quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA DE 07/01/2016

ANO C


Lc 4,14-22a

Comentário do Evangelho

Quem é Jesus?

O nosso texto é conhecido como “discurso programático de Jesus”. Aqui começa, propriamente, o evangelho segundo Lucas (cf. At 10,37ss). Trata-se da primeira parte do relato evangélico (4,14–9,50), dominada pelo tema da identidade de Jesus e, mais propriamente, da afirmação de que ele é um verdadeiro profeta (cf. Lc 7,16.39). Esse discurso, atribuindo a Jesus a realização da profecia de Isaías (cf. Lc 4,21), oferece os critérios para, ao longo de todo o relato, reconhecer Jesus como verdadeiro profeta. Jesus é apresentado como um judeu piedoso que frequenta e ensina na sinagoga. O que importa, aqui, não é a leitura do trecho do livro do profeta Isaías, mas a interpretação que Jesus faz dela. Sua missão é apresentada em continuidade com a tradição profética. A unção messiânica de Jesus é conhecida do leitor pelo relato do Batismo (cf. Lc 3,21-22). Em Jesus, o Espírito é uma realidade tangível na medida em que, vencendo todo mal e suas manifestações, ele transforma a vida das pessoas e as faz sentir próximas do Deus da vida. Nesse tempo do relato, a expectativa dos que estavam na sinagoga pela explicação do trecho é seguida da observação de que as pessoas se maravilhavam pelo que ouviam, pois suas palavras transmitiam a sabedoria de Deus, um sopro que enchia a todos de graça.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, que o programa de ação missionária de Jesus inspire o meu desejo de estar a serviço dos mais pobres, sendo para eles portador de alegria e esperança.
FONTE: Paulinas em 2014

Vivendo a Palavra

O texto de Isaías era o programa de vida de Jesus de Nazaré e, por consequência, também a diretriz das nossas atividades como Igreja que Ele deixou entre os irmãos. A missão é libertar os presos, curar os doentes e os cegos, libertar os oprimidos e proclamar aos pobres a chegada do Reino de Deus: ele já está entre nós!
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Jesus é enviado por Deus, ungido e consagrado pelo Espírito Santo para a missão evangelizadora, que implica não somente na salvação da alma, mas na libertação integral da pessoa humana. Isso significa para nós que a missão da Igreja, que é continuadora da missão do próprio Cristo, não pode ser reduzida à dimensão espiritual da pessoa humana, mas deve levar em conta a pessoa humana como um todo, considerando todas as dimensões da existência humana. Sendo assim, todos os problemas relacionados à existência humana são de competência da Igreja e objetos da ação evangelizadora.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php

Recadinho


Será que muitos podem ficar admirados com as palavras que saem de minha boca? - Mas isso não é o mais importante. Como é meu exemplo, meu modo de agir? - Peço sempre as luzes do Espírito Santo sobre mim? - Os cativos, os prisioneiros, têm que se libertar de que? - A missão que Deus lhe deu é difícil de ser cumprida? - Os pobres de hoje, mais que nunca, precisam do alimento espiritual. Mas... tais pobres muitas vezes são nossos ricos!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 em 2014

Meditando o Evangelho

UM PROGRAMA DE AÇÃO

Um culto na sinagoga da cidade onde fora educado ofereceu a Jesus a oportunidade de apresentar uma espécie de programa pelo qual pautaria sua ação missionária.
O ponto de partida foi um texto do Antigo Testamento. Desta forma, deixaria claro que sua ação se respaldava nas promessas feitas por Deus ao povo de Israel. Sua intenção era a de se manter fiel à tradição religiosa do povo, embora dando-lhe uma nova roupagem.
Tendo se servido de um oráculo profético, Jesus se incluía na lista dos grandes profetas do passado. Como aqueles, não cederia aos caprichos e às pressões dos adversários. Realizaria a sua missão, mesmo correndo o risco de perder a própria vida.
A referência à unção do Espírito do Senhor tornava evidente de onde iria haurir a força necessária para não esmorecer. Sob a proteção do Espírito, estaria em condições para realizar a tarefa que lhe cabia. Daí sua atitude humilde diante da sabedoria de suas palavras e do poder extraordinário manifestado por seus gestos poderosos.
Enfim, o texto profético serviu para indicar a linha de ação de Jesus. Tratava-se de colocar-se a serviço dos pobres e oprimidos, para restituir-lhes a vida e a alegria de viver, apresentando-se como sinal da misericórdia divina que consola os corações abatidos. Portanto, tudo quanto iria fazer teria como objetivo restaurar a humanidade, segundo o projeto original de Deus. Com a chegada de Jesus, “o ano da graça do Senhor” cumpria-se na história humana.
Oração
Pai, que o programa de ação missionária de Jesus inspire o meu desejo de estar a serviço dos mais pobres, sendo para eles portador de alegria e esperança.
http://www.domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2016-1-7

REFLEXÕES DE HOJE


07 DE JANEIRO-QUINTA
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

... aos pobres me enviou! (Lc 4, 14-22a)
Sim, somos todos os pobres. Acompanhei várias pessoas ricas que viviam em lamentável miséria humana. Nenhum de nós se basta. Ninguém pode dispensar o amor e os cuidados de Deus.
Mas existem aqueles pobres bem concretos que a sociedade do capital e do lucro, da eficiência e da produtividade resolveu simplesmente descartar. Existem em nosso tempo e já existiam no tempo de Jesus: “Pobres, sempre os tereis”. (Mt 26,11)
Uma Igreja fiel seguirá as pegadas do Mestre, que repete seu bordão: “O Senhor me enviou aos pobres!” (Lc 4,18.) Em sua recente Exortação apostólica, o Papa Francisco dedicou toda uma seção a este tema, com o subtítulo “O lugar privilegiado dos pobres no povo de Deus”. Ali, o Papa escreve:
“No coração de Deus, ocupam lugar preferencial os pobres, tanto que até Ele mesmo ‘Se fez pobre’ (2Cor 8,9). Todo o caminho da nossa redenção está assinalado pelos pobres. Esta salvação veio a nós, através do ‘sim’ duma jovem humilde, duma pequena povoação perdida na periferia dum grande império. O Salvador nasceu num presépio, entre animais, como sucedia com os filhos dos mais pobres.” (EG, 197)
A Igreja não pode ignorar esta realidade. Francisco prossegue: “Para a Igreja, a opção pelos pobres é mais uma categoria teológica que cultural, sociológica, política ou filosófica. Deus ‘manifesta a sua misericórdia antes de mais’ a eles. Esta preferência divina tem consequências na vida de fé de todos os cristãos, chamados a possuírem ‘os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus’ (Fl 2,5). Inspirada por tal preferência, a Igreja fez uma opção pelos pobres, entendida como uma ‘forma especial de primado na prática da caridade cristã, testemunhada por toda a Tradição da Igreja’. Como ensinava Bento XVI, esta opção ‘está implícita na fé cristológica naquele Deus que Se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com sua pobreza’. Por isso, desejo uma Igreja pobre para os pobres. Estes têm muito para nos ensinar.” (EG, 198)
Continuaremos surdos?
Orai sem cessar: “Este pobre pediu socorro e o Senhor o ouviu.” (Sl 34,6)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
FONTE: nsrainha em 2014




HOMÍLIA DIÁRIA

Permitamos que o amor cresça em nosso coração

Não podemos tratar o amor como algo descartável, que usamos e depois jogamos fora, porque não serve mais
“Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê”  (1Jo 4,20).


Amados irmãos, nesses dias, o amor de Deus tem conduzido os nossos pensamentos, sentimentos e nosso coração. Não há experiência mais maravilhosa para o coração humano do que ser abrasado pela misericórdia do Pai, pois ela se manifesta em nossa vida de forma muito amorosa.
O amor de Deus nos constrange, cura, liberta e restaura-nos. Quando somos tocados pelo amor divino, ficamos enamorados de Deus. E ficar enamorado do Senhor é deixar-se amar por Ele e responder a esse amor. Deus nos ama e nós também O amamos.
Sabe, a palavra “amor” ficou com um sentido muito vulgar, simplório. Toda e qualquer experiência humana, muitas vezes, experiências negativas, erradas, egoístas e orgulhosas chamamos de amor. Mas o amor é algo tão sublime e genuíno, é o adjetivo mais característico para Deus, é o substantivo que melhor qualifica e denomina o nosso Senhor.
Quem quer permanecer em Deus precisa amar, acima de tudo, a presença d’Ele no meio de nós, que somos pessoas concretas, de carne e osso. Podemos dizer assim em nosso coração: “Eu amo muito a Deus!”, mas ignoramos, desqualificamos, simplesmente passamos por cima de quem está ao nosso lado, de quem é nosso próximo, nosso irmão. Isso é qualquer outra coisa, mas não é a experiência do amor de Deus. No coração, nós O amamos, mas, na prática, o amor d’Ele é o irmão que está ao nosso lado.
Ninguém pode ver Deus. Ele existe, está no meio de nós, mas só podemos amá-lo concretamente quando amamos quem está ao nosso lado!
Amor não são apenas palavras, mas algo concreto; amor é gesto, atitude e decisões. Quando decidimos amar a Deus, precisamos decidir amar o irmão a cada dia! Não podemos descartar ninguém, não podemos tratar o amor como algo descartável, que usamos e depois jogamos fora, porque não serve mais.
Não podemos jogar ninguém para fora do nosso coração. Precisamos demonstrar que amamos o Senhor não com palavras, mas na prática. E a prática do amor a Deus acontece quando amamos!
É verdade que existem pessoas que são mais difíceis de amar, de querer bem, mas quando nos deixamos vacinar, quando nos deixamos ser tomados por esse amor de Deus em nossa vida, repelimos o ódio e deixamos o amor crescer em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

http://homilia.cancaonova.com/homilia/permitamos-que-o-amor-cresca-em-nosso-coracao/

Oração Final
Pai Santo, coloca-nos entre os irmãos como verdadeiras fontes de esperança! Que nós saibamos qual é a nossa missão de cristãos no mundo e tenhamos sabedoria e coragem para cumpri-la com alegria e generosidade. Nós pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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