sábado, 21 de abril de 2012

Assembleia CNBB


Quarta-feira, 18 de abril de 2012, 11h37

Assembleia Geral dos Bispos é referência no debate nacional

Nicole Melhado
Enviada especial a Aparecida


Andréia Britta / CN
Mais de 300 bispos estão presentes nesta 50ª Assembleia Geral
Uma assembleia comemorativa, que não só festeja, mas reverencia a memória de todos que se dedicaram e todos os trabalhos realizados nessas últimas seis décadas.

Nesta terça-feira, 18, o presidente da CNBB e Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, conduziu a abertura oficial da 50ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, dando granças a Deus que permitiu uni-los em um só coração.

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Desde o primeiro encontro realizado em Belém do Pará, em agosto de 1963, ressaltou Dom Damasceno, a Assembleia buscou sempre dar sua contribuição para a Igreja e sociedade brasileira.

"Os bispos sempre buscaram dar as respostas aos desafios de forma firme e corajosa. Dessa forma, a assembleia tornou-se um ponto de referência no debate nacional", destacou o presidente da CNBB.

Este grande que reúne o maior episcopado do mundo, ao longo dos anos, marcou a história do Brasil. “Os bispos jamais se intimidaram diante das realidades sociais oferecendo ao país suporte para o amadurecimento democrático”, com ética, salientou o cardeal. Ele enfatizou ainda que a Igreja no Brasil sempre foi "testemunha na defesa da vida digna para todos".

Esta 50ª edição da assembleia aberta oficialmente nesta terça-feira, acontece no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida, no interior de São Paulo, e segue até a próxima quinta-feira, 26.

Assembleia 2012

Os 335 bispos, dos quais 29 são eméritos, estão reunidos na assembleia para refletir em primeiro plano "A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja". O tema central foi escolhido em referimento ao último Sínodo dos Bispos realizado em 2010, que resultou na Exortação Apostólica Verbum Domini (Palavra de Deus).

“O dom da Palavra de Deus permanece eternamente em todas as épocas. A Boa Nova de Cristo foi sempre anunciada através dos séculos”, exaltou Dom Damasceno.

Nesta assembleia serão eleitos os delegados que representarão os episcopado brasileiro no próximo Sínodo dos Bispos que abordará as questões perenes à Nova Evangelização.

Outro tema abordado será o Ano da Fé, que começará no dia 11 de outubro de 2012 e seguirá 24 de novembro de 2013, solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo.

Para o presidente da CNBB, este será um "ano que celebraremos as riquezas da nossa fé para fortalecer nossa fé Nele, para anunciá-lo ao homem de hoje”.

Além disso, haverá uma análise do Fundo da Solidariedade, a exposição das Comissões para a Amazônia e da Ação Missionária, a preparação para 5ª Semana Social Brasileira e apresentação de relatórios internos e análise dos bispos nos grupos dos Regionais da CNBB.

Por fim, será apresentado aos bispos o andamento dos preparativos para a JMJ 2013. "Olhemos com carinho para os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que acontecerá na cidade Rio de Janeiro em agosto de 2013", destacou Dom Damasceno.
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Quarta-feira, 18 de abril de 2012, 18h08

Bispos explicam detalhes da 50ª Assembleia

Jéssica Marçal
Enviada especial a Aparecida


Andréia Britta / CN
Dom Antônio Augusto, um dos bispos que concedeu entrevista coletiva aos jornalistas nesta quarta-feira, 18
Jornalistas de vários veículos de comunicação participaram nesta quarta-feira, 18, da primeira entrevista coletiva da 50ª Assembleia Geral dos Bispos, realizada em Aparecida (SP).  O tema central do encontro é "a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja".

Para atender a imprensa, estiveram presentes o presidente da Comissão para Vida e Família da CNBB e bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, o bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães e o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte. Como porta-voz, esteve presente o arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa.

Dando início à entrevista, Dom Dimas salientou três ocasiões de destaque ao longo dos oito dias de Assembleia. A primeira delas é homenagem ao jubileu de 50 assembleias gerais realizadas pelo episcopado brasileiro, que será realizada nesta quinta-feira, 18, às 18h. Outra homenagem será realizada na segunda-feira, 23, também às 18h, pelo jubileu de 50 anos do Concílio Vaticano II. O terceiro momento é a entrega do prêmio de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Sobre o tema central, Dom Dimas explicou que o assunto já havia sido proposto para a Assembleia que aconteceu em Brasília, em 2012, mas na época ainda se aguardava a constituição apostólica que o Papa Bento XVI estava preparando sobre a Palavra de Deus.

Dom Joaquim Giovani ressaltou que um dos objetivos da Assembleia é também revisitar os documentos auxiliares do Concílio Vaticano II, que completa 50 anos. “Eles (os documentos) têm uma importância viva na história da Igreja porque fizeram com que a Igreja, justamente, atende-se às suas rotinas para poder promover o que é fundamental, inclusive na sociedade contemporânea, o diálogo com os diversos setores da sociedade".

O bispo auxiliar de Belo Horizonte também citou a cultura e educação como uma das preocupações da Assembleia. “Fazer repercutir todas as nossas preocupações com a cultura e educação. Nós queremos também inserir temas referentes à ação política como forma de viver o compromisso cristão e o serviço aos outros”.

Aborto de anencéfalos

Um dos temas levantados pelos jornalistas foi a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em descriminalizar o aborto de bebês anencéfalos. Para Dom Dimas, a questão não foi bem avaliada pelos ministros em todos os seus aspectos. “Não utilizaram adequadamente a razão, não pensaram em todas as implicações da decisão que estavam tomando”, ressaltou.

O porta-voz também chamou a atenção para os perigos dessa decisão no que diz respeito a decisões futuras. “Eu considero perigosa a decisão que foi tomada pelo Supremo, porque vejo a porta aberta que pode ser escancarada para outros tipos de violência contra a vida nascente. Amanhã qual será a deficiência que impedirá a criança de ter o seu direito de nascer? Nós precisamos ter muito cuidado para não escancararmos essa porta e de repente sermos donos da decisão de quem pode ou não pode nascer”, alertou.

Sobre a forma como a Igreja vai atuar em relação ao assunto, Dom Antônio Augusto disse que nada muda. “O trabalho da Igreja continuará sendo o que sempre foi: o trabalho de formação das consciências humanas pra que as decisões que cada um tome na sua vida sejam realmente decisões bem ponderadas, bem fundamentadas em conhecimentos”.

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