quinta-feira, 18 de abril de 2013

São Leão IX - 19 de abril

São Leão IX

Bruno, nasceu no ano 1002 na nobre família dos Dagsburgo, ou Asburgo, como ficou sendo grafado depois, e veio ao mundo com algumas manchas no corpo como que predestinado, naquele início de segundo milênio. Sua mãe, Santa Heilwiges, era uma católica fervorosa, viu que a pele do menino apresentava, ao nascer, muitas manchas vermelhas, formando cruzes por todo o corpo.
Ficou na casa paterna, freqüentada pela nobreza da corte, até os cinco anos de idade, quando sua mãe o confiou ao bispo de Toul, Bertoldo, que com o passar dos anos o fez se doutorar em direito canônico. Ordenando-se sacerdote, foi atuar junto ao seu primo Conrado, que tinha posição de destaque no Império, ali trabalhando pela religião e pela comunidade, cuidando de complicadas tarefas administrativas. Seu trabalho o fez ser eleito bispo de Trèves em 1026, quando implantou e desenvolveu uma reforma profunda nos conventos e na própria forma de evangelização, na sua diocese.
Está registrado que, paralelamente ao trabalho desenvolvido em favor da Igreja nas altas rodas do governo e da sociedade, Bruno mantinha ao mesmo tempo uma atitude disciplinada e fervorosa quanto aos preceitos da caridade. Para dar exemplo de humildade, diariamente recebia pobres em seu palácio, alimentava-os e repetia a cerimônia do Lava-pés, tendo-os como seus discípulos. Liderava também, anualmente, uma peregrinação aos túmulos de São Pedro e São Paulo, em Roma.
Nada disso passou despercebido. Quando faleceu o Papa Damaso II, Bruno foi eleito por unanimidade para o trono de Pedro. Mas recusou. É que a eleição ocorreu em um concílio convocado pelo imperador da Alemanha, Henrique III, em Worns. Compareceu enorme número de bispos, prelados, embaixadores e príncipes, referendando o nome de Bruno, mas o bispo só aceitou o cargo depois que o mesmo ocorreu em Roma, quando seu nome foi de novo consagrado por unanimidade, em 1049, na própria basílica de São Pedro.
Ele assumiu e adotou o nome de Leão IX, passando para a História por sua atuação memorável como Papa. Citando alguns exemplos: reorganizou a disciplina eclesiástica, implantando nova disciplina e a volta dos preceitos originais do cristianismo nos sínodos de Latrão, Pavia, Reims e Mogúncia; acabou com os abusos da simonia, isto é, com a cobrança para as indulgências dos pecados, e o casamento dos clérigos; criou cardeais de outras nações e não só italianos, como se fazia então; levou a paz entre a da Hungria, e a Alemanha, evitando uma guerra iminente.
Há duas passagens mais na vida do Papa Leão IX, uma dolorosa e outra heróica. A dolorosa se refere ao cisma provocado por Miguel Cerulário, patriarca de Constantinopla, que rompeu com Roma e separou a Igreja em duas, e que este Papa não conseguiu evitar.
A heróica, também triunfal, foi quando os normandos buscavam dominar a Europa e invadiram a Itália. Já haviam capturado as províncias de Apulia e Calábria, quando o Papa conseguiu reforços do imperador, pegou em armas e liderou os soldados contra os invasores. Evitou a tomada de Roma, mas caiu prisioneiro dos inimigos. Embora tratado com muito respeito pelos adversários, a batalha minara sua saúde.
De volta a Roma, morreu em 19 de abril de 1054. Celebrado neste dia, daquela época até hoje, são milhares as graças e milagres ocorridos, por sua intercessão, aos pés de seu túmulo.
São Leão IX, Papa



Pontificado: 1049 a 1054

Comemoração litúrgica: 19 de abril.

Também nesta data: Santos Expedito, Gálata e Sócrates

Descendente da nobre família dos Dagsburgo ou Asburgo, era Leão parente do duque Adalrico da Alsacia. Era filho de uma santa mãe, Heilwiges, devotíssima da Sagrada Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, sobre cujo mistério meditava quotidianamente. A este fato atribui-se o fenômeno, observado na criança recém nascida, cujo corpo estava coberto de manchas vermelhas, representando cada qual uma cruz. Bruno – foi o nome que o menino recebeu no Santo Batismo – ficou na casa paterna até a idade de cinco anos, quando a mãe o confiou aos cuidados do célebre Bispo de Toul, Bertoldo. Dotado de belos talentos, Bruno fez rápidos progressos nos estudos, e distingui-se com grande vantagem entre os condiscípulos. Era principalmente o Direito canônico, cujo estudo mais o ocupava. Destinado ao estado sacerdotal, recebeu a ordem do diaconato, e nesta qualidade de ministro do altar, entrou a serviço do primo imperial Conrado, distinguindo-se sempre pela habilidade em negócios de administração, como na piedade.
Em 1026 foi eleito Bispo de Treves. Nesta posição, desenvolveu um  zelo extraordinário na reforma dos conventos e na obra da salvação das almas. Profundo conhecedor da arte musical, compôs   grande número de cânticos religiosos e envidou todos os esforços pela digna celebração do culto divino. Compenetrado de que humildade é verdade, lavava diariamente os pés de alguns pobres e servia-lhes à mesa. Vivia em contínuos exercícios de penitência exterior e interior. Não se alterou, quando soube que vis caluniadores tinham procurado denegrir-lhe a reputação junto ao imperador. Anualmente visitava os túmulos de São Pedro e São Paulo em Roma.
A morte do Papa Damaso II (1048) causou sérios embaraços ao governo da Igreja. Havendo três pretendentes à tiara, o Imperador da Alemanha, Henrique II convocou um congresso para Worms, ao qual compareceu grande número de Bispos, Prelados, Príncipes e embaixadores, com o fim de dar um novo Papa à Cristandade, afastando assim o perigo de um cisma.
Os votos dos congressistas uniram-se, indicando o nome de Bruno, o qual vendo-se elevado à dignidade de Sumo Pontífice, fez uma confirmação pública dos seus pecados, para assim convencer os eleitores de sua indignidade e incompetência para exercer tão elevado cargo. O efeito deste ato de humildade foi, que a assembléia confirmasse como confirmou a eleição, declarando que outro mais digno não era possível achar. A aceitação da dignidade pontifícia Bruno a fez depender ainda da eleição em Roma, para onde se dirigiu em companhia de Hildebrando (Gregório VII). A eleição se deu aos doze de fevereiro de 1049 na Basílica de São Pedro. Eleito. Adotou o nome de Leão IX. Seu primeiro cuidado foi reorganizar a disciplina eclesiástica. Os Sínodos de Latrão, de Pávia, Reims e Mogúncia se dirigiram contra os abusos da simonia, contra a investidura laical e o casamento dos clérigos. Criou  Cardeal de outras nações além de italianos.
À sua intervenção, o rei André, da Hungria, fez as pazes com o imperador Henrique III.
Em 1050 condenou os erros de Berengário. O ano de 1053 trouxe a divisão da Igreja, em grega e latina, causada pelas maquinações do Patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário, o qual impugnava o uso de pães ázimos na celebração da Santa Missa, a omissão do canto de Aleluia durante a quaresma e outros usos de menor importância da Igreja latina. Leão defendeu as tradições latinas num memorando que chegou às mãos do Patriarca por intermédio do Cardeal Umberto. Miguel Cerulário, mostrando-se inacessível às argumentações do Papa, separou-se da Igreja latina, exemplo que foi seguido pela maior parte da Igreja Oriental. Os Normandos, sequiosos de conquistas e no afã de estender o poderio sobre a Europa toda, invadiram também a Itália. As províncias de Apulia e Calábria, tinham já caído em seu poder, e os acampamentos estendiam-se até às portas de Benevento, cujos habitantes invocaram o auxílio do Papa. Este, tendo recebido valiosos reforços do imperador, pegou em armas contra os Normandos. Estes venceram e apoderaram-se da pessoa do Papa. Embora vencedores trataram o ilustre prisioneiro com todo o respeito, dispensando-lhe todas as honras, a que sua alta posição lhe dava jus.
Leão adoeceu gravemente e voltou para Roma, onde morreu santamente, em 19 de abril de 1054. O túmulo de Leão IX foi glorioso e muitos milagres testemunharam-lhe o grande poder junto ao trono de Deus.
R E F L E X Õ ES
Berengário foi o primeiro que ousou negar a real presença de Cristo no Santíssimo Sacramento. Contra ele e sua doutrina levantou-se a Igreja, num protesto vibrante, defendendo o dogma da Santíssima Eucaristia. O Santíssimo Sacramento é o mistério da fé, que a débil razão humana nunca poderá compreender. Nós o acreditamos, porque a Igreja o ensina. Jesus Cristo não fundou a Igreja sobre a areia, mas sobre rocha firme, contra a qual as portas do inferno em vão lançarão seus furores. A Igreja é a coluna da verdade e sua doutrina é verdadeira. Se ela é de Deus, se a doutrina é divina, não pode nunca ensinar inverdade, nunca poderá ser escola do erro. Sejamos, portanto, humildes e aceitemos a doutrina da Igreja, que é a doutrina de Cristo, dos Apóstolos e dos homens mais santos e sábios, durante 20 séculos. Não é possível que todos eles tenham errado.

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