terça-feira, 21 de maio de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/05/2019

ANO C


Jo 14,27-31a

Comentário do Evangelho

A alegria da confiança na Palavra do Senhor

A perícope é parte do discurso de despedida de Jesus (13,31–14,31).
A paz (v. 27) é dom do Cristo Ressuscitado (ver também: Jo 20,19.26). Não há, da parte do Senhor, ao contrário do “mundo”, nenhuma aparência nem hipocrisia na paz oferecida e dada. Ele mesmo, “príncipe da paz”, se engaja na reconciliação do gênero humano com Deus (cf. Mt 5,9). Daí que a paz não é, como se pensava, bem-estar para Israel.
O fiel deve deixar sua vida ser iluminada pela escatologia: “Eu vou, mas voltarei a vós” (v. 28). Segundo o discurso, não se sentirá a ausência de Jesus Cristo como abandono, já que a sua volta é certa (cf. Mt 28,20).
Para onde ele vai? Para o Pai (cf. v. 28c). Esse movimento de voltar para o Pai deveria ser motivo de alegria para o discípulo, pois a confiança do discípulo deve estar apoiada na palavra do Senhor: “Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós” (14,18).
A paixão e morte de Jesus, consideradas como ação de Satanás, o “chefe deste mundo” (v. 30), não devem afligir a comunidade dos discípulos, pois o Senhor o vencerá (cf. v. 30b). No entanto, a entrega de Cristo é, para o mundo, testemunho de seu amor pela humanidade. Para a teologia joanina, a paixão e morte de Jesus são gestos do amor de Deus por toda a humanidade (cf. Jo 3,16).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, confirma em mim o dom da paz recebida de teu Filho Jesus, de forma que, revestido desta fortaleza, eu possa caminhar, sem medo, ao teu encontro.
Fonte: Paulinas em 30/04/2013

Vivendo a Palavra

O Mestre alerta para o sentido novo da Paz. Diferente da paz que o mundo dá, que se contenta com a busca da segurança pessoal e do comodismo, a Paz do Cristo se encontra na busca da Justiça, da Fraternidade, no cuidado com os irmãos, especialmente com os pobres e discriminados pela sociedade.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/04/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre alerta para o sentido novo da Paz. Diferente da paz que o mundo dá, que se contenta com a busca da segurança pessoal e do comodismo, a Paz do Cristo se encontra na busca da Justiça e da Fraternidade, no cuidado com os irmãos, especialmente com os pobres e discriminados pela sociedade de consumo que nos sufoca.

Reflexão

No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra um dos aspectos mais importantes do amor que é o desejo do bem maior para o outro. O mundo nos apresenta uma falsa idéia de amor que é o amor possessivo: quando amamos uma pessoa, queremos que ela esteja constantemente ao nosso lado porque assim somos felizes. Na verdade estamos pensando na nossa felicidade e não na da pessoa amada. Jesus diz: "Se me amasseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu". Assim, de fato, somos nós, uma vez que nos entristecemos quando a felicidade maior do outro não é como gostaríamos que fosse. Na verdade, confundimos paixão e sentimentalismo com amor verdadeiro.
Fonte: CNBB em 30/04/2013

Reflexão

Jesus nos dá o dom da paz, fruto de sua comunhão com o Pai. Não é a paz que o mundo oferece, uma paz aparente e forçada, de certos regimes políticos e econômicos, que se mantêm à custa do sacrifício do povo. A paz de Jesus afasta todo medo e qualquer perturbação e dá lugar à coragem e à esperança no campo de missão. Jesus garante sua presença na vida do discípulo missionário. A paz de Jesus gera alegria no discípulo, porque este caminha para um destino seguro, isto é, para a vida de plena intimidade com Deus. A paz que Jesus nos oferece não se deixa abalar pelo chefe deste mundo, pelo chefe que persegue o Mestre e os discípulos e cujo domínio sobre Jesus e os cristãos é passageiro. Não poderá anular a obra de Jesus, apenas vai tornar ainda mais visível o amor incondicional de Jesus ao Pai.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A ALEGRIA DA PARTIDA

Jesus procurou evitar que sua partida para junto do Pai, a sua morte, fosse motivo de perturbação para os seus discípulos. Na perspectiva deles, isto resultaria na perda de um amigo querido, com quem haviam estabelecido um relacionamento de profunda confiança.
Não era isso, porém, que preocupava Jesus. No seu horizonte, despontava a ação malévola do Príncipe deste mundo, cuja ação enganadora visaria desviar os discípulos do caminho do Mestre, causando-lhes toda sorte de dificuldades. De fato, a perspectiva de perseguição não deixava de ser preocupante. Se os discípulos tivessem consciência do que isto significava, teriam mais razão ainda para entristecer-se e perturbar-se.
Apesar da incerteza do futuro, os discípulos deveriam alegrar-se. Ao partir, Jesus os precederia no caminho que todos haveriam de trilhar também. E, na casa do Pai, lhes prepararia um lugar.
A partida de Jesus era inevitável e inadiável. Sua permanência terrena junto aos seus não podia prolongar-se indefinidamente. Uma vez concluída sua missão terrena, era hora de começar sua missão celeste. Aos discípulos caberia levar adiante a missão do Mestre. A compreensão disto deveria afastar deles todo medo e toda tristeza. Embora sendo uma dura experiência, os discípulos tinham motivos para se alegrar com a partida de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de segurança, que a ausência física de Jesus não me deixe perturbado, e sim, seja motivo de alegria, para mim, porque sei que ele nos precedeu junto do Pai.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Paz de Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Sempre que leio essa afirmativa de Jesus, no evangelho de João "Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como mundo a dá..." me questiono sobre a Paz que o mundo nos oferece... Paz que tem o sinônimo de sossego, ausência de problemas, tranquilidade, despreocupação. Para o mundo, ficar em paz é não ter nenhuma contrariedade ou aborrecimento, portanto, é poder fazer tudo o que se quer, é não ter que ficar esperando, é não depender de ninguém nem de nada, é ter autonomia, é poder quebrar certas normas ou regras, usufruir de exceções, ter regalias e mordomias. É difícil falar de Paz do mundo, sem pensar no poder econômico, em uma riqueza e um patrimônio egocêntrico. Que outra Paz o mundo pode nos oferecer que não seja esta?
Há uma outra paz que inventaram por aí, e que até colocaram nela um rótulo cristão, mas é tão fútil como a Paz do mundo: as vezes a chamam de Paz interior, é a religião que arrebata o homem para o céu, ainda em vida, o alienando de toda e qualquer realidade que o cerca, caindo naquele dualismo sinistro de que, o mundo é mal e cruel, só Deus é bom, resta esperar que Deus supere o mal e restitua esse paraíso que o nosso pecado perdeu. A essa nós poderíamos chamar de "A Paz dos desiludidos..." E olhe que são muitos, que pensam dessa forma, a gente tendo Fé, lá de vez em quando Deus revela o seu poder em Jesus e nos traz algum benefício... Um Deus que nos livra de todas as angústias humanas, bem diferente do Deus Pai de Jesus, que foi condenado e morreu em uma cruz.
A Paz de Jesus é a Graça Santificante e Operante que Ele nos comunica a partir do nosso Batismo e que nos possibilita viver com Ele em eterna comunhão, ter a Vida de Deus em nós e permitir que a nossa Vida também esteja Nele. É bom termos consciência de que essa situação de sermos agraciados a partir da Fé, não nos torna imunes as angústias, tribulações e sofrimentos inerentes ao ser humano, como muitos pensam..."Encontrei Jesus e meus problemas acabaram (quando na verdade, apenas começaram...) "
Que atitudes ou que testemunho deve dar um discípulo de Jesus, que vive na Fé pela Graça de Deus? Nada mais além do que o amor e a fidelidade ao Pai, como Jesus resume toda a sua postura no final do evangelho. Amar e ser Fiel a Deus, quando se navega em águas mansas e calmas, não é assim tão difícil, contudo, que ninguém se iluda, pois olhando para Jesus vamos ver que esse itinerário da Fé passa necessariamente pelas tribulações. É nesse sentido que Jesus quer tirar dos seus discípulos a insegurança e o medo diante dos desafios, e por isso os tranquiliza se fazendo presente, agora na plenitude do Espírito que orienta e conduz á sua Igreja, que somos todos nós...

2. O Pai é maior
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Antes de partir, Jesus nos deixa a sua paz. Sempre que entrou em contato com os seus, Jesus ressuscitado lhes desejou a paz. A sua paz não é o que o mundo entende por paz. Ela não é tranquilidade de águas paradas. Jesus diz aos seus discípulos de então e de hoje para não se perturbarem nem terem medo. Ele vai e volta a nós. Como voltará e quando voltará? Ele está falando tanto do fim dos tempos, quando virá em sua glória, quanto do Espírito Santo, que o Pai enviará naqueles dias. Jesus volta no Espírito Santo. Teremos então a revelação completa da Santíssima Trindade. Jesus diz também que o Pai é maior do que ele. Ele está se referindo à sua humanidade, que é menor do que a divindade do Pai? Ou está falando de alguma coisa de que não sabemos? O mistério de Deus não pode ser compreendido pela nossa inteligência limitada. Guiada pelo Espírito Santo, a Igreja continua refletindo sobre as palavras de Jesus, procurando compreendê-las sempre de novo e sempre mais. Jesus fala também do “chefe deste mundo”. É o demônio, que não pode nada contra Jesus, mas está agindo. O que importa é que Jesus ama o Pai e cumpre as suas ordens. O demônio não poderá nada contra nós, se amarmos o Pai e lhe formos obedientes.

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
abril 30th, 2013

Jesus, sabendo que estava próxima a hora de sair deste mundo, não queria partir sem dar segurança, tranquilidade, amparo, vitória, enfim, garantia de vida plena. Então, Ele se levanta e pronuncia as benditas palavras: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo”.
Nesta expressão, vemos a clara manifestação da personalidade de Jesus. Ele é, por natureza, comunicador da paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus é muito mais do que isto, é um dom de Cristo para Seus discípulos, em vista do testemunho ao qual são chamados a dar. Ela visa a ação, por isso não pode se reduzir ao sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.
Assim pensada, a paz de Jesus consiste numa força divina, não deixando que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes a caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das adversidades que deverão enfrentar.
A paz do mundo é bem outra coisa. Encontra-se na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua em Deus do qual tudo espera sem exigir colaboração. Neste sentido, ela conduz à morte!
O discípulo sensato rejeita a paz oferecida pelo mundo para acolher aquela que Jesus oferece.
A paz do Senhor é fruto da prática fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade dos homens e mulheres. É a paz do reencontrar a vida na união de vontade com o Pai.
Reze comigo: “Jesus, Príncipe da Paz, dai-me a constância na fé e na esperança para que jamais duvide das Suas promessas. Que eu tome posse da Sua Paz, que me tranquiliza a alma e me faz mais do que vencedor, porque o Senhor está comigo e em mim. Amém”.
Jesus, Principe da Paz, dai-nos a paz!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 30/04/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos um olhar de criança! Assim seremos capazes de nos encantar sempre com os presentes que nos dás – a vida, a natureza e os irmãos. Não permitas, Pai amado, que nos acostumemos com esses dons, que renovas sempre com Amor. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/04/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um olhar de criança! Assim seremos capazes de continuar nos encantando sempre com os presentes que nos dás: a Vida e a Fé; essa natureza cheia de maravilhas; e os nossos queridos irmãos de caminhada. Não permitas, amado Pai, que nos acostumemos com esses dons, que renovas sempre com Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão Maior, na unidade do Espírito Santo.

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