessária para uma alma servir a Deus

“Maria disse: ‘A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor’” (Lucas 1,46-48).

Maria estava cantando para engrandecer e agradecer ao Senhor Deus Todo-poderoso por aquilo que Ele realizou nela, e não foram poucas coisas, foram muitas coisas que o Senhor realizou na vida e no coração daquela que é a humilde serva do Senhor.
Se pudéssemos responder quem é, de fato, a Virgem Maria, tão amada, tão querida, cultuada no meio de nós, como ela mesmo exclamou: “Todas as gerações hão de chamar-me de bendita”. Quem é ela? Ela é a humilde serva do Senhor.
Três palavras são importantes: humilde, serva e Senhor. A humildade de coração é a virtude mais essencial e necessária para uma alma servir a Deus, uma alma que não se deixa preencher pelo orgulho, pela soberba nem pelas vaidades da vida. A alma se enche da graça de Deus quando ela se esvazia de si mesma e se preenche da presença divina. Humildade é reconhecer a grandeza do Senhor e a nossa pequenez, é depender de Deus, é confiar n’Ele e saber que em todas as coisas Ele cuida de nós.
Ser humilde não é nos colocarmos acima dos outros nem nos sentirmos melhores do que os outros, mas é nos fazermos servidores dos outros, servos de Deus, servindo os outros. Por isso, Maria é a humilde serva e está para servir, ela não veio para ser servida, para ser engrandecida. Exaltemos a Virgem Maria por aquilo que ela foi em toda a sua vida: um serviço pleno a Deus em todo o seu ser.
Como hoje, mais do que em todos os tempos, precisamos descobrir e redescobrir a graça de servir, porque, no mundo que valoriza e exalta acima de tudo o individualismo e cada um pensa em si, nas suas coisas e nos seus interesses, a dificuldade é para Deus encontrar servos humildes, pessoas que tenham almas realmente abertas para o outro, que não estejam simplesmente focados em si, nas suas coisas, nas suas necessidades, mas sabem fazer isso para além de suas próprias ocupações, estão abertas para servir a Deus, para obedecer-Lhe, para ir ao encontro do outro.
Hoje, com Maria, exaltamos o Deus poderoso, grande, que olha para Seus humildes servos e faz, no coração de cada um, a sua obra acontecer. Aquilo que Deus realizou no coração de Maria, Ele quer realizar no coração de cada um de nós.
Sejamos humildes e servos, e a graça de Deus permanecerá em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 22/12/2018

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos, na humildade, o nosso sentido de viver

“Maria disse: ‘A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva’. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lucas 1,47-48).

Faço parte da geração bendita, geração bem-aventurada que proclama e reconhece em Maria a Bem-aventurada, porque Deus, o Todo-poderoso, realizou grandes maravilhas, realizou nela todas as obras de misericórdia prometidas aos nossos pais.
Desde Abraão, o primeiro patriarca, e passando por todas as gerações proféticas, Deus nos prometeu o Divino Salvador, e todas as profecias se cumprem em Maria. É por isso que o coração dela se alegra e exulta para engrandecer a Deus, para louvá-Lo, bendizê-Lo, agradecer-Lhe e proclamar a Sua grandeza.
Não se engane! Maria não está se engrandecendo, não está se exultando, ela está exultando em Deus e exaltando o Senhor Deus, porque Ele olhou para a humildade dela.

A humildade tem um lugar no trono da glória de Deus

Deus olha para os corações humildes, para aqueles que se rebaixam, para aqueles que realmente buscam, na humildade, a razão e o sentido da sua vida. É Maria quem está dizendo que Deus derruba os poderosos, os orgulhosos e os soberbos de seus tronos.
A verdade é que cada um vai se deixando iludir, enganar-se por aquilo que é, por aquilo que faz, por aquilo que sonha e busca; e vai construindo seu trono de grandeza, de importância e vaidade. E nós sabemos que não importa a idade, quando caímos de nossas vaidades, o tombo é grande.
A pessoa chega lá em cima e se sente grande, importante… Mas vem um sobro, e a vida da pessoa se esvai; e então ela vira pó, como tudo é pó. De que lhe valeu os títulos, os nomes e a prepotência? Porque todos passam, mas a humildade permanece.
A humildade tem um lugar no trono da glória de Deus, porque ela é exaltada por toda a eternidade. A humildade jamais passa. É por isso que os humildes permanecem, é por isso que a nossa humildade prevalece diante da presença de Deus.
É hora de nos despirmos de todo orgulho, de toda soberba e vaidade, para que, com toda a humildade de coração, assim como Maria, possamos também acolher a salvação de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 22/12/2020

Oração Final
Pai Santo, que a disponibilidade generosa de Maria, servindo à prima Isabel, não seja para nós apenas uma cena do passado, mas inspiração para a nossa vida cotidiana. Dá-nos coragem e força, Pai amado, para seguirmos Maria nos caminhos de Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/12/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a disponibilidade generosa de Maria, servindo à prima Isabel, não seja para nós apenas uma cena admirável que ficou no passado, mas inspiração para a nossa vida cotidiana. Dá-nos coragem e força, amado Pai, para seguir Maria nos caminhos de Jesus, o Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/12/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai, que és a fonte da Misericórdia, prepara o nosso coração para acolher o Menino Jesus. Nós cremos, amado Pai, mas aumenta a nossa Fé! Faze-nos lembrar sempre do exemplo de Maria, que elegeste Mãe de Jesus. Que ela nos ensine como seguir nesta vida os passos do seu Filho amado, o Cristo, tua Palavra Criadora que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/12/2020

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