segunda-feira, 31 de agosto de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 31/08/2020

ANO A


Lc 4,16-30

Comentário do Evangelho

O filho de José

Jesus atribui a si a missão de anunciar a Boa-Nova aos pobres, descrita pelo profeta Isaías. Jesus é uma pessoa comum da comunidade, é "o filho de José". Não é valorizado pelos seus conterrâneos, que se enchem de fúria. O texto, na realidade, é uma advertência a todo Israel. Foram dois gentios que acreditaram no profeta Eliseu, e não os israelitas. Em vez de um messias glorioso, esperado pelos judeus, e muitas vezes por nós, Jesus é um homem simples e humilde entre nós, para nos comunicar a sua Vida Divina, na prática do amor.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me impeçam de seguir o caminho que traçaste para mim. Com Jesus, quero seguir sempre adiante!
Fonte: Paulinas em 03/09/2012

Comentário do Evangelho

Em Jesus, Deus cumpre sua promessa.

O discurso de Jesus na sinagoga de Nazaré, no início do seu ministério público, pode ser caracterizado como um discurso programático. Ao mesmo tempo, ele oferece critérios para, ao longo da narração evangélica, reconhecer Jesus como verdadeiro profeta, homem poderoso em gestos e palavras. De certa forma, esse episódio se encontra prefigurado no cântico de Simeão e no diálogo do ancião com Maria (Lc 2,29-35). Toda a cena de Nazaré está concentrada na interpretação que Jesus faz da leitura de um trecho do livro do profeta Isaías. O advérbio “hoje” indica que o tempo da promessa e da espera acabou; inaugura-se na história da humanidade, onde se manifesta a salvação de Deus, uma nova etapa: em Jesus, Deus cumpre sua promessa. Trata-se, então, do hoje da salvação. Os conterrâneos de Jesus passam da admiração à rejeição. A evocação dos fatos da vida de Elias e Eliseu estabelece um paralelo entre Nazaré e Israel. A incredulidade de Israel tem uma história longínqua. Nazaré é, para o nosso relato, protótipo da rejeição de Jesus por parte de Israel. Jesus é profeta não somente porque ele se sabe enviado, mas porque, como os profetas, é rejeitado.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me impeçam de seguir o caminho que traçaste para mim. Com Jesus, quero seguir sempre adiante!
Fonte: Paulinas em 01/09/2014

Vivendo a Palavra

O Reino de Deus é dos simples, dos puros de coração. Para possuí-lo, precisamos nos libertar da pretensiosa sabedoria dos homens, como descobriu Paulo em sua missão, e estarmos abertos para reconhecer a presença do Pai em suas criaturas, especialmente nas mais simples, como aconteceu naquele sábado na sinagoga de Nazaré.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/09/2012

VIVENDO A PALAVRA

O Reino de Deus é dos simples, dos puros de coração. Para possuí-lo, precisamos nos libertar da pretensiosa sabedoria dos homens, como descobriu Paulo em sua missão, e estarmos abertos para reconhecer a presença do Pai em suas criaturas, especialmente nas mais simples. Foi o que aconteceu naquele sábado na sinagoga de Nazaré.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/09/2018

VIVENDO A PALAVRa

Jesus Se declara Ungido para proclamar a Boa Notícia do Reino aos pobres, libertar presos e oprimidos, curar cegos e anunciar o Ano da Graça. E desde logo lembra a universalidade da mensagem, anunciada e prefigurada pelos profetas Elias e Eliseu – pois ambos estenderam os limites do Reino do Pai. A nossa tarefa de Igreja – continuadores da Missão de Jesus – é anunciar pelo testemunho de vida para toda a humanidade a chegada do Reino de Deus.

Reflexão

Jesus é o ungido do Pai que veio ate nós com a missão de evangelizar os pobres, ou seja, de tornar membro do Reino dos Céus todos os que colocam a sua esperança no Senhor. A sua vida terrena não foi outra coisa senão o pleno cumprimento dessa missão. Ele anunciou a liberdade dos filhos de Deus e a libertação dos cativos do pecado e da morte, curou os cegos, de modo que todos podem enxergar além do mero horizonte da realidade natural, lutou contra todo tipo de injustiça que é causa de opressão e anunciou a presença do Reino da graça e da verdade. Assim, Jesus também nos mostra o que é necessário para que a Igreja, o seu Corpo Místico, seja fiel à sua missão de continuadora da sua obra.
Fonte: CNBB em 03/09/2012 e 01/09/2014

Reflexão

Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem de Isaías 61, 1-2. É um retrato do Messias e de sua missão libertadora. Tudo decorria tranquilamente, até que Jesus surpreendeu a todos aplicando a si o que acabava de ler: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura”. Cochichos e comentários. Alguns ficaram “admirados” com suas palavras cheias de graça. Entretanto, Jesus sente que muitos concidadãos não o aceitam como Messias. Aproveita para valorizar a fé e a conversão de estrangeiros, os pagãos. Desperta a indignação de muitos da assembleia, que, levados por fúria descontrolada, tentam jogá-lo no precipício. Jesus escapa ileso. Sua missão está traçada: ele conquistará multidões de pobres e marginalizados para o Reino de Deus, porém será acompanhado pela inseparável sombra da perseguição.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 03/09/2018

Reflexão

Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem de Isaías 61,1-2. É um retrato do Messias e de sua missão libertadora. Tudo decorria tranquilamente, até que Jesus surpreendeu a todos aplicando a si o que acabava de ler: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura”. Houve cochichos e comentários. Alguns ficaram “admirados” com suas palavras cheias de graça. Entretanto, Jesus sente que muitos concidadãos não o aceitam como Messias. Aproveita para valorizar a fé e a conversão de estrangeiros, os pagãos. Desperta a indignação de muitos da assembleia, que, levados por fúria descontrolada, tentam jogá-lo no precipício. Jesus escapa ileso. Sua missão está traçada: ele conquistará multidões de pobres e marginalizados para o Reino de Deus, porém será acompanhado pela inseparável sombra da perseguição.
Oração
Ó Jesus de Nazaré, ingressas na vida pública como o Messias enviado pelo Pai, para libertar os pobres e marginalizados. Infelizmente, teus concidadãos não foram capazes de te acolher como o libertador anunciado por Isaías. Faze-nos participantes da tua obra de misericórdia em favor dos oprimidos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Jesus, como judeu praticante, frequentava o culto. Eu, como católico... - Jesus, por seu testemunho, causa admiração. Meu modo de agir o que causa em meu próximo, em especial em meus familiares? - Quando não se tem argumento, para que serve a agressão? - Vale a pena enfrentar agressão agredindo? - Não é melhor agir como Jesus: seguir nosso caminho?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – Santuário Nacional em 01/09/2014

Comentário do Evangelho

CUMPRE-SE A ESCRITURA

O texto de Isaías, lido por Jesus numa assembleia litúrgica na sinagoga de Nazaré, possibilitou-lhe explicitar o sentido de sua presença e de sua missão, na Terra. O profeta falava de um Ungido do Senhor, enviado com uma missão bem precisa junto aos marginalizados deste mundo. Por meio deles, os pobres ouviriam a Boa Nova da libertação, os angustiados seriam consolados, os presos anistiados, os cegos voltariam a enxergar e os oprimidos ver-se-iam livres da opressão. Estas categorias de pessoas são a síntese da humanidade sofredora, carente de misericórdia.
Ao anunciar que a profecia estava se cumprindo naquele momento, Jesus proclamava que, mediante o seu ministério, iniciava-se, para os pobres, aflitos, presos, cegos e oprimidos, o Reino da definitiva libertação. Sua missão consistia em ser a presença libertadora do Pai junto às vítimas do egoísmo humano. Doravante, descortinou-se para elas a possibilidade de reconquistar a dignidade de seres humanos, e de superar a situação a que estavam relegadas.
Efetivamente, ao longo de seu ministério, os pobres receberam de Jesus mostras de benevolência: sentiam-se acolhidos e amados por ele. Assim, a profecia tornava-se realidade, mas também deve continuar a ser realizada na vida dos discípulos de Jesus. Também estes, como o Mestre, devem ser, para os pobres, mediação da misericórdia divina.
Oração
Espírito de benevolência para com os pobres, que eu seja, a exemplo de Jesus, mediação da misericórdia divina para quem carece de libertação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total 01/09/2014

Meditando o evangelho

UM PROJETO DE VIDA

As profecias do Antigo Testamento ajudaram Jesus a compreender sua identidade e missão. Um texto do profeta Isaías foi-lhe extremamente útil. Nesse texto encontramos o monólogo de alguém que voltara do exílio babilônico e expressava a consciência de sua missão: reorganizar o povo, após sua total destruição por mãos de Nabucodonosor. Isaías tinha consciência de ser um profeta, nos moldes do Servo de Javé, cuja missão era a de infundir ânimo e esperança no povo, descortinando-lhe horizontes, e trazendo-lhe libertação.
Foi essa a trilha que Jesus seguiu. O evento de seu batismo constituiu-se numa verdadeira consagração por parte do Pai para a missão que estava prestes a ser iniciada. Os destinatários preferenciais de sua ação missionária foram os pobres, os humilhados e injustiçados, toda sorte de prisioneiros e oprimidos, as vítimas da cegueira física e espiritual. Sua ação, por ser ele o Filho de Deus, era portadora de alegria semelhante à do ano jubilar, quando todas as dívidas e servidões eram abolidas e as pessoas tinham, novamente, sua dignidade reconhecida. O texto profético era um resumo perfeito do projeto de vida de Jesus.
Não possuímos informações a respeito do que se passou com o profeta vétero-testamentário. Com Jesus, sim. A história confirmou que nele se cumpriu plenamente o que o antigo profeta havia falado de si mesmo.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Senhor Jesus, que o meu projeto de vida corresponda ao teu, e que eu tenha sempre mais a consciência de ser portador de uma missão recebida do Pai.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A PALAVRA ENCARNADA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Ao visitar Nazaré, cidade onde havia se criado, Jesus foi participar de uma celebração na sua comunidade, onde sempre fazia uma leitura e depois ajudava o povo a refletir, como fazem hoje nossos ministros leigos, que celebram a Palavra.
Podemos até imaginar a alegria do chefe da sinagoga quando viu Jesus chegar, ele era muito querido na comunidade, não só por ser uma pessoa simples, mas porque falava muito bem e demonstrava uma sabedoria superior aos sacerdotes, escribas e fariseus, sua catequese era bem prática e logo cativava. Por isso, ao vê-lo entrar na comunidade, o chefe da sinagoga foi logo pedindo para que ele fizesse uma leitura, porque parece que, como acontece em nossas comunidades, naquele dia o leitor escalado não apareceu. Jesus escolheu o livro do profeta Isaias que era o seu preferido, porque já o havia lido várias vezes e tinha a nítida impressão de que o texto falava dele.
Conforme Lucas que escreveu este evangelho de maneira ordenada e após muito estudo, por este tempo Jesus estava iniciando o seu ministério, já havia sido batizado e enfrentara com muita coragem o diabo, que no deserto tentou desviá-lo da sua missão.
A verdade é que Jesus tinha uma grande vontade de sair pelo mundo, ajudando as pessoas e falando de uma coisa que sentia em seu coração, foi com certeza por isso que naquele dia voltou à comunidade, e quando já no Ambão, começou a ler o profeta Isaias, na passagem onde diz “O Espírito do senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para levar a Boa notícia aos pobres, anunciar a libertação aos cativos e aos cegos e anunciar um ano de graças do Senhor”, seu coração começou a bater mais forte, percebeu que Deus não apenas falava para ele, mas falava dele, da sua vida, da sua história e da sua missão. Ele já havia sentido muito forte a presença desse Espírito de Deus no dia do seu batismo, e no confronto com o diabo no deserto, sentiu toda a força que o espírito lhe dava.
Nessa celebração as coisas ficaram muitas claras para ele: a libertação com que tanto sonhava junto com seu povo, ia muito além de uma libertação política, a palavra tinha a força de libertar o homem também e principalmente do mal que havia no coração, e que impedia de amar a Deus e aos irmãos. A opressão e a escravidão do seu povo era consequência de todo esse mal que havia dentro de cada homem, não só dos opressores. Precisava dizer isso aos pobres, aos cegos e oprimidos, que um tempo novo estava começando, com essa verdade que o Pai revelara através do profeta.
Todos olhavam fixamente para ele à espera da homilia, o mesmo espírito que o havia ungido acabara de transformá-lo na palavra Viva de Deus e por isso, sentando-se como faziam os grandes Mestres, disse: “Hoje se cumpriu essa passagem que acabastes de ouvir”.
Também nós cristãos frequentamos a celebração da palavra em nossas comunidades onde as leituras, mais do que falar para nós falam de nós, pois a história de Jesus é a nossa história, também nós recebemos a graça de Deus em nosso batismo, também nós recebemos a unção do Espírito Santo, não para termos ataques de histeria e entrarmos em transe, mas para termos a mesma coragem de Jesus para cumprir a nossa missão, anunciar a boa notícia aos pobres, oferecer a palavra libertadora a quem está cego e cativo, e falar de um tempo novo onde Deus manifesta todo o seu amor ao homem que o busca.
Para que haja essa interação entre nós e a palavra, é necessário que nossas celebrações sejam bem participadas e preparadas, de maneira bem organizada pensando em todos os detalhes e aí podemos apreender com o escriba Esdras que na primeira leitura nos oferece um ótimo roteiro para celebração da palavra de Deus, onde a assembleia, tocada pela palavra, corresponde com gestos que manifestam o que está no coração, diferente da liturgia do “oba-oba”, muito usada para se atrair multidões, e que às vezes, com tantos gestos e movimentos, acaba ficando vazia justamente por não ser uma manifestação espontânea do que se tem no coração tocado pela palavra de Deus.
Fonte: NPD Brasil em 03/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Não subestimemos a capacidade das pessoas que são próximas a nós

Postado por: homilia
setembro 3rd, 2012

É surpreendente que o texto comece com a leitura profética sem sequer mencionar a leitura da Lei, que era o elemento mais importante do ofício. De fato, a leitura profética era concebida como uma explicitação ou uma ilustração da Lei. Os versículos 16 e 17 contam os preparativos para a leitura profética, que Jesus tomou a iniciativa de fazer. Qualquer homem judeu podia fazê-la, assim como a homilia, contanto que fosse instruído e gozasse de boa reputação.
Os versículos 18 e 19 citam a passagem do livro de Isaias que Jesus leu. De fato, Lucas associa Is 61,1-2 e Is 58,6, segundo uma prática que era então corrente. Cita Is 61,1 e a primeira frase do v. 23. Omite, sem razão aparente, a frase para curar os corações desanimados de Is 61,1, substituindo-a com a frase para pôr em liberdade os oprimidos, tirada de Is 58,63. O v. 20 menciona com precisão os gestos de Jesus e assinala a reação de curiosidade e de expectativa de parte da assembleia.
No v. 21, Jesus toma a palavra para comentar a leitura. O v. 22 assinala uma primeira reação da assembleia. Ficam todos admirados com as palavras de Jesus. Elas ultrapassam tudo o que podiam esperar da boca de um conterrâneo que julgavam conhecer muito bem. Nos versículos 23 a 27, Jesus responde à surpresa e à admiração dos seus ouvintes. Adiantando-se-lhes, começa por formular Ele próprio o desafio que eles deviam ter na ponta da língua: “faz na tua terra o que ouvimos dizer que tens feito em Cafarnaum”. Jesus responde ao desafio, primeiro, declarando que nenhum profeta é bem recebido na sua terra; depois, ilustrando a Sua declaração com os exemplos de Elias e Eliseu.
Os versículos 28 e 29 demonstram uma segunda reação da assembleia totalmente diferente da primeira. Todos os ouvintes se enfurecem contra Jesus, expulsam-No da cidade e tentam assassiná-Lo. O v. 30 conclui o relato com a reação de Jesus: imperturbável e sem um ferimento, Cristo segue o Seu caminho.
Jesus sabia que era o Filho de Deus e se apresentou aos homens que estavam na sinagoga como sendo o cumprimento daquela promessa que estava na leitura de Isaías, a qual Ele tinha proclamado. Enquanto alguns O ouviam, maravilhados, outros desconfiavam dizendo:“Não é este o filho de José?” E, por isso, Jesus disse que um profeta não é bem aceito na sua terra.
Esta cena também pode acontecer conosco. Pense naquelas pessoas que conviveram com você desde criança, que lhe viram crescer, sabem de onde você veio, por onde passou, com quem aprendeu tudo o que sabe, e conseguem identificar até de onde você tirou cada ideia. Para elas você continuará sempre criança. Mesmo que faça prodígios e milagres. Pense nos seus amigos de colégio, da universidade, do trabalho, da internet, do seu movimento, da Igreja, da nova cidade onde você foi morar… Enfim, das pessoas com quem você se relacionou quando já estava com algumas idéias formadas.
Essas pessoas não lhe conhecem, não sabem de onde vieram as suas influências. E o mais importante de tudo: acreditam que você tem algo a adicionar ao que elas têm ou ao que elas são.
O mais surpreendente: se você acompanhou o crescimento de alguém mais novo que você, desde criança, observe como você considera previsíveis as atitudes e as palavras dessa pessoa. E, sem saber, acaba colocando uma barreira que dificulta que algo venha dela para você. Foi assim que Jesus se sentiu em Nazaré. É assim que a maioria dos profissionais se sente em casa, principalmente quando a resolução de um problema – doméstico ou familiar – exige que as pessoas confiem na capacidade dele. Daí que surgiu o ditado: “Em casa de ferreiro, o espeto é de pau”.
Se Jesus nascesse nos dias de hoje, e fosse um desses garotos que brincam na sua rua, que você praticamente viu nascer e está acompanhando o crescimento dele e daqui há uns 20 anos ele voltasse adulto, qual seria a sua reação? “Esse garoto? Filho de “seu” Zé, o marceneiro? Que brincava com os meninos na rua? Só se for pra rir! Impossível! Nunca que ele teria essa capacidade! Eu vi onde ele estudou, as travessuras que aprontou, conheço os pais dele”. E Ele iria dizer: “De fato, um profeta não é bem recebido em sua terra. Então os prodígios não acontecerão aqui, mas nos lugares onde as pessoas acreditem em mim”.
A lição prática do Evangelho de hoje é: não subestimemos a capacidade das pessoas que são próximas a nós. Muitas vezes, elas realizam “prodígios” para os outros, mas não conseguem fazer nada em casa por não terem abertura. Daí o ditado: “Santo de casa não faz milagres”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 03/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos profetas em nossa própria casa

Procuremos ser bons profetas dentro da nossa casa, pois, mesmo que não sejamos acolhidos, ninguém pode nos impedir de amar

Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lucas 4,24).

O Evangelho de hoje mostra Jesus voltando para Nazaré, a cidade que Ele cresceu e viveu. Não vou dizer que era a cidade natal d’Ele, porque Ele nasceu em Belém, mas toda Sua vida foi desenvolvida em Nazaré. Ele estava vivendo em Cafarnaum e todos conheciam seus milagres e bênçãos. Tudo aquilo que Ele realizava foi questionado: “Por que não realiza agora o bem e tudo aquilo que realizas em Cafarnaum?”. A partir disso, veio o famoso e conhecido provérbio que diz que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. Quando Jesus disse isso, Ele não estava afirmando que tem de ser assim, porém, na prática tem sido assim. A Palavra de Deus precisa mudar aquilo que os homens estabeleceram como prática de vida.
Precisamos ser profetas em nossa pátria, em nossa casa, na nossa família e no meio de nós. A prática tem sido mal vivida e, muitas vezes, temos sido bons para os de fora, para os de longe, para os que estão distantes, mas não somos profetas em nossa casa. Precisamos ser profetas com a vida. O profeta testemunha com a vida aquilo que ele acredita, por isso, na casa, na família, no trabalho, onde ele está, precisa profetizar com a vida, dando bons exemplos e boas práticas.
Muitas vezes, conseguimos ter paciência com todo mundo lá fora, então, sejamos profetas da paciência em nossa casa e no meio dos nossos. Pode ser que, na nossa casa, não consigamos pregar a Palavra de Deus com maestria, mas preguemos com a vida.
Recordo-me, agora, de São Antônio de Pádua: “Cessem as palavras e falem as obras”. Se não podemos dar muitas palavras para mudar as nossas responsabilidades de casas e famílias, jamais podemos deixar de testemunhar em nossa casa, a vivência evangélica e o Evangelho que acreditamos e queremos viver. Por isso, é importante ser profeta em nossa casa.
Profeta não é aquele que vive pregando em casa, porque, às vezes, o excesso de pregar e falar leva os nossos a esmorecerem, desanimarem ou criarem repulsa pela fé que nós temos. Muitas vezes, é contraditório o que falamos com aquilo que fazemos. É preciso procurar criar a boa empatia no meio dos nossos.
A boa empatia acontece quando nós testemunhamos, por isso é preciso tomar cuidado com o azedume e a amargura que criamos no meio de nós por causa das diferenças no modo de crer e de ver o mundo.
Procuremos ser bons profetas dentro da nossa casa, pois mesmo que não sejamos acolhidos, ninguém pode nos impedir de amar uns aos outros. Isso tem que começar dentro do nosso lar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 03/09/2018

Oração Final
Pai Santo, envia-nos o teu Espírito para que, com pureza e simplicidade de coração, nós saibamos descobrir já nesta terra encantada os sinais do teu Reino de Amor e o anunciemos aos companheiros de jornada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/09/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia-nos o teu Espírito para que, com pureza d’alma e simplicidade de coração, nós saibamos descobrir já nesta terra encantada os sinais (Sacramentos) do teu Reino de Amor e O anunciemos aos companheiros de jornada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/09/2018

oRAÇÃO FINAl
Pai, que és pleno de misericórdia, envia-nos o Espírito para que possamos seguir a Jesus de Nazaré, anunciando a Boa Notícia da presença do Reino de Amor em todos os filhos desta humanidade (embora ainda esperando ser conquistado). Dá-nos força, querido Pai, para que a proclamação se faça também por palavras inspiradas, mas, sobretudo, pelo testemunho de uma vida consumida na busca da Justiça e da fraternidade entre os homens. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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