domingo, 14 de outubro de 2012

Santa Teresa de Ávila (Santa Teresa de Jesus) - 15 de Outubro


Santa Teresa de Ávila (Santa Teresa de Jesus)Com grande alegria lembramos, hoje, da vida de santidade daquela que mereceu ser proclamada "Doutora da Igreja": Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus). Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais. Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila, onde viveu um período no relaxamento, pois muito se apegou às criaturas, parentes e conversas destrutivas, assim como conta em seu livro biográfico. Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao fervor da espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma espiritualidade modelo. Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual São João da Cruz, também Doutor da Igreja, místico e reformador da parte masculina da Ordem Carmelita. Por meio de contatos místicos e com a orientação desse grande amigo, iniciou aos 40 anos de idade, com saúde abalada, a reforma do Carmelo feminino. Começou pela fundação do Carmelo de São José, fora dos muros de Ávila. Daí partiu para todas as direções da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos. Provocou com isso muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou fundar novas casas.

Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa. O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: "Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer". No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.

Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!


Santa Teresa d'Ávila

Santa Teresa d'Ávila
1515-1582

Nunca um santo ou santa mostrou-se tão "carne e osso" como Teresa d'Ávila, ou Teresa de Jesus, nome que assumiu no Carmelo. Nascida no dia 28 de março de 1515, seus pais, Alonso Sanchez de Cepeda e Beatriz d'Ávila y Ahumada, a educaram, junto com os irmãos, dentro do exemplo e dos princípios cristãos. Aos sete anos, tentou fugir de casa e peregrinar ao Oriente para ser martirizada pelos mouros, mas foi impedida. A leitura da vida dos santos mártires tinha sobre ela uma força inexplicável e, se não fossem os parentes terem-na encontrado por acaso, teria fugido, levando consigo o irmão Roderico. 
Órfã de mãe aos doze anos, Teresa assumiu Nossa Senhora como sua mãe adotiva. Mas o despertar da adolescência a levou a ter experiências excessivas ao lado dos primos e primas, tornando-se uma grande preocupação para seu pai. Aos dezesseis anos, sua atração pelas vaidades humanas era muito acentuada. Por isso, ele a colocou para estudar no colégio das agostinianas em Ávila. Após dezoito meses, uma doença grave a fez voltar para receber tratamento na casa de seu pai, o qual se culpou pelo acontecido. 
Nesse período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais místicas, de visões e conversas com Deus. Todavia as tentações mundanas não a abandonavam. Assim atormentada, desejando seguir com segurança o caminho de Cristo, em 1535, já com vinte anos, decidiu tornar-se religiosa, mas foi impedida pelo pai. Como na infância, resolveu fugir, desta vez com sucesso. Foi para o Convento carmelita da Encarnação de Ávila. 
Entretanto a paz não era sua companheira mais presente. Durante o noviciado, novas tentações e mais o relaxamento da fé não pararam de atormentá-la. Um ano depois, contraiu outra doença grave, quase fatal, e novamente teve visões e conversas com o Pai. Teresa, então, concluiu que devia converter-se de verdade e empregou todas as forças do coração em sua definitiva vivência da religião, no Carmelo, tomando o nome de Teresa de Jesus. 
Aos trinta e nove anos, ocorreu sua "conversão". Teve a visão do lugar que a esperaria no inferno se não tivesse abandonado suas vaidades. Iniciou, então, o seu grande trabalho de reformista. Pequena e sempre adoentada, ninguém entendia como conseguia subir e descer montanhas, deslocar-se pelos caminhos mais ermos e inacessíveis, de convento em convento, por toda a Espanha. Em 1560, teve a inspiração de um novo Carmelo, onde se vivesse sob as Regras originais. Dois anos depois, fundou o primeiro Convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva de São José em Ávila, onde foi morar. 
Porém, em 1576, enfrentou dificuldades muito sérias dentro da Ordem. Por causa da rigidez das normas que fez voltar nos conventos, as comunidades se rebelaram junto ao novo geral da Ordem, que também não concordava muito com tudo aquilo. Por isso ele a afastou. Teresa recolheu-se em um dos conventos e acreditou que sua obra não teria continuidade. Mas obteve o apoio do rei Felipe II e conseguiu dar seqüência ao seu trabalho. Em 1580, o papa Gregório XIII declarou autônoma a província carmelitana descalça. 
Apesar de toda essa atividade, ainda encontrava espaço para transmitir ao mundo suas reflexões e experiências místicas. Na sua época, toda a cidade de Ávila sabia das suas visões e diálogos com Deus. Para obter ajuda, na ânsia de entender e conciliar seus dons de espiritualidade e as insistentes tentações, ela mesma expôs os fatos para muitos leigos e não apenas aos seus confessores. E ela só seguiu numa rota segura porque foi devidamente orientada pelos últimos, que eram os agora santos Francisco Bórgia e Pedro de Alcântara, que perceberam os sinais da ação de Deus. 
A pedido de seus superiores, registrou toda a sua vida atribulada de tentações e espiritualidade mística em livros como "O caminho da perfeição", "As moradas", "A autobiografia" e outros. Neles, ela própria narra como um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo. Doente, morreu no dia 4 de outubro de 1582, aos sessenta e sete anos, no Convento de Alba de Torres, Espanha. Na ocasião, tinha reformado dezenas de conventos e fundado mais trinta e dois, de carmelitas descalças, sendo dezessete femininos e quinze masculinos. 
Beatificada em 1614, foi canonizada em 1622. A comemoração da festa da transverberação do coração de Santa Teresa ocorre em 27 de agosto, enquanto a celebração do dia de sua morte ficou para o dia 15 de outubro, a partir da última reforma do calendário litúrgico da Igreja. O papa Paulo VI, em 1970, proclamou santa Teresa d'Ávila doutora da Igreja, a primeira mulher a obter tal título.



Santa Teresa d'Ávila, Virgem Fundadora


Os escritos da Santa Teresa sublinham sobre tudo o espírito de oração, a maneira de praticá-lo e os frutos que produz. Como a Santa escreveu precisamente na época em que estava consagrada a difícil tarefa de fundar conventos de carmelitas reformadas, suas obras, prescindindo de seu conteúdo e natureza, dão testemunho de seu vigor, laboriosidade e capacidade de recolhimento. Escreveu o "Caminho de Perfeição" para dirigir a suas religiosas, e o livro das "Fundações" para as animá-las  e as edificar. Quanto ao "Castelo Interior", pode-se considerar que  escreveu para a instrução de todos os cristãos. Nesta obra se mostra como verdadeira Doutora da Igreja.
As carmelitas, como a maioria das religiosas, tinham decaído muito do primeiro ardor, a princípios do século XVI. As religiosas podiam sair da clausura com o menor pretexto, de sorte que o convento se converteu no sítio ideal para quem desejava uma vida fácil e sem problemas. As comunidades eram extremamente numerosas, o qual era causa e efeito da relaxação. Por exemplo no convento de Ávila havia 140 religiosas. Santa Teresa que levava já 25 anos de vida religiosa no convento da Encarnação de Ávila, empreendeu o desafio de levar a cabo a iluminada idéia de fundar uma comunidade mais reduzida e reformada. A Santa estabeleceu a mais estrita clausura e o silêncio quase perpétuo. O convento carecia de rendas e reinava nele a maior pobreza; as religiosas vestiam rudimentares hábitos, usavam sandálias em vez de sapatos (por isso lhes chamou descalças) e estavam obrigadas à perpétua abstinência de carne. Santa Teresa não admitiu no princípio mais que 13 religiosas, mas logo aceitou que houvesse 21. Em 1567, o superior general dos carmelitas, João Batista Loiro (Rossi), visitou o convento de Ávila e ficou muito satisfeito com o trabalho realizado ali pela Santa, assim que concedeu a esta plenos poderes para fundar outros conventos do mesmo tipo e até a autorizou  fundar dois conventos de frades reformados (carmelitas comtemplativos). 
Santa Teresa morreu nos braços da Beata Ana em 4 de outubro de 1582. Sua canonização se realizou em 1622.


Santa Teresa D'ávila (ou de Jesus)
Doutora da Igreja

REFORMOU A ORDEM DOS CARMELITAS (SEGMENTO FEMININO), COM AUXÍLIO DE SÃO JOÃO DA CRUZ (SEGMENTO MASCULINO)  

Comemoração litúrgica: 15 de outubro  

Também nesta data: Santos Eutímio e Tecla de Kitzingen

                  Santa Tereza nasceu em Ávila, na Espanha, no ano de 1515. A educação que os pais deram a ela e ao irmão Roderico, foi a mais sólida possível. Acostumada desde pequena à leitura de bons livros, o espírito da menina  não conhecia maior  encanto que o da vida dos  santos mártires.  Tanto a impressionou esta leitura que, desejosa de encontrar o martírio, combinou com o irmão a fuga da casa paterna, plano que  realmente tentaram executar, mas que se tornou irrealizável, dada a vigilância dos pais. 
                                      A idéia e o desejo do martírio ficaram, entretanto, profundamente gravados no coração da  menina. Quando tinha 12 anos, perdeu a boa mãe. Prostrada diante da imagem de Nossa Senhora,  exclamou: “Mãe de misericórdia, a vós escolho para serdes minha Mãe.  Aceitai esta pobre órfazinha no número das vossas  filhas”.  A proteção admirável que experimentou durante toda a vida, da parte de Maria Santíssima,  prova que esse pedido foi atendido. 
                                      Deus permitiu que Teresa por algum tempo, enfastiando-se dos livros religiosos, desse preferência a  uma leitura profana, que poderia  pôr-lhe em perigo a alma. Também umas relações demasiadamente íntimas com parentes, um tanto levianas, levaram-na ao terreno escorregadio da vaidade.  O resultado disto tudo foi ela perder o primitivo fervor,  entregar-se ao bem-estar, companheiro fiel da ociosidade, sem entretanto chegar ao extremo de perder  a inocência. 
                                      O pai, ao notar a grande mudança que verificava na filha,  entregou-a aos cuidados  das  religiosas agostinianas.  A conversão foi imediata e firme. Uma grave enfermidade obrigou-a a  voltar para a casa paterna. Durante esta doença, percebeu o profundo desejo de abandonar o mundo e  servir a Deus, na solidão dum claustro. O pai, porém,  opôs-se a esse plano, no que foi contrariado por Teresa, que fugiu de casa, para se internar num mosteiro das Carmelitas, em Ávila. No meio do caminho lhe sobreveio uma grande repugnância pela vida religiosa, e por um pouco teria desistido da idéia. Vendo em tudo isto uma cilada do inimigo de Deus e dos homens,  seguiu resolutamente o caminho e ao transpor o limiar do mosteiro,  os receios e  escrúpulos deram lugar a uma grande calma e alegria no coração. 
                                      Durante o tempo do noviciado,  foi provada por outro relaxamento no fervor religioso que, aliás,  pouco tempo durou.  Deus mais uma vez lhe tocou o coração, mas de uma maneira tão sensível que Teresa, debulhada em lágrimas, prostrada diante do crucifixo, disse; “ Senhor, não me levanto do lugar onde estou,  enquanto não me concederdes a graça e fortaleza  bastantes, para não cair mais em pecado e servir-vos de todo coração, com zelo e constância”.  A oração foi ouvida e de uma vez para sempre, ficou extinto no coração de Teresa o amor ao mundo e às criaturas e restabelecido o zelo pelas coisas de Deus, do seu santo serviço. 
                                      Foi-lhe revelado que essa conversão era o resultado da intercessão de Maria Santíssima e  de São José. Por isso, teve sempre profunda devoção a S. José e muito trabalhou para difundir este culto na Igreja. 
                                      Profunda era a dor que sentia dos pecados cometidos e dolorosas eram as penitências que fazia, se bem que os confessores  opinassem que nenhuma dessas faltas chegava a ser grave.   Em visões lhe foi mostrado o lugar no inferno, que lhe teria sido reservado, se tivesse seguido o caminho das vaidades. De tal maneira se  impressionou com esta revelação, que resolveu restabelecer a Regra carmelitana,  em todo o rigor primitivo. Esse plano, embora tivesse a aprovação do papa Pio IV,  a mais decisiva resistência encontrou da parte do clero e  dos religiosos. Teresa, porém,  tendo a intenção de agir por vontade de Deus, pôs mãos à obra e venceu.
                                      Trinta e dois  mosteiros (17 femininos e 15 masculinos) foram por ela fundados e outros tantos reformados.  Em todos, tanto no convento dos religiosos, como das religiosas, entrou em vigor a  antiga regra. São João da Cruz foi quem assumiu e escreveu as regras para o segmento masculino, a pedido de Santa Teresa.  
                                      Em sua biografia há capítulos ( os 11 e os seguintes), que dão testemunho da intensidade da  sua vida interior.  O que diz sobre os quatro degraus da oração, isto é, sobre o recolhimento, a  quietação, a união e o arrebatamento, é realmente aquilo que a oração da sua festa chama “pábulo da celeste doutrina”. Graças extraordinárias a acompanhavam constantemente como fossem: comunicações diretas divinas, visões, presença visível de Cristo.
                                      Um anjo traspassou seu coração com uma seta de fogo, fato este que a Ordem carmelitana comemora na festa da transverberação do coração de Santa Teresa, em 27 de agosto.
                                      Doloroso foi o caminho da cruz pelo qual a  Divina Providência a quis levar e não faltou quem lhe envenenasse as  mais retas intenções, quem em suas medidas de reforma visse obra do demônio, e intervenção direta diabólica. A calma lhe voltou, quando em 1559, se confiou à direção de São Pedro de Alcântara.
                                      Não tardou que, em 1576, no seio da Ordem se levantasse uma grande tempestade contra a reforma. Veio a proibição de novas fundações, e Teresa viu-se obrigada a se recolher a um dos conventos.  Parecia ter-se declarado o fracasso da sua obra: Foi, quando interveio o rei Felipe II. A perseguição afrouxou só pouco a pouco e, em 1580, o Papa Gregório XIII declarou autônoma a província carmelitana descalça. 
                                      Esta obra sobre-humana não teria tido o resultado brilhante que teve, se não fosse a  execução da vontade divina e se Teresa não tivesse sido toda de Deus, possuidora das mais excelentes e sólidas virtudes, dotada de grande inteligência e senhora de profundos conhecimentos teológicos. 
                                      Santa Teresa teve o dom de  ler nas consciências e predizer coisas futuras, não lhe faltou a cruz dos sofrimentos físicos e morais. No seio das maiores provações, nas ocasiões em que lhe parecia ter sido abandonada pelo céu e pela terra, era imperturbável sua paciência e conformidade com a vontade de Deus. No SS. Sacramento, achava a forma necessária para a luta e para a vitória.
                                      Sob  o impulso de uma graça especial fez o voto de fazer sempre aquilo que a consciência lhe dizia ser o mais alto grau da vida mística. Os numerosos escritos, asseguraram-lhe um dos primeiros lugares entre os místicos.
                                      Oito anos antes de deixar este mundo, foi-lhe revelada a hora da morte. Sentindo esta se aproximar, dirigiu uma fervorosa ordem  a todos os conventos de sua fundação ao ou reforma. Com muita devoção recebeu os santos Sacramentos, e constantemente rezava jaculatórias sobre esta: “ Meu Senhor, chegou afinal a hora desejada, que traz a felicidade de ver-vos eternamente.“ – Sou uma filha de Vossa Igreja. Como filha de Igreja Católica, quero morrer.”   - Senhor, não me rejeiteis a Vossa face. Um coração contrito e humilhado não haveis de desprezar”.
                                      Santa Teresa morreu em 1582, na idade de 67 anos. Logo após sua morte, o corpo da Santa exalava um perfume deliciosíssimo. Até o presente dia se conserva intacto.
                                      Seu coração, apresentando larga e profunda ferida, acha-se guardado num precioso relicário na Igreja das Carmelitas em Alba.
                                 
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São João da Cruz (Auxiliou Santa Tereza Dávila na reforma da  Ordem Carmelita) 
Beato Ciríaco Elias Chavara (Fundador da Ordem Carmelita de Maria Imaculada)
Beato João Soreth (Fundador da Ordem Terceira Carmelita - ou Ordem Carmelita Secular)
Beata Teresa Maria da Cruz (Fundadora da Ordem das Irmãs Carmelitas de Santa Tereza)
Beato Francisco Palau (Fundador das Irmãs Carmelitas Missionárias - e Teresianas) 




Santa Teresa de Ávila
NascimentoNo ano de 1515
Local nascimentoÁvila (Espanha)
OrdemCarmelita (doutora da Igreja)
Local vidaÁvila
EspiritualidadeGenuinamente castelhana, com o humor superior da sua raça e a inteligência prática, a invasão do "moderno" nas regiões e sobretudo nos conventos carmelitanos foi para a santa o grande impulso em sua atividade. São os santos que transformam o mundo, o verdadeiro sinal dos tempos, muito mais importantes que as forças diplomáticas e econômicas ou as novíssimas invenções da técnica militar. Todos esses que hoje se agitam em breve estarão mortos e, nós, juntamente com eles. "Os santos não são acessórios de crenças passadas nem figuras de gesso inexpressivas. O santo é um homem que possui a graça de levar o mundo mais a sério do que ele o merece; tão a sério que o seu caminho para o céu passa precisamente por este mundo". Levar o mundo a sério é a lição dos santos. Os santos não são infalíveis; mas são resolutos. Não vacilam entre um puerilismo ingênuo e a adoração do poder. Não são modernos; representam o eterno. Sabem que a espada do espírito é mais cortante que a espada de aço. Quem não acreditar estará perdido. Quem acreditar será salvo. É esta a lição da grande Santa Teresa. Teresa de Cepeda y Ahumada, filha de um nobre da Espanha, filha da cidade castelhana de Ávila, cujas muralhas ciclópicas pareciam construídas para a eternidade. Teresa, embora tivesse passado os anos de sua infância embaladas pelos romances da cavalaria, escolhe o caminho da maior e mais necessária aventura: a vida religiosa. Prepara-se para as cruzadas e para os martírios, abandonando o século e entrando para o convento do Carmo. Mas o que ela encontra no convento é a reforma do Concílio de Trento que parecia nada levar a sério neste mundo. As religiosas vivenciavam uma liberdade que a severidade castelhana proibia às mulheres do século. Escrevia a religiosa a seu pai: "A vida nos conventos é uma verdadeira comedia de capa e espada", com suas serenatas e seus duelos. O barulho das armas na Itália e em Flandres ecoava no parlatório, bem como o tilintar do ouro das Índias. "A súbita mudança de alimentação e de hábitos me fez cair doente". Mas estava mais doente do que imaginava. Caiu em letargias que duraram dias e dias. Uma vez as irmãs chegaram a preparar-lhe a sepultura. Mas a morte não a arrebatou. A leitura das Confissões de Santo Agostinho ensina-lhe o valor único da alma humana. O destino do mundo não depende das guerras de religiões nem das guerras de conquistas. É na alma humana que os destinos do mundo se decidem. Iluminada por essa sabedoria, Teresa apavora-se com as palavras evangélicas que ouvira durante a missa: "Vigilate itaque, quia nescitis diem neque horam" - "Velai, pois que não sabeis nem o dia nem a hora." Frase final da parábola das virgens sábias e das virgens loucas: das virgens sábias que prepararam as lâmpadas para as núpcias, e das virgens loucas que esqueceram o óleo, e as lâmpadas apagaram-se, e caiu a noite, e o noivo celeste não as reconheceu. Teresa está resolvida a não pertencer mais ao número das virgens loucas e quer reformar a Ordem. Prontamente a virgem sábia foi considerada louca. Teresa cai em êxtases: vê o céu aberto, o anjo do Senhor lhe atinge o coração com uma flecha de amor. Mais que nunca, continua em seu intuito. Processam-na, prendem-na, porém não se deixa domar. "Essa visionária mística reúne em si a imaginação de Dom Quixote e a inteligência prática de Sancho Pança, e mais ainda: o humor superior e o gênio literário do criador dessas personagens imortais". Percorre toda a Espanha para fundar os trinta e dois conventos das Carmelitas descalças. Resiste ao rei Felipe II e a seus inquisidores, ao núncio apostólico e aos bispos, aos superiores, que a torturam cruelmente. Reclusa em Toledo, escreveu as obras místicas que a consagraram a primeira poetiza da literatura espanhola. Escreve inúmeras cartas aos grandes do mundo e às religiosas dos seus conventos: cartas cheias de coragem indomável, de conselhos práticos, de um humor surpreendente e de uma sabedoria superior. Ao morrer, conseguira fazer o que o rei e o Grande Inquisidor não conseguiram: a Igreja na Espanha estava salva. Santa Teresa recebeu pós-morte um monumento que Bernini esculpiu. Sobre um altar da igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma, vê-se a santa com os olhos fechados em êxtase, um sorriso encantador nos lábios; o anjo que lhe fere o coração com uma flecha de amor: é uma obra-prima da arte barroca; e compreende-se imediatamente a intenção genial do artista: Teresa era histérica? Louca? Um católico profundamente crente como o barão Huegel declara: "Nunca houve um santo visionário que tivesse uma saúde nervosa normal" (carta de 19 de novembro de 1898); e cita o livro do sábio bolandista P. Hahn S. J. sobre Santa Teresa. Essa comprovação, que não é precipitada, coloca-nos diante de um problema sério, mais sério que a pretensa vizinhança entre o gênio, santidade e a loucura. Porque a histeria não é uma loucura. A histeria pode perfeitamente ser acompanhada a uma gêniosidade, pois que ela não afeta a inteligência. A histeria é uma doença do caráter e é precisamente pelo caráter que se distingue o histérico egocêntrico e orgulhoso do santo teocentrista e humilde. Para o histérico, o mundo é um joguete em volta do seu eu; o santo sacrificou o seu eu a Deus, e toma o mundo a sério. Para os "normais", para os pequenos-burgueses de espírito, o mundo do histérico e o mundo do santo parecem igualmente quiméricos. A pedra de toque de distinção é a ação. O mundo é um conjunto de material para a ação. O histérico, fechado dentro do seu eu, é incapaz de agir num mundo que ele mesmo criou e que não existe na realidade. O santo é histérico em todas as aparências do seu mundo à parte, que os outros não compreendem, mas esse mundo é superior ao nosso mundo. Um interessante estudo de Georg Sebastian Faber distingue entre o histérico, assunto da psicanálise, e o homem superior, assunto deuma metapsicologia: ambos sofrem de uma dissociação da consciência; nos histéricos e esquizofrênicos, a dissociação da consciência provém de uma irrupção do subconsciente na consciência; a dissociação mental do homem superior provém da irrupção dum "supraconsciente". A doença mental paralisa a consciência; o supraconsciente enche o espírito com uma nova força superior, uma força de ação. A aparição de um santo é a invasão de nosso mundo pela eternidade. Por aí o santo é capaz de agir. Mais ainda: a sua santidade e atividade são a mesma coisa e transformam o mundo. Como reocnhê-los? "Pelas suas obras vós os reconhecereis." "Porque as suas obras os seguem." A obra de Santa Teresa! Ela é a maior figura da história eclesiástica barroca; é uma grande figura da literatura espanhola; é uma das almas mais seráficas que a terra já viu. Santa Teresa foi uma grande psicóloga. O seu "Camino de Perfección" é tão realista e eterno quanto as estradas de Castela. O seu Castelo interior tem as muralhas tão duráveis como as da fortaleza de Ávila que Unamuno cantou. Na história da psicologia moderna, Teresa ocupa precisamente o mesmo lugar que o Agostinho das "Confissões", na psicologia antiga. A Antiguidade não conheceu o valor da alma individual; depois do desmoronamento do mundo antigo, Agostinho encontra a sua alma sozinha com o Criador: a alma humana é, realmente, o que há de maior valor sobre a terra. Teresa foi despertada por Agostinho: ela viveu na época em que a Antiguidade ressuscitada pelo humanismo tinha feito esquecer o valor da alma humana. Se Teresa foi chamada "a criadora de um humanismo cristão", foi porque acharam nas suas obras uma terminologia cujos efeitos eram incalculáveis sobre o espírito europeu: "Alma y Dios, Sola con El Solo" - estas palavras significam exatamente o valor incomparável da alma humana, que, ela só, resiste perante Deus; "Alma hermosa" - essa expressão salva toda a beleza das coisas deste mundo para os espaços infinitos do 'Ca
Local morteAlba de Torms
Morte15 de outubro de 1582, aos 67 anos de idade.
Fonte informaçãoLiturgia das Horas
OraçãoDeixando teus pais, Teresa, quisestes aos mouros pregar, trazê-los todos à Cristo, ou teu sangue derramar. Pena porém mais suave o Esposo à ti reservou: tambares de amor ferida, ao dardo que te enviou. Acende, pois, nossas almas, na chama do eterno amor: jamais vejamos do inferno o fogo devorador. Louvamos contigo ao Filho, que ao trino Deus nos conduz, ele é o Jesus de Teresa, Tu Teresa de Jesus.
DevoçãoA extirpação do modernismo corrupto da sociedade leiga e eclesiástica.
PadroeiroMéxico (assim como Nossa Senhora de Guadalupe)
Outros Santos do diaOutros santos do dia: são Calixto Deusdado (bispo); Fortunato, Agileu, (márts); Antíoco, Severo e Sebino (bispo) Aurélio (virgem) Tecla (ab); Leonardo e Gualtéio (abs.).
FONTE: ASJ

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