quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/12/2016

Ano A


Lc 7,24-30

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Evangelizar quem não é evangelizado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quem de nós teria coragem de ir a Brasília, onde estão os três poderes que nos governam, e onde também é público e notório ser um antro de corrupção? Pregar a Palavra de Deus aos políticos corruptos, aos governantes e legisladores desonestos e anunciar-lhes o Reino da Justiça Divina? Dei o exemplo de uma classe que tem em seu meio pessoas que vivem em um mar de lamas, mas perto de cada um de nós, sempre tem alguém que parece ignorar a Palavra de Deus e o seu Reino, seriam eles as famosas Ovelhas Perdidas da Casa de Israel, como disse o próprio Jesus.
João Batista rompeu com a Cultura e a religião da sua época e foi anunciar o Reino a um público nada recomendável: as mulheres da Vida e os Publicanos e Cobradores de impostos, pessoas desqualificadas, com quem hoje, muitos pregadores não iriam "perder tempo". Aliás, parece que o seu jeito autêntico e coerente de viver a Fé atraia todas as pessoas a ele, para ouvir sua pregação que anunciava algo diferente. O refrão religioso até então era "Cumprir a Lei de Moisés", João estimula seus ouvintes a uma mudança radical de vida, e quem precisa de conversão não são os que estão na comunidade, mas aqueles que estão fora dela, alheios ao evangelho e ao Reino que Jesus inaugurou.
Este é o mérito de João Batista segundo o próprio Jesus, os Publicanos e Cobradores de Impostos deram-lhe toda atenção e muitos se converteram. João não fazia uma pregação light, adaptada aos usos e costumes das pessoas daquele tempo, mas fala o que tem que ser falado, anunciando um Reino Novo que está chegando e que se fundamenta na Verdade, retidão e justiça. Não facilita para as pessoas falando aquilo que as agrade, não faz média quando anuncia a Santa Palavra e nem com o Grande Herodes, o qual até o admirava, João não teve medo de denunciar o seu pecado de adultério (uma palavra que hoje está quase saindo do nosso vocabulário, e que se tornou pesada e muito dura, até para os cristãos).
Por isso João é comparado por Jesus a uma Voz que grita no deserto, com firmeza e sem rodeios, que não se dobra e nunca se curva diante de valores contrários á Palavra anunciada. A Igreja vive por esses tempos um momento decisivo em sua história, onde o Espírito Missionário impulsiona os Cristãos a irem anunciar, pregar e viver o testemunho da Fé em meio a ambientes aparentemente hostis ao Reino e ao evangelho onde há sempre o perigo dos cristãos serem "engolidos" pelo relativismo, rompendo com a ética e a moral cristã, vivendo um cristianismo não tão exigente e criando um Jesus Cristo que venha mesmo de encontro as suas conveniências. Nesse caso tornam-se caniços que se envergam e se dobram ao sabor do vento.

2. O testemunho do Batista
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

João já tinha dito às autoridades dos judeus que não era o profeta, nem Elias. De João, Jesus dirá que é mais do que um profeta. É o mensageiro que prepara o caminho daquele que vem. Até agora na primeira Aliança é o maior. Na nova aliança do Reino, o menor é maior do que ele, entenda-se, enquanto ele não passar para a nova Aliança. Na nova aliança os critérios de grandeza também são novos. João era um homem sério, um homem do deserto, não alguém instável nem um homem de aparências. Tinha personalidade e para mostrá-la não precisava nem de títulos nem de panos. Assim mesmo, com tudo o que ele tinha de valor, como mensageiro dos planos de Deus, os especialistas nas coisas de Deus não o aceitaram e desprezaram os planos de Deus a respeito deles mesmos. Deus tinha alguma coisa boa e bonita também para os religiosos daquele tempo, por meio de João Batista. Não viram e não quiseram ver.

3. MAIOR QUE UM PROFETA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).

Os altos elogios dirigidos a João Batista sublinham qualidades do Precursor que deveriam ser imitadas pelos discípulos de Jesus. Sua grandeza de espírito no cumprimento da missão recebida de Deus fê-lo digno de honra, mesmo que "o menor no Reino de Deus seja maior do que ele".
O Batista caracterizava-se por sua firmeza, em se tratando das coisas de Deus. Ele não era "como um caniço agitado pelo vento", que se inclina de um lado para o outro ao sabor das pressões ou de seus interesses pessoais. Seu destemor levá-lo-ia a opor-se a autoridade romana, num dos muitos gestos arbitrários desta.
Outro traço do Batista era sua pobreza radical. Escolhera suportar as agruras do deserto. Sua vestimenta reduzia-se a pedaços de peles de animal. Seu alimento era limitado ao estritamente necessário, contentando-se com o que encontrava nos arredores. Seu despojamento falava por si mesmo. Só alguém totalmente confiado à Providência seria capaz de viver assim.
Ele teve a sensibilidade de acolher o apelo de Deus que o transformaria em "mensageiro" de seu Messias. Daí ter-se lançado na tarefa de preparar-lhe o caminho, convocando o povo para a conversão. Nisto consistiu sua grandeza!
Assim, os discípulos de Jesus tinham em quem se inspirar na sua adesão ao Reino.
Oração
Pai, que o testemunho fulgurante de João Batista sirva de inspiração para minha adesão ao teu Reino. Que jamais me faltem a firmeza e o despojamento do Precursor.

http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d5

Vivendo a Palavra

Com o encontro de João Batista e Jesus de Nazaré acontece a transição entre a Antiga e a Nova Aliança do Senhor. Antes, com os filhos de Israel; agora, com a humanidade, que é lavada no sangue do Cordeiro de Deus – aquele que tira o pecado do mundo. Que a sóbria vida do Precursor seja nosso exemplo para seguirmos os passos de Jesus nesta terra abençoada.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

João é muito mais do que um profeta. Foi ele o único profeta que não apenas anunciou o Messias como testemunhou a sua presença no meio dos homens. É ele o mensageiro que foi enviado à frente do Messias e preparou o seu caminho. Mas o maior dentre os nascidos de mulher é menor do que os que pertencem ao Reino de Deus. João, como todos os profetas do Antigo Testamento, anuncia a salvação que deverá acontecer com a vinda do Messias, mas quem pertence ao Reino de Deus não vive a promessa, mas a realidade da salvação messiânica, e testemunha esta salvação já realizada para todas as pessoas.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=12&dia=15

Meditando o evangelho

MAIOR QUE UM PROFETA

Os altos elogios dirigidos a João Batista sublinham qualidades do Precursor que deveriam ser imitadas pelos discípulos de Jesus. Sua grandeza de espírito no cumprimento da missão recebida de Deus fê-lo digno de honra, mesmo que "o menor no Reino de Deus seja maior do que ele".
O Batista caracterizava-se por sua firmeza, em se tratando das coisas de Deus. Ele não era "como um caniço agitado pelo vento", que se inclina de um lado para o outro ao sabor das pressões ou de seus interesses pessoais. Seu destemor levá-lo-ia a opor-se a autoridade romana, num dos muitos gestos arbitrários desta.
Outro traço do Batista era sua pobreza radical. Escolhera suportar as agruras do deserto. Sua vestimenta reduzia-se a pedaços de peles de animal. Seu alimento era limitado ao estritamente necessário, contentando-se com o que encontrava nos arredores. Seu despojamento falava por si mesmo. Só alguém totalmente confiado à Providência seria capaz de viver assim.
Ele teve a sensibilidade de acolher o apelo de Deus que o transformaria em "mensageiro" de seu Messias. Daí ter-se lançado na tarefa de preparar-lhe o caminho, convocando o povo para a conversão. Nisto consistiu sua grandeza!
Assim, os discípulos de Jesus tinham em quem se inspirar na sua adesão ao Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, que o testemunho fulgurante de João Batista sirva de inspiração para minha adesão ao teu Reino. Que jamais me faltem a firmeza e o despojamento do Precursor.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-12-15

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a compreender o mistério de João Batista. Ele acreditou nas promessas que fizeste, Pai amado, aos Patriarcas e se preparou com uma existência sóbria e confiante para discernir o momento de sua realização. Que também nós saibamos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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