domingo, 25 de setembro de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 26/09/2016 A 28/09/2016

Ano C



26 de Setembro de 2016

Lc 9,46-50

Comentário do Evangelho

Jesus é um homem poderoso em gestos e palavras

O evangelho desta segunda-feira é o último episódio da primeira parte do Evangelho segundo Lucas (4,14–9,50). Toda esta primeira parte é dominada pelo tema da identidade de Jesus como profeta: Jesus é um homem poderoso em gestos e palavras. A discussão entre os discípulos sobre quem seria o maior é a sequência do segundo anúncio da paixão-morte-ressurreição. Tal discussão entre os discípulos, flagrada por Jesus, revela a incompreensão deles acerca do mistério de Jesus Cristo. O seguimento de Jesus deve ser caracterizado pelo serviço fraterno. Assim como o Senhor se fez servo de todos, do mesmo modo o discípulo é servo; para o serviço do Reino de Deus é que ele foi chamado. Na dinâmica própria da vida cristã, o maior é o menor no Reino de Deus. A “criança” é, aqui, símbolo do próprio Cristo, o “menor” de todos porque se fez servo de todos. O nome de Jesus, isto é, sua pessoa, não é propriedade ou monopólio de quem quer que seja. Os seus “atos de poder” e o seu ensinamento, que libertam o homem das amarras do mal, não se circunscrevem nos limites de um único grupo. Ninguém pode fazer o bem se Deus não mover o coração. Deus está na origem do verdadeiro bem. Por isso Jesus diz: “quem não é contra vós, está a vosso favor”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.
Fonte: Paulinas em 28/09/2015

Vivendo a Palavra

O apóstolo João ainda tinha muito caminho para percorrer no seguimento do Mestre. Ele pensava a comunidade dos fieis como um clube fechado, exclusivo dos que andassem com ele... Mas Jesus tem o coração aberto e receptivo, e deixa a lição da inclusão de todas as pessoas de boa vontade em sua Igreja – que, hoje, somos nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/09/2015

Vivendo a Palavra

Em Israel no tempo de Jesus, as crianças eram discriminadas. Não contavam. Ao acolher uma delas e revelar que quem o fizesse estaria recebendo não só a Ele, mas ao Pai do Céu, o Mestre quebra mais um paradigma, sempre em favor da inclusão de todos no Reino de Amor que anunciava.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A lógica que nos é proposta por Jesus nos desafia a entender as relações de autoridade e de poder de uma forma totalmente diferente da proposta pelo mundo: autoridade significa conduzir as outras pessoas para uma vida melhor e poder significa serviço e humildade. Com isso, o Evangelho nos mostra que devemos nos afastar da opressão, da dominação e do autoritarismo do poder pelo poder. O Evangelho de hoje também nos mostra que o fato de sermos a Igreja de Jesus Cristo não nos dá o direito de nos apossarmos da sua pessoa e da sua ação, uma vez que ele chama diferentes pessoas através de modos diferentes para que, de diferentes modos, continue agindo no meio dos homens.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=26

Meditação

Quer ser grande? Acolha o pequeno, o simples! - Falando em criança, temos consciência de que o futuro está nas mãos delas? - Hoje fala-se muito em acolher! Temos consciência de que acolher significa valorizar a pessoa do outro? - Ser grande significa valorizar o outro, ser solidário e amigo dos que a sociedade despreza, não é mesmo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 30/09/2013

Meditando o evangelho

A GRANDEZA DOS PEQUENINOS

Os discípulos de Jesus tardaram em perceber que o Reino pertence aos pobres, aos famintos, aos pequeninos, e que estes são os grandes do Reino, exatamente por serem desprovidos de poder e de manias de grandeza. Sua excelência se deve ao amor que o Senhor do Reino lhes devota, e não a méritos humanos.
O menino que Jesus colocou junto de si tornou-se o centro das considerações. Contemplando-o, seria possível compreender o que significa ser "o maior no Reino". Ele era absolutamente necessitado de ajuda. Faltava-lhe condições para impor-se ao mundo dos adultos. Carecia de ser acolhido e amado. Disto dependia a sua subsistência.
No contexto do Reino, maior é quem compreende que depende de Deus e assume a postura de um pequenino. Nesta condição, torna-se solidário com os pequenos e fracos deste mundo, fazendo-se deles amigo e servidor. O maior do Reino recusa-se a se colocar entre os primeiros da escala social ou hierárquica. Pelo contrário, encontra seu lugar entre os que foram relegados aos níveis inferiores, por serem vítimas da discriminação. Sendo avesso às glórias mundanas, obtidas à custa de fraude e desonestidade, busca conquistar a glória que provém do amor aos pequeninos. Glória duradoura por ter sua origem no Pai!
Por conseguinte, quem se torna pequenino, fazendo-se servidor dos mais necessitados, possui o espírito do verdadeiro discípulo que dispensa toda disputa a respeito de quem é o maior.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.


27 de Setembro de 2016

Lc 9,51-56

Comentário do Evangelho

Viu a cidade e chorou sobre ela.

O versículo 51 do capítulo 9 é o início da seção central do evangelho segundo Lucas. Trata-se de um versículo importante, pois ele dá o sentido da subida de Jesus para Jerusalém. A melhor tradução do v. 51, a nosso ver, é a seguinte: “Tendo chegado o tempo em que ia ser arrebatado, ele endureceu a sua face para caminhar para Jerusalém”. A expressão “endurecer a face” tem um sentido de julgamento (Is 50,7; Jr 3,12; 21,20), especialmente como se encontra em Ezequiel (6,2; 13,17; 20,46; 21,2). Em outras passagens do seu evangelho, Lucas utiliza Ezequiel (Lc 19,41-44; 21,20-24; e Ez 4,1-3; 21,6-12.22). Certamente é do texto grego de Ezequiel que Lucas tira a expressão do versículo 51. A passagem de Ezequiel na qual, muito provavelmente, Lucas se inspirou é Ez 21,2-7. Tanto num como noutro livro, o “endurecimento da face” está referido a Jerusalém. Como Ezequiel sofreu e disse uma palavra de julgamento contra Jerusalém e seus santuários, do mesmo modo Jesus vai fazê-lo ao chegar próximo da cidade santa: “Como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela, dizendo: ‘Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz!’” (Lc 19,41-44; Ez 21,2-6). Jesus vai a Jerusalém para julgá-la!
Fonte: Paulinas em 01/10/2013

Vivendo a Palavra

Como nós, também os apóstolos ainda tinham muito a aprender. E Jesus, que caminhava pela derradeira vez para a Cidade Santa, onde seria crucificado, transborda sua mansidão e ensina o que é o Amor – o seu Amor: devemos amar não apenas os amigos, mas também os diferentes, até os inimigos que não nos quiserem receber.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/10/2013

Reflexão

A mentalidade dos homens é bem diferente da mentalidade de Deus e o Evangelho de hoje nos mostra muito bem essa verdade. Deus não abandona o homem ao poder do pecado e da morte, mas vem em seu socorro através do seu próprio Filho que, com sua morte, destrói o pecado e a morte, e conquista para todos nós a vida. Os apóstolos agem de maneira completamente diferente. Diante da resistência do povo da Samaria em receber Jesus, querem que caia fogo do céu e devore a todos. Os homens querem punição e morte, enquanto Deus quer misericórdia e vida.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=27

Meditação

Ao querer evangelizar alguém, será que não corremos o risco de ser insistente demais perturbando em vez de demonstrar amor verdadeiro? --e que o respeito deve estar acima de tudo? perturbando em vez de demonstrar amor verdadeiro? Lembra-se que o respeito deve estar acima de tudo? - Comente o dito popular: “Pega-se mais mosca com uma gota de mel que com um barril de vinagre!” - Lembra-se que Deus não força ninguém, não castiga, não obriga? - Acha difícil demais seguir o Evangelho?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12.com - Santuário Nacional em 01/10/2013

Meditando o evangelho

A REPREENSÃO DO MESTRE

A reação de Tiago e João diante da recusa dos samaritanos de acolher Jesus em viagem para Jerusalém mereceu a pronta repreensão do Mestre. Ambos quiseram imitar o profeta Elias que mandou fogo do céu para consumir os profetas idólatras, desviadores da fé do povo. Desta forma, deixavam-se levar pelo espírito de violência e vingança, em total desacordo com o projeto de Reino proclamado por Jesus.
A hostilidade dos samaritanos contra os judeus já existia de longa data. Oito séculos antes, quando os assírios destruíram a Samaria e exilaram a população local, trouxeram povos estrangeiros para habitarem naquela região. Estes estrangeiros, com suas religiões idolátricas, casaram-se com os remanescentes judeus, surgindo daí uma espécie de religião sincretista. As autoridades religiosas de Jerusalém desprezavam os samaritanos por esse passado inglório. Daí surgiu um ódio entranhado entre eles. Foi o pano de fundo da reação de Tiago e João que os consideravam como inimigos a serem eliminados.
O pensamento de Jesus segue na direção oposta: os samaritanos eram amigos a serem evangelizados. Agir com violência só serviria para fechá-los ainda mais na sua postura anti-judaica. Era necessário tempo e paciência para que se abrissem ao Reino. Esta foi uma lição importante para os discípulos que seriam enviados em missão. Como apóstolos, deveriam primar pela mansidão e pela bondade, mesmo diante de quem os rejeitasse.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, livra-me de ser levado por impulso e pelas paixões ao me deparar com quem se recusa a acolher a mensagem do Reino. Que a minha mansidão possa conquistá-lo para ti.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-09-27


28 de Setembro de 2016

Lc 9,57-62

Comentário do Evangelho

Ninguém pode impor ao Senhor condições para segui-lo.

No início da subida para Jerusalém, apresentam-se três casos que, dado o anonimato das pessoas, devem ser tidos como típicos. No primeiro e no terceiro casos, são as pessoas que tomam a iniciativa de seguir Jesus; no segundo caso, é Jesus quem o chama. Nos três casos há o desejo sincero de seguir Jesus. No entanto, é preciso que todos saibam as condições para se tornarem discípulos e se têm força e ânimo para fazê-lo. Àquele que se apresenta desejoso de segui-lo, Jesus adverte que a vocação do discípulo é itinerante, exige desapego e renúncia do conforto dos bens terrenos. Aos outros dois, Jesus observa que não pode haver nada que anteceda ou possa retardar o seguimento; a disponibilidade não pode estar subordinada a apegos afetivos nem aos bens. Ninguém é excluído do seguimento de Jesus. No entanto, ninguém pode impor ao Senhor condições para segui-lo. O que é dito em separado a cada um deles que se dispõem a seguir Jesus vale, no seu conjunto, para todos. O que é dito aos discípulos como exigência do seguimento, nós o vemos realizado na vida mesma de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.
Fonte: Paulinas em 01/10/2014

Vivendo a Palavra

Enquanto Lucas nos mostra algumas reações ao convite de Jesus «Siga-me», nós nos lembramos de Santa Teresinha de Menino Jesus, com seu exemplo de entrega ao Reino do Pai: ela dedicou toda sua breve vida ao anúncio do Amor com que somos amados pelo Criador, amando a todos que com ela conviveram.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/10/2014

Reflexão

Seguir Jesus significa muito mais do que ser um repetidor doutrinário, significa ser capaz de assumir o seu Projeto como algo próprio, ser capaz de olhar para o futuro e visualizar o Reino de Deus, fundamentar a própria existência nesse Reino, fazer da esperança da sua realização o motor propulsor da própria vida e entregar-se de corpo e alma, com tudo o que se é e que se tem na luta em prol da plena realização desse Projeto, renunciando a todas as conquistas humanas obtidas e a todas as formas de segurança que este mundo pode oferecer. É ser totalmente livre de todos os apegos deste mundo para amar a Deus de forma total e exclusiva e fazer desse amor a grande motivação da construção do Reino e a causa da própria felicidade.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=28

Recadinho

Conhece alguém que deixou tudo para seguir a Jesus de modo radical? - Cite alguém que seja um ótimo exemplo de dedicação ao Evangelho. - O jovem estava triste, diante de uma realidade terrena. Jesus o encoraja a se dedicar ao anúncio do Reino de Deus. - Nós nos preocupamos em encorajar os abatidos? - Sua comunidade apoia os que deixam tudo para anunciar o Reino de Deus? - O que sua comunidade faz pelas vocações sacerdotais e religiosas?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário N acional em 01/10/2014

Meditando o evangelho

APTO PARA O REINO DE DEUS

As três cenas de diálogo entre Jesus e as pessoas que se dispunham para o discipulado evidenciam a aptidão para o Reino. Muita coisa deve ser deixada de lado, muitas outras devem ser assimiladas, antes de dar assentimento ao chamado de Jesus.
Não é apto para o Reino quem está em busca de riqueza e segurança, não se predispondo a levar uma vida de pobreza e insegurança. A segurança oferecida pelo Reino depende da fé na providência do Pai. E a riqueza do discípulo consiste unicamente nas boas obras realizadas. Elas é que se mostrarão deveras valiosas quando se encontrar com Pai, no fim de sua caminhada terrena. Tudo o mais será desprovido de valor.
Não é apto para o Reino quem submete os interesses do Reino aos interesses familiares, a ponto de, quando houver conflito entre ambos, ser levado a optar por estes últimos. O discípulo deve estar disposto a colocar as coisas do Reino em primeiro lugar, e, a partir daí, redimensionar as exigências provindas do âmbito familiar.
Não é apto para o Reino quem é inconstante, incapaz de manter-se firme na sua decisão. Esta supõe pessoas de caráter firme, cujas opções não são mudadas ao sabor das circunstâncias, de modo especial quando as conseqüências se fazem sentir. Neste sentido, a firmeza de Jesus foi exemplar. Nem mesmo a perspectiva da morte, fê-lo olhar para trás. Decidido a obedecer o Pai, seguiu resolutamente em frente.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-09-28


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