segunda-feira, 2 de setembro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/09/2019

ANO C


22º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C – Verde

“Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado” Lc 14,11

Lc 14,1.7-14

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Estamos reunidos para celebrar a ceia do Senhor, momento onde se manifesta o mistério da Igreja, comunhão de batizados em Cristo Jesus. Tal união em Deus exige, necessariamente, humildade e espírito de serviço. A arrogância e o orgulho impedem a partilha e a verdadeira fraternidade.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, fomos convidados pelo Senhor a participar do Banquete do seu Reino. Somos felizes por este convite. A nossa participação nesta Ceia significa nosso desejo de manter viva a aliança com o Senhor; de outra parte, pela oferta do seu Filho Jesus, o Pai revela seu amor por nós e expressa por este sacrifício, o desejo também dele de que tomemos parte na Páscoa de Jesus. Por tudo isso, demos graças ao Senhor e renovemos nossa adesão à missão de Jesus.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A morte de Cristo nos apresenta o Deus "novo", o Deus cuja sabedoria é imprevisível e impensável, tão distante da sabedoria humana que ninguém poderia encontrá-la. O início da verdadeira sabedoria, diz-nos aquele que perscruta os pensamentos de Deus, é o reconhecimento de que a fonte da verdade não está naquilo que o homem experimenta ou deseja espontaneamente. Deus oferece a glória não aos poderosos, mas aos fracos; cerca de dúvida e de mistério os que presumem além de suas possibilidades. Só Deus conhece o que há de secreto em todos os corações e pode revelar-lhes o mistério de verdade que trazem em sI mesmos.

HUMILDADE E HOSPITALIDADE

O episódio do Evangelho de hoje mostra-nos Jesus na casa de um dos chefes dos fariseus, que observava com atenção como os convidados para o almoço se preocupam em escolher os primeiros lugares. É uma cena que vimos muitas vezes: procurar o melhor lugar. Ao ver esta cena, ele narra duas breves parábolas com as quais oferece duas indicações: uma relativa ao lugar e a outra à recompensa.
A primeira semelhança é ambientada num banquete nupcial. Jesus diz: “Quando fores convidado para as bodas, não te ponhas no primeiro lugar...” (Lc 14, 8-10). Com esta recomendação, Jesus não tenciona dar normas de comportamento social, mas uma lição sobre o valor da humildade. A história ensina que o orgulho, a vaidade e a ostentação são causas de muitos males. E Jesus faz-nos compreender a necessidade de escolher o último lugar, ou seja, de procurar a pequenez e o escondimento: a humildade. Quando nos colocamos diante de Deus nesta dimensão de humildade, Deus exalta-nos, debruça-se sobre nós para nos elevar a Si; “porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo o que se humilhar será exaltado” (v. 11).
As palavras de Jesus sublinham atitudes completamente diferentes e opostas: a atitude daquele que escolhe o próprio lugar e a atitude de quem deixa que Deus lho atribua e dele espera a recompensa. Não o esqueçamos: Deus paga muito mais do que os homens! Ele reserva-nos um lugar muito melhor do que aquele que nos dão os homens! O lugar que Deus nos dá está próximo do seu coração, e a sua recompensa é a vida eterna.
É quanto se descreve na segunda parábola, na qual Jesus indica a atitude de abnegação que deve caracterizar a hospitalidade; Ele diz assim: “Quando ofereceres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não podem retribuir-te” (vv. 13-14). Trata-se de escolher a gratuidade, em vez do cálculo oportunista que deseja alcançar uma recompensa, que busca o interesse e que procura enriquecer-se ulteriormente. Com efeito os pobres, os simples e aqueles que não contam nunca poderão retribuir o convite para uma ceia. Assim Jesus demonstra a sua preferência pelos pobres e excluídos, que são os privilegiados do Reino de Deus, e lança a mensagem fundamental do Evangelho, que consiste em servir o próximo por amor a Deus.

A IMPORTÂNCIA DA HUMILDADE

No Evangelho deste domingo (Lc 14, 1.7-14), encontramos Jesus como comensal na casa de um chefe dos fariseus. Percebendo que os convidados escolhiam os primeiros lugares à mesa, Ele contou uma parábola, ambientada em um banquete nupcial. “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar” (Lc 14,8-10).
O Senhor não pretende dar uma lição sobre etiqueta nem sobre a hierarquia entre as diferentes autoridades. Ele insiste, no entanto, em um ponto decisivo, que é o da humildade: “Quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado” (Lc 14, 11). Esta parábola, em um significado mais profundo, faz pensar também na posição do homem em relação a Deus. O “último lugar” pode representar, de fato, a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição pela qual só a Encarnação do Filho Unigênito pode elevá-la. Por isso, o próprio Cristo “ocupou o último lugar no mundo – a cruz – e, precisamente com esta humildade radical, nos redimiu e ajuda sem cessar” (Encíclica Deus caritas est, 35).
No final da parábola, Jesus sugere ao chefe dos fariseus que convide à sua mesa não seus amigos, parentes ou vizinhos ricos, mas as pessoas mais pobres e marginalizadas, que não têm como devolver o favor (cf. Lc 14,13-14), para que o dom seja gratuito. A verdadeira recompensa, de fato, no final, será dada por Deus, “quem governa o mundo (…). Prestamos-lhe apenas o nosso serviço por quanto podemos e até onde Ele nos dá a força” (Deus caritas est, 35). Mais uma vez, portanto, vemos Cristo como modelo de humildade e gratuidade: d’Ele aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor, a espera de que Aquele que nos convidou dos diga: “Amigo, vem mais para cima” (cf. Lc 14,10); o verdadeiro bem, de fato, é estar perto d’Ele.
Papa Emérito Bento XVI
Angelus de 29 de agosto de 2010

Comentário do Evangelho

Um convite à generosidade.

Jesus continua sua subida para Jerusalém. À medida que faz seu caminho para o Pai, ele vai instruindo os seus discípulos. Um israelita de verdade mantém os ouvidos sempre abertos, pois ele sabe que toda sabedoria vem de Deus, e se deixa instruir por Deus: “O homem sensato medita as máximas em sua oração, ouvido atento, eis o que o sábio deseja” (Eclo 3,29).
O episódio do evangelho deste domingo se dá durante uma refeição, “na casa de um dos chefes fariseus” (v. 1). Duas outras vezes Jesus foi, segundo Lucas, a uma refeição na casa de fariseus (7,36; 11,37). Há entre Jesus e os fariseus uma mescla de simpatia e resistência. Os fariseus, efetivamente, desejam viver fielmente sua religião e creem servir a Deus através de suas práticas, sobretudo, uma determinada prática da Lei.
Mas a rigidez quase obsessiva os cega, liga-os de modo estreito à letra do texto; a Lei de Deus é para eles um conjunto de regras e preceitos. Esse modo de cumprir a Lei, que eles julgavam ser o correto, fazia com que se esquecessem do essencial da Lei: o amor a Deus e o amor fraterno. Tal modo de interpretar a Lei os impedia de olhar para os outros com misericórdia e pôr em prática a palavra do Senhor: “É misericórdia que eu quero, e não sacrifícios” (Os 6,6).
A refeição na casa de um dos chefes dos fariseus acontece num sábado, dia dado pelo Senhor para celebrar o dom da vida, através da obra da criação, e a libertação do país da escravidão.
Mesmo que em nosso relato os interlocutores sejam os que estavam na casa dos fariseus, são os discípulos os instruídos; é a comunidade cristã que deve aprender como se comportar no novo tempo. A instrução é motivada pela observação de “como os convidados escolhiam os primeiros lugares” (v. 7). A parábola utiliza a imagem do casamento, em que os lugares já eram predeterminados.
Há duas lições: o lugar é recebido de quem convidou para a festa (cf. v. 8-11). Certamente é outro modo de dizer: “Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles” (Mt 6,1; ver também: Pr 25,6-7). A segunda é um convite à generosidade: “... quando deres um banquete, convida os [que] não têm como te retribuir!” (cf. vv. 12-14). É preciso renunciar ao anseio de recompensa ou retribuição: “Se amais os que vos amam, que graça alcançais? Até mesmo os pecadores agem assim. Se fazeis o bem aos que no-lo fazem, que graça alcançais? Até mesmo os pecadores agem assim… E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que graça alcançais?... Fazei o bem e empresteis sem esperar coisa alguma em troca” (Lc 6,32-35).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que conduz ao amor dos mais pobres, abre meu coração para acolher os deserdados deste mundo, pois eles têm a primazia no coração do Pai.
Fonte: Paulinas em 01/09/2013

Vivendo a Palavra

Vivendo em uma sociedade em que as pessoas tentam se promover a todo custo e em que só servem os primeiros lugares, precisamos ter coragem para seguir os passos de Jesus: servir com humildade, sem visar a reconhecimentos ou retribuições, movidos apenas pela fraternidade própria de seus seguidores.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

Imersos em uma sociedade onde as pessoas tentam se promover a todo custo e só desejam os primeiros lugares, precisamos ter coragem para seguir os passos de Jesus: servir com humildade, sem visar a reconhecimentos ou retribuições, movidos apenas pela fraternidade, que é própria de seus seguidores.

Reflexão

SETEMBRO NOS RECORDA A BÍBLIA

A fé é a resposta à revelação de Deus que nos dá a capacidade de ler e interpretar, mediante a nossa história individual e a de toda a humanidade, os gestos de salvação operados por Deus.
A pessoa de fé é aquela que imerge na história porque sabe que é nela e nos fatos concretos que Deus se manifesta e se revela, e não nas especulações, nos nossos conceitos abstratos.
O conhecimento de Deus, portanto, é possível somente quando ele decide fazer-se conhecer – e concretamente o fez por meio da história humana de Abraão, de Isaac, de Jacó e de seu Filho, Jesus Cristo.
O Concílio Ecumênico Vaticano II nos oferece excepcional documento sobre a revelação divina, Dei Verbum (O Verbo de Deus): “Ouvindo religiosamente a palavra de Deus e proclamando-a com confiança, este Santo Sínodo adere às palavras de são João: ‘Anunciamos-vos a vida eterna, que estava junto ao Pai e se nos manifestou. O que vimos e ouvimos, vo-lo anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco e nossa comunhão seja com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo’ (1Jo 1,2-3), a fim de que, pelo anúncio da salvação, o mundo inteiro, ouvindo, creia, crendo, espere, esperando, ame”.
No Ano da Fé, relembrando os 50 anos do Concílio Vaticano II, somos convidados a conhecer e “dar as razões de nossa esperança” (1Pd 3,5) e a afirmar: “Sei em quem acreditei” (2Tm 1,12).
O hoje papa emérito Bento XVI, em discurso de 16/9/2005, disse: “O concílio indica um aspecto qualificante da Igreja: ela é uma comunidade que escuta e anuncia a palavra de Deus. A Igreja não vive de si mesma, mas do evangelho, e dele tira sempre de novo a orientação para o seu caminho. Trata-se de uma observação que cada cristão deve acolher e aplicar a si mesmo: só quem se coloca, acima de tudo, à escuta da Palavra pode depois tornar-se anunciador”.
D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador
Fonte: Paulus em 01/09/2013

Reflexão

Em dia de sábado, a caminho de Jerusalém, Jesus dá uma parada e vai se alimentar na casa de um chefe dos fariseus. Diz o Evangelho que “eles o observavam”. A impressão é a de que estavam à procura de algum deslize dele para acusá-lo. Por outro lado, o Mestre também observa o que está acontecendo nesta refeição. São dois olhares bem diferentes. Diante daquilo que vê, Jesus conta-lhes uma parábola, exaltando, como é próprio de Lucas, os pobres: os primeiros a serem convidados ao banquete do Reino de Deus. Em seguida, o Mestre convida os discípulos a se colocarem no último lugar, onde justamente se encontram os empobrecidos. A ação da comunidade e de cada cristão deve ser em favor dos mais pobres, pois estes não têm condições de retribuir. Somos chamados a fazer as coisas gratuitamente, isto é, a fazer o bem sem esperar recompensa. Desse procedimento gratuito é que nasce a felicidade do fiel seguidor de Jesus. A sociedade moderna e todo tipo de instituição se organizam e vivem em torno da competição, da luta a todo custo pelos primeiros lugares e do lucro, como sendo absolutos. O jovem de hoje é incentivado a chegar ao topo, custe o que custar, mesmo pisando nos outros. Essa, no entanto, não é a proposta de Jesus. Busquemos, pois, a exemplo do Mestre, ser pessoas generosas e magnânimas em nossas relações.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Há muita caridade feita por mero interesse pessoal? - Qual é a melhor recompensa, a que vem de Deus ou a que vem dos homens? - Você procura sempre agradecer a quem lhe faz algum favor? - Sabe agradecer a Deus que realiza maravilhas? - Ou é daqueles que só lamentam as dores e angústias?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 01/09/2013

Meditando o evangelho

A PRIMAZIA DOS EXCLUÍDOS

Os excluídos e deserdados estiveram sempre no centro das atenções de Jesus. Este aproveitava todas as oportunidades para dispor os discípulos a acolhê-los e mostrar-se solícitos para com eles, diferentemente do comportamento típico da época.
A refeição na casa do fariseu ofereceu-lhe uma ocasião favorável para isto. Em geral, convida-se para uma ceia, em família, os próprios familiares, as pessoas às quais se quer bem, ou alguém de uma certa importância. Existe quem se preocupa em convidar os ricos, com o intuito de receber também um convite, em contrapartida.
Quiçá fosse esta a mentalidade do chefe dos fariseus, pois é a ele que Jesus dirige a advertência de romper com este esquema. Como? Chamando para o banquete os pobres, estropeados, coxos e cegos. Em suma, os desprezados deste mundo, dos quais seria impossível esperar algo como recompensa. Isto sim, seria a expressão da mais absoluta pureza de coração, característica de quem o tem centrado em Deus. Seria um ato de amor misericordioso, próprio de quem não se deixa escravizar pelo egoísmo.
Tal gesto de bondade não passa despercebido aos olhos do Pai. Por ocasião da ressurreição, quem agiu assim receberá a recompensa devida. Diz o provérbio bíblico: "Quem dá aos pobres, empresta a Deus". Pois bem, quem se mostra generoso com os excluídos deste mundo, pode estar seguro de estar atraindo sobre si a misericórdia divina.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito que conduz ao amor dos mais pobres, abre meu coração para acolher os deserdados deste mundo, pois eles têm a primazia no coração do Pai.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Lucas ao iniciar esse evangelho, faz questão de nos dizer que o Fariseu tinha uma “Ficha Limpa”, era alguém notável, íntegro, de boa índole, uma referência para a comunidade. Por ser admirado como grande Mestre, Jesus era sempre muito solicitado para estar á mesa com eles, na casa de algum líder da comunidade. O texto nos informa que “eles” o observavam, talvez para ver se tinha boas maneiras, se seguia a risca as determinações judaicas para se tomar uma refeição, ou simplesmente porque Jesus irradiava algo de sobrenatural, e cada gesto ou palavra sua, tinham um significado profundo.
Sem se sentir o centro das atenções e sem querer ser o grande “astro” ou celebridade, Jesus também se põe a observar o modo como os convidados do Fariseu escolhiam os primeiros lugares à mesa, e que era naturalmente os mais próximos ao Dono da Casa. Não sabemos em que lugar Jesus tomou assento, mas certamente não foi no lugar mais importante, julgando-se pela sua observação...
Penso ainda, que naquela refeição, Jesus notou que os serviçais tiveram que, educadamente, tirarem de seus lugares alguns que se julgavam o máximo e que deles haviam se apossado. Imaginem o “mico” de sair de um lugar mais importante para sentar-se em outro, menos importante. Vai ver que alguém se apressou em chamar Jesus para ocupar o lugar principal ao lado do Fariseu Anfitrião. Ao ver o constrangimento desses convivas, Jesus deve ter esboçado um leve sorriso aos que estavam ali por perto.
Em nossas comunidades algo semelhante ocorre nas ações litúrgicas, principalmente quando se trata da Santa Missa. Os lugares mais próximos do Padre são os mais visados e disputados nas escalas. Aliás, Liturgia é uma das maiores vitrines da nossa Igreja, nela os Egos são alisados, e os prazeres e alegrias plenamente satisfeitos. E quando a Paróquia realiza algum evento, como um Jantar Dançante, por exemplo, as mesas mais próximas a do Padre são as mais procuradas, ás vezes até reservadas com antecedência. Há muitas disputas para cargos que “aparecem”, mas por trabalhos humildes, que ficam quase no anonimato, não há disputas ou concorrências.
Poderia se disputar, por exemplo, quem faz mais visitas aos enfermos, aos pobres, aos presos, quem se doa mais a essas classes sofridas e injustiçadas, às vezes até dentro da própria comunidade. O que isso nos mostra?
Que o Amor doação, que se faz serviço desinteressado ao outro, anda meio longe de nossas comunidades, em certas ocasiões. É nesse sentido que Jesus alerta para esse perigo em nossas comunidades, onde quem se exalta vai acabar sendo humilhado, de que jeito? No dia em que a casa cair e todos ficarem sabendo de suas reais intenções. A humilhação será grande e a pessoa, envergonhada por ser desmascarada, vai acabar sumindo da comunidade. O que Jesus exalta nesse evangelho é exatamente a gratuidade nas relações fraternas, uma ajuda, um trabalho, uma ação feita a favor do outro, e que nada espera de recompensa ou gratificação. Nessa linha que devemos compreender a exortação de não convidar pessoas importantes para almoçar em nossa casa, mas sim de pessoas que nunca poderão retribuir. Jesus não é contra a ideias de acolhermos pessoas queridas em nossa casa para uma refeição, o que ele ensina é que, a conduta de um cristão, dentro da comunidade e fora dela, deve ser pautada pelos valores do evangelho, e não pelas grandezas fantasiosas que o mundo nos propõe. No mundo o que vale é o TER, na comunidade é o SER.
A interferência do TER no SER na Vida eclesial resulta em numa comunidade de relações mercantilizadas, onde cada um busca o benefício próprio e não o Bem Comum.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

2. Convida os pobres
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus vai formando os seus discípulos, enquanto caminha decididamente para Jerusalém. São Lucas descreve a subida para Jerusalém em várias etapas. A passagem do Evangelho de hoje se encontra na terceira etapa. Jesus está ensinando aos discípulos a importância de ser humilde. O verdadeiro discípulo de Jesus não pode ser diferente do Mestre. Jesus, a eterna Palavra de Deus encarnada, o Filho de Deus feito homem, ocupa sempre o último lugar. Este deve ser também o lugar do discípulo. Jesus recomenda que numa festa não se procure o primeiro lugar para não ter que cedê-lo depois a alguém mais importante. É mais prudente ocupar o último lugar e ser convidado a ir mais para frente. A recomendação não deixa de ser estratégica, mas é apenas um exemplo. Conhecemos gente que ocupa o primeiro lugar e diz “daqui não saio, daqui ninguém me tira”, e não sai mesmo! A estratégia do exemplo consiste em evitar que você seja envergonhado em público. Assim também no exemplo seguinte. Não procure recompensas que podem não acontecer. Dê uma festa a quem não pode retribuir e você não terá que sofrer constrangimentos. Na verdade, porém, o Senhor não está propondo estratégias. Está propondo um tipo de vida marcado pela verdade. O que importa não é o lugar que você ocupa, e sim a qualidade da sua presença. Se você é verdadeiramente grande, você engrandece o lugar onde está. Você não precisa estar no primeiro lugar. Você está bem no último e entre os últimos. De lá, sua visão é panorâmica, tudo está à sua frente e você se torna capaz de perceber a existência humana na sua globalidade. Quem é verdadeiramente grande é humilde e procura refletir sobre as palavras de pessoas sábias, que também são humildes.
O orgulhoso não é sábio e não entende sua própria situação, por isso o Eclesiástico diz que não há remédio para o seu mal. Traduza tudo isso na prática: uma pessoa pedante e orgulhosa é desagradável, mesmo quando tem conhecimentos. Uma pessoa sábia e humilde pode estar em qualquer lugar, porque estará sempre no último, cedendo espaço e olhando o conjunto, impulsionando e fazendo avançar a história. A melhor visão é a do último porque, sentado à mesa com os esquecidos deste mundo, deseja e trabalha para que tudo mude para melhor. Diz o Salmista que o Senhor preparou com carinho esta terra para o pobre, e o justo se alegra na presença do Senhor. O autor da carta aos Hebreus nos leva a uma refeição que está preparada para nós. Será uma reunião festiva com milhões de anjos e muita gente, cujos nomes estão inscritos no céu. Aqui não há primeiro nem segundo. Todos chegaram à perfeição. Como na casa do fariseu, aqui também Jesus é o mediador da nova aliança. Ele estabelece um mundo novo, de relações novas e novos critérios de avaliação do que é importante e do que é menos importante. Tudo é importante, no seu devido lugar.

Liturgia comentada

O último lugar... (Lc 14,1.7-14)
Mais uma vez, o cenário é o banquete. Nada mais natural, o homem foi criado para participar de um festim! No Gênesis, os Três participam do banquete de Abraão; no Apocalipse, somos convidados para a Ceia do Cordeiro. De um extremo a outro, a Sagrada Escritura nos vê como convivas do festim!
E como Jesus gostava de sentar-se à mesa! Não foi à toa que o rotularam de comilão e beberrão (cf. Mt 11,19). Até sua despedida foi celebrada em volta da mesa: “Desejei ardentemente comer esta ceia pascal, antes de padecer!” (Lc 22,15)
No Evangelho de hoje, Jesus nos aconselha a preferir o último lugar. Cabe, pois, a pergunta: por que os convidados eram tão ansiosos por ocupar os primeiros lugares? É fácil de explicar.
A “mesa” dos banquetes daquela época era um conjunto de divãs dispostos em forma de “U”, com as pessoas deitadas, apoiadas no cotovelo esquerdo. Os servos ou escravos serviam os convivas pelo interior desse “U”, em cuja volta ficava o dono da festa, ladeado pelos convidados de honra. Como o “serviço” começava por estes, era comum que as bandejas chegassem vazias às extremidades da mesa. Claro, ninguém desejava o último lugar. Questão de sobrevivência...
Algum apressado arriscava-se a passar vergonha, se aparecesse um figurão e o dono da casa decidisse alojá-lo no lugar que o outro ocupava, sendo “rebaixado” para a ponta da mesa. Coisas da sociedade...
No entanto, quando Jesus nos aconselha a ocupar o último lugar, deve estar fazendo ironia conosco. Sabem por quê? Não é possível obedecer ao seu conselho: o último lugar já tem dono. Ele mesmo, Jesus de Nazaré, apesar de ser homem e Deus, já ocupou em definitivo o último lugar. Toda a sua vida o demonstra...
Seu berço? Um cocho no curral. Sua maternidade? Uma gruta. Sua casa? As estradas da Palestina. Seu travesseiro? Não tinha! (Cf. Mt 8,20) E para concluir, morre na cruz, sofrendo uma pena que só se aplicava aos escravos e aos grandes criminosos, proibida a um cidadão do Império Romano.
Sim, nós sabemos que seus discípulos andaram discutindo, estrada a fora, sobre qual deles seria o maior no Reino dos Céus. Parece que não somos muito diferentes... Há sempre um “fiel” à procura de um tapete vermelho, de mais um microfone, de mais divulgação de seu ministério, de mais aplausos para seu trabalho pastoral. E o penúltimo lugar fica vazio...
Orai sem cessar: “Senhor, meu olhar não se ergue arrogante!” (Sl 131,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 01/09/2013

Comentário

MODÉSTIA E GRATUIDADE

I. INTRODUÇÃO GERAL

As leituras de hoje insistem em virtudes fora de moda: mansidão e humildade (primeira leitura), modéstia e gratuidade (evangelho). Quanto à modéstia, Jesus usa um argumento da sabedoria popular, do bom senso: se alguém for sentar no primeiro lugar num banquete e um convidado mais digno chegar depois, o que escolheu o primeiro lugar terá de cedê-lo ao outro e contentar-se com qualquer lugarzinho que sobrar. Mas quem se coloca no último lugar só pode ser convidado para subir e ocupar um lugar mais próximo do anfitrião…
Como lema para o povo celebrante recordar, se for de classe humilde, pode servir a frase da primeira leitura: “O poder de Deus é exaltado pelos humildes”; ou, se o público for de classe média calculista, a frase do evangelho: “Convida os pobres, porque não têm como te retribuir”.

II. Comentários dos textos bíblicos

1. I leitura (Eclo 3,19-21.30-31)

A verdadeira modéstia de vida, tema da primeira leitura, não é a falsa modéstia de quem se gaba de ser humilde ou “se faz de burro para comer milho”. Consiste na consciência de que só Deus é poderoso e bom. O ser humano deve sempre recorrer a ele. Daí a atitude do sábio: segurança ante os poderosos, pois sua confiança está em Deus, e magnanimidade para com os fracos, pois pode contar com Deus.

2. Evangelho (Lc 14,1.7-14)

O evangelho nos ensina a modéstia e a gratuidade na perspectiva do reino de Deus. Lucas gosta de apresentar Jesus como viajante e hóspede: a comunhão de mesa é o lugar da amizade, e Jesus quer ser amigo. Mas amigo de verdade não esconde a verdade. Na casa de um fariseu, de modo surpreendente e, segundo os nossos critérios, um tanto indelicado, Jesus ensina algumas regras. 1) aos convidados, ensina a não procurar o primeiro lugar, para que o dono da casa possa apontar o lugar mais importante; 2) ao anfitrião, ensina a não convidar as pessoas de bem, mas os que não podem retribuir, pois só assim demonstramos gratuidade e magnanimidade. Em outros termos, Jesus ensina a saber receber de graça e a saber dar sem intenções calculistas. O sentido profundo dessa lição se revelará na Última Ceia (22,24-27), em que o anfitrião é o Servo, que dá até a própria vida.
Jesus é um desses hóspedes que não ficam reféns de seus anfitriões. Já o mostrou a Marta (cf. Lc 10,38-42, 16º domingo); mostra-o também no evangelho de hoje. Olhemos o contexto da perícope. O anfitrião é um chefe dos fariseus. A casa está cheia de seus correligionários, não muito bem-intencionados (14,2). Para começar, Jesus aborda o litigioso assunto do repouso sabático, defendendo uma opinião bastante liberal (14,3-6).
Depois (em 14,7, onde começa o texto de hoje) critica, com uma parábola, a atitude dos fariseus, que prezam ser publicamente honrados por sua virtude, também nos banquetes, onde gostam de ocupar os primeiros lugares (cf. Lc 11,43). Alguém que ocupa logo o primeiro lugar num banquete já não pode ser convidado pelo anfitrião para subir a um lugar melhor; só pode ser rebaixado se aparecer alguma pessoa mais importante. É melhor ocupar o último lugar, para poder receber o convite de subir mais. Alguém pode achar que isso é esperteza. Mas o que Jesus quer dizer é que, no reino de Deus, a gente deve adotar uma posição de receptividade, não de autossuficiência.
Segue-se outra lição, também relacionada com o banquete, porém dirigida ao anfitrião (um fariseu: cf. 14,1). Não se deve convidar os que podem convidar de volta, mas os que não têm condições para isso. Só assim nos mostraremos verdadeiros filhos do Pai, que nos deu tudo de graça. É claro que tal gratuidade pressupõe a atitude recomendada na parábola anterior: o saber receber.
Portanto, a mensagem do evangelho de hoje é: saber receber de graça (humildade) e saber dar a graça (gratuidade). Isso ficou ilustrado na primeira leitura, que sublinha a necessidade da humildade, oposta à autossuficiência.

3. II leitura (Hb 12,18-19.22-24a)

Deus se tornou manifesto e acessível em Cristo. A manifestação de Deus no Antigo Testamento (no Sinai) era inacessível (12,18-21). No Novo Testamento, verifica-se o contrário (12,22-24): agora vigora uma ordem melhor (9,10); a manifestação de Deus (em Cristo) é agora acessível, menos “terrível”, porém mais comprometedora. Não é por ser mais humana que ela seria menos divina. Pelo contrário! No homem Jesus, Deus se torna presente. Essa nova e escatológica presença de Deus em Cristo é chamada, no texto, “monte Sião”, “cidade do Deus vivo”, “Jerusalém celeste”. E quem quiser ler alguns versículos além da perícope de hoje encontrará a conclusão prática: não recusar a palavra do Cristo (12,25).
A segunda leitura não demonstra muito parentesco temático com a primeira e o evangelho. Contudo, complementa o tema da gratuidade, mostrando como Deus se tornou, gratuitamente, acessível para nós, em Jesus Cristo. O tom da leitura é de gratidão por esse mistério.
(Desejando uma leitura das cartas que se aproxime da primeira leitura e do evangelho, pode-se olhar para 1Pd 5,5b-7.10-11, sobre humildade e grandeza.)

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

Simplicidade e gratuidade: graça, gratidão e gratuidade são os três momentos do mistério da benevolência que nos une com Deus. Recebemos sua “graça”, sua amizade, seu benquerer. Por isso nos mostramos agradecidos, conservando seu dom em íntima alegria, que abre nosso coração. E desse coração aberto mana generosa gratuidade, consciente de que “há mais felicidade em dar do que em receber” (cf. At 20,35). Isso não significa que a gente não pode se alegrar com aquilo que recebe. Significa que só atingirá a verdadeira felicidade quem souber dar gratuitamente. Quem só procura receber será um eterno frustrado.
A humildade não é a prudência do tímido ou do incapaz nem o medo de se expor, que não passa de egoísmo. A verdadeira humildade é a consciência de ser pequeno e ter de receber para poder comunicar. Humildade não é tacanhice, mas o primeiro passo da magnanimidade. Quem é humilde não tem medo de ser generoso, pois é capaz de receber. Gostará de repartir, porque sabe receber; e de receber, para poder repartir. Repartirá, porém, não para chamar a atenção para si, como o orgulhoso que distribui ricos presentes, e sim porque, agradecido, gosta de deixar seus irmãos participar dos dons que recebeu.
Podemos também focalizar o tema de hoje com uma lente sociológica. Torna-se relevante, então, a exortação ao convite gratuito. Jesus manda convidar pessoas bem diferentes das que geralmente são convidadas: em vez de amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos, convidem-se pobres, estropiados, coxos e cegos – ou seja, em vez do círculo costumeiro, os marginalizados. E na parábola seguinte no Evangelho de Lucas, a parábola do grande banquete, o “senhor” convida exatamente essas quatro categorias mencionadas (Lc 14,21).
O amor gratuito é imitação do amor de Deus. A autenticidade do amor gratuito se mede pela pouca importância dos beneficiados: crianças, inimigos, marginalizados, enfermos (cf. também Mt 25,31-46). Jesus não nos proíbe gostar de parentes e vizinhos; mas imitar realmente o amor gratuito (a hésed de Deus) a gente só o faz na “opção preferencial” pelos que são menos importantes.
A parábola daquele que ocupa o último lugar para ser convidado a subir mais faz pensar em quem “se faz de burro para comer milho”. Contudo, Jesus pensa em algo mais. É por isso que ele acrescenta outra parábola, para nos ensinar a fazer as coisas não por interesse egoísta, mas guiados pela gratuidade. Seremos felizes – diz Jesus – se convidarmos os que não podem retribuir, porque Deus mesmo será, então, nossa recompensa. Estaremos bem com ele por termos feito o bem aos seus filhos mais necessitados.
A gratuidade não é a indiferença do homem frio, que faz as coisas de graça porque não se importa com nada, pois isso é orgulho! Devemos ser gratuitos simplesmente porque os nossos “convidados” são pobres e sua indigência toca o nosso coração fraterno. O que lhes damos tem importância, tanto para eles como para nós. Tem valor. Recebemo-lo de Deus, com muito prazer. E repartimo-lo, porque o valorizamos. Dar o que não tem valor não é partilha: é liquidação… Mas, quando damos de graça aquilo que, com gratidão, recebemos como dom de Deus, estamos repartindo o seu amor.
Tal gratuidade é muito importante na transformação de que a sociedade está necessitando. Não apenas “fazer o bem sem olhar para quem” individualmente, mas também social e coletivamente: contribuir para as necessidades da comunidade, sem desejar destaque ou reconhecimento especial; trabalhar e lutar por estruturas mais justas, independentemente do proveito pessoal que isso nos vai trazer; praticar a justiça e o humanitarismo anônimos; ocupar-nos com os insignificantes e inúteis…
Concluindo, a lição de hoje tem dois aspectos: para nós mesmos, procurar a modéstia, ser simplesmente o que somos, para que a graça de Deus nos possa inundar e não encontre obstáculo em nosso orgulho. E para os outros sermos anfitriões generosos, que não esperam compensação, mas, sem considerações de retorno em dinheiro ou fama, oferecem generosamente suas dádivas a quem precisa.
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente, é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.
Fonte: Vida Pastoral em 01/09/2013

REFLEXÕES DE HOJE

01 DE SETEMBRO-DOMINGO

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HOMILIA DIÁRIA

Não queira ser o mais importante

Não queira ser o mais importante nem se sentir importante em lugar nenhum, não queira ser o mais lisonjeado, o aplaudido, o reconhecido, o lembrado.

“Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’” (Lc 14,10a)

Nosso Senhor Jesus Cristo quer nos ensinar como deve ser a humildade do coração daqueles que têm em Deus o seu refúgio e faz d’Ele a sua riqueza.
Primeiro, não queira ser o mais importante nem se sentir importante em lugar nenhum, não queira ser o mais lisonjeado, o aplaudido, o reconhecido, o lembrado. As nossas carências humanas estão fazendo de nós vítimas desse mal. E o mal é justamente este, o fato de sermos exaltados.
Não, os homens de Deus não procuram exaltação; as mulheres de Deus não procuram os aplausos humanos. Que eles [os aplausos] venham pelo reconhecimento das pessoas, mas não devem ser a sede do nosso coração nem da nossa alma.
Por isso, quando alguém o convidar para qualquer festa, para qualquer banquete ou acontecimento, não se faça de mais importante. Ao mesmo tempo, quando você for fazer um banquete, não convide as pessoas que também vão convidá-lo, que vão lhe retribuir. Não! O banquete do qual Deus lhe fala é a alegria, são os bens, os dons que você tem e o qual pode dar aos pobres, dar às pessoas que nem o conhecem.
Se você viver sempre na comodidade social, de festa em festa, de banquete em banquete, de almoço em almoço, de convites aqui ou ali, quando alguém não o convidar para alguma coisa, na qual todos foram convidados, seu coração ficará triste.
Não se entristeça! Deus sempre o convida para o banquete celeste. Você foi convidado para a Eucaristia, para o banquete da mesa do Senhor, você aceitou esse convite e foi lá para ser o primeiro.
Se você quer a recompensa que o Senhor preparou para os justos, esta será dada para quem não a buscou, para quem fez o bem sem esperar nada em troca.
Que o seu coração tenha essa simplicidade e essa disposição de fazer o bem sem saber a quem. O importante é fazer o bem por fazê-lo. Mesmo que as pessoas não lhe digam nem um “muito obrigado”, não se esqueçam: o agradecimento que vale é aquele que, um dia, receberemos eternamente do Senhor no céu.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/09/2013

Oração Final
Pai Santo, oferece à tua Igreja o dom da acolhida. Que sejamos filhos agradecidos pelos talentos que nos emprestas e estejamos sempre dispostos a dividi-los com os companheiros de jornada, a caminho de teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/09/2013

ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, dá à tua Igreja o dom do acolhimento. Que sejamos filhos agradecidos pelos talentos que nos emprestas e estejamos sempre dispostos a aprimorá-los, para a partilha com os irmãos desta jornada que fazemos a caminho de teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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