domingo, 27 de março de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 27/03/2016

ANO C


Jo 20, 1-9

Comentário do Evangelho

Experiência dos discípulos

Certamente, com este relato dos discípulos de Emaús, próprio a Lucas, estamos diante de uma das páginas mais belas do Novo Testamento. Há uma profunda transformação vivida por aqueles dois discípulos que, depois da morte de Jesus, voltavam para a sua pátria: da frustração e do abatimento à alegria e o encontro com a Comunidade iluminada e revigorada pela experiência de que o Senhor vive. É bom que se esclareça, agora, duas coisas: os relatos das “aparições do Senhor” não visam dizer como Jesus ressuscitou dos mortos, mas como os discípulos fizeram a experiência de que ele havia sido ressuscitado e estava presente no meio deles. A presença do Ressuscitado não é evidente; é preciso um “caminho” para chegar a reconhecê-lo.
A morte de Jesus representou uma forte frustração para aqueles que punham nele as esperanças do Messias. Há no relato um espaço de tempo que separa o “ver” do “reconhecer”. O nosso texto visa transmitir o fato que permitiu a passagem do ver ao reconhecer. O espaço teológico-espiritual entre o ver e o reconhecer permitiu a Jesus a lição de exegese. No tempo do reconhecimento os discípulos confessarão que foi ela que os transformou: “não ardia o nosso coração quando, pelo caminho, ele nos explicava as Escrituras?”. A explicação e a compreensão da Escritura, à luz da ressurreição do Senhor, abriram os olhos para o reconhecimento. A primeira ressurreição, para os discípulos, é a da memória. Eles compreenderam, então, que o Senhor que se apresenta vivo no meio deles, de alguma forma, estava presente em toda a Escritura, que, por sua vez, encontra nele sua plenitude e sentido. Quando do reconhecimento, o Senhor desapareceu da vista deles. É que a visão física não é mais necessária para “ver” o Senhor. Mesmo invisível aos olhos, o Senhor está e permanecerá presente. A invisibilidade não significa, no que diz respeito à fé, ausência. Fato, aliás, que eles nem sequer mencionam, como se a visibilidade não tivesse a menor importância. O que retém a atenção, e é objeto da mensagem deles aos demais discípulos, é o acontecido no caminho para Emaús, no tempo que precedeu o reconhecimento, tempo de escuta, em que o Mestre ressuscitado continua a instruir os seus discípulos. Se a morte dispersou os discípulos, a experiência do Ressuscitado os congrega.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que eu caia na tentação de viver distante de meus irmãos e irmãs de fé, pois o Senhor Ressuscitado nos quer todos reunios em seu nome.
FONTE: paulinas em 20/04/2014

Vivendo a Palavra

Tendo celebrado na Semana a morte de Jesus, a partir de hoje proclamamos a sua Ressurreição. Esta é a última palavra: Ressurreição! Hoje e em todos os dias da nossa vida, tenhamos sempre presente esta verdade, tão ricamente referida pelo o apóstolo Paulo em sua carta aos coríntios: se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento e é vazia a nossa fé.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Meditando o Evangelho

O SEPULCRO VAZIO

Os discípulos começaram a se dar conta da ressurreição do Senhor, ao se depararem com o sepulcro vazio. Maria Madalena, alarmada, pensou que o corpo de Jesus tivesse sido retirado, à surdina, e colocado num outro lugar. Pedro, tendo acorrido para se inteirar dos fatos, apenas constatou onde estavam o lençol e os demais panos com que Jesus havia sido envolvido. O discípulo amado, este sim, começou a perceber que algo de muito extraordinário havia acontecido. Por isso, foi capaz de passar da constatação do sepulcro vazio à fé: "Ele viu e acreditou".
O sepulcro vazio, por si só, não podia servir de prova para a ressurreição do Senhor. Seria sempre possível acusar os cristãos de fraude. Poderiam ter dado sumiço ao cadáver de Jesus, e sair dizendo que ele ressuscitara. Era preciso ir além e descobrir, de fato, onde estava o corpo do Mestre.
O discípulo amado, de imediato, cultivou a esperança de encontrar-se com o Senhor. Sua fé consistiu na certeza de que o Mestre estava vivo, não no sepulcro, porque ali não era o seu lugar. Senhor da vida, não poderia ter sido derrotado pela morte. Filho amado do Pai, as forças do mal não poderiam prevalecer sobre ele. Embora sem ter chegado ao pleno conhecimento do fato, a fé na ressurreição despontava no coração do discípulo amado.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de ressurreição, como o discípulo amado, creio que o Crucificado venceu a morte e as forças do mal.
http://www.domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2016-3-27

OUÇA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

Contemplemos o Cristo vivo entre nós

Acenda essa chama em seu coração, contagie sua mente, sua casa e família por essa verdade maravilhosa: Cristo está vivo e no meio de nós!
“De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos” (João 20, 9).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

http://homilia.cancaonova.com/homilia/contemplemos-o-cristo-vivo-entre-nos/

HOMILIA


Homilia do Domingo de Páscoa (27.03.16)

“O Senhor ressuscitou”

Abristes as portas da eternidade

No terceiro dia do Tríduo Pascal (Sexta, Sábado e Domingo), a Igreja continua o Aleluia feliz que proclamou na Vigília. Se Jesus não tivesse ressuscitado, vazia seria a pregação e vã seria nossa fé (1Cor 15,14), pois acabaria numa sepultura a misericordiosa encarnação de Jesus e sem definição de nosso futuro. Com sua Ressurreição está definitivamente implantado o reinado de Deus sobre o universo, está restaurada a condição humana e estão abertas as portas do Paraíso fechadas pelo pecado. Deus não fechou o Céu, foi o homem e a mulhers culpados por uma desgraça que passou a todos. Mais que o mal, o fulgor da Ressurreição invade todo o Universo. Chega à meta o grande desígnio de levar todos a entrarem em comunhão com a Trindade. Quando Jesus morreu, rasgou-se o véu do templo (Mt 27,51). Este véu separava o lugar onde estava a presença de Deus. Só o sumo sacerdote poderia ali entrar, uma vez por ano (Hb 9,7). Agora está aberto a todos. Essa passagem é o coração aberto de Jesus pela lança de onde surge a grande torrente de sangue e água que inundam o mundo. “Abriram-se as portas da Eternidade”, como rezamos na oração da missa. A oração continua convocando “a ressuscitar na luz da vida nova”. Certamente para muita gente essas palavras não significam nada, pois ainda não ousaram beber das fontes de águas vivas que vêm do coração de Jesus. Os discípulos, como Pedro, guardaram de Jesus a lembrança de que  passou por toda parte fazendo o bem (At 10,38). Quando começamos fazer o bem participamos da vida eterna. É preciso conhecer a própria condição de pecado e a certeza que Ele tira o pecado do mundo, pois, destruindo a morte e, ressurgindo deu-nos a vida (Prefácio).

João viu e creu

Relatando o dia da Ressurreição, João nos mostra uma realidade do ambiente, dando a perceber a surpresa e a incredulidade dos discípulos. Maria Madalena, sofrendo a perda de seu grande amigo, vai ao túmulo vazio. Corre para contar aos discípulos que correm ao túmulo. João, mais novo, chega mais depressa. Não entra. Vem Pedro entra e vê. João entra e crê. “Ainda não tinham compreendido as Escrituras, segundo a qual Ele devia ressuscitar dos mortos” (Jo 20,1,9). Para entender o mistério da Ressurreição é preciso o Espírito “que ungiu Jesus com poder” (At 10,38). Estamos chegando da grande preparação da Quaresma. Ela, por ação de Deus, nos purificou e nos alimentou com a Palavra. Podemos ser como João que viu e creu. Pedro nos faz lembrar que podemos ver sem entender. É preciso crescer.

Ressuscitemos para uma vida nova

A Ressurreição em nossa vida é um dom e um questionamento. Deus nos ressuscitou em Cristo e nós vivemos a ressurreição nas obras com o mesmo amor com que Cristo assumiu sua vida. Vivemos como ressuscitados?  Não se trata de um sentimento, mas de uma atitude. Viver ressuscitado é buscar a vida do alto (Cl 3,1). Quanto mais buscamos a coisas do alto, mais nos preocupamos com o amor que deve penetrar todas as atividades, pois amar a Deus e ao próximo são um só mandamento (Lc 10,26-27). Ressuscitar com Cristo não nos tira da realidade. Por isso, os sacramentos sempre são o sustento e o estímulo. Na celebração da comunidade temos a força e o caminho. A Eucaristia é o sacrifício pelo qual a Igreja renasce e se alimenta (Oração sobre oferendas). Renovados pelos sacramentos pascais, cheguemos à luz da ressurreição (Pós Comunhão).

Leituras: Atos 10,34ª.37-43;Salmo 117;Colossenses 3,1-4; João 20,1-9

Ficha nº 1530 – Homilia do Domingo de Páscoa (27.03.16)

Sem a Ressurreição seria vã nossa fé. Por ela Jesus nos abriu as portas da Eternidade. O reinado de Deus é implantado em todo o Universo.
Para entender a Ressurreição não basta ver, é preciso crer. O Espírito que ungiu Jesus com poder. Na celebração da Quaresma fomos purificados e alimentados pela Palavra. Podemos ver e crer.
A Ressurreição é um dom e um questionamento. Deus nos ressuscitou em Cristo e vivemos a ressurreição nas obras com o mesmo amor com que Cristo assumiu sua vida por todos.

Dobrando os panos

Jesus ressuscitou. Quando os discípulos foram ao túmulo encontraram os panos dobrados. Há muitos sentidos para esse gesto. Na verdade podemos dizer que não voltará mais para o túmulo e começou uma vida nova.
Com sua Ressurreição abriram-se as portas da Eternidade. Não foi um momento imaginário, historinhas contadas para encantar. João conta como aconteceu: Madalena foi ao túmulo e viu que estava aberto sem o corpo. Achou que tinham levado o corpo. Pedro e João correm ao túmulo e confirmam. Pedro entrou e viu os panos dobrados. João entrou no túmulo e acreditou. Não basta ver, é preciso crer.
Pedro fala firme: “Nós que bebemos e comemos com Ele depois que ressuscitou dos mortos”. Morto não se alimenta.
A Ressurreição não é um fato que se refere só a Jesus. Mas a todo o Universo. Nós que cremos, ressuscitamos co Ele. Paulo lembra: “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto onde Cristo está à direita de Deus” (Col 3,1-2). Com a Ressurreição temos garantido o Céu.
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/27/03/2016

REFLEXÕES DE HOJE


27 DE MARÇO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

No primeiro dia da semana… (Jo 20,1-9)

Nós costumamos passar distraídos por este adjunto adverbial. Precisamos corrigir esta distração. Não se trata de um dia qualquer. Não é apenas mais um número na folhinha. É o dia “inicial”.
Sim, com a ressurreição de Jesus Cristo, a história reparte de um novo início. A História recomeça do zero. Teilhard de Chardin percebeu claramente esta guinada dos tempos e dos homens: “Cristo ressuscitou. A ressurreição, nós procuramos com certo excesso olhar para ela como um evento apologético e momentâneo, como uma pequena revanche individual de Cristo sobre o túmulo. Mas ela é coisa bem diferente, e muito mais que isso… A ressurreição marca a efetiva tomada de posse por Cristo de suas funções de centro universal”.
O Domingo de Páscoa – o primeiro dia da semana – é um dia inaugural. Dia original. Estamos diante de uma re-Criação. O novo Adão, vivo, dá a partida para uma nova história da humanidade. Eis que tudo se faz novo! (Cf. Ap 21,5)
Claude Rault comenta: “Estamos nos primeiro dia da semana. Não no ruído do big-bang inicial, mas na reconstrução silenciosa do universo e do homem a partir de dentro. Uma reconstrução à qual estamos, doravante, pessoalmente associados porque, com Jesus, também nós saímos de nosso túmulo. Agora, o discípulo que crê deixa a morte atrás de si. É também aí que se enraíza a vocação do discípulo. Se eu creio no Ressuscitado, minha morte já não está à minha frente; ela passou, está atrás de mim. A fé é uma saída do túmulo e uma entrada na plenitude da Vida, como o acontecimento de uma nova primavera. É incrível! É impossível deter-se nesta descoberta sem ser tomado por uma vertigem!”
Por isso mesmo, é perda de tempo correr até o túmulo enquanto ainda está escuro (cf. Jo 20,1). O túmulo está vazio. Resta apenas em seu côncavo um casulo vazio e oco, formado pelas bandagens que envolviam o corpo de Jesus, mantidas firmes pela mirra e pelo aloés solidificados. A borboleta voou…
Se nós fôssemos “produzir” a ressurreição de Cristo, iríamos fazer um megaevento: luzes, pirotecnia, fumaça artificial e, claro, muito som! Mas não foi assim… Tudo acontece fora dos olhos humanos. Tudo corre em silêncio. O mais absoluto silêncio.
Foi este silêncio total que marcou os dois discípulos que entram no túmulo vazio. Nada para ouvir. Tudo para ver. E o discípulo viu e creu. Bandagens por terra. O sudário à parte, enrolado. Silêncio e harmonia.
Talvez, um dia, nossas celebrações recuperem o silêncio da Ressurreição…
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-27032016/


Oração Final
Pai Santo, dá-nos encantamento e gratidão para acolhermos no coração e na vida o dom de teu Filho Unigênito que se fez humano como nós para que nos tornemos com Ele teus filhos amados. Dá-nos, Pai, cheio de misericórdia, generosidade para partilhar com os companheiros peregrinos esse Dom que nos ofereces. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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