quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 28/12/2012

28 de Dezembro de 2012

Ano C

 

Mateus 2,13-18

Comentário do Evangelho

O poder do amor salva

Com esta narrativa do assassinato dos meninos de Belém, Mateus vai encerrando sua narrativa de infância de Jesus. Temos aqui uma antecipação do conflito que envolverá Jesus ao longo de seu ministério, rejeitado pelos poderosos da Judeia.
Mateus faz uma inversão do contexto do êxodo, quando o Egito era a terra da opressão, e o povo oprimido fugiu para a terra prometida, o futuro Israel. A opressão, agora, está na própria Judeia, remanescente de Israel, a partir de Jerusalém, sede do poder teocrático judaico. O Rei Herodes, o Grande, estabelecido em Jerusalém, e mais tarde os chefes religiosos do Templo e das sinagogas, procura matar Jesus. José, o menino, e a mãe procuram abrigo no Egito. A matança, contudo, vai se efetivar. O poder, com casa em Jerusalém, ameaça e extermina os pequeninos de Belém. 
José Raimundo Oliva

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx

Vivendo a Palavra

Aparecem sinais da luta entre o mundo e o Reino. O mundo de Herodes e sua corte, e o Reino de Deus que irrompia nos braços do Menino. Um ser inocente e frágil ameaça com a força da Verdade e da Justiça o gigante armado, o império Romano dominador. A luta continua. Hoje somos nós os combatentes.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. Santos Inocentes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A referência máxima para os judeus era Moisés, em suas práticas religiosas e observância das Lei, tudo isso só tinha a Moisés como única referência como Homem de Deus, de quem Deus se serviu para libertar o seu povo da Escravidão do Egito. Mateus, que escreve para Judeus não pode "atropelar" toda uma tradição, acabando com as referências religiosas para falar de Jesus, o novo Libertador do homem. E Mateus nem precisa forçar muito no seu modo de escrever e falar de Jesus, de fato Jesus Cristo é a unidade de toda Escritura pois no antigo testamento, as pessoas e os acontecimentos apontam para ele, com ele toda a escritura tem um único sentido.

O jeito que Mateus encontrou foi fazendo um paralelo de Jesus com Moisés, daí vem os acontecimentos narrados neste evangelho, Moisés, tanto quanto Jesus também sofreu perseguição desde o seu nascimento, o Faraó tinha dado a ordem as parteiras, todo menino dos Hebreus deveria ser morto e jogado as águas do rio Nilo.

Os Poderosos do Egito tinham medo dos Hebreus que estavam aumentando consideravelmente e poderia vir a ser uma ameaça á sua soberania. Também com Jesus vai ocorrer o mesmo, Herodes manda matar todas as crianças recém nascidas, porque não quer que nasça o novo Rei e Libertador do Povo. E esse processo que começou com a saída do povo do Egito, se repete em Jesus, onde a Sagrada Família também é chamada do Egito e a Revelação é feita a José em sonhos, como outrora outro José Sonhador, levou o seu povo ao Egito em tempos de seca e de flagelo.

Oh benditos Santos Inocentes, que receberam o martírio como Dom Divino, e mesmo sendo crianças recém nascidas, deram o seu testemunho corajoso dando a vida para preservar a Vida Verdadeira que viria para todo Homem. Uma leitura ingênua desse fato teria do leitor uma recriminação "Como pode Deus consentir  uma desgraça dessa?" . Mas o entendimento da reflexão proposta por Mateus perpassa o fato em si, que provavelmente nem seja histórico, pois ele quer revelar aos Judeus que um novo e definitivo Moisés já chegou e está em meio aos homens: Jesus Cristo, Nosso Senhor, aquele que incomoda e abala as estruturas do poder dos homens, porque tem algo muito maior a oferecer: uma libertação plena do homem integral...

2. O poder do amor salva
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA
Oração

Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos.


3. NAS PEGADAS DE MOISÉS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O episódio da matança dos inocentes de Belém está calcada na história de Moisés. Destinado a ser libertador do povo, sua vida fora ameaçada pela fúria sangüinária do faraó. A antiga história se repetia. Só que, agora, tratava-se do Filho de Deus, enviado com a missão de salvar o povo de seus pecados.

Os personagens do texto evangélico evocam os do passado. Herodes comporta-se como o antigo faraó do Egito, disposto a eliminar, logo no seu início, qualquer tentativa de afirmação da identidade do povo de Israel.

O menino Jesus passa pelos mesmos percalços do antigo libertador, Moisés. Escapa da morte, ainda pequeno, pela intervenção divina. Assim como o faraó, em última análise, lutara com Javé, o libertador de Israel, igualmente, Herodes erguia em vão seu braço contra o Pai, o mesmo Deus libertador. Este foi o supremo protetor de seu Filho, a quem competia levar adiante a tarefa de libertação.

A fuga apressada coloca Jesus nas pegadas dos grandes patriarcas. Todos eles passaram pelo Egito, cujo simbolismo marcará para sempre o imaginário do povo de Israel. Quiçá Deus quisesse que todos conhecessem por dentro a opressão, de modo a aspirar pela verdadeira fraternidade. Também Jesus percorrerá o caminho dos grandes personagens do passado, para instaurar o Reino de Deus, onde não deverá haver lugar para o mal.
Oração

Pai, sê o guia de minha caminhada, livrando-me de todas as ciladas do mal, e conservando-me incólume para o teu santo serviço.

http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d6

A Providência que sabe como e quando pode cuidar de nós!


Postado por: michelle

dezembro 28th, 2012


A Sagrada Liturgia da Palavra de hoje nos apresenta, por um lado, uma autêntica tragédia; por outro, uma grande graça (cf. Mt 2,13-18). Talvez, ao fazermos o balanço do ano que já está se despedindo, possamos perceber também estes dois momentos se entrelaçando em nossas lembranças. Mas como será possível um mundo – e ano – tão amado por Deus e, ao mesmo tempo, tão visitado pelos imprevistos causados pelos pecados humanos? E por que não dizer, humildemente, “minha culpa, minha tão grande culpa”!
Retornando ao texto evangélico, deparamo-nos com a Boa Nova acontecendo por meio da docilidade de fé do pai adotivo de Jesus: “O Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: ‘Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise!’” (Mt 2,13). A Providência Santíssima pôde contar com o glorioso São José, não somente para se levantar e ir a um lugar seguro com a Sagrada Família, mas para o momento certo do retorno à pátria.
É sempre assim com Deus, “há um tempo para cada coisa”, mas somente os homens de fé e coragem poderão experimentar e constatar esta graça nos momentos tranquilos e dificultosos da vida. Outros até recebem os gratuitos presentes do Senhor, mas preferem, na ignorância e cegueira espiritual, atribuir os bens recebidos à sorte ou às criaturas que, na verdade, são meios da providência cientes ou não. E o que Deus faz? Continua amando e investindo na conversão de Seus amados filhos e filhas, até se descobrirem o quão amáveis são!
No caso da Virgem Maria e São José, eles constataram a presença do Protetor e Rocha Eterna também em meio às provações da vida! Repito: da vida. “Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo” (v. 13). São José não pediu explicações a Deus nem foi imprudentemente perguntar a Herodes, o porquê daquela atitude injusta e louca perante o Rei dos Reis, da estirpe de Davi, Salvador e Cristo. São José simplesmente colocou em prática a sua fé obediente e, assim, a Sagrada Família foi salva! Mas, infelizmente, a desgraça não deixou de ferir o coração de Deus, por causa do orgulho ferido de Herodes: “Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos” (v.16).
Um histórico afresco (pintura), presente no lugar do encontro da Virgem Maria com Santa Isabel, na Palestina, retrata a matança dos Santos Inocentes e faz questão de recordar que, por traz de uma Rocha, o pequenino São João Batista foi escondido e também se livrou deste infanticídio. Esta Rocha da Vida é a Providência Santíssima que, se possível fosse, evitaria a morte de todos os inocentes do passado e do presente.
Sobre este mistério da ação de Deus no mundo e a rebeldia ou docilidade humana, muito bem escreveu o Papa Bento XVI em seu último livro da trilogia ‘Jesus de Nazaré’, ao tratar da exemplar docilidade de fé da Virgem Maria, que possibilitou a encarnação do Verbo: “Agora, Deus procura entrar de novo no mundo, por isso bate à porta de Maria. Tem necessidade do concurso da liberdade humana; não pode redimir o homem, criado livre, sem um ‘sim’ livre à Sua vontade. Ao criar a liberdade, de certo modo, Deus se tornou dependente do homem. O Seu poder está ligado ao ‘sim’ não forçado de uma pessoa humana” (BENTO XVI, A infância de Jesus, 37).
Assim Deus, em Sua infinita bondade, continua a bater na porta dos corações para que a vida possa acontecer, desenvolver-se e manifestar-se ao mundo. Mas quantos permitem isso? Terá Deus de fazer todas as coisas, tratando o ser humano como marionete e contradizendo o dom irrevogável da liberdade? De fato, muitos não ouviram a Palavra de Deus para poderem crer e mudar de vida, mas ninguém perante o tribunal divino poderá alegar a falta de liberdade e a neutralidade de uma lei interior que dita em cada ser humano uma Palavra de vida  que em todos está impressa: “vivei o bem e evitai o mal”. Por isso também a Palavra do Senhor não deixa de exortar a cada ser humano: “Falai e procedei, pois, como pessoas que vão ser julgadas pela Lei da liberdade” (Tg 2, 12). Neste ponto, também a perícope que nos propomos meditar na proximidade de um próximo ano, do calendário civil, acaba por nos apontar o Norte, pois “ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: Do Egito chamei o meu Filho” (Mt 2, 15).
Somente Deus pode dar sentido às desgraças que acabam por atingir a nós, à Igreja e à humanidade em geral. Não como um Senhor controlador, mas como o amoroso Deus, Todo-Poderoso que pode e sabe, a Seu tempo, tirar um bem de qualquer realidade, principalmente daquela por Ele não desejada e tão pouco participada. Portanto, nestes dias que ainda nos restam de ano e de vida, recorramos à Palavra do Senhor e do Espírito Santo, o qual age principalmente pelos sacramentos, para que o nosso falar e proceder possa corresponder aos dons recebidos, sem jamais condenar aqueles que caminham conosco: “Pensai bem: o julgamento vai ser sem misericórdia para quem não praticou misericórdia; a misericórdia, porém, triunfa sobre o julgamento” (Tg 2,13).
Faço a você o último pedido do ano: não digamos mais que é complicado (tudo o que toca a nossa responsabilidade), embora seja complexo e até misterioso boa parte das coisas nesta bela vida.
Feliz Ano Novo, com fé dócil à Palavra de Deus e ao Espírito Santo, misericórdia Divina para conosco e de nós para todos os demais!
Padre Fernando Santamaria
http://blog.cancaonova.com/homilia/2012/12/28/
LEITURA ORANTE 

Mt 2,13-18 - Jesus perseguido, migrante



Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos que se encontram na rede:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Mt 2,13-18.
Depois que os visitantes foram embora, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José e disse:
- Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito. Fiquem lá até eu avisar, pois Herodes está procurando a criança para matá-la.
Então José se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. E eles ficaram lá até a morte de Herodes. Isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: "Eu chamei o meu filho, que estava na terra do Egito."
Quando Herodes viu que os visitantes do Oriente o haviam enganado, ficou com muita raiva e mandou matar, em Belém e nas suas vizinhanças, todos os meninos de menos de dois anos. Ele fez isso de acordo com a informação que havia recebido sobre o tempo em que a estrela havia aparecido. Assim se cumpriu o que o profeta Jeremias tinha dito:
"Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus filhos; ela não quis ser consolada, pois todos estavam mortos."
O rei Herodes, no seu orgulho, não admitia concorrência. Não admitia a existência de um rei na Judéia, além dele. Por causa disso, ordenou a matança de todas as crianças do sexo masculino, abaixo de dois anos de idade.
José foi avisado em sonho por um anjo que devia fugir para o Egito, porque Herodes queria matar o Menino. O Evangelho diz que, muito dócil à vontade de Deus, “se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. E eles ficaram lá até a morte de Herodes”. Assim, a primeira terra de missão de Jesus foi o Egito, no grande continente da África. Lá permaneceram também como migrantes, exilados, sem parentes, sem casa, sem trabalho, sem nome. Ficaram no Egito até a morte de Herodes (que aconteceu nos primeiros três anos da vida de Jesus). O cruel e ambicioso Herodes mandou matar todos os meninos de Belém de dois anos para baixo, querendo matar entre os inoce
ntes o Menino Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O texto da fuga para o Egito me diz que é preciso estar sempre atento para discernir qual é a vontade de Deus. Se preciso, abandonar um caminho e assumir outro menos atraente, porém mais coerente com a vida. Às vezes, é preciso viver no anonimato, no silêncio, para cumprir a vontade de Deus. Os bispos, na V Conferência, falaram várias vezes da situação dos migrantes e do papel da Igreja. " Entre as tarefas da Igreja a favor dos migrantes está indubitavelmente a denúncia profética dos atropelos que sofrem frequentemente, como também o esforço por incidir, junto aos organismos da sociedade civil, nos governos dos países, para conseguir uma política migratória que leve em consideração os direitos das pessoas em mobilidade. Deveter presente também os deslocados pela violência. Nos países açoitados pela violência se requer a ação pastoral para acompanhar as vítimas e oferecer-lhes acolhida e capacitá-los para que possam viver de seu trabalho. Ao mesmo tempo, deverá aprofundar seu esforço pastoral e teológico para promover uma cidadania universal na qual não haja distinção de pessoas.
415. Os migrantes devem ser acompanhados pastoralmente por suas Igrejas de origem e estimulados a se fazer discípulos e missionários nas terras e comunidades que os acolhem, compartilhando com eles as riquezas de sua fé e de suas tradições religiosas. Os migrantes que partem de nossas comunidades podem oferecer uma valiosa contribuição missionária às comunidades que os acolhem. (DAp 414 e 415).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
 
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:
Espírito vivificador,
a ti consagro o meu coração:
 
aumenta em mim o amor a Jesus, Vida da minha vida.
 
Faze-me sentir filho amado do Pai. Amém.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós
.

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Como vou vivê-lo na missão?
Meu novo olhar é de atenção ao que Deus quer me revelar para fugir do mal e ir em direção ao bem.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Bênção natalina (bem-aventurado Alberione)
Jesus Menino coloque a sua mãozinha 
sobre tua cabeça
 
e derrame sobre ti
 
a sua luz, conforto e alegria.
 
Amém!
 
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
 
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
 
Ir. Patrícia Silva, fsp
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx
COPIE O LINK ABAIXO E
OUÇA O COMENTÁRIO DO
EVANGELHO DO DIPELAS PAULINAS
http://www.paulinas.org.br/media/biblia/musicas.asp?musica=20121228
Oração Final
Pai Santo, o mundo continua sacrificando santos inocentes. Dá-nos força, Pai amado, para assumir a defesa da Vida e da Justiça, em nome do teu Reinado de Amor que nos foi proclamado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php


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