segunda-feira, 16 de novembro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/11/2020

ANO A


33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano A - Cor Verde

“Servo bom e fiel!” Mt 25,21

Mt 25,14-30

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Estamos chegando ao final do ano e as leituras nos lembram que o Senhor está vindo. Ele pedirá contas de nossos dons. Aprendamos que devemos multiplicar os talentos recebidos, assumindo nossas responsabilidades junto a comunidade.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, somos a família de Deus reunida para celebrar a oferta que Jesus fez de sua vida por nós. Felizes somos nós por este encontro de salvação. Estar aqui e celebrar a Páscoa do Senhor é uma bênção! Neste domingo somos também convocados pelo Papa Francisco a nos convertermos em testemunhas do amor de Deus para com os mais pobres. Que esta Eucaristia nos ajude a esperar o Senhor que vem, enquanto o encontramos e o socorremos nos mais pobres e abandonados de nossa cidade.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na parábola deste domingo, as particularidades estão em função da mensagem; nem todos os elementos têm a mesma importância. O elemento que aqui unifica o quadro não é tanto o diálogo entre o senhor e os dois primeiros servidores, quanto o diálogo travado entre o servidor condenado por sua preguiça e o senhor que exige uma justificação. Risco ou Prudência? A prudência, para merecer este nome, requer também a previsão do risco. A razão adotada pelo servo preguiçoso parece à primeira vista, um raciocínio justo, um comportamento de quem se põe em segurança; é mais sensato conservar aquele pouco que se tem do que perdê-lo. A lógica so senhor da parábola é diferente. A salvação passa através do risco: o talento que o servidor recebeu não dá salvação por sí só; a quantidade dos talentos não pode constituir uma segurança, o dom tem que ser multiplicado. Quem não se arrisca não pode lucrar. A vinda do Senhor, imprevista para todos, não permite negociar com os dons recebidos. Não ousar pode parecer prudência, mas é finalmente uma prova de preguiça. Quem não traduz em obras o dom e o anúncio recebido e não sabe tirar vantagem do que recebeu é insensato, tolo e comodista.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A dinâmica do Ano Litúrgico dedica as últimas celebrações ao destino da vida humana: o local de chegada da existência humana. São celebrações que animam a fé, no sentido de reconhecer que o mundo é passageiro e finito e, que o cristão é destinado à eternidade, pois vive em Cristo. Quando acontecerá o fim deste mundo, como será e que acontecimentos precederão aquele dia, ninguém sabe. São Paulo lembra apenas: “virá como um ladrão, de noite”. Uma frase que elimina a curiosidade e orienta a atenção para a criatividade em preparar o encontro com o Senhor.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, somos a família de Deus reunida para celebrar a oferta que Jesus fez de sua vida por nós. Felizes somos nós por este encontro de salvação. Estar aqui e celebrar a Páscoa do Senhor é uma bênção! Neste domingo somos também convocados pelo Papa Francisco a nos convertermos em testemunhas do amor de Deus para com os mais pobres. Que esta Eucaristia nos ajude a esperar o Senhor que vem, enquanto o encontramos e o socorremos nos mais pobres e abandonados de nossa cidade.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na parábola deste domingo, as particularidades estão em função da mensagem; nem todos os elementos têm a mesma importância. O elemento que aqui unifica o quadro não é tanto o diálogo entre o senhor e os dois primeiros servidores, quanto o diálogo travado entre o servidor condenado por sua preguiça e o senhor que exige uma justificação. Risco ou Prudência? A prudência, para merecer este nome, requer também a previsão do risco. A razão adotada pelo servo preguiçoso parece à primeira vista, um raciocínio justo, um comportamento de quem se põe em segurança; é mais sensato conservar aquele pouco que se tem do que perdê-lo. A lógica so senhor da parábola é diferente. A salvação passa através do risco: o talento que o servidor recebeu não dá salvação por sí só; a quantidade dos talentos não pode constituir uma segurança, o dom tem que ser multiplicado. Quem não se arrisca não pode lucrar. A vinda do Senhor, imprevista para todos, não permite negociar com os dons recebidos. Não ousar pode parecer prudência, mas é finalmente uma prova de preguiça. Quem não traduz em obras o dom e o anúncio recebido e não sabe tirar vantagem do que recebeu é insensato, tolo e comodista.
Fonte: NPD Brasil em 19/11/2017

MANTER O OLHAR VOLTADO PARA O POBRE

A parábola contada por Jesus apresenta uma situação onde alguém divide os próprios bens, confiando a três pessoas diferentes quantias para que fossem administradas. A divisão parece ter sido realizada a partir da capacidade dos administradores, e cada qual, fez uma escolha em como gerenciar os recursos recebidos. Quando voltou de sua viagem, o homem pediu contas dos seus bens e de como foram investidos. Os bons investidores foram recompensados, enquanto o mau investidor foi demitido e castigado.
Investir bem foi importe e era exatamente o que se esperava dos administradores. Os talentos não foram dados para serem enterrados ou desprezados, mas para serem multiplicados e colocados a serviço. O esforço dos administradores foi valorizado e os bens produzidos também tem um valor que não pode ser ignorado. Tudo é dom e talento, mas não podem servir a propósitos egoístas. Riquezas acumuladas sem justiça social são como talentos enterrados.
Administrar bem não é apenas uma questão de lucrar mais, exige a responsabilidade da partilha e da justa divisão social. Uma sociedade que se preocupa em acumular bens, estabelece abismos que separam e marginalizam os mais pobres. Na mensagem para o IV Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco afirma: “Manter o olhar voltado para o pobre é difícil, mas tão necessário para imprimir a justa direção à nossa vida pessoal e social”. É necessário passar do olhar constrangido para o olhar de transformação.
As causas da pobreza precisam ser afrontadas pela comunidade humana, e o papa nos lembra que, “a comunidade cristã é chamada a coenvolver-se nesta experiência de partilha, ciente de que não é lícito delegá-la a outros”. É nossa responsabilidade trabalhar os talentos com sabedoria, para construir uma sociedade mais justa, rompendo as barreiras que separam as pessoas. A vida cristã exige de nós um projeto, um sentido, uma motivação que não se esgota naquilo que se ganha, mas que se realiza na partilha e na solidariedade que diminui a pobreza e resgata a dignidade das pessoas.
Dom Devair Araújo da Fonseca
Bispo auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

O medo impede de ir além do dever.

A parábola dos talentos é a mais longa do evangelho de Mateus. Ela insiste sobre o juízo do terceiro servo. Os dois primeiros não se limitaram em executar ordens; tomaram a iniciativa de fazer frutificar os bens do seu patrão. A questão-chave do comportamento do terceiro é o medo (v. 25; ver: Rm 8,15). É a escravidão e a mentalidade de escravo que são reprovadas pelo patrão. O espírito servil faz com que a pessoa não faça nada além do seu dever. O elogio dos dois primeiros servos e a repreensão do terceiro indicam qual tipo de colaborador o Senhor deseja. É preciso fazer valer o dom de Deus.
Fonte: Paulinas em 31/08/2013

Comentário do Evangelho

Que tipo de servo Deus deseja.

A leitura de Provérbios trata da característica da mulher, entenda-se, esposa ideal. A mulher ideal é aquela que vive no temor a Deus ou, o que é o mesmo, no reconhecimento reverencial de que todo bem procede de Deus. A palavra temor pode, legitimamente, ser compreendida como amor. A mulher ideal, então, é aquela que, em primeiro lugar, ama a Deus. É em razão desse amor que ela, na sua casa, dá segurança ao marido e faz sua família viver das obras da sua mão. Não é a beleza nem a formosura que caracteriza a mulher ideal, mas o temor de Deus. A beleza e a formosura desaparecem com o tempo. O amor, no entanto, não passa (cf. 1Cor 13,13). O amor faz viver para o outro, dá sentido e gosto a tudo. A mulher é para o nosso texto símbolo do povo de Deus. Daí que a característica fundamental do povo de Deus é o temor do Senhor, no sentido que acima expusemos.
O evangelho deste domingo, a parábola mais extensa do Novo Testamento, apresenta o colaborador que Deus deseja, o discípulo que o Senhor deseja. A parábola é parte do discurso escatológico (24–25). Ela insiste no juízo do terceiro servo que enterrou o talento recebido. Se observarmos bem, dos dezessete versículos que integram o nosso texto, sete são dedicados a ele. Essa insistência é para alertar os discípulos, destinatários da parábola, contra a atitude representada pelo terceiro servo. Na antiguidade, uma moeda valia por seu peso. Um talento equivale a 34 quilos. Os dois primeiros servos não se limitaram a executar ordens, nem a se proteger, enterrando o bem do seu patrão. Eles tomaram a iniciativa de fazer render os bens e os multiplicaram. O terceiro servo, ao contrário, enterrou o talento que havia recebido. Para a mentalidade rabínica, o terceiro servo agiu em conformidade com a lei (Ex 22,6-7; Lv 5,21-26), donde se conclui que não há o que reprová-lo em sua atitude. Mas essa não é a posição de Jesus. O comportamento do terceiro servo é motivado pelo medo (cf. Rm 8,15). O que o “patrão” reprova é a mentalidade de escravo que impede de agir livremente e acomoda a pessoa nas suas próprias seguranças. Não se pode viver e servir a Deus sem arriscar. O espírito servil faz com que a pessoa não faça nada além do estritamente necessário e do que ela julga ser o seu dever. Elogiando os dois primeiros servos e repreendendo o terceiro, o evangelho indica que tipo de servo Deus deseja: aquele que faz valer o dom de Deus e não mede esforços para tal.
Oração
Pai, dá-me senso da responsabilidade e faze-me entender que o serviço amoroso e gratuito a meu próximo é o único caminho de fazer multiplicar os dons que de ti recebi.
Fonte: Paulinas em 16/11/2014

Vivendo a Palavra

É tempo oportuno de considerarmos os nossos talentos. Será que nós os reconhecemos? Somos agradecidos por eles? Nós os desenvolvemos e aperfeiçoamos, com estudo e aplicação? Nós os colocamos a serviço da comunidade – ou nos utilizamos deles para nosso benefício pessoal?
Fonte: Arquidiocese BH em 31/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina que a nossa responsabilidade não se limita aos talentos que recebemos ‘prontos’, mas se estende à obrigação de cultivar e desenvolver os dons que recebemos apenas em potencial. O pecado do servo preguiçoso é o mesmo pecado de que nos penitenciamos hoje: a omissão, o comodismo, a covardia...
Fonte: Arquidiocese BH em 19/11/2017

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina que a nossa responsabilidade não se limita aos talentos que recebemos ‘prontos’. Ela se estende à obrigação de cultivar e desenvolver os dons que recebemos ainda em potencial, como sementes. Trabalhemos para dar frutos e que eles sejam colocados â disposição dos irmãos. O pecado do servo preguiçoso é o mesmo de que nos penitenciamos: a omissão, o comodismo, o egoísmo…

Reflexão

Um dos maiores perigos que ameaçam a verdadeira vivência da fé é o medo. Este medo faz com que não sejamos capazes de produzir os frutos exigidos pelo Reino de Deus. Mas esse medo sempre aparece com máscaras que nos enganam e uma das mas sutis que encontramos é aquela que é confundida com a virtude da prudência. Perguntamos se é prudente fazer isso ou aquilo e em nome da prudência justificamos o nosso medo. Nesta hora, devemos nos recordar de Maria, a Virgem prudentíssima, que não julgou prudente conversar com José antes de responder ao Anjo ou ficou esperando a vida inteira pelo milagre de Caná.
Fonte: CNBB em 31/08/2013

Reflexão

Também nessa parábola temos a demora da volta do proprietário depois de longa viagem. Antes de viajar, ele distribuiu uns talentos aos seus servos, a cada um conforme a própria capacidade, para que os fizessem produzir. A comunidade de Mateus, que faz a experiência da demora da “volta de Jesus”, relembra uma parábola do Mestre, inspirada num sistema que privilegia quem tem e tira o pouco de quem já quase nada tem. A parábola mostra que cada um tem dons e capacidades diversas. A comunidade precisa levar em conta essa diversidade de seus membros. O que importa é que o pouco ou o muito de cada um seja posto a serviço e faça crescer os bens do Reino. O pouco ou o muito não pode ser enterrado. Faz-se, pois, forte apelo à criatividade, mesmo diante dos riscos que ela possa acarretar. Precisamos ser audazes e criativos, e não apenas “observantes piedosos”. Seja a hora que for, o importante é que Cristo, quando vier, nos encontre empenhados naquilo que nos confiou.
Oração
Senhor Jesus, somos dotados de valores, que devemos pôr a serviço do bem comum. No final de nossa vida terrena, teremos de apresentar-te os resultados de nossa administração. Queremos participar da tua alegria junto aos demais que fizeram frutificar os próprios dons. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Meditação

O que você considera como seu maior talento?- Dedica-se a ele? - Coloca seus talentos a serviço do bem comum? - Você procura colher onde está semeando? - Não corre o risco de invejar talentos dos outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 31/08/2013

Comentário do Evangelho

Esta parábola, tendo provavelmente em sua origem algum dito de Jesus, parece ter sofrido acréscimos e adaptações quando veiculada entre as primeiras comunidades. As imagens da parábola são extraídas de uma sociedade oportunista consagrada ao mercado em busca do lucro. Na parábola, o senhor ambicioso, ao viajar, determina a seus três servos que façam render seu dinheiro. Os dois servos mais "fieis" fizeram o dinheiro render cem por cento. Contudo um servo mais tímido, temeroso da severidade do patrão, não querendo correr risco, escondeu o dinheiro que recebeu e devolveu-o tal qual. O senhor , afirmando-se como sendo aquele que "colhe onde não plantou e ajunta onde não semeou", qualifica o servo tímido de mau e preguiçoso. Os dois servos fieis e eficientes foram exaltados e o servo tímido foi lançado fora. A sentença final, "a quem tem será dado mais... daquele que não tem será tirado", é típica da sociedade excludente e concentradora de riquezas. A parábola tem um certo aspecto de caricatura irônica da sociedade. Suas imagens são pouco condizentes com a revelação de Jesus de Nazaré, manso e humilde de coração, que vem trazer vida para todos, sem exclusões. O Reino de Deus é o reino dos pobres, mansos, pacíficos e misericordiosos, com fome e sede de justiça e partilha. Com certo constrangimento, a parábola tem sido entendida como uma advertência aos discípulos afim de que façam frutificar seus dons pessoais, a serviço da comunidade e da sociedade. Na primeira leitura, a mulher que, com seus dons, trabalha tanto no serviço doméstico como na produção para o sustento da família, é louvada. Na segunda leitura Paulo estimula as comunidades à vigilância, a qual significa o serviço e o amor mútuo.
Oração
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 16/11/2014

Meditando o evangelho

O DISCÍPULO RESPONSÁVEL

A vida cristã exige do discípulo responsabilidade quanto aos dons recebidos de Deus. No fim da vida, ninguém escapará de prestar contas a ele que é a fonte de toda dádiva. A vida eterna dependerá do bom uso destes dons, frutos do amor misericordioso do Pai.
Os talentos não podem ficar ociosos, correndo o risco de se perderem. O discípulo responsável saberá como fazê-los frutificar o máximo possível. Já o irresponsável e pusilânime fica bloqueado pelo medo. Resultado: por ocasião do encontro com Deus, apresentar-se-á de mãos vazias.
Em termos do Reino, só existe uma maneira de fazer multiplicar os dons: colocá-los, generosa e gratuitamente, a serviço do próximo. Quanto mais o discípulo, movido pelo espírito de serviço, empregar seus talentos para ajudar o próximo em necessidade, tanto mais estará atraindo sobre si as bênçãos divinas. O desprendimento de si mesmo, em benefício do outro, é sinal de que o amor do Pai está fecundando o seu coração, de modo a fazê-lo ter sempre mais amor para dar.
A atitude medrosa de quem conserva para si os talentos recebidos, quiçá desfrutando deles apenas para proveito próprio, revelar-se-á desastrosa, quando do encontro definitivo com o Pai. Fechado para o amor, o medroso põe a perder as chances que lhe são oferecidas para multiplicar seus talentos. Dai merecer uma terrível censura por parte de Deus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, transforma-me em discípulo responsável que sabe aproveitar cada circunstância para fazer frutificar os dons que me concedes, colocando-os a serviço do meu próximo.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Faça bem tudo o que tiver que fazer
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Devemos estar sempre prontos a prestar contas a Deus da administração dos bens que ele nos concedeu. A mulher forte dos Provérbios sabe administrar a sua casa, e é um exemplo para quem deve administrar a própria vida. Diante de nós há fatos inesperados e contraditórios, surpresas positivas e sustos, contrariedades e obstáculos, gente boa e erva daninha, santos e serpentes. Necessitamos de um bom administrador como a mulher forte. Quando será o dia da prestação de contas? Não sabemos, nem importa saber. O que importa é estar preparado.
Enquanto o Senhor não vem, fazemos o bem sem olhar para quem. Não estamos nas trevas, não estamos na noite. Bem acordados, somos sóbrios e vigilantes. Não beba fora da medida para não perder a sobriedade. Seja sempre vigilante, não desatento e alienado. A palavra talento, que antes significava o peso de uma moeda, adquiriu o sentido de boas qualidades. O peso dá qualidade à moeda. Bem entendida, a parábola significa: faça bem tudo o que tiver que fazer.
Trabalhe com esforço e entusiasmo. Seja produtivo e apresente-se diante de Deus com as mãos cheias. Não se trata da mais-valia, que acha que você vale o que produz, vale mais porque produz mais, criando uma sociedade de concorrência e exclusão. Não é este o sentido da parábola. Cada um deve produzir na medida de suas possibilidades. O valor da pessoa não está no resultado do esforço, e sim no esforço empreendido. Nossa liberdade é real, mas bastante relativa. Dependemos das circunstâncias que nos envolvem. Querer nem sempre é poder. Que Deus nos encontre vigilantes, dando o melhor de nós mesmos na construção da pessoa de nossos irmãos e da sociedade em que vivemos, cada um fazendo o que lhe compete e o que pode segundo os seus talentos, para tornar este mundo respirável. A vida de cada dia deve ser assumida e administrada com sabedoria. Os fios da trama da existência cotidiana devem ser bem trançados com o trabalho das mãos no relacionamento cotidiano de um lar.
Fonte: NPD Brasil em 19/11/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. LUCROS E PERDAS DA NOSSA FÉ
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

No penúltimo domingo do tempo litúrgico do ano “A”, o evangelho nos coloca a parábola dos talentos, que poderá ser mal compreendida, se não aprofundarmos a reflexão, pois não estamos diante de um simples acerto de conta entre um patrão e seus servos, mas diante de algo muito mais sério que é a descoberta do  sentido da nossa vida. A grande pergunta que estará em nosso coração e em nossa mente, quando esta vida estiver se esvaindo, é exatamente essa: Investimos a nossa existência em que? A vida vale à pena?
Na contabilidade há um demonstrativo em cada final de exercício, que mostra aos investidores e acionistas de que modo foi investido o capital por eles disponibilizado, esse balanço final mostra o Ativo e o Passivo, os ganhos e perdas da empresa, seus direitos e obrigações, seus valores a receber e suas contas a pagar, seu acréscimo patrimonial ou suas perdas, caso houver. Esta visão permite ao acionista decidir se continuará investindo ou se vai procurar outro negócio mais rentável.
Ora, Deus Pai investiu tudo em nós, o Filho pagou um alto preço, mais que todo o ouro, toda a prata e todas as fortunas que há no mundo, é um direito Dele portanto, querer saber no final de nossa vida, o que foi que fizemos com o nosso viver, com a sua graça, com a vida nova que tivemos acesso, com a obra da salvação.
Uma pessoa extremamente bondosa e amorosa para conosco nunca nos cobra nada, pois o seu amor é incondicional e gratuito, mas a gente se sente na obrigação de dar um retorno, que pode ser uma grande alegria, como a dos dois primeiros servos que duplicaram os talentos que lhes foram confiados, ou então será um momento de grande tensão e angústia, marcado pelo medo, por causa de uma relação distorcida com o Patrão. Podemos perceber que os outros dois não tiveram a preocupação de justificar o porquê aplicaram bem o talento recebido, pois independente do rigorismo e da exigência do Patrão, sentiram-se no dever de corresponder à confiança neles depositada.
Deus reconhece as nossas limitações, ele sabe muito bem que nem todos irão viver bem, descobrindo o sentido da vida e vivendo na essência do seu amor, e por isso, diante dele é válido todo e qualquer esforço de se viver segundo suas leis e sua santa palavra. Podemos até dizer, que o talento da  é a própria existência visível aos nossos olhos, e que os talentos adquiridos com um bom investimento são as graças sobrenaturais que antecipam em nosso caminhar, esta vida nova que Jesus nos presenteou. Na hora certa, esta vida não nos será tirada, mas enriquecida com os demais talentos quando vivemos bem a nossa vida terrena, entendendo que ela é muito mais do que aquilo que se vê, São Paulo chama isso de caminhar na Fé.
Porém, aquele que se apegou a esta simples existência limitando-se a viver apenas na visão, alimentando sua esperança apenas com aquilo que esta vida terrena pode dar, este é o servo mau e preguiçoso, que investiu mal a sua vida, e que no balanço final da sua existência, já diante de Deus, irá constatar horrorizado, que não auferiu nenhum lucro, pois o que o que pensava ser um grande lucro, foi na verdade uma grande e terrível perda, e que terminou o seu exercício terreno com um saldo negativo, devendo algo para Deus.
Há uma música pastoral belíssima, cujo refrão diz “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena!” Eis o grande segredo que o homem precisa descobrir: que o viver não se restringe aos limites da nossa materialidade, mas que o homem traz em si as sementes da eternidade, de uma Vida renovada pela qual vale a pena lutar para buscá-la e mantê-la a cada dia, porque os nossos horizontes são muito mais amplos do que nossos olhos podem vislumbrar, e esta descoberta prodigiosa que muda tudo em nossa vida só ocorre na vida de quem vive na Fé.
Ainda tomando o exemplo da Contabilidade empresarial, mês a mês se faz o balancete, que como o próprio nome diz, trata-se de um Balanço menor, que mostra os valores movimentados e ajudam o empresário a redirecionar seus investimentos, caso o resultado do balancete não seja bom, por isso esse evangelho nos convida também a um bom exame de consciência diante de Deus no sentido de saber com clareza e sinceridade, o que é que estamos fazendo da nossa vida, que são os talentos que Deus nos confiou, sempre é tempo de nos converter, de acertar as contas negativas e fazer novos investimentos na caridade, no amor, na solidariedade, com os lucros auferidos da Palavra de Deus e da força da Eucaristia.
A grande diferença da nossa vida de fé e de um controle contábil, é que o nosso Deus não é avarento nem egoísta, e o pouco que conseguirmos lucrar com a prática do amor cristão, já será suficiente para ouvirmos dele a palavra que o nosso coração anseia: “Porque foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!” Alegria que já experimentamos ainda nesta vida, quando colocamos todos os nossos talentos para servir os nossos irmãos, ajuntando um tesouro no céu.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. Parábola dos Talentos - Mt 25,14-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O que fizemos com os talentos que nos foram confiados?
No Sermão das Cinzas, o Padre Antônio Vieira deixa aos ouvintes quatro perguntas: primeira, quanto tenho vivido? Segunda, como vivi? Terceira, quanto posso viver? Quarta, como é bem que viva, ou como devo viver? Boas questões para nos colocarmos diante do julgamento de Deus.
Vale a pena reler o soneto de Frei Antônio das Chagas, escrito em Portugal no século 16, sobre a prestação de contas do tempo que nos foi dado: “Deus pede hoje estrita conta do meu tempo e eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta. Mas como dar, sem tempo, tanta conta, eu que gastei sem conta tanto tempo? Para ter minha conta feita a tempo, o tempo me foi dado e não fiz conta. Não quis, tendo tempo, fazer conta. Hoje quero fazer conta e não há tempo. Oh! Vós, que tendes tempo sem ter conta, não gasteis vosso tempo em passatempo. Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta. Pois aqueles que sem conta gastam tempo, quando o tempo chegar de prestar conta, chorarão, como eu, se não der tempo”.
O tempo passa, escreve Olavo Bilac: “Sou o tempo que passa, que passa, sem princípio, sem fim, sem medida. Vou levando a ventura e a desgraça, vou levando as vaidades da vida. A correr, de segundo em segundo, vou formando os minutos que correm. Formo as horas que passam no mundo, formo os anos que nascem e morrem. Ninguém pode evitar os meus danos. Vou correndo sereno e constante: Desse modo, de cem em cem anos, formo um século e passo adiante. Trabalhai, porque a vida é pequena e não há para o tempo demora! Não gasteis os minutos sem pena! Não façais pouco caso das horas!”.
Disse Paulo aos irmãos de Tessalônica, quanto aos tempos e momentos: “O dia do Senhor vem como um ladrão durante a noite. Não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, vigiemos e sejamos sóbrios”. E o que fazemos enquanto o Senhor não vem? Trabalhamos. A mulher do Livro dos Provérbios nos dá o exemplo: “Trabalhai, porque a vida é pequena e não há para o tempo demora!”.

Liturgia comentada

E terá em abundância... (Mt 25, 14-30)
Mais uma vez, a Liturgia nos apresenta a “parábola dos talentos”. Três servos que recebem, respectivamente, 250, 100 e 50 quilos de prata, que deveriam ser investidos com lucro. Os dois primeiros se arriscam e lucram 100%. O terceiro servo, movido pelo temor, prefere enterrar o seu talento e, por isso mesmo, será castigado.
Não sei bem se a intenção de Jesus, ao contar esta parábola, se resumia a uma visão utilitarista (e mesmo capitalista!), segundo a qual temos de “render conforme o investimento” de Deus em nossas vidas. No fundo, acho pouco provável...
Em primeiro lugar, nada temos de nosso. Tudo é dom. Somos eternos mendigos. Em segundo lugar, que talentos são esses? Inteligência? Virtudes morais? Saúde? Força muscular? Recursos materiais? Ora, tudo isso são ninharias diante do verdadeiro investimento de Deus em nossa vida: Ele-mesmo!
Sim! Deus se entregou em nossas mãos. Veio morar no meio de nós. Vestiu-se de nossa carne. E continua presente na Eucaristia. Isto, sim, é investimento. Alimentados de seu Corpo e Sangue, inauguramos, já aqui na terra, a vida que experimentaremos na eternidade.
Pode ser que isto cale mais fundo com a meditação de meu soneto “Dependência”:

Nada tenho de meu. Eu não me iludo.
Ao ver frutificar o meu trabalho.
Sei que sou limitado e que sou falho:
É Deus quem age em mim, eu pouco ajudo.

Nada tenho de meu, mas tenho tudo,
Pois nas mãos do Senhor eu me agasalho.
Se me esforço demais, eu atrapalho
Por ocultar da Graça o conteúdo...

Nada tenho de meu, mas tudo tenho:
Meu Pai foi quem me deu saber e engenho,
Transfigurando em luz o meu caminho.

Nada tenho de meu, mas vivo cheio,
Pois o Filho de Deus comigo veio
E, assim, jamais eu estarei sozinho...

Orai sem cessar: “O Senhor é minha herança e minha parte...” (Sl 16, 5)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 31/08/2013

REFLEXÕES DE HOJE

15 DE NOVEMBRO-DOMINGO


HOMÍLIA DIÁRIA

O que estamos fazendo com os nossos dons e talentos?

Hoje, Deus está nos perguntando o que estamos fazendo com os nossos dons e os nossos talentos. Estamos usando-os? Estamos fazendo o Reino de Deus acontecer?

“Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei”. O patrão lhe disse: “Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!” (Mt 25, 20-21)

Nós, hoje, celebramos, na liturgia, os dons, os talentos que Deus confiou a cada um dos Seus filhos.
Se olharmos para nossa própria vida, vamos perceber que recebemos talentos e dons. Eu não sei quantos talentos você tem, não sei quantos dons você é capaz de exercer, mas nenhum de nós, por maior que sejam as incapacidades ou os limites que possamos ter em nossa vida, não podemos dizer que não temos talento, porque todos o tem. Alguns têm mais disposição, mais ânimo, mas a verdade é que alguns tem mais talento.
Os muitos ou poucos dons que recebemos de Deus temos de saber colocar à disposição d’Ele, a serviço do próximo para o bem da humanidade.
Como eu vejo pessoas simples trabalhando com amor, com dedicação para promover a vida humana, para promover as outras pessoas! Que alegria, meu Deus do Céu!
Louvado seja Deus por todos aqueles que, no mundo inteiro, estão multiplicando seus talentos para o bem da humanidade, estão trabalhando para promover a justiça, a paz, o bem da sociedade. Louvado seja Deus pelos líderes comunitários, pelos líderes de pastorais, os quais, mesmo sem tempo, arrumam tempo para dedicar-se à causa do Reino e para a causa do Evangelho.
Mesmo com os filhos que têm para criar e tantas outras obrigações, essas pessoas procuram multiplicar seu tempo, sua disposição e fazer o que podem em favor do Reino de Deus.
Agora, como chama a atenção o mundo no qual muitas pessoas enterram seus talentos, simplesmente o escondem, não se colocam à disposição nem de Deus nem do próximo, nem do bem comum ou das necessidades da pessoa ao seu lado.
Hoje, Deus está nos perguntando o que estamos fazendo com os nossos dons e os nossos talentos. Estamos usando-os? Estamos fazendo o Reino de Deus acontecer? Estamos promovendo o bem social e a justiça?
No meio de nós, ninguém pode se omitir na construção de um mundo melhor. Por mais limites que qualquer ser humano tenha, ele pode fazer algo em favor de um mundo melhor.
Que o medo e a covardia não se apoderem do nosso coração.
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 31/08/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

Sejamos fiéis na administração daquilo que recebemos de Deus

Não podemos ”dar desculpa” que não damos conta, ou que, não somos capazes de administrar o pouco ou o muito que recebemos

“Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!” (Mateus 25,23).

Algumas pessoas têm capacidade para demonstrarem muitas coisas, outras têm dificuldade e demonstram menos. Existem aquelas, que têm capacidade de administrar poucas coisas ou uma coisa menor. Isso não quer dizer que, quem administra uma empresa é mais importante do que àquela que administra uma casa, e nem que aquele que administra o país, seja melhor do que quem administra uma horta em sua própria casa.
Não! É apenas para nos lembrar que: a quem muito se deu, muito tem que corresponder ao que recebeu. Quem pouco receber, precisa corresponder ao pouco que receber. O mais importante é que, cada um: corresponda, dê uma resposta, e não se deixe perder por ter recebido muito, pouco ou mais ou menos, mas que dê conta daquilo que recebeu.
Você pode ter recebido o menor talento de todos, entretanto, você pode torna-lo o maior talento do mundo, quando você administra, assume; quando você não tem uma postura de relaxado, preguiçoso, displicente, negligente, desatento, descuidado.
Quando, nós, não levamos a vida de qualquer jeito: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel na administração de tão pouco”. A cada dia e no “dia final”, é isso que os nossos ouvidos precisam ouvir de Deus. Sejamos fiéis na administração daquilo que recebemos de Deus.
Não façamos pouco caso, não cuidemos de qualquer jeito, não tratemos de qualquer forma a graça que nos foi confiada. Precisamos ter responsabilidade com aquilo que temos. O servo torna-se inútil ou mau, quando para de olhar e cuidar dos dons dele, e vai reparar nos do outro. O servo é mau quando para de cuidar da sua vida para cuidar da vida dos outros. quando estamos olhando a horta do vizinho e não estamos cuidando da nossa própria horta. Quando estamos olhando a horta do vizinho e não cuidamos da nossa, ela para de produzir frutos, ou seja, a nossa vida se perde.
Cada um produz os frutos, de acordo com aquilo que é capaz de produzir. O problema é que não podemos dar desculpa de que não damos conta, que não recebemos nada e, ainda, dar a desculpa de não sermos capazes de administrar o pouco ou o muito que recebemos.
Que possamos dar muitos frutos com os dons e os talentos que temos na vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/11/2017

Oração Final
Pai Santo, afasta de nós as tentações da preguiça, da acomodação e do desejo de reconhecimento pelo que já fizemos. Dá-nos força, Pai amado, para colocarmos os talentos que nos emprestaste a serviço dos irmãos de caminhada, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos discernimento para conhecermos os nossos limites. Que não os vejamos como barreiras intransponíveis que nos impedem de grandes realizações, mas que eles nos indiquem o nosso território de missão, que devemos ocupar integralmente para o bem de toda a tua Criação. Por Jesus, Teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/11/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai muito querido, dá-nos discernimento para conhecer os nossos limites. Que não os vejamos como cercas que nos impedem de grandes realizações, mas que eles nos indiquem o território que nos pertence e devemos ocupar integralmente. Ajuda-nos, amado Pai, a dominar nossa vontade e a trabalhar para o bem de toda a tua Criação. Por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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