sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 25/12/2025

ANO A


SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR missa do dia

Ano A - Branco

"A Palavra se fez carne e habitou entre nós." João 1, 14

Jo 1,1-18

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: É Natal! As promessas de Deus se cumprem: um menino nasceu para nós! Na pessoa do Filho, Palavra encarnada que armou sua tenda em nosso meio, Deus fala-nos face a face, podemos contemplá-lo como um de nós e sermos chamados filhos no Filho.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/106577/25-dezembro-2025-dia-natal.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: “Nasceu-nos hoje um Menino, o Filho nos foi dado”! Esta é a nossa certeza neste dia que o Senhor preparou para que experimentássemos a sua fidelidade: o Espera- do das Nações, o Cristo prometido, veio armar sua tenda entre nós. A divindade invisível tornou-se visível em nossa carne, dando à nossa história um novo sentido. Com este nascimento, nossa esperança é renovada e nossa fé robustecida pela certeza de que Deus nos ama e que, nascendo pobre, fez-se pobre entre os mais pobres para realizar seu plano de salvação.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/10/Ano-50A-06-NATAL-MISSA-DO-DIA.pdf

É HOJE!

Entre as muitas expressões bonitas da Liturgia do Natal encontramos diversas passagens com a palavra “hoje”. “Hoje nasceu para nós um Salvador” (Antífona do Salmo responsorial da missa da noite do Natal). Na Aclamação ao Evangelho da mesma missa aparece: “hoje nasceu para vós um Salvador, Cristo Senhor”. O Evangelho traz o anúncio do anjo aos pastores de Belém: “hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é Cristo Senhor” (Lc 2,11).
Também na missa da Aurora encontramos diversas vezes a mesma referência temporal: “hoje resplandecerá sobre nós a luz, porque nasceu para nós o Senhor” (Antífona de entrada). E ainda: “hoje a luz resplandece sobre nós” (Salmo responsorial). “As nossas ofertas, ó Pai, sejam dignas do mistério que hoje celebramos” (Oração sobre as Ofertas).
Na missa do Dia de Natal, a palavra aparece com força especial: “que possamos participar da vida divina do teu Filho, que hoje quis assumir a nossa natureza humana” (Oração da Coleta). E, mais uma vez, na aclamação ao Evangelho: “hoje, uma luz esplêndida desceu sobre a terra”; e na Oração após a comunhão: “Pai santo e misericordioso, o Salvador do mundo, que hoje nasceu e nos regenerou como teus filhos...”
Jesus, o Filho de Deus feito homem, nasceu num determinado momento do tempo e, por isso, o evangelista São Lucas o situa no tempo do imperador romano Augusto, num certo contexto histórico, social, geográfico e cultural. E isso é importante, pois significa que o Filho de Deus entrou em nossa história, não apenas “espiritualmente”. São João Evangelista vai além e diz, de maneira ainda mais realista: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo,1,14).
Mas o HOJE da Liturgia do Natal não tem apenas o sentido temporal, em referência a um fato situado em determinado dia do calendário no passado. Ele expressa um acontecimento que é mais que temporal. O nascimento do Filho de Deus em nossa carne faz parte do “hoje” de Deus, que não tem passado nem futuro, mas é um eterno presente. O Natal não celebra apenas um momento situado dois milênios atrás, mas refere-se à entrada de Deus e de seu Filho em nosso tempo, em nossa história. É por isso que nós também podemos dizer: Jesus nasceu hoje para mim e para todo povo do nosso tempo histórico. E podemos alegrar-nos, ainda mais que os pastores de Belém, acolher sua chegada, prestar-lhe homenagem, deixar-nos envolver com a sua luz radiosa. Isso é extraordinário! Queridos irmãos e irmãs, neste Natal, acolhamos de maneira renovada o “hoje” de Deus e da vinda de seu Filho a nós. Podemos dizer, com razão: Ele está no meio de nós! Vamos ao seu encontro com louvores, homenagens e súplicas. O HOJE de Deus é irrevogável, não conhece pôr do sol nem noite, mas é o eterno Dia do Senhor compartilhado conosco.
Desejo feliz e santo Natal a todos. Alegremo-nos no Senhor! HOJE Deus nos manifestou a sua luz, seu amor misericordioso, sua proximidade conosco, nosso futuro, nossa esperança! HOJE nasceu para nós um Salvador, que é Cristo, Senhor! (cf. Lc 2,11).
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/10/Ano-50A-06-NATAL-MISSA-DO-DIA.pdf

Comentário do Evangelho

A Palavra Se Fez Carne e Habitou Entre Nós


Neste dia de Natal, somos convidados a contemplar um mistério grandioso: a entrada de Deus no mundo humano, não em pompa ou majestade, mas com humildade e proximidade. Ele se fez carne ― o Verbo que “estava com Deus e era Deus” ― e habitou entre nós.
Ao pensar nisso, vemos que o menino que nasce em Belém não escolheu uma corte real nem um palácio, mas uma manjedoura, um lugar simples, símbolo de que o Senhor vem para todos, especialmente para os que se sentem pequenos ou esquecidos.
Este anúncio traz‑nos duas boas notícias para a vida de cada dia:

- Deus está próximo: não é um Deus distante ou inacessível, mas fez‑se carne para estar conosco, conosco partilhar — alimento, lar, caminhada.

- Somos chamados a acolher este dom: ao permitir que Cristo habite em nós, renovamos nosso coração, passamos de espectadores para participantes da sua salvação.

Que neste Natal possamos, com simplicidade, adorar o Menino Deus, abrir nosso coração à luz que rompe as trevas e permitir que o amor de Deus transforme nossa vida e nossos relacionamentos.
https://catequisar.com.br/liturgia/25-12-2025/

Reflexão

A liturgia do dia de Natal nos coloca em contato com o prólogo do Evangelho de João. Nesse relato, temos a presença da Palavra junto de Deus, tudo foi feito por meio dela. Ela cria e recria e se transforma em carne, armando a tenda no meio da humanidade. Anunciada por João Batista, a Palavra era a luz que ilumina os passos da humanidade. Ao se fazer carne, a Palavra tornou-se visível e pôde ser ouvida e tocada. Deus não só está conosco, mas tornou-se um de nós, assumindo a fragilidade humana. O divino e o humano não se excluem; antes, se complementam. Jesus tornou visível e conhecido o rosto do Pai, rosto que transpira amor, misericórdia, perdão e alegria. Com o nascimento de Jesus, Deus nos deu sua Palavra e sua vida, isto é, nos tornou seus filhos e filhas: “A Palavra deu o poder de se tornarem filhos de Deus”. Celebremos com alegria esta festa do Deus que se torna gente com a gente. Ninguém deve se sentir excluído desta festa e da alegria que ela proporciona.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/25-quinta-feira-11/

Reflexão

«E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós»

Mons. Jaume PUJOL i Balcells, Arcebispo Emérito de Tarragona
(Tarragona, Espanha)

Hoje, com a simplicidade das crianças, consideramos o grande mistério de nossa fé. O nascimento de Jesus marca a chegada da “plenitude dos tempos”. Desde o pecado de nossos primeiros pais, a linhagem humana se havia afastado do Criador. Mas Deus, compadecido de nossa triste situação, enviou o seu Filho eterno, nascido da Virgem Maria, para resgatar-nos da escravidão do pecado.
O apóstolo João o explica usando expressões de grande profundidade teológica: «No principio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.» (Jo 1,1). João chama “Palavra” ao Filho de Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. E Complementa: «E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o filho único recebe do seu pai, cheio de graça e de verdade» (Jo 1,14).
Isto é o que celebramos hoje, por isso fazemos festa. Maravilhados, contemplamos Jesus acabado de nascer. É um recém nascido… E, ao mesmo tempo, Deus onipotente; sem deixar de ser Deus, agora é também um de nós.
Veio à terra para devolver-nos a condição de filhos de Deus. Mas é necessário que cada um acolha em seu interior a salvação que Ele nos oferece. Tal como explica São João, «Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12). Filhos de Deus! Ficamos admirados ante este mistério inefável: «O Filho de Deus se fez filho do homem para fazer aos homens filhos de Deus» (São João Crisóstomo).
Acolhamos Jesus, busquemos: somente Nele encontraremos a salvação, a verdadeira solução para nossos problemas; só Ele dá o último sentido da vida e das contrariedades e da dor. Por isto, hoje lhes proponho: vamos ler mais o Evangelho, vamos meditá-lo; vamos procurar viver verdadeiramente de acordo com os ensinamentos de Jesus, ele Filho de Deus que veio a nós. E então veremos como será verdade que, entre todos, faremos um mundo melhor.
https://evangeli.net/evangelho/feria/V_54

Reflexão

Natal: "Os seus não a acolheram"

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, na Missa do Dia (Jn 1,1-18), meditamos que nasce o Filho Eterno de Deus —em Belém, tal como havia sido profetizado— e a Virgem teve que deitá-lo em um presépio, porque não tinha lugar na pousada (cf. Lc 2,7). Refletindo com fé, encontramos nestas palavras um paralelismo com o afirmado no "Prólogo de são João" (1,11): "Veio a sua casa e os seus não o receberam". Para o Salvador do mundo não há lugar! O que foi crucificado fora das portas da cidade nasceu também fora de suas muralhas.
Isto deve nos fazer pensar e remeter-nos a mudança de valores que há na figura de Jesus Cristo, em sua mensagem. Ya desde su nacimiento, Él no pertenece a ese (Já desde o seu nascimento, Ele não pertence a esse) ambiente que segundo o mundo é importante e poderoso. E, no entanto, exatamente este homem irrelevante e sem poder se revela como o realmente Poderoso.
—Ser cristão implica sair do âmbito do que todos pensam e querem, dos critérios dominantes, para entrar na luz da verdade sobre nosso ser.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/V_54

Comentário do Evangelho

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio, junto de Deus.


Hoje lemos um Evangelho especial: é o prólogo de são João. Deus veio tão pequeno à Terra que João quis iniciar seu Evangelho proclamando a grandeza de Jesus Cristo. Ela é a Palavra eterna de Deus, ou seja, o Filho eterno de Deus Pai. Ele já existia desde sempre junto ao Pai, porque Ele mesmo é Deus.
— Lembra do Natal? No silêncio da noite, quando Jesus nasce, os anjos cantam: porque Jesus é o Filho de Deus!
https://family.evangeli.net/pt/feria/V_54

HOMILIA

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Nosso Deus é ansioso de comunicar-se conosco. “Muitas vezes e de muitos modos” falou aos antepassados pelos profetas. “Nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho”, o “herdeiro de todas as coisas”, pelo qual “criou o universo” e o “sustenta... com o poder de sua palavra”. Que divina grandiosidade ele nos envia!
Esse Filho era “a Palavra” que sempre esteve com o Pai e “era Deus”. “A Palavra” por excelência que o Pai sempre quis nos dizer ou revelar. E a certa altura, é o mistério que hoje celebramos, “a Palavra se fez carne e habitou entre nós”. Jesus é tudo o que o Pai nos quis e sempre quer dizer: sem deixar de ser Deus, faz-se inteiramente humano para que de nós humanos, unindo-nos a ele, ele nos faça divinos, verdadeiros filhos e filhas do Pai nele-Filho.
Sua encarnação, ao assumir nossa condição de criatura, não o fez menos Deus do que sempre foi: “quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: ‘Todos os anjos devem adorá-lo!’” Igualmente, quando volta para o seio da Trindade, após nos purificar dos pecados “sentou-se à direita da majestade divina”, acima dos anjos. Sim, a nenhum anjo, mas só a ele Deus diz: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”, e ainda “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho”.
Então Jesus-Filho é “a Palavra” do Pai para a humanidade. Nele, o Pai quer ter a todos como filhos e filhas. Para isso, enviou o Batista para dar testemunho dele, apontá-lo como a Luz, a Vida, o Filho, e tudo fazer “para que todos chegassem à fé por meio dele”. Pelo Batista, chegarmos ao Filho e principalmente nele crermos, isto é, aderir a ele, assimilá-lo em nossas vidas, tornar-nos Jesus-Filho.
Mas, esse máximo dom do Pai, alguns o rejeitaram: “veio para o que era seu, e os seus não a (a Palavra) acolheram”. Mas, rejeição não vence o Amor, que é absoluta gratuidade. Assim, “a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus”, acreditando no Filho, nascendo para Deus.
Aos que o acolhem, realiza-se o sonho de Isaías: os vigias de Sião, “levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor”. Pela primeira vez e para sempre, vem em pessoa para o meio de nós, pois “a Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer”. Sim, ele mesmo nos disse: “quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9).
Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=25%2F12%2F2025&leitura=homilia

Coleta
— OREMOS: Ó DEUS, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=25%2F12%2F2025&leitura=meditacao

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