sábado, 13 de março de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/03/2021

ANO B


Lc 18,9-14

Comentário do Evangelho

Duas atitudes do homem diante de Deus.

Os destinatários da parábola são apresentados logo no primeiro versículo do evangelho de hoje: aqueles que fechados sobre si mesmos, sobre suas próprias obras, consideram os outros como inferiores e, por isso, se enganam na sua relação com Deus. A parábola apresenta duas atitudes do homem diante de Deus. O fariseu, embora reconheça que o cumprimento da Lei é dom, se apresenta soberbo e autossuficiente diante de Deus. Para ele a salvação é merecimento em razão de suas próprias obras, e não dom de Deus que deve ser acolhido. A consequência dessa atitude é o juízo condenatório e o desprezo pelos outros. O publicano, ao contrário, se apresenta diante de Deus humilde, consciente de sua falta, necessitado da misericórdia do Senhor. Há uma prática religiosa que, voltada para si mesma ou para a pessoa que a pratica, se transforma em pura vaidade e sutilmente rejeita um Salvador, pois o que ele pratica é, para ele, a sua justificação. A salvação é dom de Deus. O que nós fazemos deve ser a expressão da gratidão e da consciência do dom recebido.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me consciente de minha condição de pecador, livrando-me da soberba que me dá a falsa ilusão de ser superior a meu próximo e mais digno de me dirigir a ti.
Fonte: Paulinas em 29/03/2014

Vivendo a Palavra

Orgulho, presunção, confiança nas nossas próprias forças – talvez esteja aqui a maior das tentações. Tenhamos cuidado para reconhecer que tudo o que somos e que temos é pura graça, generosidade total do Pai Misericordioso. Esta é a primeira condição para partilharmos nossa vida com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

Tudo é dom de Deus. Não temos nenhum motivo para imitar aquele fariseu, que contabilizava créditos pelo cumprimento de prescrições legais. Jesus nos veio ensinar a gratuidade do Amor, o desprendimento, a generosidade, o cuidado zeloso pelos companheiros de caminhada. E a gratidão sem limites nem cobranças ao Pai do Céu, que é rico em Misericórdia.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/03/2020

vIVENDO A PALAVRa

Seguir Jesus significa amar ao Pai Misericordioso servindo ao próximo. Isto é bem mais do que cumprir prescrições, como fazia aquele fariseu. É caminhar seguindo a direção apontada pelo Mestre de Nazaré, superando-nos todos os dias, sempre nos conservando humildes e conscientes dos nossos limites, mas confiantes na Presença do Espírito em nós.

Reflexão

Jesus nos mostra no Evangelho de hoje que a salvação não pode ser alcançada por nossas ações, uma vez que a pessoa não pode salvar-se por si mesma, mas por uma ação amorosa e gratuita do próprio Deus. Nós não nos salvamos, aos homens isso é impossível, mas Deus nos salva, pois para ele tudo é possível. Sendo assim, a nossa salvação depende antes de tudo da postura que temos diante de Deus. O fariseu contava os seus méritos diante de Deus, o que não lhe garantiu a salvação, enquanto que, ao demonstrar as suas misérias e os seus pecados diante de Deus, o cobrador de impostos reconhecia que somente Deus poderia salvá-lo e implora por essa salvação e, por isso, ele foi atendido em suas preces.
Fonte: CNBB em 29/03/2014

Reflexão

Nada é mais inconveniente do que uma pessoa se julgar justa, santa, sem defeitos. Pior é quando ela se coloca acima dos outros e os despreza. Jesus, mediante oportuna parábola, tenta corrigir esse desvio. Escolhe dois tipos característicos da época: um fariseu, que se considera justo e fiel observante da Lei de Deus; e um cobrador de impostos, malvisto pelos fariseus e rechaçado como pecador. O fariseu, diante de Deus, conta vantagens de suas atitudes. Ser virtuoso não é título de honra, é simples obrigação. Na avalição do Mestre, o fariseu é reprovado. O cobrador de impostos coloca-se no seu lugar: todo ser humano é imperfeito. Reconhece, pois, suas faltas e pede perdão ao Deus misericordioso. Recebe a aprovação de Jesus.
Oração
Por tua parábola, ó Jesus, compreendemos qual é a verdadeira oração. Rezar não é vangloriar-se diante de Deus, nem demonstrar autossuficiência, e tampouco desprezar os outros. Rezar, ao contrário, é reconhecer que temos necessidade da misericórdia de Deus. Senhor, ensina-nos a rezar. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 21/03/2020

Reflexão

A parábola de Jesus questiona aqueles que se consideram “justos e desprezam os outros”. Nela Jesus discorre que dois homens (o fariseu e o publicano) foram ao templo orar. Há muita diferença entre os dois ao fazerem sua prece. O fariseu é autossuficiente e presunçoso: considera-se justo por ser fi el cumpridor das Leis, pensando, com isso, ser merecedor da atenção de Deus. Ele é um tipo arrogante, que se considera melhor que os outros e os despreza. O cobrador de impostos ou publicano é homem despojado de méritos, rico de fé e humildade, depositário do amor misericordioso de Deus. Oração não consiste em desfilar virtudes e méritos diante de Deus e dos outros; consiste, antes de tudo, em se colocar à escuta de Deus. O fariseu, em sua autossuficiência, não necessita de Deus; o publicano reconhece seus limites e a necessidade do amor de Deus.
Oração
Por tua parábola, ó Jesus, compreendemos qual é a verdadeira oração. Rezar não é vangloriar-se diante de Deus, nem demonstrar autossuficiência, tampouco desprezar os outros. Rezar, ao contrário, é reconhecer que temos necessidade da misericórdia de Deus. Senhor, ensina-nos a rezar. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Recadinho

Respeito meu próximo a todo custo? - Não sou como os outros homens! Diz o fariseu. Sou assim também? - Meu Deus, tem piedade de mim! Sei rezar assim? - Em que momentos rezo? - Sei retribuir a bondade e misericórdia que Deus tem para comigo?
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/03/2014

Meditando o evangelho

SOBERBA E HUMILDADE

Jesus não suportava a soberba de quem se gabava de ser justo, olhando os outros com desdém. Este comportamento o irritava por revelar uma falsa imagem de Deus, completamente contrária àquela ensinada por ele. O deus dos soberbos e orgulhosos é preconceituoso, deixa-se impressionar por exterioridades, é injusto para com os fracos, é facilmente enganável. A um deus assim, dirige-se o fariseu da parábola contada por Jesus. Assumindo uma postura de evidente arrogância, dirige-se a seu deus, prestando-lhe contas de suas práticas religiosas, como que a exigir uma recompensa generosa.
O Deus anunciado por Jesus é, radicalmente, diferente: é o Pai atento a seus filhos, de modo especial, aos fracos e pequeninos. Valoriza qualquer esforço humano de superar o pecado, para colocar-se, com humildade, no caminho da conversão. Vê o mais íntimo do ser humano, onde percebe seus sentimentos e intenções. Portanto, não é um Deus a quem se possa enganar.
Diante da atitude dos soberbos, Jesus não tinha dúvidas quanto ao fim que os esperava. Eles serão humilhados ao se encontrarem na presença do Pai. Recomenda-lhes, então, a humildade, porque só ela é capaz de sensibilizar a Deus, para a pessoa obter dele a justificação. Portanto, quem se vanglória de ser justo, está preparando sua própria condenação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de humildade, liberta-me da soberba, porque ela me afasta do Pai. E faze-me reconhecer, com humildade, minhas próprias limitações.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A oração do fariseu e do publicano - Lc 18,9-14
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Disse uma vez um teólogo que os torturados nos precederão no Reino dos Céus. Ele comentava o dito de Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: “Os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus”. Os pecadores creram em João Batista. No entanto, as autoridades do Templo, mesmo vendo a conversão dos pecadores, continuaram rejeitando a pregação de João. Jesus sabe que nossas ações podem ser resultado de um sistema social que não depende apenas de nossa vontade, embora seja possível resistir. Há ocasiões em que a desobediência é uma virtude. Você sabe o que é prostituição, mas conhece toda a história da prostituta? O publicano mexe com dinheiro, e dinheiro traz bem-estar e confusão. Nada, porém, justifica o pecado que é “ratificar um sistema de contra-valores e agir em conformidade com ele”, ensina outro teólogo. “Só quem é verdadeiramente responsável pelas suas decisões pode ser considerado culpado. Quem faz o mal só é culpado se for livre para fazer o bem.” O publicano decidiu pelo bem. O fariseu ficou como estava.
Fonte: NPD Brasil em 21/03/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Uma oração que não chega ao coração de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Usemos o nosso imaginário: se nossas orações fossem e-mails enviados para Deus, as orações do tipo desse Fariseu não teriam a menor chance, ou voltariam por estar com a caixa de correio lotada, ou simplesmente seria deletada e iria parar na lixeira.
Não é que Deus se chateie ouvindo tais orações, acontece que não há o que atender, simplesmente porque não há nenhum pedido, podem notar. E não se trata de uma bela oração de ação de graças como aparenta ser, mas é uma oração arrogante e soberba, de quem se considera perfeito e melhor do que todos os outros homens. Às vezes corremos o risco de fazer orações desse tipo, quando no comparamos aos outros: que não são casados na igreja, que não são batizados, que não frequentam a comunidade, que não ofertam o dízimo, que não receberam os sacramentos, ou quando exaltamos o nosso trabalho e achamos que, se cruzarmos os braços a comunidade ou a pastoral vai fechar as portas. Isso também é oração de arrogância!
Não sei se o Publicano ia ao tempo orar, mas Jesus certamente conhecia muitos publicanos, pois até jantava com eles, e via em alguns deles o desejo sincero de buscar a Deus, a partir do reconhecimento de que eram pecadores. Ficar no último lugar é sentir-se pequeno e sem valor, é não ter com o que ou com quem contar a não ser com a misericórdia de Deus.
Esta deve ser a autêntica postura de um cristão em oração, e não precisa se perder a autoestima, basta apenas compreender e crer de coração, que sem Deus e a sua Graça Santificante e Operante, nada somos... Em nossa fraqueza somos fortalecidos pela Graça de Deus que nos socorre em sua misericórdia, porque simplesmente na ama do jeito que somos...

2. Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador! - Lc 18,9-14
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

De pé, no templo, um fariseu rezava e dizia a Deus o que era verdade. Ele não era ladrão, nem desonesto, nem adúltero. Jejuava até duas vezes por semana e pagava o dízimo com exatidão. Ele agradecia a Deus, mas não agradecia por todas essas coisas boas, por suas virtudes e observâncias. Ele agradecia a Deus por não ser como os outros. Atrás dele, num lugar mais distante, um publicano, cobrador de impostos, também estava rezando. O fariseu o incluiu em sua oração, não rezando por ele, mas comparando-se com ele. “Eu não sou como este publicano”. O publicano rezava quieto, de olhos baixos, reconhecendo-se pecador e pedindo a compaixão de Deus. “Quem se gloria, glorie-se no Senhor”, disse Paulo aos coríntios, e recomendou aos gálatas que cada um examinasse sua própria obra para poder se gloriar. Era o que fazia o fariseu. Mas Paulo acrescentou: “Não se comparando ao outro”. Já se disse que toda comparação claudica, manca, é imperfeita. Toda comparação é odiosa, sobretudo quando faz do outro um concorrente ameaçador.

HOMILIA

TENDE PIEDADE DE MIM QUE SOU PECADOR!

O Evangelho de hoje nos mostra com clareza qual é o pensamento que Jesus tem a respeito da nossa oração, e não somente no que se relaciona ao nosso vínculo com os outros, mas especialmente diante de Deus, que nos conhece mais do que nós mesmos.
Lendo o evangelho de hoje eu fiquei muito feliz porque acredito que essa mensagem seja capaz de mudar de forma concreta a minha vida e a tua, uma vez que passamos a compreender o sentido real e concreto do ato de ser humilde e não apenas do conceito de humildade, podemos ser transformados interiormente e executar gestos no nosso cotidiano que irá nos proporcionar sentimentos bons e alegres.
É interessante verificar os dois tipos de oração! O Fariseu nomeia todas as suas observâncias, tudo que ele faz, conforme manda o a Lei! Ele não conta nenhuma mentira - ele faz isso mesmo. Só que ele confia absolutamente no poder da sua prática para garantir a salvação. Assim dispensa a graça de Deus, pois se a Lei é capaz de salvar, não precisamos da graça! E ainda se dá o luxo de desprezar os que não viviam como ele - ou porque não queriam, ou porque não conseguiam!: Ó Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens, que são ladrões, desonestos, adúlteros, nem como esse cobrador de impostos.
O publicano também não mente quando reza! Longe do altar, nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito em sinal de arrependimento de dizia: Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador. E era a verdade mesmo - ele era vigarista, ladrão opressor do seu povo, traidor da sua raça - mas ele tem consciência disso, e não só disso, mas do fato de que por ele mesmo é incapaz de mudar a sua situação moral. A sua única esperança é jogar-se diante da misericórdia de Deus. Para o espanto dos seus ouvintes, Jesus afirma que o desprezado publicano voltou para a casa "justificado" por Deus, e não o outro. Pois é Deus que nos torna justos por pura gratuidade, e não em recompensa por termos observado as minúcias duma Lei.
E como entrou o farisaísmo nas nossas tradições de espiritualidade! Como as nossas pregações reduziam a fé e o seguimento de Jesus à uma observância externa duma lista de Leis! Como reduzimos Deus a um mero "banqueiro", que no fim da vida faz as contas e nos dá o que nós "merecemos", segundo uma teologia de retribuição! Quem tem a conta em haver com Ele, ganhará o céu, e quem está em dívida irá para o inferno! E a graça de Deus? E a cruz de Cristo? Paulo mudou de vida quando descobriu que a Lei, por tão importante que fosse como "pedagogo", não era capaz de salvar, mas que é Deus que nos salva, sem mérito algum nosso, através de Jesus Cristo! Com esta descoberta, se libertou! E defendia este seu "evangelho" a ferro e fogo! O texto de hoje nos convida para que examinemos até que ponto deixamos o farisaísmo entrar em nossas vidas; até que ponto confiamos em nós mesmos como agentes da nossa salvação; até que ponto nos damos o direito de julgar os outros, conforme os nossos critérios. Uma advertência saudável e oportuna que alerta contra uma mentalidade "elitista" e "excludente", que pode insinuar-se na nossa espiritualidade, como fez na dos fariseu, sem que tomemos consciência disso!
Portanto, esse evangelho é transformador, ele vem ensinar para nós que a nossa oração é um meio de comunicação eficaz com o Pai, mas só subirá aos céus se nascer de um coração humilde, simples e puro! Se quisermos ser justificados e elevados diante de Deus, precisamos diminuir para que Deus cresça em nós! Meu Deus, é preciso que eu diminua e que Cristo cresça em mim. Dai-me Senhor um coração puro e humilde e assim como aquele cobrador de impostos clamou a ti eu também Te peço agora: tende piedade de mim que sou pecador.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 29/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

A humildade é o caminho que nos conduz a Deus

Que Deus hoje nos conceda a humildade do publicano, que Deus nos conceda a humildade para sermos capazes de nos reconhecer como pecadores, que nós somos, e o tamanho de nossa fraqueza e de nossa miséria.

”O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!” (Lucas 18,13)

No nosso modo de nos relacionarmos com Deus existem duas maneiras, essas maneiras de nós nos relacionarmos com Ele é a maneira como nós dirigimos a nossa vida e também nos relacionamos uns com os outros. Nós, muitas vezes, podemos ser fariseus no nosso modo de proceder e assim também seremos no nosso modo de rezar. Nós nos achamos santos, justificados; achamos que somos bons, fazemos o que é correto; fazemos nossos deveres de casa, não fazemos extravagâncias, não cometemos grandes pecados.
Por outro lado, olhamos ao nosso lado e vemos tanta gente pecadora, tanta gente maldosa, tanta gente cometendo coisas abomináveis. Nós não, nós estamos justificados e é assim que nós olhamos o mundo e as pessoas. Julgamos, condenamos e nos absolvemos, nos achamos o máximo, nos sentimos muitas vezes justificados por aquilo que fazemos e acaba que a nossa oração é assim também!
Nós estamos sempre pedindo pelos pecadores do mundo, rezando por eles, por este, por aquele, pedindo: ”Senhor, converta fulano, converta sicrano”. E para nós pedimos: ”Senhor, conceda-me mais isso, conceda-me mais aquilo”. Às vezes, não entendemos por que a nossa oração não chega ao coração de Deus.
Do outro lado um publicano, símbolo daquele que tem pecados, mas, reconhece seus pecados, reconhece a sua indignidade; muitas vezes tem até vergonha de entrar na Igreja, de se aproximar de nós que somos de Igreja, de tocar no padre, porque se sente tão pecador. Do lado de fora da Igreja, na sua casa, onde se encontra, rebate no peito e diz: ”Senhor, tende piedade de mim, porque eu sou muito, mais muito pecador”. Essa oração chega no fundo do coração de Deus, porque não é a oração de quem se justifica, mas, a oração de quem reconhece as suas misérias, de quem muitas vezes não tem forças para se levanta, mas ainda tem visão para reconhecer seus erros, seus pecados e suas misérias.
Que Deus hoje nos conceda a humildade do publicano, que Deus nos conceda a humildade para sermos capazes de nos reconhecer como pecadores que nós somos e o tamanho de nossa fraqueza e de nossa miséria, para que clamemos do fundo do nosso coração: ”Senhor, tenha misericórdia e piedade de mim, porque eu sou pecador!”
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

A oração humilde agrada o coração de Deus

“O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’” (Lucas 18,13).

Hoje, estamos nos deparando com duas realidades humanas que estão presentes em cada um de nós. Ora somos o publicano, ora somos o fariseu; ora temos a profunda humildade, um pouco de humildade, e ora não temos humildade nenhuma. Ora somos levados pelo orgulho, pela soberba e pela arrogância.
Enquanto a humildade estiver dentro de nós, a graça de Deus permanece. Entretanto, enquanto nos tornamos religiosos ou pessoas não religiosas, mas arrogantes da mesma forma, vamos nos distanciando de Deus e da Sua graça em nós.
Até na oração se manifesta a nossa arrogância humana, a nossa soberba e o nosso orgulho. O fariseu era muito religioso e orava bastante, mas orava de um jeito petulante, colocando-se na dimensão de superioridade, orava sentindo-se melhor que o publicano e comparando-se aos outros.

A oração que chega aos ouvidos de Deus é a do pobre humilhado, da alma que reconhece sua fraqueza

Fico preocupado, porque, muitas vezes, rezamos com o nosso terço na mão, com a Bíblia nos nossos braços; ficamos, muitas horas, diante da presença de Jesus, olhando para outras pessoas e dizemos: “Eles não adoram, não rezam o terço, não fazem jejum”. Que oração mais farisaica, mais humana e mundana!
A oração que chega aos ouvidos de Deus é a do pobre humilhado, da alma que reconhece sua fraqueza e pecado. A oração que chega ao coração de Deus é a daquele que reconhece as suas misérias, a cada dia, e nelas mergulha, vai se purificando, lavando-se e humilhando-se na presença de Deus.
A oração que chega aos ouvidos e ao coração do Senhor não é a daquele que levanta a cabeça para dizer: “Eu sou”, mas é a daquele que abaixa a cabeça para dizer: “Deus é e somente Ele é”.
A oração que chega aos ouvidos de Deus é a oração do pobre pecador, publicado, cobrador de impostos que nem se atreve a chegar perto de Deus, porque reconhece a sua miséria. Ele, no entanto, humilha-se, abaixa-se e, ainda que seja distante, bate no seu peito e diz: “Sou miserável. Sou pecador. Tenha compaixão de mim, Senhor”. A oração que agrada o Senhor é a oração que chega aos Seus ouvidos.
Que Deus nos dê a graça de nos purificarmos, na oração e pela oração, a oração arrogante que toma conta do nosso ser. Que Ele nos dê a graça de nos libertarmos de toda forma de prepotência, soberba e orgulho que tomam conta das nossas relações até dentro da Igreja, porque, até lá, a nossa prepotência humana quer se colocar acima dos outros, mas Deus é aquele que acolhe e está com ele abaixo dos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/03/2020

Oração Final
Pai Santo, faze-nos humildes para reconhecer que a Tua Presença em nós santifica e nos consagra. Pelos dons que recebemos de Tua misericórdia, sejamos agradecidos, e generosos na sua partilha com os companheiros do caminho. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que estejamos sempre atentos aos irmãos, mas não para julgá-los e sim para participar de sua vida e auxiliá-los em suas necessidades. Faze-nos fontes de carinho, de bênçãos, de autêntica alegria e de esperança na promessa do teu Reinado de Amor. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/03/2020

oRAÇÃO FINAl
Pai Santo, purifica-nos do nosso pecado! Todas as vezes em que nós formos tentados a julgar o nosso próximo, faze-nos, antes, conscientes da nossa fraqueza, dos nossos limites e nos dá coragem e força para tentar superá-los. Assim, seguiremos o Caminho do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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