sexta-feira, 12 de abril de 2013

São Martinho I - 13 de Abril

São Martinho I
Papa
Século V
O papa Martinho I sabia que as conseqüências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.
Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador.
Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.
Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.
Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.
Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.
http://www.catolicanet.com/?system=santododia&action=ver_santos&data=13/04
São Martinho I papa e mártir (memória facultativa)

¨Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.¨ Jo 6,14
Nosso encontro de hoje se dá com o Papa SÃO MARTINHO I. Uma das primeiras vítimas daquilo que mais tarde se chamaria de "cesaropapismo". Quer dizer, o sistema do poder civil que toma conta do poder religioso. A Igreja do Brasil sofreu bastante com isso, no século passado, quando era o Imperador quem escolhia os Bispos e distribuía os cargos entre o clero. O Papa só podia mesmo confirmar. Mas o nosso Santo, Martinho I, preferiu obedecer a Jesus Cristo, e não ao Imperador. Declarando a vários imperadores que em Cristo existem duas vontades: a vontade divina e a vontade humana,contrariou os mesmos, que queriam impor a vontade deles sobre a própria doutrina da Igreja.
Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus! Por causa dessa fé e da liberdade da Igreja, Martinho I foi exilado.
São Martinho I , Papa e Mártir



Pontificado: 649 a 655

Comemoração litúrgica: 13 de abril.

Também nesta data: São Márcio e São Quintiliano

De descendência Toscana e antigo núncio em Constantinopla, São Martinho foi consagrado sem espera de confirmação imperial, representando uma das primeiras manifestações da independência do poder de Roma, ante o cesarismo  oriental.  Tal atitude iria ser causa de sérias investidas do então imperador Constâncio II.  Eram tempos difíceis, já que a heresia também procurava estabelecer-se pela infiltração no seio da Igreja.  De grande personalidade, o Papa Martinho I já deparava-se com situação pré-figurativa do calvário que ira atravessar em defesa da esposa de Cristo.  Não deixando-se assombrar pelas sérias feições que a circunstância tenebrosa lhe impunha, tão logo assumiu o trono pontifício,  convocou o Concílio de Latrão para pôr termo às influências e idéias malignas da heresia monotelista.
Seu pontificado está ligado à luta pela defesa da doutrina católica sobre a existência de duas naturezas em Jesus Cristo, contra a referida heresia, sustentada pelo Patriarca de Constantinopla e favorecida pelo Imperador. Durante o Concílio, Martinho condenou veementemente o erro dos Monotelistas. A reação imperial foi extremamente severa. Constâncio ordenou que o exarca Olímpio tomasse as providências necessárias para matar o Papa. E assim,  dirigindo-se à Igreja de Santa Maria do Presepe, exatamente durante a Santa Missa que o litor encarregado, no momento de cometer o crime, ficou cego repentinamente, não sendo possível concretizar o plano maquinado.
A partir disso, graves calamidades vieram sobre a pessoa do Imperador que, mesmo assim,  não o fizeram mudar das suas malignas intenções. Ordem deu, desta vez,  ao exarca Teodoro Calíopas de Ravena para se apoderar da pessoa do Papa e levá-lo a Ilha de Naxos, ordem que teve o seu cumprimento. Dali,  foi trasladado para Constantinopla, onde foi submetido aos mais humilhantes vexames e encarcerado e durante um dia inteiro, além de exporem seu leito ao escárnio do poviléu. Noventa e três dias passou entre as quatro paredes de uma prisão, para depois, despojado das suas vestes pontifícias e algemado, ser deportado para o Chersonesco, onde morreu no maior abandono. Seus restos mortais foram levados para Roma, onde foi sepultado como verdadeiro mártir, junto à Igreja de São Martin.
R E F L E X Õ E S
Que exemplo grandioso de fidelidade a Deus na defesa da Igreja, nos deixa este grande Santo!  Conhecedor da sua eleição e de suas atribuições divinas, ainda que em ambiente terrível, não decepcionou o povo de Deus na dura luta que travou  contra as forças exteriores e interiores,  estas certamente piores do que as primeiras. Unidos ao poder Satanás, o imperador e os hereges agregaram forças para derribar com violenta humilhação o Papa que, revestido da graça de Cristo,  perpetrou  grande luta contra a heresia e contra a tirania.  Aos olhos do mundo, São Martinho foi esmagado pelo sádico interesse das coisas terrenas. Aos nosso olhos, porém, saiu vitoriosamente vencedor para honra e glória de Deus e da Igreja. A coragem de São Martinho, sua envergadura moral, são exemplos que empolgam e verdadeiramente fortalecem nossa fé, nossas convicções, nossos princípios católicos. Foi sobre estes homens, verdadeiras sapatas de concreto firme, que a estrutura da Igreja foi sendo edificada, com a graça de Deus, a Luz  do Espírito Santo e a proteção maternal de Maria Santíssima.
É dia de pedir a coragem de São Martinho e sua intercessão,  que enfrentou situação grave em outras circunstâncias, mas  não em terreno menos terrível que o nosso.  Hoje, mais do que nunca,  surgem de todos os lados diversos conceitos, pensamentos e idéias absolutamente inconcebíveis, extravagâncias, uns ritos estranhos e outros absurdamente escandalosos,  perversões e imoralidades de todo o gênero. Sem falar nas aberrações patrocinadas pelo Estado, que faz apologia de recursos condenados pela Igreja para difundir o amor livre entre os jovens, como pretexto de prevenir doenças. Pior, apoiados por uma imensidão de católicos, inclusive, alguns religiosos rebeldes.   Não são agressivos, mas passivamente amáveis,  pregam o erro e nele vivem alegremente;   a eles parece que o mundo está muito avançado para um Papa muito retrógrado. Querem mudar a Igreja, não querem se deixar mudar por ela.  Via de regra, de forma sutil ou escancarada,  sempre apresentam-se com pele de ovelha.  Estas coisas que a mídia produziu,  já fazem parte da vida moderna e a grande tentação é a de assimilarmos essas idéias, ora por respeito humano, ora por covardia. Circunstância que parece nos atrofiar o sentido de reação interior.  Estamos na era do “todo mundo faz, então eu também faço...” ou “todo mundo pensa assim, então eu também penso...”  ou ainda “oras, mas que mal há nisso?”.  E nesse mundo nossos filhos estão sendo criados, mundo onde os pais não reagem, não vigiam, não repreendem,  não usam mais os chinelos nem as palmadas;  tudo é permitido às nossas crianças, aos nossos adolescentes. Não se pode mais "afrontá-las, traumatizá-las", não se pode mais “violar seus direitos”.    Quem se abraça à essa desgraçada rotina ou dela faz campanha , está  prestes a perder não só o próprio rumo, mas a sua salvação. Oferecendo às próprias crias a taça da amargura,  arrastam-nas para o abismo da perdição.  Conosco não deve ser assim! Devemos reagir veementemente, não com gritarias ou protestos,  mas com muita oração e recolhimento, especialmente dando exemplo de boa conduta e indicando o caminho da virtude.  Se porventura surgir a dúvida,  a incerteza ou a perplexidade, voltemos nosso olhar  a Roma, onde está o Papa. Cumpramos o que ele diz,  vivamos o catecismo, a sã doutrina, sem questionamentos.
São Martinho I
NascimentoNo séc. VII
Local nascimentoTodi (Itália)
OrdemPapa Martinho I
Local vidaQuersoneso (Exílio)
EspiritualidadeA extrema eficiência, sua capacidade incomodava a muitos invejosos, o que o levava a um grande sofrimento emocional. No século VII foi eleito Papa. Inteligentíssimo e profundamente caridoso, trabalhava duramente combatendo o monotelismo (que Cristo tinha sentimentos humanos) heresia citada pelo Imperador Constante II: Cristo foi Homem mas exceto no pecado. O imperador irritou-se com são Martinho, o Papa, e mandou prendê-lo, condenando ao exílio numa ilha distante. Durante a viagem de três meses a Constantinopla, são Martinho sofreu os piores tratamentos possíveis, frio, fome, sede e nem água para se lavar. Estenderam-no em uma cama em rua pública para que recebesse insultos d povo durante o dia inteiro, antes de ser fechado na prisão. Mesmo assim ele dizia: "Deus a tudo vê e eu confio n'Ele". Confinaram-no em uma cela para que ficasse até morrer. Mas muitos intercederam por ele e acabou sendo transportado para o exílio em Quersoneso, na Criméia. Criméia. Enfraquecido, como um mendigo dos mais pobres, conseguiu sobreviver apenas mais quatro meses. Durante seus últimos dias ainda conseguiu escrever sobre a ingratidão dos romanos por quem tinha rezado fervorosamente para que se mantivessem na fé. E outra frase; "Façam de mim o que quiserem; qualquer morte será para mim, um benefício"... "Surpreendeu-me a falta de compreensão e de compaixão de todos os que antes me pertenciam e de meus amigos e parentes, os quais se esqueceram de minha desgraça de um modo completo..." Porém a todos que se mostraram solidários, que o Deus excelso vos proteja de toda tentação com Sua mão poderosa e vos salve para seu reino".
Local morteExílio de Criméia
Morte16 de setembro de 655
Fonte informaçãoUm santo para cada dia
OraçãoÓ Deus que destes ao Vosso Servo, S. Martinho I a Graça da fidelidade, até o fim de sua vida, concedei-me ser sempre perseverante e fiel a Vos e a Santa Igreja e concedei-me, por sua intercessão, a Graça que vos peço.Por Cristo Jesus. Amém.
DevoçãoÀ fidelidade total a Jesus Cristo
PadroeiroDos que sofrem ingratidão
Outros Santos do diaHermenegildo, Eugênia de Córdoba, (mártires); Carpo (bispo); Pápito (diác); Agatônica, Agatadoro, Eleutério, Zoito e Teodósio(mártires); Uso (bispo) Márcio, Quintiliano.
FONTE: ASJ

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