segunda-feira, 28 de outubro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 28/10/2019

ANO C


Lc 6,12-19

Comentário do Evangelho

A escolha dos Doze é precedida de uma longa oração sobre a montanha.

Trata-se de uma segunda etapa no chamado dos doze apóstolos. O primeiro relato do chamado foi junto ao mar da Galileia (5,1-11). Que sejam “doze” (v. 13), significa que eles representam todo o Israel, as doze tribos (ver: Lc 22,28-30). Não se fala ainda de sua missão, o que será questão somente em 9,1-12. Há, como se pode notar, dois grupos doravante: o grupo maior dos discípulos e o grupo dos Doze (cf. v. 13). O auditório amplo, aí presentes judeus, pagãos e enfermos, já sinaliza para a universalidade da missão da Igreja.
A escolha dos Doze é precedida de uma longa oração de Jesus sobre a montanha. A montanha é o lugar do conhecimento de Deus, lugar de sua revelação; o monte é o lugar onde é dado ao ser humano conhecer os desígnios salvíficos de Deus. É na oração que é concebida a escolha dos Doze. Dizer isso não significa que a oração nos exime de equívocos. Ao nome de Judas é acrescentada a observação de que ele se tornou o traidor. O ser humano é livre e, muitas vezes, submetido a muitos condicionamentos. Isso pode fazer com que ele não persevere no caminho que, inicialmente, aceitou trilhar.
Ao tocar Jesus, as pessoas se sentiam tocadas pela força que saía dele e curava a todos. É a força do Espírito Santo da qual ele foi revestido e que move toda a sua existência terrestre.
Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, transforma-me em apóstolo de teu Filho Jesus para que, movido pelo Espírito, eu possa ser sinal da presença dele neste mundo tão carente de salvação.
Fonte: Paulinas em 28/10/2013

Vivendo a Palavra

Aos nomes de Simão e Judas – de quem hoje celebramos a memória – o Senhor acrescenta o nosso próprio nome, pois Ele quer que também nós sejamos discípulos evangelizadores, apóstolos do século 21, fontes de esperança e alegria para os irmãos, que a sociedade consumista tenta seduzir.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/10/2013

VIVENDO A PALAVRA

A mostarda e o fermento faziam parte da rotina da vida daquele povo simples, feito de agricultores e donas-de-casa. Usando esses elementos em sua parábola, o Mestre quer mostrar que o Reino do Céu que anuncia não é estranho a este mundo, mas faz parte dele. Assim, tenhamos o cuidado de anunciar o Reino de Deus aos irmãos com menos palavras e mais testemunho.

Reflexão

Jesus não quis realizar sozinho a obra do Reino, mas chamou apóstolos e discípulos para serem seus colaboradores. Nós, ao contrário, muitas vezes queremos fazer tudo sozinhos e afirmamos que os outros mais atrapalham que ajudam. Com isso, negamos a principal característica da obra evangelizadora que é a sua dimensão comunitário-participativa, além de nos fazermos auto-suficientes, perfeccionistas e maquiavélicos, pois em nome do resultado do trabalho evangelizador, excluímos os próprios evangelizadores, fazendo com que os fins justifiquem os meios e vivendo a mentalidade do mundo moderno da política de resultados, isto porque muitas vezes não somos evangelizadores, mas adoradores de nós mesmos.
Fonte: CNBB em 28/10/2013

Reflexão

Simão é denominado “zelota”, talvez por pertencer, antes de ser apóstolo, ao partido dos zelotas, famosos por sua forte oposição aos ocupantes romanos. Nas listas dos Apóstolos, Simão, conhecido também como “o cananeu”, aparece sempre ao lado de Judas Tadeu. Sobre sua vida posterior nada se sabe. Quanto a Judas, não o Iscariotes, foi-lhe atribuída a paternidade de uma das Cartas chamadas “católicas”, isto é, endereçadas não a uma só pessoa ou a uma comunidade determinada, mas a grande número de destinatários. Essa Carta contendo apenas 25 versículos previne os fiéis contra os falsos mestres e convida todos a perseverar na fé autêntica. Não obstante a escassez de dados seguros sobre sua missão, São Judas conta hoje com uma multidão de devotos que acorrem aos santuários erigidos em sua honra.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Jesus reza ao Pai e escolhe seus 12 apóstolos. Nós rezamos. Mas muitas vezes falhamos em nossas decisões, decepcionamos a nós e aos outros. Isso acontece às vezes comigo? - Quando tenho que tomar decisões busco o conselho de Deus ou só o dos homens? - Que tipo de pessoas Jesus escolheu como primeiros discípulos? - Os corações mais simples têm mais espaço para acolher Jesus? - Meu caminhar deixa sinais da presença de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 28/10/2013

Meditando o evangelho

APÓSTOLOS – DISCÍPULOS – MULTIDÃO

O Evangelho distingue com precisão três níveis no círculo dos que acompanhavam Jesus. O primeiro e mais próximo era o grupo formado pelos doze apóstolos, um punhado de discípulos escolhidos por Jesus, após ter passado uma noite inteira em oração a Deus. A palavra apóstolo vem do vocábulo grego e significa enviado. Tratava-se de um termo de caráter jurídico bastante comum no judaísmo da época. O apóstolo era o representante plenipotenciário de quem o enviava. No caso de Jesus, ele conferia a seus enviados plenos poderes para representá-lo. Daí a importância de escolhê-los com muito discernimento. O sucesso de sua obra dependia do bom desempenho deste grupo seleto.
Os discípulos formavam um círculo mais amplo, composto por todos quantos aderiram a Jesus e se esforçavam por conformar suas vidas com os seus ensinamentos. Os discípulos do Senhor distinguiam-se dos discípulos dos rabinos. Supunha-se haver entre eles e o Mestre uma profunda comunhão de vida. Eram instruídos pela contemplação do comportamento do Mestre, que ensinava com seu exemplo. Casuísmos e teorias não tinham sentido na escola de Jesus.A multidão era o círculo dos curiosos que esperavam ser beneficiados pelo Mestre, sem, contudo, a intenção de se comprometerem mais profundamente com ele. É desta multidão que surgirão novos discípulos que livremente irão optar por seguir o Senhor.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, transforma-me em apóstolo de teu Filho Jesus para que, movido pelo Espírito, eu possa ser sinal da presença dele neste mundo tão carente de salvação.

Liturgia comentada

E escolheu doze... (Lc 6, 12-19)
Ao escolher o primeiro grupo dos Doze, Jesus Cristo tem em mente o germe de sua Igreja: aquele “corpo” que dará continuidade à sua própria missão, levando a Boa Nova a todas as nações. Mas não o faz por um impulso pessoal: a noite passada em vigília de oração manifesta que Jesus consulta o Pai e em tudo busca o cumprimento de sua vontade.
Heterogêneo, este seu grupo! Alguns têm nome hebraico (Shimon, Levi, Yaakov), outros trazem o nome grego (André, Filipe, Bartolomeu). Um prévio sinal da universalidade da Igreja. Diversas são as profissões: quatro pescadores, um cobrador de impostos, dois guerrilheiros. Por que foram escolhidos? Por que foram preteridos os sábios de Atenas e os generais de Roma? Segredo de Deus...
Uma vez chamados, deixam tudo com notável prontidão. O telônio de Mateus/Levi abandonado na praça. A barca de Pedro esquecida na areia. Famílias, sonhos, projetos – tudo considerado como perda (cf. Fl 3, 7) por causa de Cristo.
São Doze como eram doze as tribos de Israel. Se a Igreja de Cristo é o novo Israel, deviam ser Doze os Apóstolos. E desde o início a Igreja de Jesus se configura como uma Igreja Apostólica. Dois mil anos depois, ainda somos os continuadores da obra dos Doze. Cada bispo de nossa Igreja foi sagrado por um outro bispo anterior, com raízes muito bem firmadas em um daqueles Apóstolos: o Pedro de Roma, o João de Éfeso, o Tomé das Índias, o Tiago de Compostela.
A este respeito, ensina o Concílio Vaticano II: “Estes Apóstolos [Jesus] instituiu-os à maneira de colégio ou grupo estável, ao qual prepôs Pedro escolhido entre os mesmos (cf. Jo 21, 15-17). Enviou-os primeiro aos filhos de Israel e depois a todos os povos, para que, partícipes do Seu poder, fizessem discípulos Seus todos os povos, santificando-os e governando-os (cf. Mt 28, 16-20; Mc 16, 15; Lc 24, 45-48; Jo 20, 21-23), propagando desta forma a Igreja; e guiados pelo Senhor a apascentassem como ministros, todos os dias, até a consumação dos séculos (cf. Mt 28, 20).” (Lumen Gentium, 19.)
Nossa obediência aos sucessores dos Apóstolos confirma nossa ligação a Jesus Cristo, enxertados como ramos na Videira verdadeira, em comunhão de mentes e corações. A eles, Jesus garantiu: “Quem vos ouve, é a mim que ouve, e quem vos rejeita, é a mim que rejeita.” (Lc 10, 16.)
Orai sem cessar: “Como são amáveis as vossas moradas, Senhor!” (Sl 84, 1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 28/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

A importância da sucessão apostólica

O que dá, de fato, legitimidade àquilo que faz a nossa Igreja ao administrar os sacramentos, ao ministrar a fé e ao pregar a Verdade, – dando-me a certeza de que estou no caminho certo – é a sucessão apostólica.

“Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos” (cf. Luca 6, 12-15).

Hoje, celebramos os apóstolos São Simão e São Judas. São Judas é mais conhecido entre nós por fazer parte de uma devoção mais popular, chamado de São Judas Tadeu para diferenciá-lo de Judas Iscariotes, aquele foi o traidor do Senhor.
São Judas escreveu uma carta, que todos nós conhecemos, e junto com ele, nós celebramos São Simão, chamado o zelote (cf. Lc 6, 15), também chamado a ser uma testemunha do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Na Liturgia de hoje, a primeira coisa que nós aprendemos é a rezar, a subir com Jesus na montanha e a escutar o Pai antes de tomar qualquer decisão importante. Porque o Senhor passou a noite inteira em oração, uma vez que o Seu Espírito se rendeu, uma vez que Seu Espírito estava em perfeita união com o Pai. E, quando amanheceu, Ele escolheu os doze, entre tantos discípulos que O seguiam.
Qual é a missão desses apóstolos, os quais nós vemos ser nomeados no Evangelho de hoje, nome a nome? Os doze apóstolos nos recordam as doze tribos de Israel, eles são para nós a configuração do novo Israel, o povo de Deus, a Igreja do Senhor.
Para a nossa fé, isso é muito importante, porque, além de ser católica, ela é uma fé universal e chega a todos os povos; e a Igreja tem todas as verdades de fé para que nós possamos ser salvos. A nossa fé também é fundamentada na mesma fé que os apóstolos receberam.
Cada vez que eu olho para um bispo, eu sei que ele é um sucessor dos apóstolos. O que caracteriza e o que dá, de fato, legitimidade àquilo que faz a nossa Igreja ao administrar os sacramentos, ao ministrar a fé e ao pregar a Verdade, – dando-me a certeza de que estou no caminho certo – é a sucessão apostólica.
É saber que essa Igreja tem uma continuidade, ela começou com os doze, e estes fizeram outros apóstolos, que chegaram até nós hoje na figura dos nossos bispos. Rezemos, meus irmãos, rezemos por esses homens escolhidos por Deus para estarem à frente das nossas dioceses, governando a Igreja do Senhor, em comunhão com aquele que é o Bispo de Roma, o Papa. Rezemos pelos nossos pastores.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/10/2013

Oração Final
Pai Santo, aceita-nos como apóstolos de tua Igreja. Ajuda-nos a testemunhar com uma existência cheia de esperança, mesmo a despeito das dificuldades do mundo, que já sentimos os sinais do teu Reino de Amor anunciado e trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/10/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos compreender e assumir em nossa vida que a simplicidade é o estágio supremo da sabedoria. Que sejamos transparentes para que a tua Luz e a tua Glória (que moram em nós) possam iluminar os caminhos deste mundo, que nos emprestas para ser cuidado, usufruído e partilhado. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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