domingo, 10 de abril de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 10/04/2016

ANO C


Jo 21,1-19

Comentário do Evangelho

Pedro, Tomé e Natanael comem com o Ressuscitado, que revela em Pedro o amor. O Evangelista narra a pesca milagrosa juntamente com a refeição pós-pascal na praia. Continuando a narrativa o evangelista introduz uma nova cena, a da conversa, a última, de Jesus com Pedro na mesma praia. Conversa pessoal, contato íntimo, conversa pastoral. Não são dois gerentes de uma grande firma, nem o proprietário e seu sucessor, ou sócio fundador. É a conversa do único mestre com o aluno. O discípulo é aquele que segue o Mestre, e é esta a última palavra de Jesus para Pedro: “Segue-me”.
Pedro, o primeiro Papa, discípulo com os discípulos na escola de Jesus, o Mestre. Conhecemos as perguntas de Jesus a Pedro: Tu me amas mais do que estes? Tu me amas? Tu me amas? Sim, tu sabes tudo, sabes que te amo. Então, apascenta o rebanho, cuida dos cordeiros e das ovelhas. Tu me amas? Eu te amo! Então, cuida do rebanho. A condição para se ter qualquer função na comunidade de Jesus é amar. Pedro recebe de Jesus uma função de primazia, que é um serviço de pastoreio, e recebe tal função porque ama o Senhor Jesus.
A grandeza de Pedro não está no nome nem na função, mas nas obras do pastoreio, como cuida, como apascenta. Não falte ao pastor nem o exemplo nem a ciência necessária, porque um dia, Pedro, alguém te amarrará e te levará para onde não queres ir. Será o momento do puro testemunho, sem honra nem privilégios. Quem escreveu sabia que Pedro já estava morto.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm

Vivendo a Palavra

Pedro, que por três vezes O negara, tendo confessado, também por três vezes, o seu amor a Jesus, recebe a missão de cuidar de suas ovelhas. Era o Mestre, já apresentando sua despedida e se certificando que sua Igreja estaria pronta para promover a paz, a concórdia e a fraternidade entre os seguidores do Caminho percorrido por Ele neste mundo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Meditando o Evangelho

CUIDA DAS MINHAS OVELHAS

A morte de cruz encerrou o ministério terreno de Jesus. Ao exclamar: "Tudo está consumado!", ele proclamou ter levado a termo a missão recebida do Pai.
Todavia, restava muito a ser feito. O Evangelho deveria ser anunciado a todos os povos, e a salvação chegar até os confins da Terra. A sementinha do Reino não podia ficar infrutífera. Era preciso fazê-la desabrochar para tornar-se uma árvore frondosa.
A missão, agora, seria tarefa dos discípulos. Com que condições? A primeira delas consistia em estar unido ao Senhor por um amor entranhado, numa proximidade tal que lhes permitisse assimilar a vida do Mestre. Esta centralidade de Jesus na vida do discípulo seria garantia de sua presença no decorrer da missão. A segunda consistia em estar consciente de ter sido encarregado de uma missão recebida do Senhor. O discípulo atuaria como servidor dessa missão, e não como dono do rebanho!
Ao ser três vezes interrogado, Pedro confessou seu amor a Jesus. Este, então, confiou-lhe o encargo de cuidar de suas ovelhas. O rebanho não é propriedade do discípulo, e a relação entre ambos deve ser permeada pelo amor do Senhor.
O ministério, portanto, teria três pólos: Jesus que confia a missão - o discípulo que a executa, por amor - e o rebanho a ser conduzido pelos caminhos do Senhor.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de dedicação, que eu cuide, com total generosidade, do rebanho a mim confiado pelo Senhor, sabendo conduzi-lo com amor.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html

HOMILIA DIÁRIA

Reafirmemos nosso amor por Cristo

Precisamos, mesmo que com o coração marcado e manchado pela culpa e pelo sentimento de erro, reafirmar o nosso amor ao Mestre

“Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: ‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo’.” (João 21, 17)

Jesus ressuscitado, Mestre e Senhor da vida, aparece a Seus apóstolos, come com eles, agracia-os com o dom de poderem pescar onde não era mais possível encontrar peixes. Jesus se faz um só com eles.
Na presença de Cristo ressuscitado, com o corpo glorioso no meio de Seus apóstolos, eles fazem memória de tudo aquilo que o Senhor havia lhes ensinado, o que, por medo e descuido, eles mesmos haviam esquecido.
O Ressuscitado no meio deles traz luz, sabedoria, entendimento e compreensão de tudo aquilo que Ele havia ensinado. Um dia, o próprio Senhor confiou a Pedro a direção de Sua Igreja, mas este estava tomado pelo medo, pela vergonha; estava cheio de culpa interior, porque havia negado Jesus três vezes.
Jesus não foi perguntar nenhuma vez a Pedro, se ele O havia negado, nem jogou em sua cara o porquê de ele ter feito aquilo. Jesus fez questão apenas de reafirmar se Pedro ainda O amava, se ainda tinha amor por Ele. Por isso, Jesus perguntou três vezes e, em nenhuma delas foi para jogar na cara de Pedro (o fato de ele ter negado o Senhor), mas para apagar o sentimento de culpa e má lembrança de seu coração. Na terceira vez, Pedro até chorou, mas, a cada afirmação de amor, Jesus confiava a ele as coisas mais caras de Seu coração: “Apascenta as minhas ovelhas, toma conta da riqueza do Reino, toma conta do que o Pai lhe confiou”.
Sabe, meus irmãos, apesar de nossas fraquezas, apesar de tantas vezes termos negado Jesus com nossos pecados e faltas, com os nossos erros, Ele nunca deixou de nos amar e jamais deixará de afirmar o Seu amor por nós. Todas as vezes que pecamos, Ele tem dez vezes mais perdão para nos dar.
O perdão de Deus não é para gerar em nós sentimento de culpa, de revolta pelo nosso pecado. O perdão do Senhor é para sanar, sarar e purificar o mal que o pecado fez em nós!
Todos os dias, precisamos reafirmar a nossa profissão de fé e amor. A cada dia, Jesus pergunta-nos: “Tu me amas?”, e todas as vezes precisamos, mesmo com o coração marcado e manchado pela culpa e pelo sentimento de erro, reafirmar o nosso amor ao Mestre.
A nossa confissão de amor paga o nosso sentimento de culpa. A reafirmação de nosso amor ao Mestre eleva nossa alma da culpa à misericórdia, da dor ao revigoramento espiritual. O bálsamo do Mestre é para curar as nossas faltas!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.


http://homilia.cancaonova.com/homilia/reafirmemos-nosso-amor-por-cristo/

Recadinho


- Alguma vez você se lembra de rezar às refeições? - Não reza por respeito humano ou por esquecimento? E ao se levantar e ao se deitar? - Você oferece seus trabalhos, suas atividades a Deus? - Você faz alguma coisa específica pelas vocações sacerdotais e religiosas?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/10/04/2016

REFLEXÕES DE HOJE

1O DE ABRIL-DOMINGO

http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Para onde não queres ir… (Jo 21,1-19)
Ser amarrado pela cintura e arrastado à força é o que Jesus prenuncia para Pedro, o primeiro Papa. E “ser levado para onde não queres ir”. No mínimo, podemos ler aqui duas leituras diferentes: 1) a missão do Papa é uma correnteza avassaladora da qual ele não pode fugir; 2) em sua fidelidade à mesma missão, ela encontrará adversários, inimigos e perseguidores.
Neste Evangelho, à beira do Lago, Simão Pedro, o velho pescador, ouve de Jesus por três vezes o imperativo inseparável de sua missão: “apascenta meus cordeiros!”, “sê o pastor de minhas ovelhas!”, “apascenta minhas ovelhas!” Esta missão, se assumida na prática, será a resposta ativa à pergunta que ele acaba de ouvir por três vezes: “Simão, tu me amas?
”Urs von Balthasar comenta: “O evangelho da aparição do Senhor à beira do Lago de Tiberíades acaba pela investidura de Pedro em seu ministério de pastor. Tudo o que o precede foi uma preparação: a pesca infrutífera, a seguir a pesca milagrosa, após a qual Pedro se lança na água para juntar-se ao Senhor e se mantém ao lado dele, sobre a rocha da eternidade. O resto da Igreja lhe traz seu pescado, pois somente Pedro conduz à terra a rede inteira.
E, por fim, a pergunta decisiva lhe é dirigida: “Tu me amas mais do que estes?” Tu, o renegado, mais que aquele discípulo bem-amado que se manteve ao pé da cruz? Consciente de sua falta ao ouvir a tríplice pergunta, Pedro diz um primeiro sim arrependido. Sem a declaração desse amor maior, o Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas, não poderia confiar a Pedro o encargo de apascentar seu rebanho. O ministério que Jesus recebeu do Pai é idêntico ao dom amoroso de sua vida por suas ovelhas.
E para que seja definitivamente selada esta unidade do ministério e do amor, absolutamente exigida após a atribuição do ministério por Jesus, é prenunciada a Pedro a crucifixão, o dom de seguir Jesus até o fim.
Desde então, a cruz permanecerá ligada ao papado, ainda que devam existir papas indignos. E quanto mais um Papa assuma autenticamente o seu ministério, tanto mais pesadamente ele sentirá a cruz pesar sobre seus ombros.”
Basta contemplar atentamente a vida dos últimos papas e verificar a veracidade dessa observação: críticas, oposições, formação de partidos contrários, campanhas de difamação, atentados – tudo isto faz parte da cruz de Pedro, capaz de deixar uma pessoa de cabeça para baixo… O sangue de João Paulo II, na Praça de São Pedro, é apenas a face mais visível desse Calvário.
Orai sem cessar: “Eu vos darei pastores segundo o meu coração…” (Jr 3,15)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

Oração Final
Pai Santo, nós Te damos graças pela Igreja construída por Jesus e pedimos tua proteção paternal sobre nós, tua Família, e os que foram constituídos pastores e servidores nossos, nesta marcha de retorno ao Lar Paterno, a Tua Morada Santa. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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