terça-feira, 27 de dezembro de 2016

LEITURA ORANTE DO DIA - 25/12/2016




LEITURA ORANTE

Jo 1,1-18 - Deus com rosto de gente pequena


- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual,
paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Vinde, cristãos, vinde a porfia
1. Vinde, cristãos, vinde à porfia, cantar um hino de louvor,/
Hino de paz e de harmonia,/  Que os anjos cantam ao Senhor:
Glória a Deus nas alturas! (2x)
2. Foi nesta noite venturosa, em que nasceu o Salvador/
Que os anjos com voz amorosa,/ Deram no céu este clamor:

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: Jo 1,1-18
No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la.
Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas. A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é quem foi o Pai deles.
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai. João disse o seguinte a respeito de Jesus:
- Este é aquele de quem eu disse: "Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia." Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com bênçãos e mais bênçãos. A lei foi dada por meio de Moisés, mas o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus.
Refletindo
O Evangelho de João lembra o Gênesis quando introduz: “no começo”. Antes da criação, o Filho de Deus – a Palavra – já existia. E foi por meio da Palavra que tudo foi criado. João diz que a Palavra é a fonte da vida e essa Palavra trouxe luz para todas as pessoas. O evangelista diz ainda que “A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. “Os que nela creram se tornaram filhos de Deus. E, para se aproximar mais ainda de todas as pessoas “a Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós”, na pessoa de Jesus Cristo. Só esta verdade é suficiente para tornar nosso coração imensamente agradecido.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Pelo poder do Espírito, tenho muito a agradecer ao Pai.
O que o texto me diz no momento?
Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram os motivos da nossa alegria: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou. Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe e cada um de seus habitantes.” (DAp 18).
Hoje, vou me retirar por uns bons momentos e recordar tudo que Deus realizou na minha vida, na minha família, no meu trabalho, no estudo, no mundo, no ano que passou.

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Faço minha oração pessoal e depois, canto o louvor a Deus com o Padre João Carlos.
Te Deum
A ti ó Deus, louvamos. A ti, Senhor, cantamos: louvor!
A ti, ó Pai eterno, Se prostra toda Terra: Senhor!

A ti, os anjos cantam, os céus a ti aclamam: louvor!
Proclamam céus e terra, a tua glória imensa, Senhor!

Santo (santo), Santo (santo),
Santo, Santo, Santo: É o Senhor! Deus dos Exércitos,
Deus do combate, Deus da vitória, Deus Sabaoh!

A ti com amor, celebram apóstolos, profetas, ó Pai!
O harmonioso coro dos mártires te louva, Senhor!
A ti, por toda a terra, proclama a Santa Igreja, ó Pai!
ó Pai onipotente de majestade imensa, Senhor!Santo

Ao Filho, adora a Igreja Deus vivo e verdadeiro, Jesus!
Também dá glória e viva ao Espírito Divino: Senhor!

O Rei da glória, ó Cristo, do Pai Eterno, Filho, Jesus,
Da virgem tu nasceste pra nos salvar vieste, Senhor! Santo

A morte tu sofreste, a morte tu venceste, Jesus,
Aos que têm fé abrindo dos céus o eterno reino, Senhor!

Sentaste à direita de Deus na glória eleito, Jesus!
Nós cremos na tua volta, Virás julgando o povo, Senhor! Santo

Portanto, te pedimos, escuta os que remiste, Jesus,
com sangue precioso. Nos salva, ó Deus bondoso, Senhor!

Alista-nos ó Cristo entre os teus escolhidos, Jesus!
Cantemos tua vitória um dia lá na glória, Senhor! Santo

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus e passar o dia com o coração agradecido ao Pai.

Bênção
Senhor, volta para mim,
na maneira simples de chegar.
E que te possa descobrir
em todos os presépios e casas,
em todas as manjedouras e berços,
em todas as Marias e Josés.
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/

Leitura Orante
Natal, 25 de dezembro de 2016


“Um Menino é a resposta de Deus às nossas perguntas”

“Encontrareis um recém-nascido envolto em faixas e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12)

Texto Bíblico: Lucas 2,1-14

1 – O que diz o texto?

“Deus se humanizou”: tal expressão revela que a Misericórdia de Deus significa também ternura.
Apareceu um Menino: apareceu a ternura e a doçura do Deus que salva.
Na fragilidade de uma criança se esconde e se revela a grandeza divina.
Uma antiga tradição religiosa afirma que a maior seriedade de Deus aconteceu quando Ele virou menino. Louca aventura amorosa de Deus!
No rosto de uma criança se faz visível a Misericórdia que desce sempre mais abaixo, que nasce no ventre da terra e se faz terra fértil.
Ao entrar na gruta para contemplar o Menino-Deus, conectamos, ao mesmo tempo, com o mais profundo do coração humano, carregado de compaixão e generosidade. A bondade humana é uma faísca que pode se atrofiar, mas jamais se apagar. São necessários alguns momentos densos para que esta chama seja ativada. A vivência do Natal é um deles.
Natal: estamos em um tempo que nos fala do essencial: um Deus que se faz carne, o divino que se faz humano; o eterno se estremece diante do que é terno; o infinito abraça amorosamente a fragilidade...
Viver este mistério é viver em Deus, compreender até onde chega a loucura de amor de um Deus que se humaniza para que nos humanizemos.
“A humanidade de Cristo é a humanidade vivida à maneira de Deus, ou melhor, vivida por Deus” (José Arregi).
Segundo Jacob Boehme, místico medieval, Deus é uma Criança que brinca...
É nessa atmosfera “infantil” que Deus se aproximou de nós. Não veio como um imperador poderoso nem como um sumo sacerdote ou um grande filósofo. Deus pode ser encontrado não na estrada suntuosa do domínio e do poder, mas na estrada da doação, da partilha, da solidariedade... A única explicação da “descida” de Deus é seu “amor compassivo”. Ele mergulhou na nossa fragilidade fazendo-se uma criança pobre, que nasce na periferia, no meio de animais, deitada numa manjedoura... para que ninguém se sentisse distante d’Ele, para que todos pudessem experimentar o sentimento de ternura que uma criança desperta e sobre quem nos dobramos, maravilhados. Criança não infunde medo; todos se aproximam dela.
Pequenino com os pequeninos, Deus nos faz proclamar silenciosamente:
“Meu Deus, me dá cinco anos, me dá a mão, me cura de ser grande...” (Adélia Prado).

2 – O que o texto diz para mim?

Ao recuperar o olhar de assombro e de espanto no interior da Gruta de Belém, minha mente se abre à imaginação e ao sonho, começo a considerar as infinitas possibilidades para ser e conviver, brota a alegria do novo, do que está nascendo a cada instante, de explorar recursos inéditos e desconhecidos.
O Natal é essa ternura que ilumina a história humana, o cosmos do qual faço parte. É a confissão de que a bondade gera e sustenta a vida.
É crer que tudo está eternamente movido por um pulsar profundo, criador, maior e mais poderoso que o universo, mais terno e pequeno que o coração de um recém-nascido.
É a promessa de que o bem prevalecerá.
Natal: é o tempo para acolher com ternura o que é germinal, o pequeno, o que nasce nos movimentos sociais e humanitários alternativos e nos grupos eclesiais que se empenham por um mundo novo e por uma Igreja mais sintonizada com o sonho de Deus.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Da “Gruta de Belém” à “gruta interior”: esta é a aventura que me leva a crescer, amar e compartilhar com os outros o dom da vida; aprender a ver nas pessoas a grande reserva de bondade, altruísmo e generosidade que carregam dentro de si; nunca me conformar com a injustiça e a violência, semeando cordialidade e gentileza a todos (as); e, sobretudo, ser mestre da esperança. “...porque é de infância, meu filho, que o mundo precisa” (Thiago de Mello).
Quando me faço presente junto à Criança eterna, então brota em mim o impulso para a renovação de vida, o despertar da inocência escondida, o encontro com novas possibilidades de ação que correm em direção ao futuro.
Se Deus correu o risco de encarnar-se, de nascer pobremente e crescer como salvação a partir da exclusão deste mundo, já não há excluídos para Ele, ninguém fica fora d’Ele. E o lugar principal para a festa é ali onde Ele aparece: nos aforas, onde não há lugar, onde tudo parece esgotar-se e é condenado a crescer em meio às ameaças e às intempéries das situações humanas.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, o Nascimento de Jesus é um atrevimento, uma verdadeira ousadia, uma surpresa inimaginável...; na verdade, o Natal é a manifestação do impossível que se faz possível no coração de Deus.
“Ele é o eterno Menino, o Deus que faltava; o divino que sorri e que brinca; o menino tão humano que é divino” (Fernando Pessoa).
É a fragilidade de uma criança que ativa em mim a atitude da expectativa, da novidade, do assombro...
Cada nascimento é um sinal, um imenso milagre, uma bela promessa, um profundo chamado.
Viver é milagre. Só ser já é milagre. E o maior milagre é a ternura que cuida, nutre, consola. Isso é “Deus”.
Dizia o pintor Pablo Picasso que tornar-se criança leva tempo, e talvez eu possa acrescentar que somente o encontro com o Deus Menino me devolve a pureza e a inocência primordiais.
Agora tenho um Deus menino e não um Deus juiz severo de meus atos e da história humana.
Quê alegria interior sinto quando penso que serei julgada por um Deus Menino! Ao invés de condenar, ele quer conviver e entreter-se comigo eternamente.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Olhar a realidade e a fragilidade de tantas pessoas.
Contemplar a fragilidade e a exclusão humana como uma forma de presença de Deus.
Sair, descer ao encontro das carências humanas, é uma forma de peregrinação para o coração do Deus mais vivo e surpreendente. Deus está presente como fragilidade, nos excluídos, nos pobres, nas carências de todo tipo, em cada uma de minhas limitações.
Aproximar da fragilidade dos que sofrem, também me aproximo de Deus.
Sentir a força de Deus, seu santo braço, que transforma, com a minha ajuda, toda a realidade.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Lucas 2,1-14
Pe. Adroaldo Palaoro, sj – reflexão do Evangelho
Desenho: Osmar Koxne

Sugestão:
Música: O que era noite, tornou-se dia – fx 12 (2:58)
Autor: Zé Vicente
Intérprete: Zé Vicente
CD: Sol e sonho
Gravadora: Paulinas Comep

http://www.nospassosdepaulo.com.br/2016/12/leitura-orante-natal-25-de-dezembro-de.html

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