terça-feira, 25 de setembro de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/09/2012

26 de Setembro de 2012 


Lucas 9,1-6

Comentário do Evangelho

Jesus envia em missão

Depois de um tempo de convívio com os doze, chamados no início de seu ministério, Jesus os envia em missão, como cooperadores seus no anúncio do Reino. O anúncio é o objetivo central da missão. As expulsões de demônios e curas de doenças são os gestos concretos de libertação que dão credibilidade ao anúncio. É importante perceber o significado dos demônios e das doenças. Pode-se entender que os demônios são os males do espírito, enquanto as doenças são os males do corpo. Estes males estão associados às multidões de excluídos como resultado da marginalização socioeconômica que gera privações e carências, sofrimento, doenças e morte. 
Os discípulos indo despojados e pobres para a missão se identificam com os excluídos, que se abrem para recebê-los. O anúncio da palavra e o amor dos discípulos libertam os pobres deprimidos em seu espírito e valoriza-os, dando-lhes vida, dignidade e iniciativa. Os pobres e excluídos, transformados pela Palavra de Deus, passam a formar comunidades que vivem a fraternidade e a partilha, como células do mundo novo possível. 

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Para anunciarmos o Reino de Deus, é condição estarmos desprendidos daquilo que pensamos possuir. A bagagem que conduzimos significa o nosso apego ao lugar de origem, o medo do novo que vem, a insegurança e pequenez da fé com que nos entregamos à missão.

Reflexão

O Evangelho de hoje é uma espécie de "Manual do Evangelizador". Ele nos mostra que o evangelizador não age em nome próprio, pois ele não evengeliza por que quer, mas porque é enviado por Deus. Os poderes que tem para evangelizar não são próprios, são recebidos para serem usados em uma finalidade própria. Os bens materiais não podem ser um empecilho para o trabalho, nem podem ofuscar a força do anúncio e do testemunho. A inserção e a participação na vida das pessoas e das famílias é fundamental. Mas o mais importante são os dois objetivos que caracterizam o profetismo: a luta contra toda espécie de mal, que se manifesta na ordem da cura, e a proclamação da presença do Reino de Deus na vida de todas as pessoas.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. Seguindo a Palavra
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A dificuldade de se preparar uma homilia durante o dia da semana, está em dois fatores, primeiro que ela tem de ser breve, e aí vem o segundo problema, por causa disso focamos apenas no evangelho e ignoramos a primeira leitura e o salmo que são valiosíssimos na reflexão.

Hoje por exemplo, a primeira leitura nos coloca a Palavra de Deus como fundamento de tudo, ela é comprovadamente um escudo para os que nela se abrigam. Qual o perigo que tal afirmação nos mostra? Exatamente o que vem a seguir no versículo 6 “Nada acrescentes ás suas palavras, para que ela não te repreenda e passes por mentiroso”. O autor, consciente de que a Palavra de Deus é absolutamente imprescindível em sua vida, relativiza a pobreza ou a riqueza material, ele quer o pão que é necessário, Pão da Palavra.

No salmo há um versículo que ressalta esta verdade “A lei de vossa boca para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata” e o refrão confirma “Vossa Palavra é uma luz para os meus passos”, a luz que está no coração e na mente e que nos ajuda a perceber o caminho a ser percorrido.

Poderá o leitor se perguntar, e o nosso evangelho, como ele se encaixa nesse pensamento de se valorizar o anúncio da Palavra? Muito simples, os discípulos foram enviados justamente para proclamarem a Boa Nova da Palavra de Deus, este envio aparece inúmeras vezes nos evangelhos sinóticos e constitui-se na missão primária da Igreja que deve sempre, em todos os tempos, buscar formas diferentes para cumprir esta missão.

Discípulo missionário preocupado com o status, bens materiais, patrimônio, conforto material (ser hospedado em hotel cinco estrelas) certamente já perdeu o foco da missão. Hoje em dia tem muitos assim e estou falando da nossa igreja...

Deve também o discípulo ser radical em sua pregação, se não for acolhido, e o homem da pós-modernidade não acolhe bem a Palavra de Deus, não se tenha com este nenhum vínculo (sacudi a poeira do sapato) significa isso: romper com qualquer modo de vida que não esteja em conformidade com a Palavra.

2. Jesus envia em missão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA

Oração
Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.


3. PARTINDO EM MISSÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A primeira experiência missionária dos Apóstolos comportou uma série de características que se mantém válidas para a missão da Igreja de todos os tempos. Por exemplo, ela se deu como obediência a um mandato expresso de Jesus. Portanto, não foi fruto da iniciativa pessoal dos Apóstolos. Eles partiram na qualidade de emissários do Senhor.

Foi-lhes conferido o poder e a autoridade para expulsar demônios, curar doenças e pregar o Reino de Deus. Tarefa idêntica à que foi levada adiante por Jesus. A atividade do Mestre centrou-se no anúncio da palavra e na realização de sinais comprovadores da irrupção do Reino na história humana. A missão dos Apóstolos era, portanto, a continuação e a atualização da missão de Jesus. Onde quer que estivesse um Apóstolo do Reino, aí estaria atuando Jesus meio dele.

Os Apóstolos deveriam exercer seu ministério como pobres. Nada carregavam consigo, quando iam de aldeia em aldeia, anunciando o Evangelho e fazendo o bem. Desta forma, as pessoas não correriam o risco de serem atraídas por outro motivo, a não ser pela proposta de Jesus.

O testemunho de pobreza dava aos apóstolos liberdade para anunciarem o Evangelho sem restrições. Caso não fossem acolhidos, só lhes restava ir adiante, sem se deixar abater.

Oração 
Senhor Jesus, faze crescer em mim a consciência de que sou teu mensageiro, enviado para proclamar o Reino confiado unicamente em ti.

Firme o seu discipulado na vivência da Providência Divina


Postado por: homilia

setembro 26th, 2012


Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los dois a dois e dava a eles autoridade sobre os espíritos impuros. E os enviou com um único objetivo: anunciar a vinda próxima do Reino dos Céus. Dois a dois. Como se fossem testemunhas de uma verdade perante o mundo que não a conhecia.
O envio de dois a dois era próprio do tempo de Cristo, pelo que dizia respeito aos mensageiros enviados para atestar uma mensagem. Também podemos ver nessa situação uma oportunidade para o mútuo apoio em situações difíceis. Jesus, no início de sua escolha, chama de dois a dois os irmãos pescadores.
“Não tomem pelo caminho se não unicamente bordão, nem alforje, nem pão, nem cobre na cintura”. As ordens eram positivas: bordão, sandálias e uma túnica. Coisas necessárias para o caminho, pois nunca se caminhava descalço e um bordão era necessário tanto para se apoiar naquele caminho rude e difícil como arma defensiva contra os bandidos. Uma túnica é o mínimo que devia cobrir um corpo nu.
As ordens negativas eram: não levar o alforje, que correspondia não ao cesto onde os judeus carregavam as provisões, – especialmente o pão e vinho em sua peregrinação para Jerusalém – mas ao embornal dos mendigos que muitos missionários ambulantes levavam em suas missões. Também impede o dinheiro que era carregado numa bolsa na cintura ou dentro da faixa com que se atava a túnica ao redor dos rins. O texto fala de cobre, as moedas mais pobres sem ouro ou prata. Evidentemente com isto queria dizer que não podiam recolher qualquer dinheiro, nem como pobres, em sua missão, mas que vivessem da Divina Providência.
Os enviava com recursos até menores que os que tinham os mendigos, os mais pobres, para indicar que seu trabalho missionário não dependia dos valores humanos, mas da confiança que a Ele deviam: ao jovem rico manda dar tudo aos pobres para segui-Lo. A pobreza era uma das características de Jesus, que “não tinha nem onde reclinar a cabeça” (Mt 8, 20).
E o Mestre ainda disse aos Doze: “Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo”. Se nas ordens anteriores era o caminho quem ditava as condições de pobreza para evitar se enriquecer com o pretexto da missão, agora coloca os discípulos como hóspedes gratuitos daqueles que aceitam o Evangelho. Caso não sejam recebidos, Jesus anuncia o que deve ser feito, profetizando que tal cidade teria um fim ainda pior do que foi dado às cidades que representavam no mundo antigo dos judeus o pecado propriamente dito: “Se não forem recebidos ao sair daquela cidade sacudi o pó sob vossos pés para testemunho. Em verdade vos digo: Mais tolerável será no dia da condenação para os de Sodoma e de Gomorra do que para aquela cidade”.
Como missionários, Jesus neste texto quer nos firmar na vivência da Providência Divina, pois ao discípulo e missionário nada faltará. Deus providenciará todo o necessário. E, como cristãos, quer que abrindo o nosso coração recebamos e ajudemos com os nossos bens àqueles que Deus nos envia como seus apóstolos e missionários. Quero salientar o aspecto do dízimo: não é um “favor” que o cristão faz contribuir com o seu dízimo. Mas sim um dever de todo o batizado.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante 

Lc 9,1-6 - Discípulos missionários sem fronteiras



Saudação


- A nós todos, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

Leio o texto do dia em Lc 9,1-6 e observo as recomendações de Jesus.

Jesus chamou os doze discípulos e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças. Então os enviou para anunciarem o Reino de Deus e curarem os doentes. Ele disse:
- Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele lugar. Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente. Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados.

Jesus chamou os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre o mal. Deu-lhes também recomendações referentes ao estilo de vida pessoal e método missionário. Depois, os enviou dois a dois para levar a mensagem de vida por todos os povoados.

2. Meditação ( Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?

Deus quer precisar de nós como testemunhas da sua graça.
Fomos feitos para ser comunidade (grupo dos doze) e formar comunidade ( ir às cidades). Isto é ser discípulo missionário, como nos propõe a Igreja na América Latina, na Missão Continental. O amor inspira atitudes e gestos com gosto de doação e disponibilidade. Foi assim com Jesus. Foi assim com os apóstolos. Mais ainda. Disseram os bispos em Aparecida: 

"Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir "à outra margem", àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente". (DAp 376).

Deve ser assim comigo, com você. Amar é estar disposto a nos dedicar a um projeto pessoal para ir ao encontro do outro que precisa de mim.

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?

 "É necessário aprender a orar, voltando sempre a aprender esta arte dos lábios do Mestre", disseram os Bispos no Sínodo, em 2008. Jesus Mestre nos ensinou a orar e na sua oração está todo o conteúdo da nossa missão. Rezo, agora, o Pai Nosso, lentamente, observando bem o sentido de cada palavra.

PAI NOSSO

Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

4. Contemplação (Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?

Hoje, quero viver como discípulo/a missionário/a de Jesus Mestre, pensando nos meus irmãos que precisam de vida. Nos encontros, e também nos desencontros, se houver, rezarei uma bênção sobre cada pessoa, como o fez são Paulo:

"Graça e Paz para você! Quando for visitá-lo, levarei comigo muitas bênçãos de Cristo". (Rm 15,29)

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
 Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém.

Mês da Bíblia -Setembro 2012

O tema é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos
e o lema é: Coragem! Levanta-te! Ele te chama!

 Irmã Patrícia Silva, fsp


Oração Final
Pai Santo, dá-nos a leveza das crianças. Que tenhamos a coragem de nos lançar de peito aberto na maravilhosa aventura do teu Reinado de Amor, anunciando aos irmãos que ele já está em nós e no nosso meio, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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