sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/02/2020

ANO A


Mc 4,35-41

Comentário do Evangelho

Confiança e fidelidade à Palavra de Deus

Depois de uma série de ensinamentos em parábolas (Mc 4,1-34), Jesus faz com os seus discípulos uma nova travessia “para a outra margem”, trajeto que parece habitual para eles. Se não todos, a maioria dos seus discípulos conhecia muito bem o mar da Galileia, habituados a ter esse lugar como local de trabalho. Situado a 210 metros abaixo do nível do mar, o fenômeno de ventos que agitam as águas e provocam como que ondas, é conhecido. A força dos ventos, a agitação das águas que invadem o barco, o desespero e o medo dos discípulos contrastam com a tranquilidade de Jesus, que dorme. Ao ser acordado pelos discípulos, põe-se em pé e, com a palavra determinada, a mesma dirigida aos demônios (cf. Mc 1,25), domina a fúria do vento e do mar. No Antigo Testamento, é Deus quem acalma a fúria das ondas e conduz os seus ao porto seguro (cf. Sl 107,29). O texto é a ocasião para proclamar a divindade e a vitória de Cristo sobre o mal. Para o discípulo, o texto é um apelo à confiança, a não se deixar dominar pelo medo. No tempo da angústia e da aflição, é a fé no Senhor que permanece conosco e deve nos dominar e conduzir (cf. Sl 107,25-30).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me uma fé profunda que permita manter-me sereno em meio às tribulações desta vida, certo de que está comigo o Senhor.
Fonte: Paulinas em 01/02/2014

Vivendo a Palavra

Tanto naquela barca, com os Apóstolos, quanto na nossa caminhada por este mundo encantado, o Cristo está presente. Até o fim dos tempos, Ele está conosco! Portanto, há razão para não termos medo das ondas do mar da vida, por mais revoltas e tormentosas que elas estejam. Este deve ser o nosso testemunho.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

Tanto naquela barca, com os Apóstolos, quanto na nossa travessia por este mundo encantado, o Cristo está sempre presente. Até o fim dos tempos, Ele está conosco! Portanto, não há razão para ter medo das ondas do mar da vida, por mais revoltas e tormentosas que elas pareçam. Este é o testemunho de fé que devemos dar como Igreja.

Reflexão

Existem muitas coisas na nossa existência que nos deixam com medo, desde coisas simples, como o medo de insetos inofensivos, até coisas verdadeiramente terríveis, que podem em questão de segundos aniquilar a nossa vida, como é o caso de terremotos ou guerras nucleares. Além disso, temos os nossos fantasmas que criamos e que nos metem medo, como por exemplo o medo de escuro ou de almas do outro mundo. Mas existem pessoas que possuem também um medo muito grande do próprio Deus, e isso acontece porque não foram capazes de descobri-lo como amor e de buscarem um relacionamento amoroso com ele, fazendo do próprio Deus um fantasma a mais nas suas próprias vidas.
Fonte: CNBB em 01/02/2014

Reflexão

A travessia “para a outra margem do lago” indica evangelizar em território não judeu. Desafio tanto para Jesus como para os discípulos: que obstáculos encontrariam em terras pagãs, eles que já eram perseguidos em território judeu? A agitação das águas simboliza as ideias fixas dos discípulos: eles continuavam apegados a seu nacionalismo, acreditando que os judeus eram uma raça superior aos outros povos. Convencidos desse modo de pensar, os discípulos censuram Jesus, que dorme e não os apoia. Jesus acalma a tempestade. Faz cessar as pretensões judaicas. Dessa vez é Jesus quem repreende os discípulos: “Por que vocês são medrosos? Ainda não têm fé?”. Jesus, que fora perseguido pelas autoridades dos judeus e por seus próprios familiares, agora enfrenta o medo dos discípulos. O nosso medo.
Oração
Ó Jesus Mestre, os discípulos se assustam com as impetuosas ondas que se lançam para dentro da barca. São as tribulações do caminho, nossas dúvidas, medos, indecisões. Vem em nosso socorro, Senhor, e alimenta-nos com a tua Palavra e com a Eucaristia, para superarmos os obstáculos da caminhada. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Os discípulos estão com medo, pois a fé deles ainda é pequena. O medo é um grande empecilho para a fé. Deveríamos perguntar-nos: - Quais são meus medos? - O que me impede de anunciar o Evangelho em meu ambiente de vida? - O mar do Reino espera que eu navegue por ele com firmeza e segurança. Consigo? Como?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 01/02/2014

Meditando o evangelho

A NECESSIDADE DA FÉ

Pouco a pouco, os discípulos foram firmando sua fé em Jesus. Nele depositavam plena confiança. Seu Mestre era veraz no que falava e fazia; não era um impostor. Seu modo de falar do Reino de Deus revelava sua superioridade em relação a todos os demais mestres, pois pregava com autoridade. Seu jeito de falar de Deus revelava que ele estava tão próximo de Deus, como jamais alguém estivera. Os discípulos consideravam-no o Messias esperado.
Entretanto, os momentos de provação e dificuldade é que testam a solidez da fé. Nem sempre os discípulos foram capazes de superar as perseguições, sem negar sua fé no Senhor. Quando sobrevinham tempestades, fraquejavam.
Então era preciso ter cautela para evitar precipitações. A presença de Jesus junto aos seus discípulos em dificuldade estava sempre garantida. Mesmo quando parecia não ter mais jeito, a não ser morrer, lá estava ele, numa forma de presença discreta, mas atenta e ativa, para socorrer a comunidade em apuros, e salvá-la.
A salvação dependia disto: reconhecer a presença do Senhor e recorrer à sua ajuda. De fato, ele estava mais próximo do que os discípulos podiam imaginar. Donde a necessidade premente da fé.
O Senhor protege a comunidade das investidas do mal. Os discípulos, por estarem em suas mãos, não têm por que temer seus adversários.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de confiança inabalável, dá-me firmeza necessária para confessar minha fé no Senhor Jesus, em meios às tempestades desse mundo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Na Hora das tempestades uma surpresa: não estamos sozinhos...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Na minha infância, nunca tive um quarto só para mim e dormia no quarto dos meus pais, minhas irmãs tinham um quarto para elas, meu irmão já saudoso, dormia na sala, e eu o Caçula Felizardo dormia no quarto dos pais. Confesso que tinha medo de escuro e depois que todas as luzes de apagavam me vinha um grande temor mas o pensamento de que meus pais estavam ali ao meu lado, ainda que estivessem dormindo, me dava uma grande tranquilidade.
Os discípulos não tiveram essa tranquilidade, Jesus estava ali, porém dormia, mas sua presença deveria ser suficiente para que os discípulos não entrassem em pânico. Aqui é bom recordar que o evangelho retrata a experiência de uma comunidade, um modo de dizer como é que eles viviam a Fé no Ressuscitado. Não se trata de uma reportagem sensacionalista de um dia de pânico para um grupo de pescadores... Primeiro, porque eles não tinham medo de tempestade, pois estavam acostumados àquela vida, segundo, muito estranho que Jesus consiga recostar a cabeça em um travesseiro e dormir tranquilamente em um barquinho que não era nenhum Transatlântico, em meio a um temporal e ventania....
O ápice do relato do evangelho está no final, quando os discípulos cheios de medo e admiração diziam entre eles "Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem". Que vento e que mar se refere o texto? Exatamente as contrariedades, os aborrecimentos, os desencontros e incompreensões, as perseguições, enfim., tudo quanto parece querer afundar o tênue barquinho da nossa Igreja, a Força de Jesus nela presente, impõe seu domínio sobre os ventos contrários.
Não devemos querer fazer da nossa Igreja um poderoso Titanic, ela sempre será um frágil barquinho, castigada de todos os lados pelo vento implacável das contrariedades, é este o método de Deus, a vitória vem sempre de "virada", o nosso barquinho superará todos os Titanics que velejam no mar dessa Vida, só ele e quem nele estiver, irá cruzar a linha de chegada ancorando no Porto Seguro da Vida Eterna, aonde, pela vontade Divina, todo ser humano deverá chegar...

2. Jesus dormia no barco - Mc 4,35-41
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus e os discípulos atravessam o lago de Genesaré. Entram nos barcos e passam para a outra margem, no território dos pagãos gerasenos. Os discípulos levam Jesus “do jeito como ele estava”. Observação interessante, que indica a simplicidade de Jesus e sua semelhança com as pessoas que o acompanham. Não sei como Jesus estava, mas é certo que não providenciaram nada de especial ou extraordinário para ele. Houve, então, uma tempestade. Jesus estava na popa do barco, “dormindo sobre um travesseiro”. Não só é simples e semelhante a nós em tudo, mas demonstra ser verdadeiro homem. Tem sono e dorme sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram com uma pergunta nervosa: “Não te importas que estejamos perecendo?”. Num gesto repentino e rápido, Jesus se mostra o Senhor da história. Fala com o vento e com o mar e manda que se calem. E fez-se grande calmaria. Jesus responde à pergunta dos discípulos com outra pergunta: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”.

HOMÍLIA DIÁRIA

Só Deus pode perdoar os nossos pecados!

Deus não tem dificuldade nenhuma em perdoar nossos pecados, por maiores que eles sejam; o grande problema é nós reconhecermos o pecado que cometemos.

”Davi disse a Natã: ‘Pequei contra o Senhor’. Natã respondeu-lhe: ‘De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás!”’ (2 Samuel 12,13).

Nós continuamos meditando hoje as consequências do pecado de Davi para a sua própria vida, e o mais duro: a coisa mais perniciosa que o pecado lança para dentro de nós é a maldita da hipocrisia. A hipocrisia é a incapacidade de reconhecermos o nosso mal, o nosso erro, o nosso pecado e, termos a capacidade de enxergar o mal e pecado dos outros.
É por isso que Natã se apresenta, hoje,  a Davi, conta-lhe uma parábola de um homem injusto, que não querendo abrir mão de nenhuma de suas ovelhas para banquetear a quem estava indo à sua casa, vai pegar a ovelha de um pobrezinho para poder fazer o seu banquete. Davi fica indignado com a atitude desse homem, desejando a morte a esse homem e que pague quatro vezes mais pelo crime que cometera. Natã respira fundo, olha nos olhos de Davi e diz: ”Esse homem és tu, Davi!”.
Davi agora entende e ”cai por terra as suas escamas”, entende que o seu pecado, o seu erro, pode estar encoberto para as pessoas, mas diante de Deus está a sua falha; está dentro da sua consciência.
Não esconda os seus pecados, reconheça-os! O problema não é o tamanho do pecado, pequeno ou grande, o problema é a maneira hipócrita como nós, muitas vezes, nos escondemos debaixo dos nossos pecados.
Nós nos tornamos, muitas vezes, rigorosos e rígidos com o erro dos outros, como se nós não tivéssemos pecados debaixo do tapete! Davi foi tomado pela nobre virtude do arrependimento, a contrição bateu forte no coração dele, prostrou-se com a face por terra, em lágrimas e em jejum, e pediu a Deus perdão pelos seus pecados. Ele reconheceu que errou.  (cf. II Samuel 12, 16-17).
Sabem, meus irmãos, Deus não tem dificuldade nenhuma em perdoar nossos pecados, por maiores que sejam eles; o grande problema é nós conseguirmos reconhecer o pecado que cometemos, porque é uma tendência nossa enganarmos a nós mesmos, acharmos que enganamos os outros, sobretudo a Deus.
A Igreja não o acusa e ninguém o acusa, muito menos Deus o acusa, não acuse a mim nem acusa você! Mas eu e você precisamos ter a virtude da humildade, da verdadeira contrição de reconhecer quando falhamos, dar pecado ao nome de pecado, dar ao erro o nome de erro, dar à fraqueza o nome de fraqueza e não nos escondermos embaixo de desculpas, porque, senão, o pecado cresce em nós. E pior do que o pecado é a hipocrisia, é nos acostumarmos ao mal como se ele fosse um bem: “Ninguém viu, ninguém reparou, fica por isso mesmo”.
Que Deus nos dê a consciência dos nossos limites e dos nossos pecados e nos perdoe, para que possamos nos arrepender a cada dia de nossas falhas.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/02/2014

Oração Final
Pai Santo, faze-nos uma comunidade de fé, confiante no teu poder, mas, acima de tudo, na tua Misericórdia. Que testemunhemos ao mundo a certeza de que já estamos contigo, embora ainda não em plenitude, no teu Reino de Amor, unidos ao Cristo Jesus, tu Filho que se fez nosso Irmão e ao Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos uma comunidade de Esperança, conscientes do teu Poder, mas, sobretudo confiantes na tua Misericórdia. Que testemunhemos ao mundo a certeza de que já estamos contigo (embora ainda não em plenitude) no Reino de Amor, unidos ao Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e ao Espírito Santo.

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