ANO A
29 de Outubro
de 2014
Lc 13,22-30
Comentário do
Evangelho
É por Jesus que se alcança a
salvação.
A pergunta do anônimo é sobre o número dos que se salvam, com a
consequente exclusão de outros. Aos discípulos, conscientes desse dom, de
viverem essa graça por uma vida coerente com o dom recebido. A consciência
desse dom se exprime pelo esforço de “entrar pela porta estreita”. Essa porta
se opõe à iniquidade. No evangelho segundo João, Jesus se diz “a porta das
ovelhas” (Jo 10,7.9). É por Jesus que se alcança a salvação. Toda a vida
terrestre de Jesus, incluída sua paixão e morte, e sua vida gloriosa é que
abrem para os fiéis a porta que dá acesso ao Reino de Deus. Os que praticam a
iniquidade são aqueles que resistem em fazer a vontade de Deus; os que, pela
dureza do coração, não reconhecem Jesus como enviado do Pai, rejeitam a sua
mensagem e, por isso, perseguem Jesus. Deus não faz distinção de pessoas, por
esse motivo, a humanidade inteira é destinatária da salvação oferecida por Deus
em Jesus Cristo. Os que por primeiro foram chamados, uma referência aos membros
do povo eleito de Deus, são os que resistem a participar do banquete do
Cordeiro. Mas os últimos, referência aos pagãos, têm lugar assegurado, desde
que aceitem a condição de que no Reino se entra pela porta estreita.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, conduze-me pelo verdadeiro caminho da salvação
que passa pelo serviço misericordioso e gratuito a quem carece de meu amor.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
A porta larga que o mundo oferece para as
pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A
porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria
felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato,
muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são
marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um
meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da
própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que
são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro
pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa
assumir que Deus é o centro da nossa vida.
FONTE: CNBB
Recadinho
Procuro
ser o último, no sentido de ser simples e humilde como propõe Jesus? - Sinto a
realidade de que o coração de Jesus não é “porta estreita”, mas ampla, aberta
para acolher a todos? - A “porta se estreita” por causa das dificuldades dos
judeus em se desapegarem das coisas deste mundo! Sou demasiadamente apegado às
coisas deste mundo? - Como encaro os bens materiais? - Sirvo para poder viver
ou vivo para ser servido?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
QUEM SE
SALVARÁ?
As exigências do Reino apresentadas por Jesus
levou os discípulos a se perguntarem pelo número dos que seriam salvos.
Imaginavam serem poucas as pessoas predispostas e fiéis ao projeto apregoado
pelo Mestre. A dinâmica do Reino, como Jesus a entendia, rompia com os esquemas
mundanos e só podia ser vivida por quem, de fato, se predispunha a enfrentar a
cruz, como caminho necessário para a glória.
A
questão levantada pelos discípulos pareceu ser irrelevante para Jesus. Era
inútil saber se os salvos seriam poucos ou muitos. Importava, sim, empenhar-se
continuamente para, com a graça de Deus, entrar no Reino, através da porta
estreita. Portanto, era tempo de refletir e tomar uma decisão sábia, para
evitar o risco de ser deixado do lado de fora.
A
exclusão do Reino poderá ser uma experiência trágica. O choro e ranger de
dentes expressam o desespero de quem desperdiçou a chance que lhe fora
oferecida. A segurança fundada em elementos inconsistentes frustrar-se-á quando
o cristão comparecer diante do Senhor. Ter comido e bebido na presença de Jesus
e tê-lo visto ensinar nas praças não será suficiente para garantir a salvação.
Jesus só reconhecerá como discípulo e salvará quem, como ele, tiver sido capaz
de colocar-se a serviço do próximo, sem medo de perder tudo por causa do Reino.
Oração
Senhor Jesus, que eu me
esforce sempre para entrar no Reino pela porta estreita do serviço ao próximo e
da disposição de perder tudo por causa de ti.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o
que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
30 de Outubro
de 2014
Lc 13,31-35
Comentário do Evangelho
Reconhecer o tempo da visita de
Deus.
Por que razão Herodes quereria
matar Jesus? O texto não nos diz. Talvez seja uma estratégia dos fariseus para,
amedrontando Jesus, dissuadi-lo de continuar o seu caminho para Jerusalém. O
certo é que, para um bom número de fariseus, entre outros, a morte de Jesus
seria um benefício para todo o povo e para a religião de Israel (cf. Lc
11,53-54). Jesus mesmo exorta os discípulos a não temerem os que matam o corpo
(Lc 12,4). Como ele temeria a própria morte? Nenhum tipo de ameaça é capaz de
demover Jesus de prosseguir o seu caminho. Essa firme decisão está presente já
no episódio da sinagoga de Nazaré, quando seus conterrâneos queriam
precipitá-lo morro abaixo. O narrador observa que, “passando pelo meio deles
Jesus prosseguia o seu caminho” (Lc 4,30). Essa rejeição de Israel à mensagem
salvífica de Deus vai ser levada a termo na condenação injusta e morte de Jesus
na cruz. O que Deus não fez para que Israel acreditasse no seu amor e se
sentisse protegida e conduzida por Ele? Não há o que Deus não tenha feito. A
surpresa de Deus sempre os pegou desprevenidos e desatentos aos sinais de sua
presença; por isso, não reconheceram o tempo em que foram visitados.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, predispõe-me, pela força do teu
Espírito, a acolher a salvação que teu Filho Jesus me oferece, fazendo-me digno
deste dom supremo de tua bondade.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
A ameaça de
morte não faz com que Jesus se acovarde, a sua resposta é bem clara: "devo
prosseguir o meu caminho, pois não convém que um profeta perece fora de
Jerusalém". Jesus vai seguir o seu caminho até o fim porque a sua
fidelidade ao Pai está acima de todas as coisas, inclusive da sua própria vida,
que ele vai entregar livremente em Jerusalém para que o homem seja resgatado do
reino da morte. O mundo não quer a vida do profeta, não quer que ele chegue a
realizar a sua missão e todos os que são do mundo, religiosos ou não, não
toleram a presença do profeta, embora a sua morte contribua para a salvação de
todos.
FONTE: CNBB
Recadinho
Recadinho
Vemos
a nosso redor tanta miséria, material e espiritual, tanta injustiça. O que se
faz para combater isso? - Também em nossas comunidades há às vezes
competitividade, ambição? - Existe igualdade e fraternidade? - Lembra-se sempre
que o céu é conquistado pelos simples, de bom coração? - Você procura agir como
um fermento na massa?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A CORAGEM DO
PROFETA
É admirável que os fariseus, adversários
confessos de Jesus, tivessem se preocupado com a sua segurança. Aparentemente,
talvez quisessem protegê-lo contra a violência de Herodes que, já tendo
eliminado João Batista, talvez quisesse fazer o mesmo com Jesus.
O
Mestre, porém, não se deixou convencer pela boa intenção deles e os tratou como
se fossem mensageiros de Herodes. Por meio dos próprios fariseus, Jesus enviou
uma mensagem para o representante do poder romano, a quem chamou de raposa, de
forma a desmascarar-lhe a astúcia: seu projeto missionário não seria modificado
por medo de ninguém; ele seguiria o caminho traçado pelo Pai e não admitiria
interferências no seu processo de obediência à vontade dele.
A
atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que
não se deixavam demover por intimidação de espécie alguma. Uma vez conscientes
de terem recebido de Deus uma missão, seguiam adiante, superando desprezos,
perseguição, torturas e, até mesmo, a morte. A firmeza e a coragem dos profetas
só encontram explicação na consciência que tinham de estarem a serviço de Deus.
Quanto
a Jesus, nem o conselho hipócrita dos fariseus, nem as ameaças de Herodes
haveriam de detê-lo no seu caminho. Todos eles desconheciam o quanto Jesus era
fiel ao Pai.
Oração
Senhor Jesus, que eu não perca a coragem diante das ameaças
que deverei enfrentar no caminho de serviço ao Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o
que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
31 de Outubro
de 2014
Lc 14,1-6
Comentário do
Evangelho
Controvérsia sobre o descanso
sabático.
Já dissemos anteriormente que
Jesus várias vezes é convidado à casa de um fariseu para uma refeição, o que
ele aceita. Não há onde Deus não esteja ou possa deixar de estar. No evangelho
de Lucas, há dois outros relatos de refeição na casa de um fariseu (7,36;
11,37). No episódio de hoje, a refeição foi ocasião de controvérsia sobre o
descanso sabático. É Jesus quem, durante a refeição, toma a iniciativa, ante a
doença de um homem que estava diante dele, de pôr a questão aos doutores da lei
e aos fariseus. A questão posta por Jesus visa ao verdadeiro sentido do
descanso sabático. A rigidez inflexível na prática dos mandamentos da Lei de Deus
torna os interlocutores de Jesus prisioneiros da letra do texto, em detrimento
da finalidade última da Lei de Deus. O sábado é dom de Deus para celebrar a
vida e o dom da libertação da “casa da escravidão”. A memória desses dois
eventos salvíficos deveria, no dia de sábado (cf. Lc 13,16), mover todo fiel
israelita à prática da misericórdia (cf. Os 6,6). A alternativa apresentada na
pergunta de Jesus deixa os fariseus e os doutores da lei sem resposta. O
silêncio deles é consentimento para a interpretação da Lei que Jesus propõe.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, predispõe-me a manifestar meu amor a
quem precisa de mim, sem inventar justificativas para me dispensar desta
obrigação urgente.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O Evangelho de
hoje nos mostra claramente que a vida sempre se impõe diante da morte, a
verdade sempre se impõe diante da mentira, da falsidade e do erro. A Lei de
Deus foi feita para a vida e não para a morte e a interpretação verdadeira da
Lei de Deus deve sempre contribuir para que a vida de todos seja melhor. Jesus
denuncia os erros que existem na interpretação da Lei, as interpretações
falsas, ou seja, que não apresentam nenhuma legitimidade por serem
contraditórias ao espírito da Lei de Deus, por escravizarem quando deveriam
libertar, por promoverem a morte quando deveriam promover a vida, e as
interpretações mentirosas. Jesus denuncia aquelas interpretações que não estão
de acordo com a Lei, mas sim com os interesses de quem as interpretou.
FONTE: CNBB
Recadinho
Hidrópico é uma pessoa
que sofre de acúmulo de líquido e inchaço no corpo todo ou numa de suas partes
como, por exemplo, no ventre. Se Jesus podia curá-lo da doença, seria justo se
omitir não agindo com misericórdia tão somente por ser dia de sábado? - Será
que não sou fácil em arrumar escusas para não fazer o bem? - Ou sou generoso e
disponível quando solicitado? - Minha comunidade é prestativa e acolhedora? -
Cite algum exemplo.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
O AMOR PELOS
SOFREDORES
Ao se deparar com um ser humano sofredor, Jesus
deixava de lado os casuísmos legais e se antecipava para curá-lo. Até mesmo a
Lei do repouso sabático era olvidada. Ele não se perguntava se era, ou não,
sábado, quando tomava a decisão de curar alguém. Pouco lhe importava saber se
era permitido ou proibido curar naquele dia. Seu único propósito era socorrer
quem estava atribulado pelos sofrimentos e aliviá-lo.
É
preciso entender em que se fundamenta a liberdade de Jesus diante da tradição
religiosa. No caso do repouso sabático, ele o entende na perspectiva da
intenção original de Deus, quando o instituiu. O Deuteronômio relaciona esse
repouso com a escravidão egípcia: "Lembra-te (Israel) de tua escravidão no
Egito, donde o Senhor te libertou, com mão forte e braço estendido. Por isso, o
Senhor manda-te guardar o sábado." Descansar no sábado era, pois, uma
forma de preservar a dignidade humana contra a aviltamento da opressão e da
escravidão. Era a celebração da libertação, obra da misericórdia divina.
Para
Jesus, a cura do hidrópico encaixava-se perfeitamente bem no contexto do
sábado. Aquele infeliz estava sendo libertado, pela bondade de Deus, de uma
situação de escravidão, recuperando sua dignidade menosprezada.
Se
fariseus e mestres da Lei ficaram chocados com a ação de Jesus, o Pai, sem
dúvida alguma, a tinha como um gesto muito acertado.
Oração
Espírito de sensibilidade para com os sofredores, que nada me
impeça de ajudar os que sofrem. Antes, que eu demonstre por eles um amor
eficaz.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais
para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
1 de Novembro
de 2014
Mt 5,1-12ª
Comentário do
Evangelho
Nossa vocação comum é à
santidade.
A festa de todos os santos e
santas de Deus é uma festa antiga na Igreja. No século II, a Igreja já
celebrava a memória dos seus mártires para que, inspirados por seu testemunho,
os fiéis pudessem se manter firmes no testemunho de Jesus Cristo. É uma festa
para todos os fiéis, pois nossa vocação comum é à santidade. A primeira
bem-aventurança (v. 3) é o fundamento de todas as demais. No ser humano, há um
espírito que ele recebeu de Deus, que o chamou à existência (Gn 2,7). A pobreza
de espírito é uma pobreza em relação a Deus, isto é, diante de Deus o ser
humano se encontra “desnudo”. Para o discípulo, viver essa realidade de maneira
concreta é assumi-la com o coração puro. As bem-aventuranças são um apelo a
viver a vida em referência a Deus e na confiança nele. Não há nenhum espaço
para a passividade, pois o Espírito que age em nós nos conduz a um compromisso
efetivo com o Reino de Deus. A perspectiva escatológica de cada bem-aventurança
é o fundamento da vida moral, do agir concreto do cristão no mundo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me sensível aos sofrimentos dos
pobres e dos marginalizados, movendo-me a lutar para que tenham sua dignidade
respeitada, pois são teus preferidos.
FONTE: PAULINAS
Comentário do Evangelho
As
bem-aventuranças são práticas a serem assumidas por aqueles que buscam a vida.
A pobreza é a expressão concreta da auto-entrega confiante a Deus. Os que
choram são os que se sentem unidos com os humilhados e explorados. Os mansos
têm um coração acolhedor e compreensivo. Os que têm fome e sede de justiça
lutam pela construção de uma sociedade mais justa. Os misericordiosos perdoam e
libertam os oprimidos sob a ideologia do sistema opressor. Os puros de coração
são sensíveis à dignidade humana. Os pacíficos criam laços de convívio com
alegria e harmonia. A perseguição e a injuria são os sofrimentos impostos pelos
poderosos. Tais práticas geram uma alegria exultante, como filhos de Deus, já
participantes da eternidade, em comunhão com aqueles que já partiram deste
mundo.
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, que nos dais celebrar numa só festa os méritos de todos os
santos, concedei-nos, por intercessores tão numerosos, a plenitude da vossa
misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE: dom total
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