31 de Agosto de 2013
Ano C

Mt 25,14-30
Comentário do Evangelho
O medo impede de ir além do dever.
A parábola dos talentos é a mais longa do evangelho de Mateus.
Ela insiste sobre o juízo do terceiro servo. Os dois primeiros não se limitaram
em executar ordens; tomaram a iniciativa de fazer frutificar os bens do seu
patrão. A questão-chave do comportamento do terceiro é o medo (v. 25; ver: Rm
8,15). É a escravidão e a mentalidade de escravo que são reprovadas pelo
patrão. O espírito servil faz com que a pessoa não faça nada além do seu dever.
O elogio dos dois primeiros servos e a repreensão
do terceiro indicam qual tipo de colaborador o Senhor deseja. É preciso fazer
valer o dom de Deus.
Vivendo a Palavra
É tempo oportuno de considerarmos os nossos
talentos. Será que nós os reconhecemos? Somos agradecidos por eles? Nós os
desenvolvemos e aperfeiçoamos, com estudo e aplicação? Nós os colocamos a
serviço da comunidade – ou nos utilizamos deles para nosso benefício pessoal?
Reflexão
Um dos maiores perigos que ameaçam a
verdadeira vivência da fé é o medo. Este medo faz com que não sejamos capazes
de produzir os frutos exigidos pelo Reino de Deus. Mas esse medo sempre aparece
com máscaras que nos enganam e uma das mas sutis que encontramos é aquela que é
confundida com a virtude da prudência. Perguntamos se é prudente fazer isso ou
aquilo e em nome da prudência justificamos o nosso medo. Nesta hora, devemos
nos recordar de Maria, a Virgem prudentíssima, que não julgou prudente
conversar com José antes de responder ao Anjo ou ficou esperando a vida inteira
pelo milagre de Caná.
Meditação
O que você considera
como seu maior talento?- Dedica-se a ele? - Coloca seus talentos a serviço do
bem comum? - Você procura colher onde está semeando? - Não corre o risco de
invejar talentos dos outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentários do Evangelho

31
de AGOSTO – SÁBADO
1 - Como foste fiel
na administração de tão pouco, vem participar da minha alegria!- Claretianos
2 - Qual é o seu
talento? - José Salviano
3 - O dom da vida -
Helena Serpa
4 - "LUCROS E PERDAS DA NOSSA FÉ" -Diac. José da Cruz
Liturgia comentada
E terá em abundância... (Mt 25, 14-30)
Mais uma vez, a Liturgia nos apresenta
a “parábola dos talentos”. Três servos que recebem, respectivamente, 250, 100 e
50 quilos de prata, que deveriam ser investidos com lucro. Os dois primeiros se
arriscam e lucram 100%. O terceiro servo, movido pelo temor, prefere enterrar o
seu talento e, por isso mesmo, será castigado.
Não sei bem se a intenção de Jesus, ao
contar esta parábola, se resumia a uma visão utilitarista (e mesmo
capitalista!), segundo a qual temos de “render conforme o investimento” de Deus
em nossas vidas. No fundo, acho pouco provável...
Em primeiro lugar, nada temos de nosso.
Tudo é dom. Somos eternos mendigos. Em segundo lugar, que talentos são esses?
Inteligência? Virtudes morais? Saúde? Força muscular? Recursos materiais? Ora,
tudo isso são ninharias diante do verdadeiro investimento de Deus em nossa
vida: Ele-mesmo!
Sim! Deus se entregou em nossas mãos.
Veio morar no meio de nós. Vestiu-se de nossa carne. E continua presente na
Eucaristia. Isto, sim, é investimento. Alimentados de seu Corpo e Sangue,
inauguramos, já aqui na terra, a vida que experimentaremos na eternidade.
Pode ser que isto cale mais fundo com a
meditação de meu soneto “Dependência”:
Nada tenho de meu. Eu não me iludo.
Ao ver frutificar o meu trabalho.
Sei que sou limitado e que sou falho:
É Deus quem age em mim, eu pouco ajudo.
Nada tenho de meu, mas tenho tudo,
Pois nas mãos do Senhor eu me agasalho.
Se me esforço demais, eu atrapalho
Por ocultar da Graça o conteúdo...
Nada tenho de meu, mas tudo tenho:
Meu Pai foi quem me deu saber e
engenho,
Transfigurando em luz o meu caminho.
Nada tenho de meu, mas vivo cheio,
Pois o Filho de Deus comigo veio
E, assim, jamais eu estarei sozinho...
Orai sem cessar: “O Senhor é minha
herança e minha parte...” (Sl 16, 5)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
O que estamos fazendo com os nossos dons e talentos?
Hoje, Deus está nos perguntando o que estamos fazendo com os
nossos dons e os nossos talentos. Estamos usando-os? Estamos fazendo o Reino de
Deus acontecer?
“Senhor,
tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei”. O patrão
lhe disse: “Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de
tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!” (Mt 25, 20-21)
Nós,
hoje, celebramos, na liturgia, os dons, os talentos que Deus confiou a cada um
dos Seus filhos.
Se
olharmos para nossa própria vida, vamos perceber que recebemos talentos e dons.
Eu não sei quantos talentos você tem, não sei quantos dons você é capaz de exercer,
mas nenhum de nós, por maior que sejam as incapacidades ou os limites que
possamos ter em nossa vida, não podemos dizer que não temos talento, porque
todos o tem. Alguns têm mais disposição, mais ânimo, mas a verdade é que alguns
tem mais talento.
Os
muitos ou poucos dons que recebemos de Deus temos de saber colocar à disposição
d’Ele, a serviço do próximo para o bem da humanidade.
Como
eu vejo pessoas simples trabalhando com amor, com dedicação para promover a
vida humana, para promover as outras pessoas! Que alegria, meu Deus do Céu!
Louvado
seja Deus por todos aqueles que, no mundo inteiro, estão multiplicando seus
talentos para o bem da humanidade, estão trabalhando para promover a justiça, a
paz, o bem da sociedade. Louvado seja Deus pelos líderes comunitários, pelos
líderes de pastorais, os quais, mesmo sem tempo, arrumam tempo para dedicar-se
à causa do Reino e para a causa do Evangelho.
Mesmo
com os filhos que têm para criar e tantas outras obrigações, essas pessoas
procuram multiplicar seu tempo, sua disposição e fazer o que podem em favor do
Reino de Deus.
Agora,
como chama a atenção o mundo no qual muitas pessoas enterram seus talentos,
simplesmente o escondem, não se colocam à disposição nem de Deus nem do
próximo, nem do bem comum ou das necessidades da pessoa ao seu lado.
Hoje,
Deus está nos perguntando o que estamos fazendo com os nossos dons e os nossos
talentos. Estamos usando-os? Estamos fazendo o Reino de Deus acontecer? Estamos
promovendo o bem social e a justiça?
No
meio de nós, ninguém pode se omitir na construção de um mundo melhor. Por mais
limites que qualquer ser humano tenha, ele pode fazer algo em favor de um mundo
melhor.
Que
o medo e a covardia não se apoderem do nosso coração.
Deus
abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Mt 25,14-30 - Colaboração ou omissão

Os empregados foram solicitados para tomar conta da propriedade.
Preparo-me, com meus irmãos e irmãs internautas, para a Leitura
Orante, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Jesus Mestre, creio com viva fé
que estais aqui presente, junto de mim,
para indicar-me o caminho que leva ao Pai.
Iluminai minha mente, movei meu coração,
para que esta meditação produza em mim frutos de vida.
(Bv. Tiago Alberione)
1.
Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 25,14-30, observo as
palavras de Jesus e o sentido da parábola que conta.
Jesus continuou:
- O Reino do Céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Ele chamou
os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. E lhes deu
dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu quinhentas moedas
de ouro; ao segundo deu duzentas; e ao terceiro deu cem. Então foi viajar. O
empregado que tinha recebido quinhentas moedas saiu logo, fez negócios com o
dinheiro e conseguiu outras quinhentas. Do mesmo modo, o que havia recebido
duzentas moedas conseguiu outras duzentas. Mas o que tinha recebido cem moedas
saiu, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do patrão.
- Depois de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com
eles. O empregado que havia recebido quinhentas moedas chegou e entregou mais
quinhentas, dizendo: "O senhor me deu quinhentas moedas. Veja! Aqui estão
mais quinhentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão.
"Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para
negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Então o empregado que havia recebido duzentas moedas chegou e disse:
"O senhor me deu duzentas moedas. Veja! Aqui estão mais duzentas que
consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você
foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar
com muito. Venha festejar comigo!"
- Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: "Eu
sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não
semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui
está o seu dinheiro."
- "Empregado mau e preguiçoso!", disse o patrão. "Você
sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia
ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com
juros."
- Depois virou-se para os outros empregados e disse: "Tirem dele o
dinheiro e deem ao que tem mil moedas. Porque aquele que tem muito
receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem
será tirado dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai
chorar e ranger os dentes de desespero."
Nesta parábola, Jesus fala
da colaboração das pessoas. O primeiro e o segundo empregados, definidos
pelo seu patrão como "servo bom e fiel", são cumpridores de sua
tarefa e considerados fiéis ou confiáveis.
O terceiro foi julgado como "mau e preguiçoso", pois não
fez render nada do que lhe foi confiado. Pelas suas palavras demonstrou que o
medo do risco o paralisou e a preguiça o tornou inerte, omisso. Jesus, nesta
parábola em que fala em termos econômicos, diz que é preciso investir,
criar rendimentos para o Reino. Estes investimentos e rendimentos podem ser
definidos como crescimento na fé, na ética, na justiça, na coerência com o ser
cristão, na vivência fraterna.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Também eu recebi talentos que Deus me confiou para "investir"
no Reino.
Como estou investindo?
Quais são os rendimentos?
Em Aparecida, o
bispos da América Latina, falaram muitas vezes e de diversas formas, deste
dever de "investir" na vivência da fé. Indicaram também o caminho
para o amadurecimento na fé. Recordamos um aspecto: "O amadurecimento no seguimento de
Cristo e a paixão por anunciá-lo requerem que a Igreja local se renove
constantemente em sua vida e ardor missionário. Só assim pode ser, para todos
os batizados, casa e escola de comunhão, de participação e solidariedade. Em
sua realidade social concreta, o discípulo tem a experiência do encontro com
Jesus Cristo vivo, amadurece sua vocação cristã, descobre a riqueza e a graça
de ser missionário e anuncia a palavra com alegria."(DAp 167).
3.Oração (Vida)
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a
oração a
Jesus Mestre Verdade, Caminho e Vida
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé.
Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola.
Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis
e das trevas eternas.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo
espero.
Jesus, caminho da santidade,
tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus caminho, tornai-me perfeito
como o Pai que está nos céus.
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante dos homens.
Jesus vida, fazei que minha presença contagie a todos com o vosso amor e
a vossa alegria.
(Bv. Tiago Alberione)
(Bv. Tiago Alberione)
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para verificar quais são os meus dons e como estou
"investindo" para o Reino de Deus.
Bênção
"O Senhor te abençoe e te guarde.
O Senhor faça brilhar sobre ti sua face, e se compadeça de ti.
O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz"
(Nm 6, 24-26).
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, afasta de nós as
tentações da preguiça, da acomodação e do desejo de reconhecimento pelo que já
fizemos. Dá-nos força, Pai amado, para colocarmos os talentos que nos
emprestaste a serviço dos irmãos de caminhada, seguindo o Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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